A Promessa Entre Nós

By saturnminnie

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Destino 1. tudo que é determinado pela providência ou pelas leis naturais; sorte, fado, fortuna. 2. o que há... More

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By saturnminnie

Em comemoração aos 100k, hoje começa oficialmente a semana de atualizações, essa será uma semana cheia de surpresas. Espero que vocês gostem lobinho. Comentem bastante e boa leitura ♡

🐺

Jimin

Após sair do abraço protetor de Hoseok, Jimin correu até o elevador privado da Moon sem olhar para trás. Apertou o botão do último andar e sentou no piso gelado, deixando o choro vir. Como era possível alguém mudar em questão de horas? E todas as juras de amor e promessas de que ficariam juntos? O ômega sentia-se tão bobo por ter acreditado em cada palavra que saiu da boca do alfa. Passou a mão nos lábios e ainda os sentiu dormente por todas as sensações que passaram pelo seu corpo quando finalmente sentiu o macio dos lábios do Jeon. As lágrimas aumentaram e o ruivo não conseguia mais controlar sua voz na garganta. A cena de Jungkook deitado no chão ensanguentado por seus socos não saia de sua cabeça. Passou a mão direita no pescoço e percebeu que depois de vinte anos, enfim a corrente que carregava com tanto carinho não estava mais consigo.

Dizem que segundos antes de morrermos, uma retrospectiva de nossas vidas passa diante de nossos olhos. Términos são pontos finais, um tipo de morte que nos afeta da mesma forma. Um pedaço da nossa alma se vai e leva com ela tudo aquilo que a outra pessoa já nos proporcionou. Apoiou a cabeça nas mãos e começou a lembrar de todos os momentos que haviam passado juntos desde quando colocou os pés na Coreia novamente. Sua alma estava sendo estilhaçada aos poucos e o rapaz sentia que daquela vez, não teria conserto. Tentou procurar Luna dentro de si e percebeu que a loba sentia-se da mesma forma, escondida em suas entranhas por não conseguir lidar com aquela situação.

Escutou a porta do elevador abrir e tomou fôlego, levantando e indo em direção a sua mesa de trabalho. Porque as coisas tinham que ser assim? Porque todos que diziam o amar não alertaram de que essa era uma péssima ideia? Cambaleou até o interruptor e deixou-se cair no chão quando leu o nome na porta próxima a sua mesa. Será que amar era sempre assim? Seu exemplo de relacionamento era suas mães que sempre demonstravam resolver qualquer questão juntas, através do diálogo. Aquilo tudo era uma mentira? Sabia que as duas brigavam sim, mas sua mãe Jennie dizia que quando casaram, prometeram que nunca iriam dormir brigadas. Porque Jimin não podia ter um relacionamento assim? Jungkook sempre aparecia em sua vida quando o ômega estava bem e cravava um punhal bem no fundo de seu peito, levando consigo toda a vontade de viver. As outras vezes foram difíceis, mas Jimin sentia que aquela era muito mais. Como conseguir esquecer o sabor da boca do outro? O seu cheiro de whiskey e mel ou seu sorriso com os dentes proeminentes? Como conseguiria tirar Jungkook de si dessa vez sendo que nunca o conseguiu antes.

Se arrastou até o armário de suprimentos e o abriu, levantando com dificuldade e tirando uma caixa de papelão. Sentou no chão novamente e começou a montá-la, vendo as lágrimas molhando cada pedacinho do objeto. Sentia ânsia e sua mente o traía, mostrando a face de Jungkook tão vivida em seus pensamentos. Onde estava Luna? Será que ela sentia o mesmo que si? Ela sempre aparecia quando o ômega precisava, mas dessa vez, ela parecia tão machucada quanto o homem.

Levantou se escorando na mesa e enxergou aquele nome na placa novamente, sentindo toda a angústia indo embora e dando espaço a outro sentimento. Sentia ódio, vontade de quebrar o que visse pela frente. Começou a jogar suas coisas dentro da caixa com força imaginando que aquela era a cara de Jungkook. Lembrou do alfa com o rosto ensanguentado e pensou que deveria ter batido muito mais. Queria causar dor, deveria ter quebrado o nariz dele assim como ele havia quebrado seu coração. Lembrou de todas as palavras que foram proferidas pela boca do outro e sua mente desligou, deixando seu corpo à mercê do sentimento que bombava seu sangue. Arrancou a placa dourada da porta da sala e a jogou no chão com força, pisando até sentir as solas dos pés doerem.

- Eu te odeio, Jeon Jungkook! Eu te odeio em cada gota de sangue que corre em minhas veias. - só parou quando sentiu o sangue escorrendo pelos dedos. Em algum momento, havia começado a desferir socos na porta do escritório com toda a sua força, mentalizando que estava causando dor ao alfa. Queria que ele sentisse o que estava sentindo, queria que ele sofresse como estava sofrendo. Não era justo! Porque sempre ele saia machucado? Porque sempre ele saia como o errado?

Seu coração disparou e passou a mão no peito, sentindo falta do peso da corrente. O choro veio com mais intensidade, fazendo o ruivo soluçar alto e agradecer por estar sozinho naquele estado. O peso que sentia dentro de si o fez cair, deitando com a barriga para baixo no piso de mármore gelado. Sentia o gosto dele ainda em sua boca. Porque sua mente o traia desse jeito? Mordeu os lábios até sentir o sangue brotar. Quebraria cada pedaço dele que havia dentro de si, nem que para isso precisasse sangrar. Esqueceria o gosto, o cheiro e o toque dele, nem que para isso precisasse sumir.

As portas do elevador se abriram e o aroma de cereja tomou o local. Escutou os passos apressados e não quis abrir os olhos quando sentiu o corpo quente deitando ao seu lado e o abraçando em extinto de proteção. Ficaram daquela forma por minutos, ouvindo apenas suas respirações e o choro de Jimin diminuindo. Quando sentiu que não tinha mais lágrimas dentro de si, abriu os olhos lentamente.

- Hyung, eu sou tão patético assim? - sentia sua cabeça doendo de tanto chorar.

- Não, meu bebê. Você não tem nada de patético, muito pelo contrário. Amar pode ser complicado mas, no caso de vocês, tem muitos outros aspectos envolvidos. - afastou os fios molhados da testa do ômega e deixou um selar. - Tem muitas coisas que eu preciso conversar com você, mas acho que o mais importante agora é cuidar das suas mãos. Vêm, eu sempre deixo uma caixa de primeiros socorros na sala do Joonie porque ele vive se machucando.

- Eu preciso terminar de recolher as minhas coisas antes, hyung. - disse levantando-se.

- Não se preocupe com isso agora, Jiminie. Eu peço para o Joonie recolher tudo depois se assim você quiser. - o ômega levantou-se e segurou o ruivo pela cintura, o encaminhando com cuidado para a sala do marido. Chegando em frente a grande porta, colocou a senha e procurou o interruptor, acomodando o Park no sofá assim que as luzes se acenderam. Abriu um armário de mogno que ficava no canto da sala e tirou uma caixa branca, uma bacia de pedra, um vidro com ervas, duas xícaras e uma jarra elétrica. Quando terminou de colocar tudo sobre a mesa, fechou o armário e saiu pela porta com a jarra na mão. Voltou tempo depois e despejou metade na bacia e ligou o aparelho na tomada. Abriu a caixa branca e tirou um saquinho de seda, despejando flores amarelas no recipiente de pedra. Disse algumas palavras baixinho e Jimin teve a impressão de ver uma luz saindo da mão do ômega.

- Eu acho que eu devo estar com a cabeça realmente muito cansada. - percebeu que o ômega mais velho havia escutado quando observou um sorriso brotando no rosto bonito.

- Não foi impressão sua, bebê. Algumas vezes saem luzes da minha mão.

- Como assim, hyung? - questionou arregalando os olhos.

- Bom, já ouviu falar em magia lupina? - viu o ruivo balançando a cabeça em negação. - Digamos que eu sou algo entre a versão creep da Sabrina e a Tsunade do Naruto.

- Você tem poderes curativos? Eu achava que isso não existia.

- Não só poderes curativos como muitos outros. Vem, senta aqui na cadeira do Joon e coloque suas mãos na bacia. - o ruivo levantou e seguiu as instruções do mais velho, acomodando-se na cadeira confortável e sentindo o corpo relaxar quando as mãos entraram em contato com a água. Fechou os olhos e aproveitou a boa sensação, esquecendo por alguns minutos que a sua vida tinha sido revirada.

- O Yoon me mandou mensagem dizendo que eles já chegaram no hospital e que o Tae já foi atendido. Ele trincou o osso do nariz e vai passar por uma microcirurgia. Amanhã de manhã ele já vai ser liberado do hospital. - o ômega aproximou-se e colocou as mãos sobre os ombros do ruivo, fazendo uma massagem gostosa. Não era possível Jimin perceber mas, o mais velho estava analisando as emoções do rapaz através de sua magia. Quando terminou, puxou uma cadeira e sentou-se ao seu lado.

- Muito obrigada, hyung. - disse abrindo os olhos e estendendo as mãos para o outro que segurava uma toalha, enxugando as mãos do Park com cuidado.

- Eu sempre vou cuidar de você, bebê. Vou passar uma pastinha de centella e amanhã suas mãos já estaram ótimas. - abriu um pote e aplicou a pasta verde com cuidado sobre os ferimentos enquanto pequenas faíscas saiam de suas mãos. - Minha vó diz que chá é como um abraço de mãe, por isso eu fiz um para nós. - deixou a xícara com a bebida fumegante em frente ao mais novo e levou sua xícara a própria boca, dando um gole na bebida quente. - Eu preciso conversar com você sobre algumas coisas. Achei que seria bom esperar mais um pouco mas sua alma é inquieta por respostas, então eu gostaria de dá-las a você. Se você quiser, podemos ir para a minha casa. Olhando para você, eu tenho certeza que seu prato favorito é kimchi jjigae, estou certo?

- Como você sabe? - o ômega fez uma cara de espanto e um bico fofinho.

- Eu sei de tudo, Jiminie. Na verdade, quase tudo. - disse sorrindo. - Termine seu chá enquanto eu organizo as coisas por aqui. - Jimin encostou-se na cadeira e permitiu esquecer tudo por um momento, sentindo o líquido quente aquecendo-o completamente. Viu o mais velho fechar o armário e abrir uma gaveta acoplada na mesa. - Ahá! Achei! O Joonie sempre deixa um carro reserva no estacionamento. Vamos, assim nós conseguimos ir embora antes de terminar o evento.

- É minhas coisas, hyung?

- Relaxa, eu te garanto que resolveremos isso em breve.

Saíram da sala e o mais velho deixou as xícaras na pequena copa do andar, seguindo até o elevador. Sentiu o ômega atrás de si remexer-se inquieto e aumentou o seu cheiro para tranquilizá-lo. Entraram no cubículo e o mais alto apertou o botão do subsolo. Apesar do silêncio, Jimin sentia-se à vontade com seu hyung, amado e protegido, assim como sentia-se com suas mães. O elevador parou e os dois desceram, seguindo para as vagas exclusivas. O Kim apertou o controle e as luzes do farol piscaram, deixando o ruivo de queixo caído.

- O Namjoon tem um Lamborghini Aventador?

- Park Jimin, você conhece mesmo Kim Namjoon? Pelo jeito não, né. Eu agradeço todos dias a lua por ele ter aceitado que é um desastrado e finalmente ter desistido de dirigir. Ele só anda com motorista, esse carro é meu. - abriu a porta do passageiro e esperou o ruivo se acomodar, seguindo para o banco do motorista e ligando o veículo após colocar o cinto. - Você quer que eu ligue o rádio?

- Pode ligar, hyung. Música sempre me ajuda a acalmar os ânimos. - Jimin se arrependeu quando escutou a batida tão conhecida. Cresceu vendo filmes antigos e escutando músicas nostálgicas com as mães e questionava-se o que era verdade. Os casais apaixonados dos filmes que sempre ficavam juntos ou as letras de músicas que traziam toda a melancolia de um coração partido? Quando passou toda aquela situação com Jungkook na adolescência, entendeu o significado dessa música e a fez de trilha sonora das noites que passou chorando. George Michael estava certo quando compôs Careless Whisper.

I feel so unsure
Eu me sinto tão inseguro
As I take your hand and lead you to the dance floor
Ao segurar sua mão e te conduzir para a pista de dança
As the music dies, something in your eyes
À medida que a música acaba, alguma coisa em seus olhos
Calls to mind a silver screen
Me lembra uma tela prateada
And all its sad goodbyes (...)
E todas suas despedidas tristes (...)
Time can never mend
O

tempo nunca pode consertar
The careless whispers of a good friend
Os sussurros descuidados de um bom amigo
To the heart and mind
Para o coração e a mente
Ignorance is kind
A ignorância é gentil
There's no comfort in the truth
Não há conforto na verdade
Pain is all you'll find (...)
Dor é tudo que você vai encontrar (...)
So I'm never gonna dance again
Então, eu nunca mais vou dançar de novo
The way I danced with you, oh
Do jeito que dancei com você, oh
Never without your love

Nunca sem o seu amor
Tonight the music seems so loud
Essa noite a música parece tão alta
I wish that we could lose this crowd
E

u gostaria que fugíssemos dessa multidão
Maybe it's better this way
Talvez seja melhor assim

We'd hurt each other with the things we'd want to say
N

ós machucaríamos um ao outro com as coisas que gostaríamos de dizer
We could have been so good together
Poderíamos ter sido tão bons juntos

We could have lived this dance forever
P

oderíamos ter vivido esta dança para sempre
But now who's gonna dance with me?
Mas agora, quem vai dançar comigo?

Please, stay!
P

or favor, fique!
And I'm never gonna dance again
Eu nunca mais vou dançar de novo

Guilty feet have got no rhythm
P

és culpados não têm ritmo
Though it's easy to pretend
Embora seja fácil fingir

I know you're not a fool

Eu sei que você não é um tolo
Should've known better than to cheat a friend
Deveria saber que não se deve enganar um amigo
And waste the chance that I've been given
E desperdiçar a chance que me foi dada

So I'm never gonna dance again
Então, eu nunca mais vou dançar de novo

The way I danced with you
D

o jeito que dancei com você


Oh, oh

(Now that you're gone) now that you're gone
(Agora que você se foi) agora que você se foi
(Now that you're gone) what I did's so wrong, so wrong
(Agora que você se foi) o que eu fiz é tão errado, tão errado
That you had to leave me alone
Que você teve que me deixar sozinho

Jimin começou a pensar no almoço, no pedido de namoro e nos poucos beijos que ganhou do alfa. Sentiu que as lágrimas iam começar novamente mas, escutou um estalo e tudo se apagou.

Um estalo novamente e sentiu sua cabeça zumbindo. Abriu os olhos e enxergou um pequeno abajur acesso. Onde estava? O que tinha acontecido? Seu coração começou a bater mais forte, mas logo se acalmou quando sentiu o aroma de cereja vindo em sua direção.

- Desculpa por ter te apagado sem a sua permissão, bebê. Mas você precisava descansar um pouco e acho que a música te trouxe gatilhos de novo. - o ruivo sentiu um beijo paternal na testa.

- Eu dormi muito? - disse sentando na cama e coçando os olhos.

- Só algumas horas. Assim que chegamos eu pedi para os seguranças trazer você aqui para o quarto e te colocar na cama. Eu já estou terminando o jantar e o Joonie já chegou. Eu separei uma toalha e roupas limpas e preparei a banheira para você relaxar mais um pouco. - apontou a porta com a luz acesa. - Demore o tempo que precisar e qualquer coisa dê um grito que eu venho em um piscar de olhos. - fez um carinho na bochecha fofa e saiu fechando a porta do quarto.

Jimin levantou calmamente e seguiu para o banheiro. Olhou pelo ambiente e ficou encantando com a decoração luxuosa. O piso era todo de granito preto com reflexos brancos, combinado com as cores dos móveis. No fundo era possível ver a banheira mas, diferente das outras paredes que eram revestidas com granito cinza, essa era na cor gelo e possuía uma grande janela preta que dava para possivelmente uma parte do jardim da casa. O ruivo tirou suas roupas dobrando-as com cuidado e sentindo que o cheiro do alfa ainda estava impregnado nas peças. Decidiu que aquele momento seria dele e que afastaria o outro homem da cabeça, nem que fosse por alguns minutos. Entrou na banheira e sentiu o corpo relaxar instantaneamente quando entrou em contato com a água morna e as flores que batiam delicadamente em si. Não sabe quanto tempo demorou ali mas, quando terminou de se secar e vestir as roupas com cheiro de cereja, sentiu-se muito melhor.

Estendeu a toalha no box e arrumou os fios levemente molhados com as mãos. Retornou até o quarto e procurou o interruptor, observando a decoração e concluindo que realmente o casal Kim tinha um ótimo gosto. O cômodo tinha a mesma paleta de cores do banheiro, tons pretos contrastando com tons perolados. Deixou o terno em cima da poltrona e arrumou a cama que havia dormido, pegando o celular para mandar uma mensagem para o Min.

|Jimin

Hyung, o Tata já saiu da cirurgia?

|Yoongi Hyung

Já sim, Jimin. Pode ficar tranquilo.

Na verdade o médico disse que o

osso nem chegou a quebrar.

Apenas trincou. Ele achou

melhor fazer a cirurgia para

ele não ter hemorragias

futuramente

|Jimin

Mas ele vai ter que ficar

no hospital por muito

tempo?

|Yoongi Hyung

Nhá, amanhã de tarde ele

vai ter alta.

Eu e o Hoseok vamos levar

ele para nossa casa.

Tudo bem por você?

|Jimin

Bem? Eu que agradeço!

Esse ai já é folgado e quando

ele fica doente, ele ainda fica

manhoso e achando que tem

escravos.

|Yoongi Hyung

Antes de entrar na cirurgia

ele já fez uma lista de todos

os sabores de sorvete que

ele quer. E você? Está melhor?

|Jimin

Não, mas vou ficar. Por hoje

vou dormir na casa do Jin hyung

e amanhã penso no que vou fazer.

|Yoongi Hyung

Tá certo. Qualquer coisa que você

precisar, não hesite em me ligar.

Quando o Tae sair da cirurgia eu

te mando uma mensagem.

Descansa, boa noite.

|Jimin

Boa noite, hyung

Olhou a tela novamente e achou melhor desligar o aparelho, deixando-o sobre a cama. Colocou os chinelos que haviam sido deixados para si e seguiu até a porta, abrindo-a e apagando a luz do cômodo. Sentiu algo se esfregando em suas pernas e sorriu quando abaixou os olhos. Era um gato com os pelos pretos brilhantes e grandes olhos amarelos. Não era muito grande mas, era bem gordinho. Jimin abaixou e teve a mão lambida pelo bichado.

- Pela santa loba, você é a coisinha mais fofa que eu já vi na minha vida. Eu posso te pegar no colo? - como resposta, recebeu um miado. Levou o gato até os braços e sentiu a bola de pelos se aconchegando em seu calor e iniciando um ronronado bem alto. - Vamos procurar seu pai. - deu um beijo na cabeça do peludo e começou a seguir o cheiro da comida que estava tomando toda a casa. Chegou na cozinha e encontrou o ômega mexendo uma panela fumegante.

- Eu sabia que a Kimchi ia gostar de você. Você gosta de gatos?

- Eu amo, hyung. Sempre quis ter um. - disse acarinhando a cabeça da peluda.

- Quem sabe isso não vai acontecer em breve? Ela está grávida e eu prometi que ela escolheria quem iria cuidar dos filhotes dela. - disse com naturalidade.

- Ela escolheria? Você fala com animais? - perguntou o ruivo curioso.

- Eu não chamaria de falar mas, consigo me comunicar com felinos. Possivelmente no futuro e se aprimorar minhas técnicas, conseguirei me comunicar com outras espécies também. - respondeu enquanto cortava algumas folhas. - O jantar já está quase pronto. O Joonie arrumou a mesa para nós antes de ir tomar banho e logo desce para comermos. - desligou o caldeirão e colocou a tampa sobre ele.

Jimin continuou acariciando a gata em seu colo e assustou-se quando uma bola de pêlos branca pulou em cima do balcão em sua frente. O gato era muito maior que Kimchi e tinha um olho de cada cor, azul e verde.

- Hyung, eu acho que ele vai me atacar. - disse se afastando do balcão ainda com a gata no colo.

- Esse é o Monie. Fica parado que ele só quer te farejar. Ele ficou bem mais protetor desde quando descobrimos que a Kimchi estava grávida. Mas olha, ele está esfregando o rabo em você. Isso significa que você foi aprovado. - o ruivo colocou a gatinha em seu colo com cuidado no balcão e começou a acariciar o bichano de pelos brancos.

- Você também consegue se comunicar com ele?

- Bom, digamos que ele não é muito meu fã. O Monie simplesmente apareceu no nosso quintal um ano depois que adotamos a Kimchi. Ele é bem apegado ao Namjoon e por muitas vezes, silencioso igual ele. Ele não me destrata mas, também não me dá muita confiança. Mas tudo bem, a minha pretica me conta tudo, não é neném? - o mais velho abaixou o rosto e começou a esfregar a bochecha na gata que retribuiu o carinho.

- Se um dia eu for largado, pode ter certeza que ele desistiu de tudo, comprou uma ilha e foi viver com os gatos. - disse o alfa encostado no batente da porta. - Você está bem, Jimin? Ele te machucou? - aproximou-se observando o ômega com atenção.

- Não, hyung. Fisicamente eu estou bem e obrigada por cuidarem de mim. - o mais novo fez uma reverência para o casal.

- Você é da nossa família também e nós cuidamos de todos os nossos. Eu sei que o Jin quer conversar com você sobre esse assunto hoje, mas eu prometo que eu deixo vocês à vontade depois do jantar. Prefiro não falar dele agora porque minha vontade é ir atrás dele e quebrar cada dente que ele tem na boca. Enfim, estou com fome! - disse batendo palmas.

O alfa buscou as luvas para levar a panela quente para a mesa enquanto o marido colocava comida para os gatos. Os três seguiram em silêncio para a sala e aproveitaram a refeição conversando amenidades.

- Você quer mais, Jimin? - perguntou o alfa.

- Não, hyung. Já comi até demais. Casar com o Jin hyung deve ser uma benção mesmo.

- Ai que você se engana, viu. Ele cozinha super bem mas eu tenho que aguentar os dias que ele acorda mal humorado. - disse sorrindo para o marido.

- É uma benção sim, Jimin. Difícil mesmo é ser casado com alguém tão estressadinho e silencioso igual Kim Namjoon. - o ômega levantou da mesa e fez um sinal para o ruivo. - Vamos, o Joonie vai mostrar que é um bom marido e limpar tudo enquanto conversamos. - deu um selinho no alfa e pegou na mão do mais novo, levando-o até um corredor.

- Hyung, a casa de vocês é muito bem decorada. Cada cômodo tem sua personalidade, mas eles se conversam de alguma forma. - o ômega reparava nas pinturas penduradas na parede.

- Uma das minhas irmãs é decoradora e eu devo admitir, que ela realmente nasceu para isso. - os dois pararam ao fim do corredor e o mais velho disse antes de abrir a porta. - Bem vindo ao meu cantinho!

Os olhos do Park arregalaram quando ele teve a primeira visão do local. Apesar das paredes serem brancas peroladas e possuírem grandes janelas, o rapaz sentia-se em um filme de fantasia. A sala era extensa com um grande lustre de cristais no meio, do lado direito, prateleiras repletas das mais diversas flores, folhas e líquidos brilhantes; do lado esquerdo, prateleiras que chegavam até o teto repleta de livros. Próximo as janelas haviam aparadores repletos de objetos que o ômega não sabia para que serviam. No centro havia uma mesa redonda de madeira e cadeiras acolchoadas.

- Jin, esse lugar é sensacional!

- Gostou, bebê? É aqui que eu passo a maior parte do meu tempo quando não estou no restaurante ou com o Joonie. Senta, nós precisamos conversar mas, antes eu vou preparar um chá para nós. - o mais alto pegou uma chaleira preta e encheu com água do filtro, levando o objeto até uma boca de fogão que ficava sobre um dos aparadores. Estralou os dedos e o fogo se acendeu.

- Eu ainda não me acostumei com essa questão de magia. - disse Park, observando o Kim sentar em uma das cadeiras e seguindo o gesto.

- Para quem nunca conviveu com alguém de uma família lupina mágica, é um espanto no começo. Para mim, é completamente normal.

- Toda sua família é assim, hyung? - perguntou curioso para sanar suas dúvidas.

- Sim e não. - viu o ruivo fazer uma cara de interrogação e soltou um leve riso. - Em famílias de sangue lupino mágico, apesar de todos nascerem com alguns dons, só um pode levar a magia da família em si e isso pula uma geração. Por exemplo - disse enquanto acomodava os cotovelos sobre a mesa. - Minha avó Bo-ah teve duas filhas, minha mãe e minha tia. Sempre o herdeiro provém da filha mais velha, no caso, minha mãe. Eu tenho duas irmãs mais velhas gêmeas, a Sohui e a Sojin. Apesar delas terem algumas características ligadas a instintos, minha mãe disse que sabia que era eu na hora que eu nasci.

- Mas então suas irmãs não podem fazer o mesmo que você?

- Não, bebê. A Sohui que é casada com o irmão do Yoon, apenas consegue sonhar com o futuro, mas nem sempre é certo. A Sojin consegue sentir a energia das pessoas através do toque, mas ela odeia isso e tentou se fechar o máximo o possível para esse dom. - o ômega levantou desligando a chaleira e buscando duas canecas no aparador. Levou os objetos até a mesa e depositou a água fervente. Jimin ficou pensativo pois não havia visto o mais velho colocando nada na água. - Você deve estar se perguntando o porquê de eu te servir apenas água, né?

- Olha, hyung. Eu estava realmente tentando entender. - respondeu rindo.

- É que eu tenho uma proposta para você e, dependendo da sua resposta, eu saberei o que colocar dentro dessa água.

- Você vai colocar algo para eu dormir de novo?

- Dessa vez não, bebê. Mas se você quiser mais tarde, eu posso fazer você dormir. - o mais velho foi até a estante e pegou alguns potes, colocando-os sobre a mesa. - Eu sei que doí muito ainda por ser recente mas, eu preciso que você seja racional para entender o que eu vou te falar. - sentou na cadeira e segurou as mãos do ruivo entre as suas. - Existe algo dentro do Jungkook, algo mais forte do que tudo que eu já vi antes. Eu ainda não tenho certeza mas, eu acredito que essa coisa controle ele e por isso ele age daquela forma tão irracional.

- Como assim, hyung? Um espírito você diz? Isso é possível?

- Eu não creio que seja um espírito, Jiminie. É algo relacionado a magia, talvez um feitiço ou uma maldição. Mas seja o que for, eu sei que eu ainda não tenho forças para ajudar vocês como eu queria. Mas eu prometo que terei em breve. Minha avó irá fazer noventa anos e ela decidiu que é a hora de me passar a herança de família.

- Herança? Tipo um caldeirão? - o mais velho começou a rir descontroladamente.

- Você realmente não sabe nada sobre magia lupina, né? Na verdade, apesar de eu ter poderes, a herança mágica da minha família ainda corre nas veias de minha avó. Essa herança é transmitida através de um ritual lupino muito antigo.

- Mas então, isso quer dizer que a sua avó tem que morrer para ela te passar essa herança? - questionou o ruivo com os olhos arregalados.

- Não, bebê. De forma alguma. Apesar de ser um ritual em que ela terá que doar um pouco de sangue dela, eu te garanto que a senhora Bo-ah ainda vai viver muito. Mas ele tem uma consequência para ela sim. Ela vai perder todos os poderes, sem exceções. Vai passar a ser uma ômega normal e com isso sentir mais dores e cansaço físico como todos da idade dela sentem. - reparou discretas lágrimas nos olhos do Park e deixou um carinho em sua bochecha. - Mas fique tranquilo que aquela velha já até escolheu todos os países que ela quer viajar, assim como o plano de saúde mais caro. E óbvio que ela vai fazer eu pagar por tudo isso.

- Fico feliz que ela vai ficar bem, hyung. Tenho certeza que você vai cuidar dela muito bem.

- Eu e minha família toda. Em breve você vai conhecê-la e ver a figura que a senhora Kim é. Sabe aquele tipo de vózinha que quando você chega na casa dela o lugar está tomado pelo cheiro de biscoitos?

- Minha avó Park é assim. Me sinto muito bem na casa dela.

- Então, a minha avó é o contrário. Meu avó era meio que um macho escroto e quando ele morreu, minha avó se dedicou alguns anos na empresa de móveis da família e triplicou a fortuna. Depois disso ela decidiu se aposentar e viver em uma mansão em Jeju, fumando cachimbo, tomando gin e jogando bingo o dia todo. A casa dela está sempre cheia e parece um cassino clandestino.

- Eu achava que avós assim só existiam nos filmes.

- Pois a senhora Bo-ah está aí para provar que não. Inclusive, quando ela atuava na MOTS, ela era conhecida como a melhor atiradora. A mira daquela velha é perfeita. Aí! - gritou passando a mão na testa.

- O que foi, hyung?

- Ela deve saber que eu estou chamando ela de velha e por isso eu senti um peteleco na testa. Os poderes dela são muito fortes e temos uma ligação por eu ser o herdeiro da família.

- Eu estou aberto ao que precisar fazer, Jin hyung. Eu não te garanto que vou conseguir perdoar o Jungkook mas, prometo que vou me esforçar para tentar entender o que acontece com ele.

- Ótimo, então vamos ao chá. - começou a abrir os potes e acrescentar os ingredientes na xícara. - Eu acho que a melhor forma de entendermos o que está acontecendo, é eu sendo uma ponte para ligar os lobos de vocês. - colocou a mão sob o recipiente e a água começou a ficar azul. - O gosto é bom? Não! Mas esse é um chá de limpeza. Como eu tenho quase certeza que o problema está só com o Jungkook, eu preciso que os seus canais com a sua loba estejam em completa sintonia. Ela é a única que pode nos trazer as respostas.

- Mas como isso vai funcionar? A Luna está quieta, acredito que ela esteja ainda mais magoada do que eu.

- Eu sei que esse pedido vai ser péssimo mas, precisamos encontrar o Jungkook amanhã.

- Não podemos esperar mais, hyung? Eu não sei se vou conseguir lidar com essa situação. - o ruivo sentiu um bolo formando-se em sua garganta.

- Não dá mais para esperar, bebê. O chá vai te ajudar a ficar mais calmo e eu prometo que vou te colocar para dormir quando acabarmos. Amanhã você vai acordar muito melhor, eu te garanto. Pode tomar. Acho melhor tapar o nariz e tomar de uma vez.

Assim o fez. Quando sentiu o líquido na boca, ficou com vontade de vomitar. Fechou os olhos e tentou concentrar a mente em outra parte do corpo. Virou de uma vez e quando destapou o nariz, sentiu o gosto podre.

- O que tem aqui, hyung? É mil vezes pior que os chá da minha mãe. - disse colocando a língua para fora.

- Tem gosto de ovo podre, né? Por isso que eu sempre deixo uns chocolatinhos por aqui se o Namjoon não comeu todos. - começou a procurar pelos aparadores e voltou com uma caixa de veludo. - Pode comer o quanto quiser. E ah, eu preciso te falar sobre o efeito colateral.

- Efeito colateral? Não me fala que eu vou ficar com esse gosto na boca por muito tempo.

- Não, quem dera fosse isso. Mas sua loba vai se sentir invadida e vai ficar acanhada. Você vai ficar eufórico por algumas horas mas depois eu consigo te colocar para dormir. Eu sei que pode parecer estranho o que eu vou falar mas, você precisa sentir que está protegido, e isso só vai acontecer se você estiver com um alfa.

- Não me fala que eu vou ficar bem doido e vou ir atrás do Jungkook. Por que se for isso, eu juro que eu ponho tudo para fora, hyung.

- Aishi, você sempre pensa no pior. Não, você não vai querer ir atrás do Jungkook. Mas eu acho melhor você dormir na minha cama comigo e com o Joonie hoje. É a forma mais fácil de amenizar os efeitos colaterais.

- Como assim dormir com vocês? - as bochechas do ômega começaram a ficar vermelhas.

- Você está achando que nós somos o Yoongi e o Hoseok? Valha-me, minha santíssima lua. Não vamos fazer nada não, apenas dormir. Na verdade, se você estivesse disponível, eu o Joonie adotariamos você. - colocou as mãos sobre as bochechas e as apertou, formando um bico no ruivo.

- Falando assim você só me deixa mais tímido, hyung.

- Você supera! - o mais velho estralou os dedos e todos objetos que estavam sobre a mesa começaram a flutuar até seus lugares.

- Uau, isso é realmente sensacional. Você consegue arrumar tudo apenas com um estalar de dedos. - o mais novo sentiu o mais velho colocando a mão sobre o seu ombro e o conduzindo para fora da sala.

- É, mas isso acaba gastando muito da minha "energia". - disse fazendo reticências com as mãos. - Um dia eu te explico como funciona. Eu só fiz agora porque estou morrendo de preguiça. Vamos, eu vou pegar um pijama e uma escova de dentes para você.

Os dois ômegas seguiram até o quarto de visitas e o ruivo realizou suas higienes pessoais enquanto esperava o mais velho voltar do outro quarto com o pijama. Sentou na cama e ligou o celular que estava esquecido todo esse tempo. Ficou feliz quando abriu o aplicativo de mensagens e viu a foto de Taehyung que Yoongi havia mandado, confirmando que a cirurgia tinha ocorrido bem e que o ômega já estava no quarto descansando. Seu coração acelerou quando viu a próxima notificação, uma mensagem de áudio de Jungkook. Sabia que precisava se resguardar, mas a curiosidade foi mais forte. Aumentou o volume do aparelho e colocou para tocar:

|Kookie

- Minie, eu tenho certeza que eu sou a última pessoa que você quer escutar a voz nesse momento mas, eu não sei. Te pedir desculpas é o mínimo, mas eu acho que depois de hoje, você nunca mais vai aceitá-las. E você está certo. Você precisa ficar longe de mim, Minie. Tem alguma coisa dentro de mim que eu não consigo controlar e eu tenho medo de te machucar algum dia. - Era possível perceber a voz do alfa ficando embargada pelo choro. - Mas só que... Eu queria que você soubesse que eu te amo! Eu te amo desde o primeiro dia que eu te vi. Eu tinha planejado te falar isso hoje a noite mas, como sempre, eu estraguei tudo. Eu não tenho o direito de pedir para você ficar ao meu lado e enfrentar o que quer que seja comigo. Mas eu não ficaria em paz se eu não dissesse que eu te amo e que eu quero que você seja feliz, nem que para isso eu tenha que me afastar.

Jimin deixou o celular cair da mão junto com as lágrimas. Jungkook sentia o mesmo amor que si? Porque as coisas tinham que ser tão difíceis para os dois? O que havia feito de ruim para merecer passar por tudo isso? Sentiu o colchão afundando e braços fortes o enlaçando de lado. Se encostou no corpo quente e inalou o aroma de uvas, mas não frescas, o mesmo aroma que se sentia em uma taça de merlot.

- Vai ficar tudo bem, Park. Eu prometo pela minha vida que nós vamos conseguir descobrir o que está acontecendo e as coisas entre vocês serão resolvidas. Vocês serão muito felizes. - disse o alfa enquanto deixava beijos paternos nos fios ruivos. - Vamos, o Jinnie pediu para eu vir te chamar para dormir antes que o chá comece a fazer efeito.

O alfa pegou na mão do ômega e o conduziu para o quarto que ficava no final do corredor. A cama era maior que uma de tamanho king, com espaço para acomodar até cinco pessoas. A decoração do quarto era composta de cores claras e itens de cristal, transmitindo paz. Jin saiu do banheiro terminando de secar os cabelos e abraçou o ômega.

- Bebê, eu separei um pijama bem fresco para você. É provável que você transpire bastante durante o sono. - Jimin apenas concordou com a cabeça e se trocou no banheiro rapidamente, voltando para o quarto onde o casal já estava deitado, um em cada ponta da cama.

O ruivo acomodou-se no meio e sentiu que os amigos estavam aumentando os seus cheiros para acalmá-lo. Sentiu Luna inquieta dentro de si e uma forte pontada na cabeça.

- Eu sei que vai doer um pouco agora, bebê. Eu vou apagar as luzes e eu prometo que logo você vai conseguir dormir. Nós vamos cuidar de você. - Jin aumentou seu aroma de cereja e deixou um beijo na testa do ômega enquanto dizia algumas palavras baixinho. Jimin sentiu os dois gatos deitarem sobre seu corpo e a dor passando aos poucos, permitindo seu corpo entrar em um sono profundo.


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