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Josh Beauchamp

Não vou negar, o pedido de Any me fez sorrir, eu queria isso, queria de verdade mas não sabia que isso seria um passo muito largo no que temos. Mas Any, mais uma vez me surpreendendo.

A mesma presta atenção no programa que passa na TV enquanto eu presto atenção nela, tudo nela chama a atenção, os cabelos cacheados, o rosto angelical, o sorriso fofo, os olhos castanhos e o jeito fofo e impetulante de ser.

Ver ela se impor ao ser insinuada de garota do capitão me fez ver que Any não é igual as outras, Any não vive atrás de um homem, vai atrás do que quer e não deixa um homem levar o crédito pela sua vitória pu conquista.

Any sempre foi assim, até quando os garoto queriam ajudá-la na quarta série, ela não permitiu, se negou a receber ajuda e saiu de cima da árvore sozinha, sem arranhões ou cortes.

De uns tempos pra cá, vi Any com outros olhos, a primeira vez que nos beijamos, me senti estranho, algo nasceu dentro de mim. Quando eu a beijei novamente na festa, sem ninguém nos olhando, estando somente eu e ela, me senti estranho, eu queria aquilo, de uma forma estranha ao meu ponto de vista pois devidos as circunstâncias, tínhamos um conflito entre nós.

- O quê você tanto pensa? Chega a suspirar. - Sua voz me trás de volta de um pensamento longe.

- Nada demais, só pensando longe.

Any se levanta, ficando sentada com as pernas cruzadas, me olhando.

- O quê foi?

- Nada, sabe quando você se sentisse bem, parece que nada pode te afetar naquele momento? - Questiona, colocando uma mecha do seu cabelo para trás da sua orelha.

- Sei.

- Eu me sinto assim.

- Eu também me sinto assim.

- Eu sei que não precisamos de rótulos mas... - Any desvia o olhar para os lençóis, enrolando o tecido em seu indicador.

- Pode falar, não precisa ter medo.

- Nós estamos ficando? - Questiona ao levantar seu olhar para mim.

- Estamos, claro, se você quiser que se referimos ao que temos dessa forma.

- Ter uma denominação parece mais fixo, mais solido.

- Parece.

Any Gabrielly

Ficamos em silêncio por um tempo, apenas ouvindo o som da TV atrás de mim. Passo meus dedos pelo seu braço, aos poucos me aproximando da sua tatuagem, deslizando pelo desenho da flecha.

- Você parece pensar bastante. - Insinúa, enlaçando nossas mãos.

- Eu penso vinte e quatro horas por dia, ainda mais nessas últimas semanas. Aconteceu inumeras coisas que não são comuns a acontecer.

- Eu tenho que confesar algo... - Josh começa, desviando seu olhar do meu, encarando a porta do seu quarto.

- Então fale.

- Com você consigo ser o meu melhor eu, minha melhor versão. Por mais debochada que ela seja - Nós dois rimos -

- Quando estou com você descubro a melhor versão da Any.

- Eu nem tive tempo de ver ele como eu queria... - Digo, adentrando a peça que cobre deu tronco.

- Você não está pensando nisso.

- Por que? É errado?

- Você está cansado, precisa descansar.

Josh leva seu dedo indicador no centro do sutiã, entre em seios, logo deslizando pela minha barriga.

Hurts so goodOnde as histórias ganham vida. Descobre agora