Conqueror G!P

By jiminightlace

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Quando se é jovem, você deseja algumas coisas. A maioria das garotas da minha idade gostariam de namorados br... More

Reversível
A Festa.
O Acordo.
A Primeira Aula.
Probelmas familiares... Ou não.
Segundas-feiras.
Conquistadora parte 1
Gentil.
Tipo um encontro?
Eu nunca beijei ninguém de verdade.
Oi Lauren.
Coca-Cola.
Lauren merece mais.
Plaquinhas.
Deixe Ir.
Boas cobras.
Eu ainda estou aqui.
Você e Eu.
Eu conheço você.
Perdão.
O Jantar.
A sua melhor versão.
Camila Cabello
Fera.
O Fim?
Sua mãe é uma boa pessoa.
Você se importa se eu te tocar lá?
Ela não gosta de garotos.
O banheiro.
Serendipidade.
Segredo.
Eu acho que estou amando a gente.
Euforia.
Michael Jauregui.
Me acostumar com isso.
Ciúme é o primeiro passo para um relacionamento abusivo.
Taylor & Chris
Tudo ficou preto.
Dia 0
Que ela esteja bem.
Em casa
Feliz Natal
Animador!

Debaixo do Visco

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By jiminightlace

A memória mais importante que eu tenho sobre o natal é a de cozinhar com minha mãe.

Nem eu e nem ela éramos boas na cozinha e também, nós raramente cozinhávamos no dia-a-dia. Mas no natal era especial, e tudo parecia ficar muito gostoso.

Depois de preparamos a torta de frutas vermelhas enquanto tomávamos uma taça de vinho branco, que era a única bebida alcoólica a qual meu paladar estava acostumado, nós nos arrumamos para ir até a casa dos Cabello.

Mamãe com um vestido champanhe que ia até metade de seus tornozelos e sandálias da mesma cor. O cabelo loiro estava solto com alguns cachos se formando nas pontas, a deixando mais jovem assim como sua maquiagem leve. E eu estava usando um vestido xadrez preto e verde, com coturnos pretos e uma jaqueta de couro.

Até tinha deixado minha mãe usar o modelador de cachos no meu cabelo, e também coloquei lentes de contato e uma gargantilha que havia ganhado da vovó no natal anterior.

A casa dos Cabello cheirava a vela aromatizadora e peru recém assado.

Alejandro nos recebeu, usando calça social e um suéter branco, pela primeira vez eu o via sem as roupas do trabalho e ele parecia uma pessoa completamente diferente.

— Obrigado por terem vindo. — Ele disse com um sorriso, enquanto ajudava minha mãe com a torta e a garrafa de vinho.

A lareira digital da sala estava acesa, assim como as luzes da enorme árvore de natal. Tocava jazz no fundo e pela primeira vez, aquela casa parecia possuir moradores.

Sofia estava sentada em uma das poltronas, enquanto conversava com um garotinho que parecia ser da sua idade, enquanto jogavam algo no celular.

— Ela chegou! — A garotinha percebeu minha presença.

— Oi Sofi. — Eu sorri, abraçando-a. — Quem é seu amigo?

— Esse é o Ryan, meu primo por parte de mãe. — Ela disse.

Eu sorri para o menininho que sorriu de volta um pouco tímido.

— Oi Ryan, eu sou Lauren Jauregui. — Disse sentando-me ao lado das duas crianças.

— Sofia não parava de falar sobre você e sua coleção de bonecos de ação. — Ele disse um pouco provocativo.

Sofia bufou cruzando os braços, enquanto eu comecei a rir.

— Nós podemos ir até minha casa depois do jantar e eu mostro pra vocês. — Cochichei para eles.

— Lauren. — Minha mãe chamou da sala de jantar.

Levantei-me indo até os adultos.

Minha mãe e Clara abriam uma garrafa de vinho enquanto Alejandro conversava com uma mulher alta e esguia com o cabelo loiro e olhos bem redondos e marrons. Um traço clássico dos Cabello.

— Mencí, essa é minha nora. Lauren. — Alejandro disse alto.

Eu fiquei parada na porta, sentindo minhas bochechas esquentarem.

— Hmmmm, agradando o sogro. Está mesmo ficando bem sério esse reconhecimento. — A mulher disse com um sorriso simpático, então me abraçou e beijou meu rosto dos dois lados.

Minha mãe sorria por trás da taça enquanto me encarava. E eu sorri de volta, tentando parecer simpática.

— E não só o sogro pelo que sei. — Alguém disse atrás de mim, uma voz um pouco mais velha.

— Ah mama, pare de me explanar. — Sinuhe disse num tom divertido.

Olhei para trás bem a tempo de ver Camila com um vestido preto de flores brancas e tênis de lona também branco. O cabelo estava preso em uma trança frouxa e ela havia passado batom vermelho. 

Ela segurava a senhora pelo braço.

Eu sorri imediatamente, tentando não olhar muito para ela e inevitavelmente babar.

— Boa noite Lauren, ouvi muito à seu respeito. Eu sou Karla Cabello, a avó. — A senhora disse com um sorriso fraco enquanto erguia as sobrancelhas finas.

Eu sorri de volta, estendendo a mão para apertar a dela. A senhora usava pulseiras de pérolas combinando com o colar. O cabelo grisalho combinava perfeitamente com o restante de sua aparência. Não parecia uma avó comum.

— É um prazer conhecê-la. — Falei.

— Muito bonita sua namorada, por sinal. — Ela disse, inclinando-se para Camila.

— Ela é mesmo. — Camila rebateu rapidamente, me encarando.

— Venham tomar um pouco de vinho antes do jantar. — Sinuhe disse, desviando a atenção da conversa intimidadora.

Karla soltou o braço de Camila, sentando-se entre minha mãe e a filha mais velha.

— Você está linda. — Camila disse beijando minha bochecha rapidamente.

Eu olhei ao redor, com medo de alguém ter percebido, mas estavam todos entretidos em alguma conversa.

— Quer uma taça? — Camila perguntou com um sorriso.

Eu assenti, sorrindo de volta.

Sentamo-nos à mesa, junto com os adultos.

— Peguem leve na bebida, meninas. — Sinuhe disse ao ver Camila servindo duas taças.

— Pode deixar. — Eu disse rapidamente.

— Deixa de ser chata, elas já são mulheres. — A senhora Karla disse, chamando a atenção da filha.

Sinuhe tinha mesmo a quem puxar.

— Ah! Mama! Não comece, ou então nós vamos parar no bar se depender da senhora. — Mencí disse fazendo todos rirem.

— E qual é o problema? Todos aqui são maiores de idade. — A senhora rebateu.

— Tem razão. — Alejandro disse. — Logo essas duas vão estar na faculdade.

— E como estão as respostas das Universidades? Vocês tem uma coisa chamada Liga Ivy, não é? — Mencí disse bebericando de sua taça mais uma vez.

Ela se parecia com Sinuhe, apesar de ser mais nova. Tinha olhos redondos e castanhos, mas não era morena. Seu cabelo era tingido de um loiro bem claro e com pontas curtas na altura do queixo. Era alguém de presença forte.

— É, eu ainda estou aguardando minhas cartas. Não me inscrevi em tantas faculdades. — Camila disse rapidamente, com um sorriso tímido.

Parecia que havia uma barreira entre nós sempre que tocávamos nesse assunto.

— Tenho certeza de que se sairá bem. — Minha mãe disse com um sorriso.

— E você Lauren? — Alejandro quem perguntou.

— Ah...

— Lauren foi aceita em Yale e na UPenn. — Minha mãe disse rapidamente, e eu arregalei os olhos.

Por que ela contou isso?

Alejandro assoviou, enquanto os outros me parabenizavam.

— São ótimas opções. — Sinuhe disse. — Imagino que já tenha se decidido.

— Ainda não, pra ser sincera. — Falei um pouco sem graça, abaixando a cabeça.

Percebi que Camila me olhava de soslaio.

— Bom, mas ainda tem tempo. — Mencí disse, suspirando.

— Claro que sim. Acho melhor preparar a mesa, o jantar está quase pronto. — Sinuhe disse, levantando-se.

— Eu ajudo. — Minha mãe continuou, indo para a cozinha.

Nós nos levantamos da mesa e fomos para sala.

Camila sentou-se no sofá, e eu me juntei a ela, ainda em silêncio.

— Parabéns pelas faculdades. — Ela disse. — Eu fico muito feliz por você, Laur. Mas não entendo porquê não quis me contar.

Eu a encarei, seus olhos demonstravam o quanto ela estava chateada.

— Por quê... — Eu suspirei, me arrependendo por ter escondido isso dela. — Me desculpa. Eu só não quero tomar nenhuma decisão sem saber quais são seus planos.

— Você sonha com a faculdade desde que começou o ensino médio, não se preocupe comigo. Sei que onde estivermos ainda estaremos juntas, ok? — Camila disse segurando minha mão enquanto me encarava.

Eu sorri fraco, e beijei sua mão.

— Obrigada por ser tão incrível. — Falei, enquanto aproveitava o calor de seu toque.

— Não me agradeça por isso, amor. — Ela sorriu sem mostrar os dentes.

Os olhos castanhos brilhavam.

— Sabe, isso me lembra que eu tenho um convite para te fazer. — Falei um pouco pensativa.

Camila franziu o cenho tirando sua mão de cima da minha.

Eu me levantei um pouco do sofá, puxando o envelope que havia guardado nos bolsos do vestido xadrez, antes de sair de casa. Estendi o objeto para Camila.

— O que é? — Ela disse, já abrindo um sorriso. — Passagens aéreas? Nós vamos viajar?

Os olhos dela brilharam, e ela sorriu.

— Bem, se você quiser ir comigo, sim. — Disse um pouco sem jeito. — Eu tenho um campeonato de videogame em Nova Iorque, e eu queria muito que você fosse comigo, Camz.

Eu me encarou um pouco desconfiada.

— Isso é bem a sua cara, Jauregui. — Ela riu. — Claro que eu quero ir, sempre quis conhecer Nova Iorque, e é um ótimo cenário para uma viagem de casal.

— Tem razão. — Eu ri, abraçando os ombros da minha namorada.

Seu perfume era tão gostoso e quente.

— Hora do jantar. — Minha mãe apareceu na sala segurando uma taça com vinho.

Seus olhos verdes pareciam brilhar ainda mais pelo álcool.

— Que bom, eu estou morrendo de fome. — Camila disse enquanto levantava-se do sofá, rindo um pouco envergonhada.

— Ótimo, porque parece que sua mãe fez comida para um batalhão. — Minha mãe riu também, abraçando Camila pelos ombros enquanto iam para a sala de jantar.

A mesa que antes vivia limpa e vazia, estava farta. Com comidas decoradas e louças de cerâmica bem polida. Não era um jantar com muitos convidados, mas estava aconchegante e todo mundo conversava enquanto comia.

— E vocês deveriam passar uma temporada comigo. Tem muitos escritórios jurídicos na Cidade Do México. — Karla disse enquanto iniciavam um assunto sobre as férias.

Todo mundo sabia que o Inquérito Policial estava quase chegando ao fim, isso significava que Alejandro poderia ser preso em breve.

— Você também, Lauren. Será muito bem-vinda na casa da avó Cabello. — Ela disse olhando para mim com um sorriso.

— Esse é um convite irrecusável. — Camila disse para mim.

— Eu acho uma ótima ideia! — Alejandro disse de repente. — O México é bem legal, e tem escolas ótimas.

Vi quando Sinuhe segurou a mão do marido sobre a mesa, acariciando o dorso com um olhar triste.

— Eu posso estudar lá? — Sofia disse de repente.

Camila se remexeu um pouco desconfortável e eu acariciei seu joelho por debaixo da mesa.

Eles estavam falando sobre se mudar para o México.

— Legal, nós podemos ser da mesma sala. — Ryan disse, enquanto comia.

— Ryan, tenha modos. — Mencí chamou atenção do filho. — E também, minha casa tem espaço de sobra, vocês sabem.

A mulher disse um pouco animada, logo abaixando a cabeça.

— Bom, vamos pensar sobre isso depois. — Sinuhe disse com um sorriso contido.

— Na verdade, eu gostaria de fazer um brinde. — Camila disse de repente, levantando-se e erguendo a taça com um pouco de vinho.

Todos olharam para ela, surpresos.

— Aos recomeços e à família. — Ela disse sorrindo.

— Que nunca nos falte nada disso. — A senhora Karla completou, sorrindo.

Nós brindamos e terminamos o jantar.

Depois, fomos para a sala abrir os presentes.

— Lauren. — Minha mãe chamou, enquanto todos sentavam-se nos sofás de couro. — Nós como convidadas, compramos presentes para todos.

— Foi um pouco difícil. — Eu disse envergonhada, fazendo todo mundo rir.

Minha mãe entregou as caixas de veludo, uma para Sinuhe e uma para Camila.

— Uau! — Camila disse com os olhos brilhando ao ver as jóias escolhidas por minha mãe.

— Obrigada Clara, eu adorei. — Sinuhe disse, levantando-se para abraçar minha mãe e eu em seguida.

— Alejandro. — Minha mãe entregou a sacola com a caneta mais cara que eu já havia visto.

No final, ele havia mesmo ficado fascinado pela caneta, assim como Sinuhe e Mencí.

Certeza que era alguma coisa de advogados.

— Muito bom gosto, obrigado. — Ele disse sorrindo.

— O presente de Sofia foi ideia de Lauren, então deixo ela fazer as honras. — Minha mãe riu, espalmando as mãos enquanto ia para o sofá.

Eu ri um pouco envergonhada, e entreguei o embrulho um pouco amassado para a garotinha.

— Lauren tem bom gosto. — Sofia disse, já rasgando o embrulho vermelho. — Uau! Mil vezes uau! Mãe, olha isso!

A garotinha correu com a caixa estofada para mostrar os boneco de ação.

Camila olhou para mim com um sorriso. Levantei-me do chão, sentando-me ao lado dela.

— Obrigada Lauren, esse é o melhor presente de todos. — Sofia disse.

— Você está a mimando. — Camila sussurrou em meu ouvido.

Eu sorri um pouco, sentindo as borboletas surgirem em meu estômago ao sentir o perfume de Camila tão perto de mim.

— Seu presente está guardado. — Sussurrei para ela.

— Certo, a vovó Cabello também trouxe presentes. — Karla disse levantando-se e chamando a atenção.

Ela entregou as sacolas brilhantes, uma pra cada.

— Abram quando estiverem sozinhos! — Ela disse rapidamente, rindo em seguida.

— Toda vez ela faz isso! — Sofia resmungou. — Então, acho que já é hora de ir pra cama!

A garotinha pulou do colo da mãe, correndo para as escadas enquanto levava seus presentes.

— Sofia, cuidado com os degraus! — Sinuhe gritou, mas estava rindo assim como todos.

— Eu também vou. — Ryan disse, seguindo Sofia.

— Então, outra garrafa de vinho? — Sinuhe sugeriu erguendo as sobrancelhas.

Minha mãe rapidamente levantou sua taça.

— Eu te ajudo a servir. — Alejandro disse levantando-se do sofá junto com a esposa.

— Eles passaram por muitas coisas. — A senhora Karla disse observando como os dois se moviam juntos na cozinha.

Camila se remexeu ao meu lado, um pouco desconfortável. Provavelmente se lembrando de todas as brigas e gritarias.

— Nem acredito que pensamos que meu pai estava nos traindo. — Camila disse baixo.

— Seu pai fez algumas escolhas erradas dentro da profissão dele, nós fazemos isso todos os dias. A diferença está entre saber a hora de parar. — Karla disse. — Tudo no seu tempo, filha.

— Vai ficar tudo bem, Camila. — Mencí disse. — O melhor agora é vocês se mudarem para o México.

— Minha mãe precisa decidir. — Camila rebateu rapidamente.

Minha mãe observava a conversa sem expressão alguma, mas eu sabia que ela queria intervir.

— Melhor mudarmos de assunto. Quem quer torta? — Ela disse, alisando o vestido enquanto se levantava.

— Eu! — Falei rapidamente, me levantando.

Camila fez o mesmo e fomos para a cozinha.

Mais tarde descobri que torta com vinho não era uma das melhores combinações.

[...]

Depois que Sinuhe e minha mãe acabaram com quase todo o estoque de vinho dos Cabello, nós decidimos que era hora de encerrar o jantar.

Levei minha mãe para casa, enquanto ela tentava não cambalear.

— Sabe... Elas não devem... Se mudar. — Minha mãe disse embolando as palavras.

— Acho que essa escolha cabe à elas. — Disse, segurando minha mãe pela cintura. — Quanto de vinho você aguenta?

— Mais uma garrafa. — Ela riu.

Empurrei a porta de entrada com um pouco de dificuldade.

— Filha, eu estou bem. — Disse, com os olhos verdes vidrados em mim. — Você... É meu orgulho, Lolo...

Eu ri. Fazia muito tempo que não escutava aquele apelido.

— Tá, você também é meu orgulho mãe. Vamos subir.

O trajeto até o quarto não foi muito fácil. Descobri que minha mãe era pesada, mesmo sendo tão magra.

— Pronto. — Falei enquanto empurrava a porta do quarto dela.

Ela se soltou, caminhando até a cama enquanto tirava as sandálias e puxava o edredom espesso.

— Está confortável? — Sorri enquanto observava ela fechar os olhos devagar.

Minha mãe apenas assentiu.

— Feliz... Natal, Lolo. — Ela disse e então fechou os olhos.

Beijei sua testa e deixei a luz do banheiro acesa.

— Camila é ótima, mas você não deve deixar de ir pra faculdade. — Minha mãe disse de repente, enquanto eu saía do quarto.

Fiquei em silêncio, encarando a porta já fechada. Meu celular vibrou no bolso, indicando uma nova mensagem.

Fui até meu quarto, pegando o enorme embrulho sobre minha cama.

Camila e eu havíamos combinado de nos encontrarmos no quintal da minha casa.
Quando deslizei a porta para o lado de fora, uma rajada de vento me atingiu.

— Sua mãe dormiu? — Camila disse.

Estava sentada sob uma das espreguiçadeiras com um cobertor e um sorriso.

— Estava cogitando a ideia de subir e pegar um cobertor. — Eu sorri para ela, descendo os pequenos degraus. — E sim, minha mãe já dormiu.

— O quê é isso? — Os olhos de Camila brilharam, como uma criancinha.

— Seu presente de natal. — Sentei-me ao lado dela, cobrindo minhas pernas. — Pode abrir.

Ela puxou o embrulho, rasgando o papel colorido.

— Eu quero ver... — Ela dizia. — Meu Deus! Lauren!

Camila me encarou com os olhos arregalados e incrédula.

— Você não fez isso...

— Abre. — Falei rindo, admirada por sua alegria.

Camila abriu a case, puxando o vilão todo decorado.

— É tão lindo! — Ela disse com um tom de voz manhoso. — É o melhor presente que eu já ganhei na vida.

De fato, o violão era mesmo bonito. E os desenhos em branco o deixavam ainda melhor.

— Obrigada, eu amei tanto. Você é incrível! — Camila me abraçou forte e por um tempo.

— Agora você tem que tocar. — Falei aproveitando o cheiro de seu perfume. — Eu me lembro de quando você tocou aquela música no seu quarto...

Camila riu ansiosa, ajeitando a postura e o violão.

— Alguma música em especial? — Ela arqueou as sobrancelhas.

Eu neguei sem conseguir conter meu sorriso e minha ansiedade. Camila tinha a voz mais bonita que eu já havia escutado. Eu poderia ficar horas e horas só vendo-a cantar.

— Tá... hã... — Olha olhou para cima, pensando.

Seus dedos dedilharam os primeiros acordes e eu senti meu coração dar um salto.

—It's the most beautiful time of the year. Lights fill the streets spreading so much cheer. O should be playing in the winter snow, but I'ma be under the mistletoe. I don't wanna miss out on the holiday, but I can't stop staring at your face. — Camila cantava e balançava seu tronco, sorrindo para mim. — I should be playing in the winter snow, but I'ma be under the mistletoe. With you... Shawty, with you...

Eu revirei os olhos rindo, porque ela estava cantando Justin Bieber. Camila também começou a rir.

— Bieber? Fala sério, Camz. — Eu ri cruzando os braços.

— O quê? É natal! — Ela riu também. — Queria mesmo ter um visco agora pra te beijar.

— Não precisa de visco nenhum. — Eu disse, encostando nossos lábios num beijinho rápido.

— Hum... — Ela resmungou quando nos separamos. — Está me beijando rápido por quê quer ganhar presente, né? Tudo bem Jauregui, tudo bem...

Camila suspirou, colocando o violão de lado para pegar a sacolinha vermelha atrás dela. Peguei a sacolinha, puxando um embrulho feito com papel marrom.

Abri o mesmo encontrando um caderno preto com um elástico e um desenho na capa.

A forma de uma molécula desenhanda em dourado com flores rosas ao redor, e embaixo tinha uma frase escrita.

"Você é a fonte de toda a minha serotonina"

— Eu tenho seu caderno de química, ele me ajudou bastante. — Camila riu um pouco contida. — Não só na matéria, mas todas as anotações que você escrevia de lápis nas bordas. Às vezes eu ficava imaginando se você estava estudando e começava a desabafar naquele caderno.

— Camz... — Meus olhos se encheram de lágrimas.

— Esse é um caderno só para os seus pensamentos e sentimentos.

— Obrigada, eu amei muito. — Abracei minha namorada, sentindo meu peito inflar de amor e admiração.

Camila era mesmo muito incrível.

— Tem mais uma coisa. — Ela disse de repente.

— O que é? — Perguntei, ainda segurando-a pela cintura.

Ela se afastou, procurando algo em seus bolsos.

— Eu sei que nós já somos namoradas, mas... — Camila dizia enquanto remexia em seus bolsos. — Achei!

Ela pigarreou, limpando a garganta.

— Lauren Jauregui, você aceita ser minha namorada oficialmente? — Ela disse abrindo a caixinha de veludo.

Dois anéis prateados brilharam.

— Camila! — Eu disse rindo. — Claro que eu aceito. Mas não precisava de tudo isso, amor.

— Na verdade, precisava sim. — Ela segurou minha mão direita, encaixando o anel brilhante e bem polido.

Peguei o outro par, colocando a mão dela.

— Bem melhor. — Ela disse com um sorriso.

— É realmente muito bonito. — Eu disse, olhando para minha mão. O anel brilhava em contraste com meus dedos brancos.

— Feliz natal, Jauregui. — Camila disse sorrindo.

— Feliz natal, Cabello.

——

Eu sei, eu sei! O natal já está quase chegando de novo desde a ultima atualização.
Em minha defesa, eu voltei para a faculdade e é o meu último ano. Então imaginem só!

Esse capítulo não é um dos melhores, me perdoem. Eu estou nele há meses sem conseguir escrever.

Espero voltar em breve, não me abandonem.

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continuação da história