i choose you.

By comethrzu

8.2K 1K 356

Harry Styles tem uma vida perfeita. Dono de um charme inato para conquistar mulheres, ainda não conheceu uma... More

um.
dois.
três.
quatro.
cinco.
seis.
sete.
oito.
nove.
dez.
onze.
doze.
treze.
quatorze.
quinze.
dezesseis.
dezessete.
dezoito.
dezenove.
vinte.
vinte e um.
vinte e dois.
vinte e quatro.

vinte e três.

321 37 5
By comethrzu

HARRY.

    TINHA CHEGADO a hora. Não dava para voltar atrás.

   Não que eu quisesse voltar atrás.

   Todas as minhas inibições haviam desaparecido, aniquiladas pela minha necessidade física de ter aquele homem. Possuí-lo. Saber, de uma vez por todas.

   Eu mal conseguia me controlar ao abrir a embalagem de preservativo e colocá-lo no meu pau ansioso.

     Meus dedos tremiam. Era um tipo de excitação diferente de tudo que eu já tivesse sentido – um turbilhão vigoroso de nervosismo, desejo, expectativa, medo, esperança, pavor, cobiça, alegria. E, no centro de tudo isso, no olho do furacão, minha percepção dele. Louis.

   Eu não queria só responder a uma pergunta. O que eu queria era ele.

   Depois de voltar da casa de Kendall , eu tentara me entorpecer com uísque – eu não aprendia nunca – e esquecer o que sentira ao vê-lo flertar com aquelas mulheres. Mas era inútil. Soube que era inútil no momento em que ouvi sua chave na fechadura.
 
   Soube o que faria no instante em que o vi de onde estava sentado, sozinho, no escuro. Eu só torcia para que ele tivesse o bom senso de me fazer parar. Mas ele não teve.

    E, quanto mais nos beijávamos e tocávamos e lutávamos contra o que finalmente percebi que seria o desfecho inevitável daquela paixão, mais eu queria me entregar ao que sentia.

    Então me entreguei – repeli qualquer dúvida que ainda restasse e deixei meus instintos mais primitivos assumirem o controle. E agora
estava sendo recompensado. O corpo dele sob o meu. O pau dele na minha boca. A porra dele descendo pela minha garganta. Sua bunda durinha e sexy se esfregando nos meus dedos.

   Sua mão no próprio pau. Devagar, devagar agora.

    Meu coração estava aos pulos. Eu não conseguia respirar. A voz baixa e doce de Louis no escuro era como um segredo que eu queria guardar para sempre.

   Ele fechou os olhos, respirando fundo e de forma ritmada, uma expressão tensa em seu rosto enquanto eu gentilmente enfiava a cabeça do meu pau dentro dele.

   Eu não conseguia falar. Nem mesmo conseguia formar frases na minha cabeça – só conseguia combinar palavras aleatórias conforme meu cérebro tentava processar o que eu estava sentindo enquanto deslizava cada vez mais fundo, pouco a pouco.

    Porra. Sim. Gostoso. Apertado. Isso. Maie. Quero. Quando já estava enterrado nele, me dobrei para a frente, me apoiando nos braços e sustentando meu corpo acima dele, meus lábios a um centímetro dos dele.

    Fechei os olhos.

   – Ah, meu Deus.

   Ele me envolveu com os braços e pernas.

   – Está gostando?

   Engoli em seco, com medo de me mexer, pois sabia que ia gozar logo.

   – Sim.

   Ele me beijou, sua língua passando de forma provocadora entre meus lábios.

   – Eu quero que isto seja tudo o que você imaginou.

   Mas eu não tinha imaginado nada remotamente parecido com aquilo.

   Lentamente, com um controle que me deixou chocado, comecei a mover os quadris, entrando e saindo daquele lugar inacreditavelmente quente. Ele gemeu nos meus lábios, e adorei aquele som, então me movi um pouco mais rápido, com um pouco mais de força, para que ele gemesse de novo. Isto é tão bom, é bom pra cacete. Eu jamais havia sentido nada assim.

    – Você é perfeito – ele sussurrou –, totalmente perfeito.

   Estava tudo perfeito, cada detalhe – suas pernas me enlaçando, suas mãos nas minhas costas, seu hálito nos meus lábios. Eu me senti próximo dele. Como se o que estávamos fazendo não tivesse só a ver com sexo – tinha a ver conosco. Ergui um pouco a cabeça para ver seu rosto, e nossos olhares se cruzaram. Puta que pariu.

    Naquele instante, entendi por que ele havia entrado tão rápido na sala de estar quando eu olhara para ele.

   Havia algo tão íntimo, tão poderoso, tão vertiginosamente sexy no contato visual em um momento como aquele. Era mais do que contato. Era uma ligação, e era intensa. Meu corpo reagiu, movendo-se mais rápido, com mais força e indo mais fundo, e, quando percebi, eu o estava fodendo de forma selvagem, cada estocada violenta pontuada por um grunhido que saía do fundo da minha garganta e pelo som de uma pele contra a outra.

    Agarrei a cabeceira da cama, quase desesperado, como se precisasse me controlar.

   Ele levou a mão até o próprio pau e se masturbou da mesma forma desenfreada como eu o fodia, todos os músculos de seu braço, do abdômen e do peito flexionados, apertando as pernas em volta do meu corpo. Era tudo o que eu sempre quisera que o sexo fosse – suado e intenso e vigoroso e animalesco e porra, porra, vou gozar e, ao vê-lo perder o controle sob o meu corpo, eu finalmente gozei.

    Mas não foi a visão de seus músculos, da mão ou do pau. Eu nem estava olhando para aquelas partes. Foram seus olhos. Malditos olhos azuis. Foi a ligação. Era a chave de tudo, pois não era apenas uma ligação com ele – era uma ligação comigo mesmo, uma forma de entender aquela parte de mim que eu sempre achara incompreensível, estranha e feia.

    Com Louis, tudo fez sentido. Aquilo era tão parte de mim quanto meu coração batendo no peito ou o sangue correndo em minhas veias.

   E era bonito. Com ele, era bonito.

(...)


    DESABEI SOBRE SEU PEITO, enterrando o rosto em seu pescoço.

   – Oh, meu Deus.

   Suas mãos deslizaram para cima e para baixo nas laterais do meu corpo.

   – Acho que você mentiu para mim.

   – Sobre o quê?

   – Sobre nunca ter transado com um cara antes.

   – Não menti. Você é o primeiro.

   – Fico muito feliz com isso.

   – Eu também. – Por um momento, me perguntei se teria havido um primeiro se Louis não tivesse entrado em minha vida. Eu não conseguia imaginar nenhum outro cara no mundo que pudesse me levar a isso. Era tudo por causa dele.

   – Então está tudo bem para você?

   – Sim. Acho que sim. – Respirei. – Mas não sei o que faremos daqui para a frente.

   – O que quer fazer?

   Pensei um pouco.

   – Não sei. Eu estaria mentindo se dissesse que poderia abrir mão do
que temos.

   – Ótimo. – Ele beijou minha cabeça. – Também não quero abrir mão do que temos.

   – Mas você e eu juntos… – Descolei meu peito do dele, apoiando meu peso nas mãos fincadas no colchão. – Não faço ideia de como é. De como devemos agir. Não estou pronto para assumir em público.

   – Entendo. E não sou mesmo uma pessoa que gosta de público.

   – Então nós só… o quê? Ficamos juntos aqui?

   – Sim.

   – Isso quer dizer que você não vai embora amanhã?

   Ele sorriu.

   – É. É isso.

   Eu sorri.
   – Que bom.

   – Mas vou embora daqui a duas semanas. Você se cansará de mim
até lá, de qualquer modo.

   Dei risada, mas pouco depois, enquanto estava sozinho em meu banheiro lavando as mãos, me perguntei se ele estava certo.

   Será que me cansaria dele? Seria uma paixão passageira? Tão breve quanto intensa? Será que brincaríamos de casinha por duas semanas enquanto ele estivesse aqui e terminaríamos quando ele se mudasse? Por um lado, provavelmente era isso que eu deveria torcer para que acontecesse. Que, o que quer que houvesse entre nós, acabasse antes de afetar minha vida a longo prazo. Uma química tão explosiva quanto a nossa era insustentável de todo modo, não? Aquela chama sempre se apagava, sendo gay ou hétero. Ouvia isso o tempo todo de amigos casados.

    Então decidi não me torturar por causa do que estávamos fazendo. Não ia durar muito. Eu só precisava botar aquilo para fora, e então nós dois poderíamos seguir em frente, livres para buscarmos nossos maiores objetivos.

   Era como uma parada não programada em uma excursão. Apenas diversão. Há quanto tempo que eu não fazia algo só para me divertir? Algo espontâneo, meramente por prazer?

    Satisfeito com minha decisão, escovei os dentes, apaguei a luz e voltei para o meu quarto. Louis não estava lá, nem suas roupas. Fui até o corredor e vi que ele não estava no banheiro. A porta de seu quarto estava entreaberta e o abajur estava aceso.

    Franzi a testa. Eu deveria dizer boa noite? Não havíamos dito antes. Meio que me levantara para usar o banheiro e ele fizera o mesmo. Não sei por que presumi que ele voltaria para minha cama. Eu nem tinha certeza se queria que ele voltasse. Mas esse parecia um desfecho anticlimático para uma noite maravilhosa.

    Ele apagou o abajur e eu voltei para o meu quarto, um pouco decepcionado, depois irritado comigo mesmo por ter me sentido assim.

    Não seja ridículo.

   Ele não é seu namorado. Está mais para… amizade colorida.

    Lembra disso? Alguém que não fica para dormir. Certo.

   Era melhor deixar alguns limites bem claros. Obviamente, até Louis percebia isso. Que alívio saber que pensávamos da mesma forma.

    Virando as cobertas, me enfiei na cama, programei o despertador e apaguei meu abajur. Quando deitei no travesseiro, percebi que ainda sentia o cheiro dele nos lençóis.

    Fechei os olhos e inspirei profundamente.

Continue Reading

You'll Also Like

37.2K 3K 56
Ayla é uma garota que enfrenta desafios que vão muito além da adolescência. Sob o mesmo teto que sua meia-irmã Sienna e seu padrasto abusivo, Marcos...
164K 8K 42
Manuella nunca teve uma vida normal. Com sua mãe viciada em drogas e seu pai morto ela teve que começar a trabalhar de baba para se sustentar, ela fo...
924K 49.3K 61
Amélia Ferrari acaba de voltar do internato de Londres depois de 3 anos. Ela só não imaginava que esse tempo fora viria cheio de surpresas, começando...
66K 2.9K 24
Sofia Oliveira começou a ter alguns sonhos eróticos após seu aniversário de 19 anos..