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Any Gabrielly

Josh tem uma cara de satisfação ao me servir, colocando o prato em minha frente, levando o pano em sua mão ao ombro, logo cruzando os braços.

— O quê achou? – Questiona assim que bebo um pouco do suco que me serviu, após saborear o que preparou.

Estou me sentindo uma jurada daqueles programas de culinária.

— Olha, a textura do alimento me interessa, a consistência do molho parece agradável e a leveza dos temperos selecionados me surpreendeu.

— Chega da palhaçada, o quê achou?

— Além de bom nos campos, lindo, um temperamento diversificado, é bom na cozinha. Meu namorado é a Barbie!

— Não vou discutir com você.

Solto uma gargalhada quando o mesmo se senta ao meu lado.

— Se quiser pode dormir na minha cama, minha mãe vai gostar de ter sua companhia, já que quando não estou ela fica sozinha. – Josh diz com tristeza na voz.

— Eu iria adorar fazer companhia para ela.

— E ela iria amar.

— Não se preocupe, cuido bem da sua  mãe e do seu carro.

Josh sorri bebendo um gole do suco de laranja.

— Eu sei que é uma das competições importantes do time mas eu não queria ir. – O mesmo diz após suspirar.

— Vai correr tudo bem.

Bato meu ombro no seu, o mesmo sorri levemente.

— Eu sei que vai, mas sabe aquele sentimento de que você não deve ir?

— Uma angústia no peito? – O mesmo assenti. — Sei, senti isso no dia do acidente e o carro capotou, mas não é nada. Você está nervoso por causa dos jogos, preocupado em deixar sua mãe sozinha por uma semana.

— Você também Any, assim como minha mãe é minha prioridade, me preocupo com ela, me preocupo com você também. As mulheres da minha vida, junto a minha avó.

Não consigo evitar de sorrir.

— Eu acho lindo o jeito que você cuida das mulheres da sua família.

— Minha vó é a pessoa mais doce que já conheci, minha mãe erdou isso dela, se tornando a Ursula Beauchamp, a tão querida por todos. Elas são tão especiais que tenho o dever de proteger elas. Agora sinto que devo te proteger também.

— Achei fofo mas não preciso que me protejam, a vida não me privou das batidas contra a parede varias vezes, no mundo onde queria me aventurar aconteceram coisas que prefiro não comentar.

— O quê fizeram pra você? – Josh questiona, com a voz mais baixa.

— Nada demais Josh, coisa de criança.

— Pela sua cara não é só coisa de criança. Me fala, além de ser seu namorado, sou seu amigo, e você pode contar comigo.

— Eu quase fui molestada em um dos ensaios, eu acabei desistindo da peça. Achei que a culpa era minha e não contei ao meu pai. Convivo com a culpa de não ter dito, para que o cara pagasse pelo que fez mas eu tinha medo, medo de levar a culpa.

Nem percebo quando uma lágrima corre pela minha bochecha.

— O meu amor, vem cá. – Josh me puxa para seus braços, acariciando meus cabelos. — Eu estou aqui ok? Estou do seu lado, e não vou embora.

— Promete?

— Prometo.

Abraço seu tronco fortemente, Josh envolve ainda mais seus braços em volta do meu corpo, me deixando segura, como sempre faz, meu porto seguro.

Hurts so goodWhere stories live. Discover now