Pela manhã Taehyung acordou primeiro beijando o rosto de Jungkook o fazendo despertar também, o mesmo fez o café da manhã para os dois, já que o pequeno Sunwoo acordaria mais tarde.
– você dormiu bem? – Jungkook perguntou sentando ao seu lado na mesa.
– sim – Taehyung sorriu confirmando.
Após comerem, os dois não conseguiram se controlar em dar carinho um ao outro, Taehyung se pos em pé e se enfiou no meio das pernas torneadas do empresário que permanecia sentado segurando seu rosto, e o Jeon segurou sua cintura com posse.
Jungkook sabia, desde a primeira vez que viu o moreno, que seria um caminho sem volta, apesar de ter passado por muitas desavenças, e mesmo com Taehyung tendo se entregado diversas vezes para si, e o tendo beijado e o tocado milhões de vezes, nunca ficaria satisfeito, sempre o desejaria mais e mais, Taehyung significava perdição para o jeon, o empresário já estava perdido a tempos, só agora percebeu que estava dependendo dos encantos do moreno para ter paz.
Findaram a distância e beijaram, provando novamente o gosto um do outro, enquando Jungkook passava a mão por todo o corpo do moreno e sentia o aperto em seus ombros.
– eu preciso ir, tenho que resolver algumas coisas – findando beijo o empresário disse de forma triste.
– que pena – Taehyung disse um tanto triste também – eu gosto de estar com você – confessou acanhado.
– eu também gosto meu bem – Jungkook sorriu. – eu queria te pedir que não volte mais lá – o empresário disse se referindo a forma de trabalhado do outro, fazendo Taehyung o olhar confuso – eu sei que não mando em você Tae, mas eu me preocupo, e eu acho melhor você não ir mais naquela boate.
– mas Jungkook...– Taehyung tentou dizer o que achava mais foi interrompido.
– escute, eu vou cuidar de vocês, eu arrumo um emprego para você, eu faço qualquer coisa, mas não volte para lá por favor. – Jungkook o abraçou suplicando.
Não fazia ideia do por que estava tão apavorado com a ideia de Taehyung voltar a trabalhar como fazia, tinha um pouco de ciúmes, admitia, mas o que o corroia era o medo de Taehyung ficar em apuros novamente.
– está bem, eu não vou mais – Taehyung disse em um suspiro alisando os cabelos do mesmo.
– jura? – Jungkook disse contente.
– sim, mas prometa que vai me arrumar um emprego, eu não gosto de depender de ninguém – disse segurando o rosto do mesmo.
– prometo – e então deram um selinho.
Após a conversa se deram carinho e Jungkook se despediu deixando um Taehyung feliz para trás.
Mais tarde Taehyung arrumava a casa com os pensamentos em seu amigo jimin, deveria ir vê-lo, fazer uma visita, mas não sabia se conseguiria o olhar nos olhos, sabia que precisavam ter uma boa conversa, mas não se sentia pronto, talvez não se sentiria pronto nunca, estava decepcionado demais.
Não gostava de bagunça por isso estava tentando arrumar a casa, aproveitava sempre que podia quando seus irmão estava na escola para arrumar tudo. O que o interrompeu foi alguém em sua porta o assustando, já que não estava esperando ninguém e o Jeon provavelmente estava no trabalho naquele momento.
Abriu a porta para atender quem o atrapalhou e se deparou com o policial investigador do caso do acidente passado de seus pais. Suspirou pesado, não queria saber de mais nada daquilo, iria cancelar as investigações de vez, estava farto.
– Senhor... hum... não precisa mais se preocupar com o caso, eu vou entrar na justiça e o cancelar, portanto procure por outro. – Taehyung disse de forma triste.
– eu descobri algo Senhor Kim, na verdade já finedei o seu caso – o policial disse em seguida, o que surpreendeu Taehyung.
Aconteceu que Taehyung o olhou aflito e um tanto surpreso, deu passagem para o policial entrar e o serviu um café.
– Desculpe a bagunça, eu estava arrumando – explicou depois de minutos em silêncio.
– não se preocupe, bom, é uma notícia ruim Senhor Kim, peço que sente-se e não entre em pânico – pediu de forma educada.
Como pedir para uma pessoa não entrar em pânico afirmando que iria dar uma notícia ruim?
– só ouvir isso do senhor, me dá um nervosismo enorme – sentou ao lado do mesmo preocupado, prestes a ter um colapso.
– Bom... o vizinho que morava ao lado de seus pais me disse o que viu naquele dia... Sua tia pegou o seu irmão bem cedo naquele dia não foi? – Taehyung afirmou com a cabeça – seus pais discutiam muito? – Taehyung negou, nunca tinha presenciado – Então... o vizinho que morava ao lado, O senhor Tomás, me disse que naquele dia seu pai saiu a algum lugar e sua mãe regava as plantas na frente da casa, até que seu pai voltou segurando sua mãe pelo braço e a arrastou para dentro, ele disse que quando estava no quintal decidido a limpar a piscina como sua esposa havia pedido ouviu gritos, uma discussão, tempo depois não se ouvia mais nada, o barulho sessou, então não demorou muito para as chamas começaram a surgir os outros vizinhos ligaram para os bombeiros e políciais, ouve a explosão do gás que estava ligado ao fogão. – Taehyung o olhava surpreso e confuso – ninguém entrou na sua casa e queimou tudo por maldade, alguém que estava na casa a colocou em chamas de propósito... Quando o fogo foi apagado entramos na casa e encontramos plastico derretido pela casa, presumimos que a pessoa usou álcool, na cozinha, na sala, no corredor e quarto, já que a casa enteira se acabou, conversei com sua tia e ela nos disse que pegou o seu irmão caçula a pedido de sua mãe que disse que seu pai estava estranho e com loucura na cabeça, ficava a acusando com coisas que diziam a ele – Taehyung então se abraçou com os olhos prestes a transbordar – o caso se encerrou hoje Senhor Kim, o culpado é o seu pai, ele causou o incêndio e provavelmente matou a sua mãe antes de por fogo na casa, depois de muitas ameaças como sua tia alegou, como eu sabia que não iria comparecer à nenhum fórum eu vim até o seu encontro – suspirou triste o polícial enquando assistia Taehyung transbordar em lágrimas.
Assentindo diversas vezes levantou pondo as mãos nos olhos e os limpando.
– o-obrigado por vir – agradeceu indo até a porta e sendo seguido pelo policial.
– bom, foram encontrados documentos de sua família, seu pai deixou dinheiro para você, mas deixou algumas dívidas, na próxima semana, vá ao fórum para você não precisar ir mais senhor Kim – pediu o policial calmamente – tenha uma boa tarde – e foi embora.
Se despediu do homem e trancou sua porta, desabou sentando no sofá. Tentava se recompor, não tinha mais como voltar no tempo, nunca sequer viu seu pai levantar a voz para sua mãe em sua frente, os dois escondiam bem.
Seu pai nunca se mostrou violento e sua mãe nunca se mostrou estar em apuros, nunca viu seus progenitores se desentender, não conseguia entender.
Quando o horário de ir buscar seu irmão na escola chegou, o moreno passou a tentar se acalmar, passou uma maquiagem para seu irmão não fazer perguntas, iria conversar com seu amigo Jin, precisava conversar.
Como arquitetado, pegou o seu irmão com o maior sorriso do mundo e foi até a casa de seu amigo sendo bem recebido, Sunwoo sentia que a casa de Seokjin era a sua casa também então correu até a TV e a ligou, o garotinho não desconfiava que seu irmão estava melancólico, o que deixou Taehyung despreocupado, Jin não se importava que o irmãozinho de seu amigo invadisse sua casa como se fosse a dele, gostava que o garoto se sentisse confortável.
Jin fechou a porta e foi até a cozinha sendo seguido por Taehyung, sentaram um de frente para o outro e conversaram sobre o que ocorreu quando Taehyung deixou seu irmão com ele naquele dia, contou tudo desde o começo.
– não estou querendo ser duro com você Tae, mas não acha que se precipitou? Se acontecesse algo com você? Como ficaria Sunwoo? Em? – Jin disse de forma séria no meio do assunto abordado.
– Ah hyung, eu estava tão agoniado com a situação que... eu não pensei em nada hyung – tampou os olhos com a mão se sentindo abalado com as palavras – e eu sei que você cuidaria melhor dele do que eu... – sentiu sua garganta fechar.
– epa lá mocinho! Pare já com esses pensamentos Taehyung! Você está se ouvindo? Aquele garoto na sala, é o seu irmão mais novo. Eu sei que ele não devia ser sua responsabilidade, mas ele é, ele só tem você nesse mundo, vamos lá, você está sendo egoísta, você nem pensou nele quando foi naquele lugar enfrentar as bobagens que o jimin te meteu? – disse um tanto ríspido, querendo repreender Taehyung.
Mas tudo que se podia ouvir foi um soluço forte e em bom som do Kim.
– E-eles não pensaram em mim Jin – desabou.
– o que? – perguntou o mais velho confuso com a confissão.
– meu p-pai... Jimin... minha mãe... todos e-eles... – falou desapontado escondendo seu rosto entre as mãos.
– eu não estou entendendo
– o p-policial das investigações passadas do caso dos meus pais foi em m-minha casa... foram noites mal d-dormidas por causa disso, e-eu queria encontrar o culpado... para no final descobrir que meu pai matou minha mãe e pos fogo na nossa casa. – Jin o olhava surpreso e horrorizado com o que estava escutando. – f-foi egoísta da minha parte deixar Sunwoo com você sem te dizer nada, mas ele também foi comigo, meu p-pai nem pensou em m-mim, em n-nos. Minha mãe nunca me disse nada, e-ela fingia estar feliz p'ra mim, me tratando como a porra de uma criança. J-jimin também foi egoísta comigo, t-todos foram hyung. – tirou as mãos do rosto se abraçou e olhou seu amigo que tambem chorava– E-eu posso ser egoísta também? Tipo, agora? E-eu quero sumir hyung, q-quero esquecer tudo isso, eu quero...
Jin tampou a boca do seu amigo rapidamente, não permitindo que ele dissesse a última palavra, e então o abraçou forte.
– não, não pode Taehyung – disse por fim sessando aquela conversa melancólica e cheia de dor.
Deixou Taehyung chorar em seu ombro, depois o acalentou, temeroso vendo o estado dele pediu para que dormisse em sua casa, Taehyung estava com a cabeça cheia e temia que ele pensasse em fazer besteira. Rendido o moreno aceitou de bom grado dormir na casa do seu amigo.
Se sentia acolhido e compreendido, não se sentia sozinho, estaria seguro, tentaria a todo custo impedir que os pensamentos ruins o dominasse.
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De hoje né, me perdoem a demora.
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