88° ANDAR (Jikook)

By LuneInfinie

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***NÃO REVISADA*** Em busca de ser reconhecido pelo pai, dono da maior empresa de segurança tecnológica de Se... More

💡⚙AVISOS⚙💡
PLAYLIST 88° ANDAR
PRÓLOGO
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EPÍLOGO
AVISOS

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By LuneInfinie

Boa noite nenéns! Tutu pom com vcs?
Consegui revisar cedo, então, paahhh 🎁

Tenho uns avisos, então puxa a cadeira e vamos conversar um pouquinho 🪑

1 - De antemão venho avisar que na próxima semana NÃO vai ter att porque vai ser a execução do que vai ser explicado neste capítulo, então é um cap difícil de construir, pq ele vai ser 90% AÇÃO. Então a próxima att (cap 41) será dia 29/03/22. Ok?

2 - O capítulo 42 está mais difícil ainda. Preciso mesmo de tempo pra sair tudo direitinho. Então provavelmente teremos mais uma semana de intervalo entre o 41 e o 42, porém, é só pra preparar vcs, pq qqr alteração vou avisar no mural daqui e no Twitter.

3 - Muito obrigada a cada leitor(a) que está aqui desde o início, aos que chegaram agora e estão dando essa chance. Peço mil perdões por não conseguir responder todo mundo, mas nos directs do ig, twitter, wattpad consigo responder, ok? Tbm tem curious cat (link na bio).
SEMPRE ESTOU LENDO OS COMENTÁRIOS DE VCS 💜 E AMOOO!
OBRIGADA MESMO! 🌹

É só isso, nenéns. Tenham uma boa leitura, leiam com atenção, e espero que gostem! 🙈 💜

Grande mal-estar físico e psíquico; aflição, agonia, coração na mão, e cu trancado. Isso mesmo, essa é uma das inúmeras definições de ansiedade.

Outra que também se aplica é: Jeon Jungkook.

Minha cabeça estava uma verdadeira zona de guerra entre os meus pensamentos racionais, à cerca dos crimes que Jae cometeu, assim como os atentados que sofri, e os meus pensamentos emocionais e intuitivos que teimavam em me fazer querer procurar motivos que explicassem tanta traição da parte dele.

Eu me perguntava constantemente se ainda era o estado de negação requerendo espaço dentro de mim, ou meu sexto sentido tentando me avisar algo. Fato era que eu nunca me senti tão magoado e confuso, em todos os meus vinte e quatro anos.

Também existia uma preocupação com o Jimin, que não cessava, fazia com que no meio da madrugada eu ligasse o meu notebook para acessar as câmeras do apartamento do Jae. Eu só conseguia desligar o aparelho após no mínimo meia hora assistindo os dois dormindo em quartos separados, e perceber que não havia movimento suspeito algum dentro do apartamento.

Naquela quinta-feira, o Kim Urubuzinho bonito do bem, ligou para mim, logo pela manhã. Avisou que precisava fazer uma reunião, com a direção da High Security, juntamente com o setor de testes. Eu nunca tive tanta reunião numa semana só, como nessa.

O que essa reunião tinha em comum com a última era que ambas seriam realizadas no mesmo andar, sala, e com quase as mesmas pessoas nela. Com o diferencial de que a minha mãe não poderia comparecer, e a minha secretária me acompanharia, assim como a do meu pai estaria ao seu lado.

Enquanto eu caminhava no largo e vazio corredor, tive a leve sensação de que alguém caminhava atrás de mim. Eu poderia estar com mania de perseguição, afinal, devido a tudo o que passei, era uma sensação que constantemente me cercava. Eu estava dentro da empresa, ninguém podia me fazer mal. Não ali.

Porém, isso não impediu meu cérebro de dar o comando para que meus pés acelerassem os passos. O barulho dos sapatos no chão, atrás de mim ficaram mais altos. Quando eu ia virar para trás, senti uma mão me puxando, no momento em que eu passava pela sala dos armários daquele andar, a pessoa me fez entrar exatamente lá.

Gostaria de dizer que era o Jimin, e que iríamos dar mais uns beijinhos naquele dia. Eu era um iludido mesmo de pensar isso sendo que Jae vivia na sua cola.

ㅡ Entra... ㅡ Antes de eu ver o resto do corpo, eu soube que era o Namastê, pela voz.

Pelo menos não era um inimigo.

Assim que entrei na sala que só tinha alguns armários, e algumas cadeiras, o Kim da manutenção trancou a porta convencional, virando-se para mim em seguida.

ㅡ Namastê, Jungkook. ㅡ Uniu as mãos na altura do rosto.

ㅡ Namastê, Namastê. Ainda bem que é você. ㅡ Passei minhas mãos pelo rosto, aliviado. ㅡ O que você quer?

Ainda que a High Security fosse cheia de câmeras, eu não me sentia mais totalmente seguro, nem mesmo em casa.

ㅡ Jajá eu digo, vamos conversar um pouco. Como você está? Parece meio conturbado...

ㅡ É exatamente assim que eu estou ㅡ suspirei, pondo as mãos nos bolsos, depois de me afastar um pouco dele.

ㅡ Eu sinto muito mesmo por tudo isso. Imagine que você deve estar muito preocupado, com você mesmo, com seu pai e a empresa.

ㅡ Obrigado. Mas... sabe, depois de uma reunião em que eu participei ontem, acho que a ideia de ter a minha própria empresa não é mais tão incogitável assim. Meu pai só valoriza a High Security, o filho não.

ㅡ Eu também acho que você deveria pensar sobre seu próprio negócio.

Eu já estava pensando.

O reconhecimento que eu tanto já quis ter, viria depois que o meu pai descobrisse que eu, e principalmente aquele que ele tanto odiava, fomos os responsáveis por salvar sua empresa? Além dos nossos amigos, que estavam nos ajudando, é claro. Porém, indiscutivelmente, Jimin era o que mais estava se sacrificando em prol do plano.

Não que fosse pelo meu pai, era por mim, eu sabia. Entretanto, o poderoso Jeon desfrutaria dos benefícios daquele sacrifício.

O que acontecia era que eu já estava em um ponto da minha vida, em que o seu reconhecimento já não fazia diferença. Por isso mesmo, independentemente de conseguirmos salvar a empresa, mandar o Jae para a cadeia, e ouvir um "obrigado", eu não ia tirar da cabeça a possibilidade de construir uma empresa só minha.

ㅡ Eu quero que isso tudo acabe primeiro, depois vou sim, começar uma nova página na história da minha vida. Com novos desafios, mas sem minha cabeça a prêmio pelo menos. ㅡ Nam riu das minhas palavras, em seguida, sentou-se numa cadeira disponível ao seu lado.

ㅡ Jungkook, eu não quero ser indelicado de colocar mais preocupação em sua cabeça, mas preciso conversar com você.

ㅡ Estou ouvindo. ㅡ Bati as pestanas, examinando sua expressão receosa, atento ao que ele diria.

ㅡ Eu tive um pesadelo com você, três noites seguidas. ㅡ Arqueei minhas sobrancelhas, surpreso, mas o esperei terminar de falar. ㅡ Isso me deixou bem inquieto, porque foi muito real, e acontecia sempre a mesma coisa nas três vezes. Por isso decidi vir te contar.

ㅡ Ok, agora eu fiquei com medo. ㅡ Dei alguns passos para trás, e peguei uma cadeira para sentar também, mesmo sem conseguir me encostar no apoio, de tão tenso. Pelo menos sentado eu não cairia de tão alto em caso de desmaio. ㅡ Que pesadelo foi esse?

ㅡ Antes de eu contar quero te pedir que, por favor, não leve no sentido literal. Eu não quero acusar ninguém, nem dizer que o que eu vi vai se cumprir, ou que-

ㅡ Conta logo, por favor! ㅡ grunhi, já agoniado com tanto suspense. ㅡ Conta, eu aguento. Com o que você sonhou?

ㅡ Eu sonhei com a sua morte.

O quê?

Todo o ar fugiu dos meus pulmões e eu, sem forças, encostei-me no apoio da cadeira. Namjoon fez uma pausa, em respeito ao meu choque, e eu olhei para o chão, sentindo o meu coração tão apertado que a sensação me sufocava.

Quando olhei para meu amigo novamente, tive medo de levar aquela conversa adiante, porém eu sabia que não conseguiria tirar tal assunto da cabeça. Dado isso, eu precisava fazer uma pergunta.

ㅡ Foi um acidente, ou... um assassinato?

ㅡ Assassinato.

ㅡ Você viu quem foi, no sonho? ㅡ Minha voz mal encontrava espaço para sair.

ㅡ Vi.

Mais uma vez respirei fundo, com medo. Ainda que fosse apenas um pesadelo, o Namastê tinha um histórico de sentir coisas que outras pessoas não sentiam. Aquilo me fazia acreditar que não era um sonho ruim qualquer.

ㅡ Quer que eu continue? ㅡ Uniu as sobrancelhas, parecendo preocupado com a minha reação.

Eu queria saber quem me matou, e como me matou naquele sonho?

Lógico que não. Eu já estava terrivelmente assustado, sendo bombardeado de pensamentos trágicos sobre o futuro, e só me vinha o nome do Jae à mente. O que era doloroso demais, porque no meio do meu ódio ainda existia amor, e em meio a minha decepção ainda existia um desejo irracional de que ele se arrependesse.

Mas a curiosidade não me deixava, e se eu pudesse me preparar levando o tal pesadelo como um aviso, para de alguma forma evitar algo de ruim, seria bom eu saber.

ㅡ Sim... Como foi?

ㅡ Um golpe de faca, bem no seu coração. Não foi nada legal de ver. ㅡ Ele olhou para baixo, e balançou a cabeça para os lados. ㅡ Pior ainda foi ver quem...

ㅡ E quem foi?

ㅡ O seu melhor amigo, Jungkook. Foi o Yoongi.

Minha respiração começou a pegar ritmo. O Namastê ergueu as mãos, mostrando as palmas para mim, num pedido mudo de calma, e continuou.

ㅡ Isso não quer dizer que o Yoongi vai apunhalar o seu coração. Geralmente, sonhos não possuem sentido literal, eu quis te contar justamente para que a gente encontre um significado pra ele.

ㅡ Ainda que o sentido não seja literal, é óbvio que um pesadelo desse não quer dizer uma coisa boa.

ㅡ Desde que você descobriu toda a verdade sobre o Jae, o Yoongi te falou tudo o que sabia?

ㅡ Sim, ele falou que foi o Jae quem o indiciou a indicar o elevador errado pra mim, que anda visitando a mãe dele, mesmo que o catus se sinta ameaçado, não me escondeu nada... ㅡ Enquanto eu falava, lembrei que na verdade ainda havia algo que o Jae sabia sobre o meu amigo que eu não sabia. ㅡ Na verdade, existe um segredo que o Yoongi não me contou.

ㅡ E isso pode ter a ver com o crime e o sonho?

ㅡ Não é sobre o crime, e sim sobre alguma particularidade do Yoongi, mas ele disse que não se sente confortável pra contar ainda. E eu nem posso cobrar isso.

ㅡ Cobrar não, mas insistir um pouco pode ser necessário. Porque... o sonho pode não se referir ao Yoongi matando você, mas com certeza está relacionado a ele. E se por causa da omissão de alguma coisa, ele acabar te prejudicando?

Fazia muito sentido.

ㅡ Tem razão, vou ter que conversar com ele.

Olhei para o meu relógio de pulso, percebendo que se eu demorasse mais iria me atrasar para a reunião que Jin marcou. Dessa forma, levantei-me e dei um abraço no meu amigo.

ㅡ Obrigado por me contar isso.

ㅡ Tente ficar em paz. Namastê, Jungkook.

Nos despedimos, saí da sala dos armários, e voltei a caminhar rumo à reunião daquela manhã.

Fiquei extremamente pensativo sobre o sonho, e a minha intuição sobre o que ele poderia significar não estava nada boa. Era como se uma nuvem cinza pairasse em cima de mim. Também não era como se eu pudesse encostar o Catus na parede para que me dissesse algo tão pessoal, que o deixava tão desconfortável, contudo, seria impossível não tentar mais uma vez.

Assim que cheguei na entrada da sala de reuniões, encontrei minha secretária me esperando. Liberei seu acesso, dessa forma entramos. Cumprimentei a todos apenas acenando com a cabeça, posto que, Seokjin parecia apressado para dar início a reunião. Provavelmente estava apenas me esperando para começar a falar.

Jimin usava um sobretudo cinza, coerente com o dia que estava um pouco frio, e uma roupa toda preta por dentro. O coordenador, que estava sentado ao lado de Jae, sorriu discretamente quando me viu usando um terno preto com uma gravata roxa. Minha nova cor preferida.

Tive que me sentar ao lado do meu pai, que como sempre estava com uma cara, não de poucos, mas nenhum amigo. Ou seja, apenas um retrato da realidade.

ㅡ Bom dia, pai.

ㅡ Bom dia ㅡ respondeu com uma carranca, de forma quase inaudível, no entanto, pelo menos foi uma resposta.

ㅡ Bom, já que estão todos aqui, vou dar início. ㅡ O diretor começou seu discurso. ㅡ Devido às mudanças que ocorreram no protótipo do Jungkook, precisaremos ter um estoque relevante de materiais para a produção de mais chaves, e materiais para testagem.

ㅡ Isso não deveria ser feito apenas depois que o projeto for aprovado? ㅡ Jae questionou, cruzando os braços em cima da mesa.

ㅡ Não. Sempre precisamos fazer uma pesquisa de onde podemos encontrar os melhores materiais, além de que existe um tempo de espera para recebermos, então precisa ser programado. ㅡ Seokjin explicou.

ㅡ Vamos pedir apenas o mínimo, nada de exageros enquanto o equipamento não for aprovado. Porque caso ele não seja, podemos usar o material para algum outro fim. ㅡ O poderoso Jeon, falou, e apontou o dedo para que a Cha Eunwa anotasse as decisões no tablet que ela tinha em mãos.

Não sei que "fim" os materiais teriam. Fazia um bom tempo que o poderoso Jeon não lançava nada de novo na empresa.

ㅡ Ok, acontece que eu conheço um bom fornecedor em Daegu, e nós queremos visitá-lo, para escolhermos esse material a dedo. ㅡ O diretor olhou para o meu pai enquanto falava, provavelmente procurando algum sinal de reprovação da sua parte.

ㅡ "Nós" quem, Kim?

ㅡ Jimin, Jungkook, e eu. Isso é função do nosso setor, e do desenvolvedor do projeto, senhor Jeon.

ㅡ Eu posso ir com vocês? ㅡ É claro que foi Jae quem perguntou. De certo, ele já desconfiava de nós, e sabia que o Seokjin não era seu aliado.

ㅡ Na verdade, Jae, segunda-feira, pela tarde, vai acontecer uma reunião de planejamento estratégico e plano de investimento das modificações que estão sendo feitas nos elevadores. Você, como braço direito do senhor Jeon, é muito necessário lá. ㅡ Seokjin foi incisivo ao falar para o outro. ㅡ E nós ainda estaremos em Daegu, o que vai te impossibilitar de ir.

ㅡ Eu não preciso estar nessa reunião. Não tem necessidade. ㅡ Como eu esperava, Jae não aceitou.

Jimin, que observava aquela breve discussão, olhou para o seu colega de setor, parecendo lembrar de algo, até que falou:

ㅡ Não podemos esquecer que temos aquele parceiro lá em Busan que solicitou a visita de um dos principais representantes da HS, pra tratar de novos moldes tecnológicos pra empresa no início do ano. A disponibilidade dele é nesse mesmo dia, e não podemos perder essa oportunidade porque esse senhor é um contribuinte importante.

ㅡ Quem é esse? ㅡ Jae franziu o cenho. Parecia estranhar tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo.

ㅡ É o senhor Soon, um fornecedor das melhores placas que temos, e comprador tambem. ㅡ Jimin continuou explicando. ㅡ É um dos parceiros mais relevantes.

Com isso, o loiro estava dizendo que o cara era um parceiro VIP, e precisava de um atendimento especial de um dos três representantes livres para esse tipo de visita fora da empresa. Ou seja, Jeon Jongsu, Kang Jae, ou eu, já que a atuação da minha mãe era na parte da advocacia.

Era lógico que o meu pai iria querer que Jae fosse, porque Jongsu teria um evento de parceiros para participar no auditório da empresa em período integral, e não confiava que eu conseguia fazer coisas simples como essa. Mostrando que eu estava certo, quase me fazendo rir por isso, ele ordenou:

ㅡ O Jae vai.

ㅡ Eu acho que o Jungkook deveria ir. Ele é o nosso gestor de recursos tecnológicos, ninguém melhor do que ele para representar a empresa. ㅡ Jae argumentou, deixando clara a sua oposição.

Tradução: Ele não me queria perto do Jimin na viagem para Daegu, então me empurrar para Busan era a saída.

ㅡ Você também é um dos principais representantes da empresa, pode muito bem ir, já que não quer ir para a reunião da manutenção ㅡ retruquei, tentando soar casual, e falhando miseravelmente.

ㅡ Bem lembrado. Na verdade, eu vou para a reunião da manutenção, que o Kim falou, então vou estar ocupado.

ㅡ A reunião que você disse que não tinha necessidade da sua presença? ㅡ O lembrei, estreitando meus olhos.

ㅡ Essa mesmo. Decidi que vou agora. ㅡ Ele me desafiou com o olhar.

Era melhor para ele se ocupar na reunião da manutenção, para não ter como ir visitar o cliente, e eu que tivesse que ir. Dessa forma, Jae poderia até não poder viajar com o Jimin, mas eu também não poderia, e isso já estava de bom tamanho para ele. O meu pai, parecendo entender o ponto do "amigo", logo concordou.

ㅡ Então você participa da reunião da manutenção, o Jungkook vai para Busan, e o Kim, e o Park vão para Daegu. Ponto final.

Vi a secretária do meu pai, e a minha anotando as decisões da reunião, lê-se, do poderoso Jeon, em seus tablets, e não pude evitar ficar frustrado por não poder usar da viagem um pretexto para ver Jimin.

ㅡ Então você vai para Busan pela manhã, no mesmo tempo em que o senhor Park, e o senhor Kim vão viajar para Daegu? ㅡ Lalisa perguntou.

ㅡ Sim, Lisa ㅡ murmurei derrotado.

Fiquei alguns segundos disperso da reunião, até que ouvi Seokjin falar algo interessante para o Jae.

ㅡ A reunião que você vai participar será conduzida pelo chefe da manutenção, e um funcionário que está se graduando em tecnologia em manutenção, o Kim Namjoon. ㅡ O orgulho do diretor ao falar do Namastê estava estampado para quem quisesse ver. ㅡ Ele deu ótimas ideias para implementação de modificações, depois da sabotagem do elevador.

ㅡ Com certeza você também terá muito a contribuir lá, Jae. ㅡ Meu pai afirmou.

Ele com certeza teria muito o que contribuir para melhorias, depois de ter derrubado o sistema da empresa. Ironias da vida.

ㅡ Acho que já resolvemos o assunto pelo qual eu chamei todos aqui. ㅡ O urubu bonito do mal, se preparou para encerrar a reunião. ㅡ Obrigado pelo tempo de vocês. Jimin, você pode ficar pra gente acertar os detalhes da viagem?

ㅡ Mas não vai ser só segunda-feira? Hoje ainda é quinta. ㅡ Jae questionou, franzindo a testa.

ㅡ Sim, é que eu gosto de programar tudo antes, detesto fazer as coisas em cima da hora.

ㅡ Tudo bem, eu fico mais um pouco. ㅡ Jimin respondeu, relaxando sua postura na cadeira.

Eu admirava o quanto Jimin era focado. Mal me olhou durante a reunião inteira, ainda que eu soubesse que ele estava se corroendo de saudade, assim como eu.

A reunião acabou, dispensei minha secretária, mas eu ainda demorei um pouco na sala, procurando alguma brecha para falar com o meu namorado-amante. Porém, Jae conversou com meu pai por tanto tempo na porta, que se eu demorasse mais ficaria muito evidente que eu estava querendo caçar a ferinha.

O curioso foi que bastou eu caminhar na direção da porta, que o amigo falso chamou meu pai para saírem em direção ao corredor da esquerda. Pelo menos eu ia para o lado oposto.

Já preparado para sair da sala, olhei para trás uma última vez, e vi o urubu murmurar "campo desinflamado" enquanto falava no celular, com Jimin de frente para ele e, consequentemente, de costas para mim.

Cabisbaixo, sem ter conseguido a viagem com o meu amor, e ao menos conseguido falar com ele no final da reunião, caminhei pelo corredor a passos lentos, sem a menor vontade de chegar na minha sala.

Movido pelo barulho de alguns passos não muito distante de mim, ergui meu olhar e tive uma surpresa quando vi Namastê, Tico e Teteco, e Felis Catus vindo em minha direção. Continuei andando, mas assim que eles me alcançaram, Namjoon enlaçou seu braço no meu braço esquerdo, e Hoseok no direto, fazendo-me ter que voltar caminho que eu estava fazendo, mas de costas. Enquanto isso, o sonso de cabelo rosa, e lentes, mascava seu chiclete imaginário, olhando para mim. E Yoongi, ao lado dele, falou:

ㅡ Direção errada, playboy.

ㅡ Pra onde nós vamos? ㅡ questionei, totalmente confuso.

ㅡ Pra sala oito do andar oitenta e oito. Legal, né? ㅡ respondeu Hoseok.

ㅡ Mas eu acabei de sair de lá.

ㅡ Namastê novamente, Jungkook. A gente sabe, mas nos acompanhe, pode ser?

ㅡ E eu tenho opção? ㅡ Comecei a me remexer para me desvencilhar deles, e assim que consegui, virei de frente para caminhar corretamente.

Entramos pelas portas automáticas, e eu vi Jimin se virar em minha direção. Quando me percebeu ali, na companhia dos nossos amigos, ele exibiu um sorriso largo, que forçava seus quasares adoráveis a se fecharem.

Catapimbas de homem bonito.

Nota mental: Dar um beijo naquela boca gordinha, na primeira oportunidade que eu tiver.

ㅡ Jeon filho, sente ao lado do Jin que ele vai explicar tudo, certo?

Em questão de minutos todos se cumprimentaram, e tomaram seus assentos. Jimin sentado entre Namjoon e Hoseok; de frente para eles estavam Yoongi ao lado do Taehyung, e eu entre o Yoon e o Jin, que estava na ponta da mesa. Eu estava tão confuso que nada consegui dizer. Jimin, do outro lado da mesa, riu do meu cenho franzido.

Eu queria estar sentado ao lado da ferinha, mas também não queria parecer um emocionado. Então apenas fiquei quieto. Nem sabia o que pensar de estar ali novamente. Só conseguia assimilar uma informação:

Estávamos os sete no octogésimo oitavo andar. Mas para fazer o quê?

Seokjin cruzou as mãos em cima da mesa, e começou a fazer uma série de perguntas.

ㅡ Câmeras desativadas?

ㅡ Confere. ㅡ Hobi verbalizou e acenou com a cabeça.

ㅡ Porta trancada?

ㅡ Confere ㅡ confirmou Jimin, com uma feição tranquila.

ㅡ Os ratos estão salas deles?

ㅡ Confere. ㅡ Dessa vez Yoongi respondeu.

ㅡ Nós estamos em algum tipo de organização secreta? ㅡ sussurrei para o felis catus.

ㅡ Confere, playboy.

ㅡ Então vamos começar. ㅡ O diretor olhou para mim, que parecia ser o mais perdido de todos, e se pôs a explicar. ㅡ Não existe viagem nenhuma pra eu fazer com o Jimin, nem cliente que você precisa visitar. Eu tinha que inventar um motivo para tirar você e o Jimin da empresa, sem que o Jae desconfiasse que vocês estavam juntos.

Então era por isso que o Jimin não parecia nem um pouco triste quando não apoiaram nossa viagem juntos. A ferinha esperta já sabia de tudo.

ㅡ A intenção sempre foi empurrar o Jae pra reunião da manutenção, essa sim existe. Como nós sabíamos que ele iria recusar, inventamos a visita ao cliente em Busan. Era lógico que o seu pai iria querer que o Jae fosse, mas era a oportunidade de o Jae te empurrar pra esse cliente, porque assim você não poderia viajar comigo e o Jimin.

ㅡ E pro Jae ter a desculpa perfeita pra não ir pra Busan, topou ir à reunião da manutenção. ㅡ Completei seu raciocínio, entendendo tudo. ㅡ Que era onde vocês sempre quiseram que ele estivesse.

ㅡ Parece que o titio não é tão espertão assim, certo?

ㅡ Não podemos subestimar ele, Tae, não foi só o Jungkook-ah, o pai dele, e eu a sermos enganados. ㅡ Jimin encarou o amigo. ㅡ Várias pessoas na empresa também foram. E quando nos acharmos na frente dele, podemos vacilar. Então todos devem ter cautela.

ㅡ Enfim, por que nós inventamos todas essas mentiras? Porque é na segunda-feira que vamos agir. Enquanto o Jae pensa que o Jimin e o Jungkook estão longe, vocês estarão pegando os documentos no apartamento dele. ㅡ Jin continuou sua explicação.

ㅡ Mas o último está na sala dele, ainda que eu consiga entrar lá, tem pessoas demais na empresa que podem me ver, e chegar aos ouvidos dele que eu não estou viajando coisa nenhuma.

ㅡ Esse último nós vamos ter que pegar de noite, mas jajá vamos chegar nesse tópico, meu céu.

Eu assenti, e esperei o urubu terminar a explicação que eu tinha interrompido.

ㅡ Vamos à participação de cada um no plano. O Jae pensa que eu vou estar na viagem com o Jimin, mas eu vou ficar de tocaia na portaria do prédio, enquanto vocês pegam esses documentos, pro caso de alguma visita inesperada chegar.

ㅡ Eu como sou da manutenção, e um dos organizadores da reunião, vou ficar conferindo se o Jae não usa o celular dele pra olhar as câmeras do próprio apartamento. Espero que não seja difícil, já que é proibido em reuniões. ㅡ O Namastê explicou. ㅡ Vou fazer o máximo pra atrasar o término da reunião, que vai coincidir com o fim do expediente de todos os funcionários da empresa, menos seguranças e monitoramento.

ㅡ E é aí que entra a parte do último documento. Com o expediente encerrado, você e o Jimin vão pra empresa, já deserta, e pegam esse envelope na sala dele ㅡ falou Hoseok para mim. ㅡ Como você é filho do CEO, os seguranças ao menos vão perguntar o que você está fazendo lá. Independente de com quem esteja.

ㅡ E tem alguma parte do plano onde o Jae não vai pra casa, e vê que os documentos não estão mais lá? ㅡ Minha fala fez meu melhor amigo rir. Ele conhecia bem demais o meu lado questionador.

ㅡ É claro que tem, playboy. Vou chamar o Jae pra conversar em algum lugar, e ele vai ter que sair direto da empresa pra me encontrar. Assim ele nem vai pisar em casa.

ㅡ Ah é bonzão, e como você garante que vai conseguir? ㅡ Arqueei minhas sobrancelhas um tanto incrédulo.

ㅡ Eu tenho um assunto muito sério pra falar com ele... O Jae com certeza vai, mas de qualquer forma eu já vou mandar mensagem pra ele falando sobre isso durante o dia. Então se ele se recusar a me encontrar na saída do expediente, vai dar tempo de a gente abortar a missão, e infelizmente tentar de outra forma e em outro dia.

ㅡ Entendi. ㅡ Inevitavelmente o sonho do Namjoon me veio à mente, porque esse "assunto sério" poderia ser relacionado ao segredo. Porém, fiquei quieto.

ㅡ O Tae e o Hobi vão ficar no monitoramento, e o Namjoon depois da reunião vai ficar a postos comigo nas redondezas da empresa, pra qualquer coisa que der errada a gente ter como intervir. ㅡ O urubu afirmou com uma postura firme, passando confiança, acredito que não apenas para mim.

Todos estavam atentos às suas palavras, e eu aproveitei aquela atenção para me posicionar, afinal, se eu tivesse sabido que iríamos nos reunir tão rápido, eu mesmo teria tomado a frente do encontro.

ㅡ Ok, mas assim que nós sairmos do prédio, vamos direto pra polícia entregar as provas. Junto com o pendrive que eu vou pegar no sábado, dependendo do que tenha lá, claro. Sei que até aqui agimos deixando o investigador Mark de fora, mas eu já tinha em mente levar tudo pra polícia assim que conseguisse os documentos. Espero que todos estejam de acordo. ㅡ Olhei para cada um, vendo-os assentir sem objeção alguma. ㅡ Ótimo. Assim deixamos pra polícia tomar as medidas cabíveis.

ㅡ Só um detalhe, playboy. Às vezes o seu pai aparece fim de semana na empresa, eu mesmo já peguei livros com ele no domingo. Então, se você pegar esse pendrive no sábado ele tem o fim de semana todo pra descobrir que não está mais na sala dele.

ㅡ Então eu vou ter que fazer isso na segunda-feira de manhã. Meu pai vai participar de um evento no auditório da empresa. Acho que vai dar certo. Temos que agir no menor espaço de tempo possível.

ㅡ Se é assim porque uns não fazem uma coisa enquanto outros fazem outra? ㅡ questionou Hobi. ㅡ Por exemplo, uma pessoa pega esse pendrive, enquanto o Jungkook e o Jimin pegam os documentos do apartamento, e outra pessoa pega o documento da sala do Jae.

ㅡ Não dá. Só eu e o Jungkook-ah temos autorização na portaria pra entrar no apartamento do Jae. O porteiro já sabe quem é o Jungkook há anos, nem pergunta mais quando vê ele lá. Na sala do Jeon Jongsu, só o Jungkook-ah, de nós todos, pode entrar sem permissão. E pra abrir a porta do escritório, e a caixa no arsenal do Jae, só com o protótipo dele também. ㅡ Jimin passou as mãos no cabelo, e bufou. ㅡ Vocês até poderiam aprender a usar a chave, mas cada um aqui já tem sua função.

Sim, era verdade. Tico e Teteco, ficariam no monitoramento, Namastê vigiando o Jae na reunião, e depois nos dando cobertura com o Jin, e Yoongi de isca.

ㅡ Inclusive, Tae e Hobi, tomem cuidado com a Jisoo, aquela funcionária do monitoramento ㅡ avisei aos dois. ㅡ Pode ser que ela esteja trabalhando com o Jae e que tenha sido ela quem pegou os documentos da mesa da Lisa e apagado as imagens depois. Ela trabalha no mesmo setor que vocês, e a Jennie, secretária do Jae, me disse que a Jisoo tem andado muito com a Lisa.

ㅡ Caralho, sério? ㅡ Hoseok arregalou os olhos. Ele parecia tão nervoso, que tirou seu frasco de álcool em gel do bolso, passou nas mãos, e as esfregou uma na outra freneticamente. ㅡ Não podemos confiar em ninguém mesmo.

ㅡ Qual é o nome completo dela? ㅡ questionei ao Hobi.

ㅡ Lee Han Jisoo. A ficha dela é limpa no RH.

ㅡ A do Jae também. Só fiquem de olho, por favor.

ㅡ Pode deixar. ㅡ Hoseok concordou.

ㅡ Para todos os efeitos, eu vou viajar com o Jimin, e o Jungkook vai visitar o cliente. Tudo isso por volta das onze horas da manhã. Por isso, você ㅡ Jin olhou para mim ㅡ, precisa conseguir esse pendrive até às dez e meia da manhã, no máximo, e sair do prédio.

ㅡ Ok.

ㅡ Depois disso usem o tempo de vocês para relaxar um pouco, e se preparar psicologicamente, porque não vamos poder fazer nada até o Jae entrar na reunião. Só de tarde, quando estiver lá é que ele vai largar o celular. E aí vocês podem revirar aquele lugar sem os olhos dele nas câmeras. ㅡ Seokjin nos alertou, ainda que eu já tivesse pensado naquilo. ㅡ Mas atenção, vocês vão ter cerca de uma hora e meia, porém trabalhem com a possibilidade de terem menos tempo.

Sim, porque quando Jae saísse para se encontrar com o catus, seria outra contagem de tempo, e talvez nós tivéssemos menos de meia hora para pegar o envelope no arsenal da sua sala. Dessa forma, ao findar a reunião na empresa, junto com o expediente, já precisaríamos ter conseguido os documentos do apartamento.

ㅡ Assim que acabar a reunião da manutenção, eu, ou quem estiver disponível, vai avisar a vocês, certo?

ㅡ Certo. ㅡ Jimin confirmou.

ㅡ Por que vocês não me contaram que a reunião de hoje na verdade era por causa do plano? ㅡ questionei com uma falsa revolta na minha face embotada.

ㅡ Por que você é um coelho emocionado que não sabe disfarçar nada, Jeon filho.

ㅡ Para, Tae. Não é isso, meu céu. É porque a gente sabe que o Jae te conhece, suas reações precisavam ser as mais genuínas possíveis.

ㅡ Você sabe que ele disse a mesma coisa que eu, só que de um jeito carinhoso, certo?

ㅡ Tudo bem, o que importa é que o plano está traçado ㅡ suspirei com um pouco de nervosismo correndo nas minhas veias.

ㅡ Só eu tô com medo? ㅡ Hoseok admitiu, com um sorriso em meio a uma careta.

ㅡ Vai dar tudo certo. ㅡ Namjoon lhe deu um abraço lateral.

Sua fala não me acalmou em nada, porque eu sabia que era uma mensagem de conforto para tranquilizar o outro, e não uma afirmação intuitiva da sua parte. Todavia, mesmo com medo, estavam ali dispostos a me ajudar. Eu era grato por não estar sozinho, e precisava externar isso.

A sabotagem do elevador deu sequência a diversos desastres em minha vida. A probabilidade maior, era que eu enfrentasse tudo sem grandes ajudas, nunca imaginei que cada um deles se comprometeria nesse nível, sem de fato o problema ser deles.

ㅡ Eu quero agradecer a cada um de vocês pela ajuda. Se é arriscado com sete pessoas envolvidas, nem consigo imaginar se eu tivesse que enfrentar tudo isso sozinho. ㅡ Como o emocionado que eu era, já estava sentindo meus olhos arderem com lágrimas querendo cair. ㅡ Somos pessoas tão diferentes que trabalham com coisas diferentes, cargos diferentes, e mesmo assim firmamos uma amizade que deu tão certo... ㅡ A primeira lágrima escapou, e eu fui abraçado por Yoongi. Sabendo que eu não conseguiria mais falar muito sem chorar, optei por apenas uma frase que resumia tudo. ㅡ Eu amo vocês.

Perdi alguém que eu amava, porque para mim era como se Jae tivesse morrido, contudo aquelas pessoas, cada uma com o seu jeitinho, com qualidades e defeitos, me confortaram.

Isso foi mais do que confirmado quando todos se levantaram das suas cadeiras e foram até onde eu estava. Fechei meus olhos, e pus a mão na boca, quando percebi que comecei a chorar sem parar. Senti os braços de Jimin me envolvendo em um abraço protetor. Eu sabia que era ele, por causa do seu cheiro familiar, e seu corpo que eu já reconhecia de olhos fechados. Porém, não foi apenas ele. Todos se juntaram para um abraço em grupo.

ㅡ Nós também amamos você, Jungkook. ㅡ Jin estava chorando também, percebi ao ouvir sua voz embargada.

Aquele sem dúvidas foi o momento em que me senti mais acolhido em todos os meus vinte e quatro anos.

ㅡ Tudo bem, agora vamos afastar um pouquinho porque eu já estou ficando agoniado. ㅡ Hoseok tirou seu frasco de álcool em gel de bolso, e despejou uma quantidade generosa em suas palmas. ㅡ Mas isso não muda o fato de que eu esconderia um cadáver por você, Jungkook.

ㅡ Coração, você não pode dizer que esconderia um cadáver enquanto passa álcool nas mãos, certo?

ㅡ Posso sim. Quer que eu repita?

ㅡ Parem com essa história de cadáver. Vocês não sabem que nós absorvemos energia do ambiente e das palavras? Eu quero manter meus centros energéticos alinhados.

ㅡ Foi mal, Namastreta, pode deixar que eu dou um castigo no gostoso mais tarde.

Com risadas encerramos nossa reunião. Abracei cada um separadamente, com exceção da Ferinha, que teria um tratamento especial depois. Quando fui falar com o meu melhor amigo, demorei um pouco mais.

ㅡ Posso conversar com você?

ㅡ Claro. Já tava com saudade da sua cara feia. ㅡ Ele ria abertamente, não imaginando que o assunto era delicado.

Vi Jimin olhando para nós dois, escorado na janela, com as mãos enfiadas nos bolsos do sobretudo. Depois voltei minha atenção para o Yoongi novamente.

ㅡ Você vai voltar pra Imagine?

ㅡ Não, vou pra casa. De tarde vou visitar a minha mãe, então não abri a livraria hoje.

Eu me ofereceria para ir com ele, mas eu não tinha intimidade com sua mãe, seria meio desconcertante e indelicado da minha parte.

ㅡ A gente pode almoçar antes de você ir ㅡ sugeri. ㅡ Eu peço num restaurante aqui perto e levo lá.

ㅡ Por mim tudo bem, mas você não quer ir comigo agora? Eu já tô indo pra casa.

ㅡ É que eu ainda não falei com o Jimin... ㅡ Olhei para o chão e sorri contido.

Enquanto conversávamos, os outros já saíam da sala. Restaram apenas a ferinha e o urubu do outro lado da sala.

ㅡ Entendi, vai lá namorar, depois você passa lá em casa. ㅡ Deu um soquinho no meu ombro.

ㅡ Então, até já.

Nos despedimos e eu olhei novamente na direção da ferinha que conversava com o diretor. Por sorte, Jin pareceu ter terminado o que falava, e se despediu dele, para logo em seguida vir em minha direção.

ㅡ Não demorem aqui, vocês têm pouco tempo. Vou ficar do lado de fora esperando o Jimin pra gente sair junto. E você espere cinco minutos pra sair, tá? ㅡ avisou quando chegou até mim.

ㅡ Pode deixar urubuzinho bonito do bem.

Jin revirou os olhos por causa do apelido carinhoso, e saiu da sala, deixando-me a sós com o loiro. Jimin se desencostou da janela quando me viu andando em sua direção.

ㅡ O que eu fiz pra merecer o homem mais lindo do mundo? ㅡ indaguei, alcançando-o, e circulando sua cintura com meus braços.

ㅡ Você é o segundo homem mais lindo do mundo, por isso me merece. ㅡ Deu uma risadinha, todo convencido.

ㅡ Eu amo a sua humildade, sabia?

ㅡ Eu sei, é o meu jeitinho, você não resiste.

ㅡ Não resisto mesmo. ㅡ Eu o encostei na parede ao nosso lado, mas no lugar de beijá-lo, fiquei admirando o seu rosto.

Sua pele parecia tão cintilante, iluminando cada curvatura da sua face, no nariz, maçã do rosto, queixo, linha da mandíbula. Seus quasares emitiam tanta energia, seus cabelos jogados para trás, deixavam alguns fios dourados recaindo sobre sua testa, e seus lábios carnudos e entreabertos, chamavam os meus para um beijo.

Jimin segurou meu rosto com as duas mãos, olhando-me com atenção, parecendo se devotar a mim da mesma forma que eu fazia consigo.

ㅡ Você é lindo, meu céu. É a pessoa mais linda que eu conheço. E eu roxo você. ㅡ Lembrou da nossa dinâmica com as cores, no dia do evento gastronômico.

Senti verdadeiramente suas palavras aquecendo o meu coração. Era curioso como nas minhas analogias sobre Jimin, eu e o universo, eu sempre me comparei com a parte do espaço escura, que não emite calor. Sempre sendo escondida do que poderia mostrar de si mesma.

E Jimin era aquela explosão de energia massiva, de alta temperatura, capaz de devorar tudo o que passava por si, com a sua presença firme. E foi essa sua energia, esse seu calor que me contagiou inteiro, que fez eu me mostrar de dentro para fora.

ㅡ E eu te amo com a minha vida inteira. ㅡ Uni minha testa à sua, repousando minhas mãos em sua cintura. Jimin embrenhou seus dedos em meu cabelo, e roçou seu nariz no meu.

》SMNM - Everything《

Depositei um selinho demorado e carinhoso em seus lábios, e puxei o inferior entre meus dentes. Senti sua língua umedecendo meu lábio superior, buscando espaço para se abrigar em minha boca. Dessa forma iniciamos um ósculo lento, em contradição com as batidas frenéticas do meu coração.

Minhas mãos passearam por sua silhueta acariciando cada pedacinho que eu podia, inspirando forte e imerso naquela atmosfera deliciosa. Era tão doloroso sentir saudade o tempo todo e não poder suprir bem a falta que ele me fazia.

Jimin puxava meu rosto para si, aprofundando nosso beijo, e me invadia mais com sua língua, causando pequenos tremores em meu corpo, ao sentir o encaixe do seu. Pôs suas palmas em meu peito, onde arranhou, e apertou com vontade. Seu toque sempre fazia meu sangue entrar em ebulição.

ㅡ Eu daria tudo pra ficar sozinho com você agora. ㅡ Ele investiu seu quadril contra o meu, fazendo-me ofegar surpreso com o choque delicioso que senti.

Nem respondi, mordi, e suguei seus lábios para mim, com força, pressionei minha língua no céu da sua boca e, com as mãos ansiosas, apertei a carne farta da sua bunda, trazendo-o mais ainda para se roçar em mim. O som grave e rouco que escapou da sua garganta morreu em minha boca, aquilo me atiçou de maneira tal, que eu o empurrei contra a parede, impus meu corpo sobre o seu, causando uma pressão deliciosa, que me fez ter que inspirar forte quando comecei a succionar a pele sensível do seu pescoço.

ㅡ Meu céu... eu te quero tanto... ㅡ Sua voz continha tanta súplica que o meu corpo reagiu de imediato com uma fisgada forte na região da virilha.

Catapimbas!

Já estava difícil puxar o ar, eu só conseguia esmagá-lo mais contra a parede, como se pudéssemos ficar colados para sempre.

Tudo o que eu queria era erguê-lo do chão, e levá-lo no colo até qualquer lugar onde pudéssemos ficar sozinhos, e lhe entregar amor, dando prazer ao seu corpo e ao meu, até que tivéssemos um mínimo de alívio para aquela saudade, como fizemos no dia anterior.

Era tão difícil dizer não aos nossos desejos, mas era necessário. Dado isso, afastei-me antes que uma ereção inoportuna tornasse tudo mais doloroso ainda.

ㅡ Desculpa amor. Eu também queria tanto... ㅡ murmurei, querendo me estapear quando o vi concordar com o semblante contorcido em sofreguidão.

ㅡ Tudo bem, eu preciso voltar mesmo. ㅡ O loiro respirou fundo, e apertou a própria nuca, parecendo tenso.

Precisamos separar nossos corpos um pouco, para cada um recobrar a razão, e se acalmar. Após pouco mais de um minuto, voltei a falar.

ㅡ Então é melhor eu ir logo. Combinei de almoçar na casa do Yoongi.

ㅡ Hum, vão jogar conversa fora, é? ㅡ riu fez um carinho no meu peito.

Eu não queria deixá-lo pensativo sobre o sonho do Namastê da mesma forma que eu estava, por essa razão preferi não comentar sobre isso.

ㅡ Sim, a gente mal tem se falado, e eu quero aproveitar que ele não vai pra livraria hoje.

ㅡ Isso é ótimo. Bom almoço pra vocês. Eu vou sair na frente então, porque o Jin está me esperando. ㅡ Eu assenti e recebi o beijinho carinhoso que ele deixou em meus lábios.

Então o loiro se distanciou de mim, e foi embora com o Kim urubuzinho quando passou pela porta. Eu sentei um pouco em uma das inúmeras cadeiras vazias da sala, e tive a ideia de ligar para o Mark. Já fazia um tempo que eu não falava com o investigador, e eu precisava saber como estava o andamento do caso.

Mark me ajudou diversas vezes, atendeu minhas ligações fora de hora, pegou na minha mão, como se faz com uma criança, para registrar minhas queixas, e dar todo o suporte quando precisei. Diferente do Jang Changmin, antigo investigador do caso.

Olá, Jungkook, bom dia. Posso ajudar você?

ㅡ Bom dia Mark, eu liguei pra perguntar se você já tem alguma resposta sobre as escutas que eu mandei.

Nós estamos avançando nas nossas conclusões sobre o caso, mas sobre as escutas está um pouco difícil, porque apenas as suas digitais estavam nessa pulseira.

Abri a boca, já com medo de alguma suspeita para cima de mim. Minha primeira reação foi me justificar.

ㅡ Porque eu peguei nela.

Nós sabemos, Jungkook. ㅡ Ele riu do outro lado da linha. ㅡ Pedimos algumas imagens na empresa e-

ㅡ Tem alguém apagando as imagens, Mark, vocês não vão conseguir muita coisa lá. ㅡ O interrompi, tentando lhe mostrar que aquele esforço era em vão.

Jungkook, me escute, ok? Estamos trabalhando com diversas imagens, apuração dos fatos de acordo com relatos, e conversando com algumas pessoas. Não posso dar detalhes de uma investigação pra você, ainda que eu saiba que você é o mais interessado. Apenas tenha em mente que a polícia não está com uma bunda na cadeira, comendo donuts ㅡ explicou sem grosseria, mas era notável a sua impaciência.

Eu não tirava a sua razão, ninguém gosta quando dizem como o seu trabalho deve ser feito. No entanto, lembrei de como Jimin criticou a lentidão da polícia, e tive que dar razão ao loiro. Também não adiantava eu pegar no pé do investigador, sabia que ele estava fazendo o que podia.

ㅡ Desculpe Mark, não é uma crítica, eu só estou muito preocupado.

Eu sei, mas mais uma vez peço que confie no meu trabalho, no trabalho da polícia.

Gostaria de dizer a ele o que eu sabia, mas concordava com Jimin sobre a possibilidade de a informação chegar em quem não devia. Não sabíamos quantos olhos Jae poderia ter na delegacia. Em razão disso, decidi não comentar nada sobre o assunto.

ㅡ Tudo bem, obrigado. Fico no aguardo de novidades.

Até mais, Jungkook.

Após encerrar a ligação, desci direto para o térreo. O segurança Kim Chan foi me buscar, passei num restaurante do bairro para comprar o almoço como eu tinha prometido, e cheguei na casa do catus, que eu não visitava há um tempinho. Apesar de morarmos no mesmo bairro, a maioria dos nossos encontros eram na Imagine.

Após apenas três batidas, ele abriu a porta, usando uma camisa de moletom verde musgo, e uma calça jeans rasgada.

ㅡ Já que trouxe a comida, pode entrar. ㅡ Ele brincou, ou não, dando-me passagem.

ㅡ Sua casa tá mais arrumada, ou é impressão minha? ㅡ Chutei meus sapatos para fora dos pés, e já segui até a cozinha para deixar as marmitas na mesa.

ㅡ Minha mãe vem ficar comigo no fim de semana.

Era por isso então. Yoongi não morava em um prédio, sua casa tinha um ar alegre, com quadros, estantes, móveis coloridos, assim como na Imagine. Os cômodos eram pequenos, mas o espaço era bem aproveitado. Estes eram: Uma pequena garagem para a sua moto, sala, cozinha, dois quartos, banheiro, e área de serviço.

ㅡ É por medo do Jae que você prefere manter ela lá na clínica? ㅡ questionei quando sentamos à mesa, e começamos a nos servir de comida e soju de maçã.

ㅡ Não. Você sabe, ela não trabalha, então eu arco com todas as despesas de casa, da livraria, e da clínica. Mas como eu trabalho tanto, não tenho muito tempo pra fazer companhia a ela durante o dia. De que adianta eu trazê-la pra morar aqui, se eu não posso fazer companhia? Ainda mais ela que tem depressão. Pelo menos na clínica ela tem amigos, e eu sempre estou visitando também. Quando eu quitar tudo, aí sim vou poder desatolar um pouco de trabalho, e trazer ela pra morar comigo de vez.

ㅡ É muito gasto, não é?

ㅡ Sempre deu certo, mas ainda falta pagar mais da metade dessa casa, e eu não sei se vou conseguir manter. Se não der certo, vou ter que ficar em uma casa menor, e enquanto eu não resolvo isso, preciso manter ela na vaga da clínica.

ㅡ Você nunca me disse que não tinha pago a casa toda. ㅡ Aquela informação tinha me pegado de surpresa.

ㅡ Porque você iria se oferecer pra pagar, e sabe que eu não quero.

ㅡ Se você não quer o dinheiro eu te empresto, mas não posso deixar você perder a sua casa. Traga a sua mãe pra morar com você, a gente dá um jeito.

ㅡ Eu já estou dando um jeito. O Sukinho está me ajudando a criar uma loja online. Vai aumentar os lucros. ㅡ Ele bagunçou o próprio cabelo com a mão. Costumava fazer aquilo quando queria desfocar a atenção do seu rosto, geralmente quando estava sem jeito.

ㅡ E é isso mesmo que você quer? ㅡ perguntei cautelosamente, sentindo que aquilo era algo que ele estava fazendo mais por precisão do que por vontade.

ㅡ Sei lá... amo livros, mas não sei se quero trabalhar com a livraria pra sempre. Pelo menos não só com ela.

ㅡ Como assim?

ㅡ Na época em que a gente ficou sem se falar, eu tinha dado entrada na minha faculdade de produção editorial.

ㅡ Isso é maravilhoso. ㅡ Abri a boca, surpreso e extremamente feliz por ele.

ㅡ É, mas logo eu tive que trancar porque ficaria muito pesado ter mais uma coisa pra pagar.

ㅡ Mas é isso o que você quer, não é? Fazer essa faculdade.

Eu sabia o quanto meu amigo era esforçado e ambicioso. Tanto que tudo o que conquistou foi puramente por mérito seu. Por isso mesmo, eu queria instigá-lo a verbalizar seus novos sonhos.

ㅡ Na verdade, eu quero abrir uma editora, por isso eu penso em fazer a faculdade.

ㅡ E fechar a Imagine?

ㅡ Não. Trabalhar com as duas. ㅡ Ele riu da expressão impressionada que nunca abandonava o meu rosto. ㅡ Parece loucura, né? Parece muito difícil... mas, é... é isso o que eu queria.

ㅡ "Queria" não, "quer". E vai conseguir.

ㅡ É, playboy, eu vou conseguir. Mesmo que demore um pouquinho.

ㅡ Meu pai também sempre se ofereceu pra pagar a clínica da sua mãe, você que não quis. Já poderia estar fazendo o seu curso se aceitasse ajuda.

ㅡ Se nem você aceita o dinheiro dele, eu vou aceitar? ㅡ Cruzou os braços na altura do peito, e tomou mais um gole da sua bebida.

ㅡ É, tem isso... ㅡ ri da sua colocação porque era a plena verdade. Eu nem servia de exemplo para falar.

Bebemos mais um pouco de soju, eu falei para ele sobre constantemente pensar em ter um negócio só meu, e conversamos sobre os nossos relacionamentos românticos. Até que por fim, precisei entrar naquele assunto delicado.

ㅡ Eu fiquei bastante pensativo quando você disse que iria distrair o Jae falando sobre um assunto. ㅡ Já estávamos sentados no chão da sala, com a mesinha de centro nos separando, enquanto tomávamos a segunda garrafa de soju. O que não era nem de longe o suficiente para ficarmos bêbados. ㅡ Esse assunto... é sobre aquele segredo que você tem com ele?

ㅡ Não fale assim como se eu ficasse de segredinhos com o Jae ㅡ reclamou, fazendo uma careta. ㅡ Só é algo que infelizmente ele sabe.

ㅡ E por que ele sabe de um segredo seu, e eu que sou seu melhor amigo não sei? ㅡ Abri a boca, consternado.

ㅡ Porque eu não me importo com a opinião dele, com a sua sim. ㅡ Abaixou a cabeça, parecendo envergonhado.

Isso queria dizer que o que meu melhor amigo escondia faria eu vê-lo de outra forma?

ㅡ E o que fez de tão grave pra que eu pense mal de você? ㅡ Inquieto demais para ficar sentado naquela sala, eu me levantei e ele fez o mesmo.

ㅡ Se eu tivesse coragem já tinha te contado. ㅡ Yoongi olhava para qualquer canto, menos para mim.

Dei dois passos em sua direção, até encurtar o espaço que havia entre nós, e inclinei minha cabeça para o lado, buscando sua atenção.

ㅡ Você é como um irmão pra mim, não deveria existir segredo algum entre nós. ㅡ Passei as mãos em meu rosto, tentando controlar minha frustração para não descontar nele. ㅡ Eu não quero te pressionar a contar nada, mas eu tenho medo que alguma coisa dê errada por causa disso, catus.

Mais do que medo, minha intuição dizia que eu deveria saber o que era, mas o meu lado racional sabia que era inútil continuar insistindo num pedido que Yoongi não iria atender.

ㅡ Quanto a isso não se preocupa, porque não tem nenhuma relação com o plano. Se fosse algo que te prejudicasse, eu juro que te contaria agora, mas não vai interferir em nada. ㅡ Dessa vez ele me olhou nos olhos.

ㅡ E como você tem certeza disso?

ㅡ Porque eu sei que não tem nada a ver com o plano, e sim comigo. É uma coisa pessoal, por favor, tenta entender.

Não dava. Não quando eu fiquei tão impressionado com o sonho que o Namastê teve. Até pensei em contá-lo, mas se ele não me revelava seu segredo porque eu pedi, porque confiava em mim, eu também não queria que falasse por medo.

ㅡ Acho melhor eu ir agora. ㅡ Desviei o meu olhar do seu, girei sobre o meu eixo, e caminhei até a porta.

ㅡ Playboy, por favor, não vai embora desse jeito. A gente vai ficar estranho um com o outro de novo? Justo quando temos um problema tão grande pra resolver. ㅡ Andou ao meu encalço, pondo-se entre eu e a rua, quando abri a porta.

Mesmo com a barreira do seu corpo, segurou em meus braços.

ㅡ Não vou ficar sem falar com você. ㅡ Respirei fundo, tentando não evidenciar o quão chateado eu estava. ㅡ Mas não consigo evitar o sentimento de frustração, Yoongi.

ㅡ Eu entendo, e isso é um direito seu. Mas se você reage assim comigo quando nem sabe de nada, como quer que eu confie que não vai mais querer olhar pra mim se souber?

Bufei, cruzando os braços, e trocando o peso de uma perna para outra. Yoongi soltou meus braços, e ficou me olhando a espera de alguma resposta.

ㅡ Ok. Eu não vou ficar estranho... mas só se você me prometer uma coisa.

ㅡ O que você quiser. ㅡ Seus olhos brilharam em expectativa.

ㅡ Me prometa que algum dia você vai me contar. ㅡ Olhei fixamente para Yoongi, que me devolveu a mesma atenção.

Após alguns segundos de relutância, ele falou:

ㅡ Prometo. Mesmo que depois disso você não queira mais me ver.

Engoli seco, assentindo com a cabeça, enquanto uma sensação amarga descia por minha garganta.

Dessa forma, saí da sua casa com um pensamento:

Por causa de um segredo, eu poderia perder uma amizade importante, ou a minha própria vida.

Tutu pom? Gostaro?

Será que o segredo do Yoongi pode mesmo prejudicar o Jk?

Eles vão conseguir pegar tudo a tempo?

Quem quiser pode ir lançando suas teorias, no grupo do Telegram. Pode dizer o que achou de interessante do cap no Twitter, usando a #88catapimbas. Enfim, interajam nenéns, que eu vou adorar dar rt.

Até a próxima att nenéns! Eu roxo vcs demais! Se cuidem bem, pfv. 💜

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