i choose you.

By comethrzu

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Harry Styles tem uma vida perfeita. Dono de um charme inato para conquistar mulheres, ainda não conheceu uma... More

um.
dois.
três.
quatro.
cinco.
seis.
sete.
oito.
nove.
dez.
onze.
doze.
treze.
quatorze.
quinze.
dezesseis.
dezessete.
dezoito.
dezenove.
vinte.
vinte e um.
vinte e três.
vinte e quatro.

vinte e dois.

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By comethrzu

    Oi gente! Eu queria dizer pra vocês não ficarem bravos com o Harry. Tentem entender o lado dele, pressão, medo, e como o Louis já disse all the lonely shadow dances, from the cradle to the grave, it's a solo song, and it's only for the brave. Deem tempo para o nosso Harry perceber que ele não está mais sozinho nessa. É um processo longo e doloroso. Mas garanto que vocês vão sentir orgulho do nosso garoto.

P.S, Talvez hoje tenha maratona.

   LOUIS.

     EU NÃO tinha o direito de estar bravo. Sabia disso. Em um nível racional, eu sabia que Harry tinha todo o direito de dizer “não” para mim e sair com Kendall. Ou com qualquer outra pessoa.

    Mas ele tinha que levá-la para lá, onde sabia que eu os veria juntos?

    Onde eu teria que vê-lo dedicar a ela a atenção que eu queria receber dele? Onde eu seria forçado a encarar o fato de que ele não me queria o bastante para superar seus medos? De que eu não bastava? Devia haver milhares de restaurantes naquela cidade. Por que ele tinha que escolher aquele onde eu trabalhava? Ele havia feito de propósito, só para me torturar. Por quê?

    Passei a noite inteira irritado com ele, mas também comigo, por estar irritado, para começo de conversa.
 
    Era um maldito círculo vicioso de raiva que me deu dor de cabeça até o fim da noite. Fiz um esforço absurdo para flertar com mulheres só para provocá-lo. Espero que ele
tenha visto.

   Meu Deus, será que eu tinha mesmo achado que ele ia me escolher? Que só porque ele havia me deixado chupá-lo na cozinha e me masturbado no escuro eu importava para ele? Eu só o conhecia havia três dias!

    Ele havia passado uns vinte anos fingindo ser totalmente hétero porque achava que sentir atração por homens era errado...

   Será que eu pensara mesmo que seria aquele que o faria mudar? Talvez eu tenha sido aquele que finalmente tentou o bastante para que agisse segundo seus impulsos sexuais reprimidos, mas aquilo não passava de atração superficial. No fim das contas, era só isto que eu era para ele – uma transa.

   E eu não queria ser sua obra de caridade. Assim que fosse humanamente possível, eu sairia de sua casa. Agora já tinha minhas economias e estava ganhando muito mais dinheiro no trabalho do que jamais ganhara. Eu podia não ter um Range Rover ou um Rolex, mas tinha a experiência das ruas e habilidades de sobrevivência e vinha de uma longa linhagem de pessoas que haviam feito o que fosse necessário para sobreviver.

   Não precisava que ninguém me entregasse o luxo de bandeja – eu podia consegui-lo com meu próprio esforço, e conseguiria. A primeira coisa que faria no dia seguinte seria encontrar outro lugar para morar.

    Eu estava calado e emburrado na volta para a casa do Harry, e Gemma
notou.

   – Ei. – Ela me olhou de relance. – Está tudo bem?

   – Está.

   – Você não parece bem. Sei que os ingleses não são tagarelas por natureza, mas hoje você está sério demais até para um inglês. E sua
aura está um pouco perturbada. Seus olhinhos estão parecendo mais um dia nublado do que um lindo dia com um céu azulzinho!

   – Está? Estão?

   – Sim. E escura. Muito escura. Percebi isso quando fui buscá-lo hoje à tarde, mas agora sinto de verdade.

   – Desculpe. – Tentei pensar em uma cor clara, assim quem sabe minha aura não a preocupasse.

   – Não se desculpe. Todo mundo tem direito a uma aura escura de vez em quando. Mas aconteceu alguma coisa no trabalho?

   – Não.

   Depois de mais ou menos um minuto de silêncio, ela disse:

   – Você sabia que Harry levaria Kendall  lá hoje à noite?

  – Não. – Pensei no que eles estariam fazendo naquele instante. Ele a estaria beijando? Tocando? Fodendo? O ciúme, desconhecido e indesejado, se apossou de mim. O que eles fazem não é da sua conta.

   – Ela é tão simpática, mas… – Sua voz morreu, mas fiquei de orelha em pé. – Não sei se eles combinam. Tem alguma coisa errada. É como se estivessem se esforçando demais para dar certo.

   – Mmm.

   Gemma riu.

   – Agora só faz ruídos, é? Nem usa mais palavras? – Ela deu um tapinha na minha perna. – Coitadinho. Vou deixá-lo em paz.

   No início, agradeci por ter me deixado quieto, mas talvez eu devesse tê-la estimulado a continuar falando, porque meu cérebro estava preenchendo o silêncio com lembranças da voz do Harry, grave e rouca.

   Sua respiração rápida. Seus gemidos suplicantes. Será que ele estava gemendo assim com ela naquele momento? Estava dizendo a ela que queria mais? Estava mandando que ela gozasse como havia me mandado? Talvez.

    Talvez aquele fosse o seu comportamento padrão.

   Talvez ele até seguisse um roteiro. Depois de dizer um rápido “obrigado e boa noite” à Gemma, entrei pela porta principal e a tranquei atrás de mim. Todas as luzes estavam apagadas e a casa estava em silêncio total. Então congelei ao ouvir um som de gelo num copo vindo da sala de estar.

   Que estranho. Harry estava em casa? E sentado sozinho no escuro? Ou Kendall estava com ele?

   A última coisa que eu queria era interromper, mas, considerando a remota chance de que não fosse Harry, e sim algum tipo de invasor, parei na soleira da sala e espiei na escuridão. Pensei ter distinguido uma figura solitária sentada no sofá, mas meus olhos ainda estavam se acostumando à escuridão quando falou: – Entre.

   Era ele.

   – Não, obrigado.

   – Entre.

   As coisas têm sempre que ser do seu jeito, não é?

   Eu me odiei por fazer o que ele queria, mas entrei na sala. Ele se levantou, foi até o carrinho de bebidas que ficava perto da janela e despejou algo num copo. A luz cinza-prateada que passava pelas cortinas destacava sua silhueta, e seus ombros pareciam ainda mais largos do que eu me lembrava. Meu pau me traiu e tentou levantar.

   – Quer beber? – ele perguntou.

   – Não, obrigado. – Banquei o britânico tranquilo, porque sabia que isso o incomodaria. Ainda sem olhar na minha direção, ele levou o copo aos lábios.

   – Como foi sua noite?

   – Ótima – menti. – E a sua?

   – Boa. – Ele não disse mais nada, e eu não estava a fim de perguntar.

   – Acho que vou para a cama. – E então continuei lá parado por algum motivo idiota, como se esperasse que ele me pedisse para ficar.

   Não pediu.

   Estufei um pouco o peito.

   – Vou embora amanhã. Acharei outro lugar para ficar.

   Uma pequena pausa enquanto ele bebia.

   – Por quê?

   – Porque é a coisa certa a fazer.

   – A coisa certa a fazer – ele repetiu, e me perguntei se estaria bêbado. Ele tomou o resto do que quer que fosse que estivesse bebendo e pousou o copo. Então veio na minha direção e ficamos frente a frente, fui obrigado a encarar aqueles olhos verdes, suas narinas estavam dilatadas, o cabelo bagunçado, os lábios um pouco inchados. Porra, Harry. Por que tem que ser tão lindo? – A coisa certa a fazer seria subir e trancar sua porta. Mas você não vai fazer isso, vai?

   Era um desafio, e eu o aceitei.

   Dei as costas para ele e tentava deixar a sala quando ele agarrou meu braço e me puxou de volta. E então sua boca estava na minha, quente, firme, intensa, uma das mãos na minha nuca, a outra segurando meu antebraço.

   Após alguns segundos de um êxtase atordoante – ele ainda me quer –, eu o empurrei. Com força.

   – Isso. Lute comigo – ele estourou, tirando a camisa pela cabeça. – Revide. – Ele veio para cima de mim de novo, só força, raiva e desejo, me empurrando contra a parede da sala de estar. – Eu quero que você diga não. Eu quero que você me afaste. Eu quero que você bote um fim nisso porque eu simplesmente não consigo. – Seu quadril se chocou com o meu, o volume sólido de sua ereção se esfregando em mim. – Eu não consigo, porra!

    Eu nunca havia me sentido tão dividido entre orgulho e tesão antes.

   Eu o desejava tanto quanto queria rejeitá-lo. Porque tudo aquilo era um jogo para o Harry – ele estava me usando como se eu fosse um brinquedo.

   Mas ele estava tão sexy daquele jeito – cheio de fúria e paixão e uísque, incapaz de se controlar. Ele queria lutar? Eu podia lutar com ele. Mas primeiro o deixei me beijar, deixei sua língua invadir minha boca e até retribuí o beijo, mas, quando sua mão chegou perto da minha virilha, eu o empurrei de novo.

    – Agora você me quer? E Kendall ? Decida-se, Harry.

   – Eu vi você hoje à noite, flertando com as pessoas. – Ele estava com os punhos cerrados e os braços esticados dos lados do corpo. – E não gostei nem um pouco.

   – Eu vi você hoje à noite, do jeito que você provavelmente queria que eu visse, em um encontro romântico com uma mulher. – Avancei na direção dele, e ele recuou um pouco. – Então, qual é a sua? – Agarrando minha camiseta pela parte de trás da gola, eu a tirei e joguei para o lado. – O que você quer? Isto ou aquilo?

   – Vai se foder. – Ele se lançou contra mim e nossos corpos se chocaram, apenas mãos tateantes e bocas abertas e respiração pesada e difícil.

   Passei uma perna por trás dele e o derrubei de joelhos, e ele me empurrou, seu corpo esparramado sobre o meu. Seu peso sobre mim era tão bom, e debaixo dos jeans nossos pênis se esforçavam para ficar mais perto, se avolumando contra o tecido, conforme Harry esfregava seu quadril no meu – uma fricção deliciosa e torturante. Minhas mãos estavam em toda parte.

   – Deus me perdoe, mas preciso ter você – sussurrou. Ele deslizou a boca pelo meu pescoço e peito, pelos músculos tensos da minha barriga.

    Quando chegou ao cós da calça, voltou a ficar de joelhos, montado nas minhas pernas. Me apoiei nos cotovelos, incrédulo, e o vi desabotoar, abrir o zíper e baixar minha calça até as coxas, meu pau saltando, livre. Achei que ele fosse hesitar. Achei que fosse perguntar se podia. Achei que fosse fazer inúmeras coisas que indicassem que jamais havia chupado um pau antes e que talvez se sentisse confuso.

    Nada disso.

   Segurando meu pênis com uma das mãos, ele o posicionou na direção de sua boca e baixou a cabeça, me colocando entre os lábios. Gemi quando sua língua deslizou pela coroa e ele começou a chupar, a cabeça subindo e descendo.

   Oh, meu Deus, aquilo estava mesmo
acontecendo?

   Como era possível conseguir o melhor boquete que eu já tivera de um novato total? Como ele conseguia me levar tão fundo, me chupar tão forte e me masturbar do jeito certo com a língua? Porque assim é o Harry. Perfeito em tudo.

   – Porra! – exclamei, fechando os olhos ao bater no fundo de sua garganta de novo, e de novo, e de novo. Se continuasse olhando, aquilo terminaria em pouco tempo, e eu queria que aquele êxtase quente, úmido e alucinante continuasse para sempre. Mas até mesmo os sons eram excitantes para mim – ele estava dando tudo de si – e eu sabia que não conseguiria me conter.

    Abri os olhos e ele olhou para mim. Um encontro entre azul e verde. Um encontro entre o verdadeiro Louis e o verdadeiro Harry, aqueles que éramos de verdade, nosso íntimo profundo.
 
    Oh, merda.

   – Vou gozar – ofeguei. Ele começou a me chupar com ainda mais força, um grunhido feroz escapando de sua garganta, como se ordenando que eu gozasse, me ameaçando se eu não o fizesse. Sem problema, porque um segundo depois eu chegava ao orgasmo, e gemia e arfava e xingava enquanto meu pau pulsava e jorrava em sua boca, e via tudo acontecer com olhos arregalados e incrédulos.

    Depois de engolir até a última gota, ele me soltou e se arrastou por cima de mim, procurando minha boca. Ele tinha gosto de uísque e sexo, e eu não me cansava de beijá-lo. Encarei os olhos dele, as pupilas dilatadas, os olhos verdes cheios de luxúria.

   – Quero foder você – ele disse as palavras sensuais nos meus lábios.

   Meu corpo, que estava completamente sem força, de repente recuperou as energias.

   – Precisamos…

   – Lá em cima. – Sua voz estava densa de urgência. – Meu quarto. Dois segundos depois, subíamos a escada e ele me puxava para seu quarto, que estava escuro como breu. Com mãos ávidas, arrancamos os sapatos e meias, tiramos os jeans e as cuecas e caímos na cama, as bocas unidas.

   Acabei de costas para a cama e ele se posicionou entre minhas pernas, esfregando o pau duro e escorregadio contra o meu, que estava voltando à ativa rapidamente.

   – Adoro seu corpo. – Suas palavras fizeram fogos de artifício explodir dentro de mim.

   – Também adoro o seu – eu disse, deslizando as mãos por suas costas e ombros largos, musculosos, tatuagens, Harry, as suas lindas tatuagens. Porra.

   – Mais – ele disse naquela sua voz de comando. – Eu quero mais.

   – Então venha pegar.

   Ele ficou de joelhos e ouvi o som de uma gaveta ser aberta e fechada. Vários cliques e claques. Mãos sendo esfregadas. Na penumbra, pude vê-lo se preparando para me foder, e meu coração bateu furiosamente no peito. Vi quando ele começou a se masturbar, um tremor percorrendo meu corpo quando senti seus dedos quentes e escorregadios deslizarem por entre minhas pernas. Ele explorou meu corpo com destreza e sem pudores, me tocando com tanta habilidade que era difícil acreditar que nunca tivesse feito aquilo antes.

   Adoro suas mãos. Suas mãos grandes. Sem anéis dessa vez.

   Dobrei os joelhos e me abri mais para ele, convidando-o para um toque mais íntimo. Ele enfiou um dedo em mim, e meus músculos do abdômen se retesaram com o toque suave e ao mesmo tempo firme.

   – Isso – sussurrei. Um dedo se transformou em dois, me excitando, acariciando e alargando. Não sei se por acaso ou de propósito, ele estimulou minha próstata, e a parte inferior do meu corpo começou a vibrar. Puta que pariu, como isto é bom. Totalmente excitado novamente, segurei meu pau e comecei a mover os quadris, fodendo sua mão e a minha ao mesmo tempo.

   Ele grunhiu.

   – Isto é tão bom. Não pare.

   Continuei com aquilo, tomando cuidado para não me empolgar demais, porque não podia gozar ainda. Mas seus dedos estavam tão fundo, e ele me olhava de um jeito tão sexy, e só dá para lutar contra seu próprio corpo por um tempo antes que ele diga foda-se, está acontecendo. E eu queria que acontecesse com ele.

    – Harry... – falei com esforço. – Agora.

    Eu nunca havia desejado tanto alguém e jamais me preocupara tanto em tornar uma experiência perfeita para alguém.

    Não é que eu tenha sido um amante egoísta, mas antes havia sido basicamente só a parte física do sexo. A excitação, a transa, o orgasmo. Com Harry, era diferente – eu tinha ciência do desejo dele por mim em um outro nível. Eu sabia que precisava ser algo forte o bastante para que ele vencesse
os medos que habitavam o âmago de seu ser.

   Sabia que ele havia me escolhido não apenas em detrimento de outro homem, mas em detrimento de si mesmo.

   Eu queria que valesse a pena.

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