A LUA, O CAOS E A LIBERDADE [...

By MarySinnon

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CONCLUÍDA ✓ ✨Eu não ia continuar naquele lugar. Vivendo como se estivesse morta. Sem sentir, sem me mostrar d... More

Capítulo 1 - Chegada (revisado)
Capítulo 2 - Periferia (revisado)
Capítulo 3 - Quem é você? (revisado)
Capítulo 4 - Hóspede (Revisado)
Capítulo 5 - Uivo (revisado)
Capítulo 6 - Passado (revisado)
Capítulo 7 - Tempo fresco (revisado)
Capítulo 8 - Funcionário Novo (revisado)
Capítulo 9 - Garçom (revisado)
Capítulo 10 - Porta dos Fundos (revisado)
Capítulo 11 - Praça (revisado)
Capítulo 12 - Discussão (revisado)
Capítulo 13 - Desculpas e Planos (revisado)
Capítulo 14 - Não é um adeus (revisado)
Capítulo 15
Capítulo 16 - Alpha
Capítulo 17 - FUJA!
Capítulo 18 - A porra da prata
Capítulo 19 - Onde ela está?
Capítulo 20 - Telefonema
Capítulo 21 - Ele só ladra, não costuma morder.
Capítulo 22 - Isso vai ser interessante.
Capítulo 23 - Tomada de decisão.
Capítulo 24 - Olá, loba vermelha.
Capítulo 25 - Temos assuntos a resolver, Celine.
Capítulo 26 - Morar na casa dele?
Capítulo 27 - Agora ela é assunto meu.
Capítulo 28 - Não vou cometer esse erro duas vezes.
Capítulo 29 - Sem máscaras.
Capítulo 30 - Reunião da alcateia.
Capítulo 31 - A curiosidade pode matar.
Capítulo 32 - Pergunta inusitada.
Capítulo 33 - Saindo pela janela.
Capítulo 34 - Febre.
Capítulo 35 - Jovem lobo.
Capítulo 36 - Feromônios.
Capítulo 37 - Carinho?
Capítulo 38 - Não vai rolar.
Capítulo 39 - Lua cheia.
Capítulo 41 - Cachoeira (parte dois).
Capítulo 42 - O segredo.
Capítulo 43 - Provador.
Capítulo 44 - Rejeição.
Capítulo 45 - Novas habilidades.
Capítulo 46 - Jantar.
Capítulo 47 - Encontro indesejado.
Capítulo 48 - Perdição.
Capítulo 49 - Laço de alma.
Capítulo 50 - No banheiro.
Capítulo 51 - Cheiro de medo.
Capítulo 52 - Entrelaçados???
Capítulo 53 - Visitinha.
Capítulo 54 - As visitas chegaram.
Capítulo 55 - Telepatia.
Capítulo 56 - Obediência e culpa.
Capítulo 57 - Entre irmãos.
Capítulo 58 - Dever de Alpha.
Capítulo 59 - Despertando.
Capítulo 60 - Desabafo.
Capítulo 61 - Surpresa.
Cap 62 - Cobrando a aposta.
Capítulo 63 - O brinde de Kai.
Cap 64 - Brincadeira excitante.
Capítulo 65 - Regra quebrada.
Capítulo 66 - Aniversariante.
Capítulo 67 - O pau quebrando.
Capítulo 68 - Plano inimigo.
Cap 69 - Um lobo desconhecido.
Capítulo 70 - Lareira e conselhos.
Capítulo 71 - Cheiro de desastre.
Capítulo 72 - Ideia inconsequente.
Capítulo 73 - Uma cama.
Capítulo 74 - Atrelados.
Capítulo 75 - Está ficando louca?
Cap 76 - Na casa dos solitários.
Capítulo 77 - Enjaulado.
Capítulo 78 - Caçadores.
Capítulo 79 - Porão.
Cap 80 - Aperte o gatilho.
Capítulo 81 - Kendall.
Cap 82 - Como uma sombra.
Capítulo 83 - Vulto chocolate.
Capítulo 84 - Meu verão.
Capítulo 85 - Notícia ruim.
Cap 86 - Um novo plano.
Cap 87 - Instinto e dominância.
Cap 88 - Cheiro de sangue.
Capítulo 89 - Caos e descoberta.
Capítulo 90 - Laço de sangue.
Cap 91 - Terminando o que começaram.
Capítulo 92 - Matando a saudade.
Capítulo 93 - Voltando aos eixos.
Capítulo 94 - Calor.
Capítulo 95 - Sensações novas.
Capítulo 96 - Primeira vez.
Capítulo 97 - Galetos e Natal.
Capítulo 98 - O grande momento.
Capítulo 99 - Eternos.
Capítulo 100 - A lua, o Caos e a Liberdade.

Capítulo 40 - Cachoeira.

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By MarySinnon

A noite estava clara e o vento refrescava meu corpo quase em ebulição, mas isso não era suficiente para acalmar as ondas de calor que vinham do fundo do corpo.

Minha loba queria trocar de lugar a cada segundo que eu perdia o foco e pensava em outra coisa. Então para não perder o controle, tirei minha blusa primeiro. Depois meu sutiã e em seguida cada peça de roupa restante, uma por vez, deixando-as em cima da cadeira quando terminei.

Desci os dois degraus e sem demora me transformei no gramado dos fundos. Minhas patas formigavam enquanto eu andava em direção a floresta. Tocando a vegetação fria e úmida com tanta familiaridade que assustava. Meu sangue parecia mais pulsante do que nas outras transformações e era a primeira vez que eu corria assim em plena lua cheia.

Os cheiros e os sons estavam mais vibrantes. Deixavam as minhas sensações e as da minha loba mais vívidas, mais conectadas. Permitindo que tudo ficasse mais claro e mais entregue ao íntimo da noite. E o cio... Só fazia as sensações aumentarem ainda mais.





Connor

Eu fui pra cozinha logo depois que Celine saiu. Pether continuou na sala mesmo depois que o jogo acabou.

Eu me apoiei na pia da cozinha e respirei fundo. Eu tinha que tomar fôlego antes que meu lobo perdesse o controle. Ele estava tão inquieto que eu poderia enlouquecer.

Meu pau começou a pulsar desde o momento que me sentei naquela poltrona e nossos olhos se encontraram minutos atrás. Não estava nem conseguindo prestar atenção no jogo por causa do aroma doce que vinha dela.

Ah, aquele aroma...

Eu estava atento a cada movimento do seu corpo. Não consegui desviar minha atenção das suas mãos tremendo, do seu peito subindo e descendo intensamente e dos seus lábios inchados.

Por um momento seu cheiro e seus feromônios aumentaram tanto que até Pether notou. E quando vi ela morder seu dedo ao ponto de quase rasgar a pele, meu lobo não conseguiu aguentar.

A descarga de feromônios tomou segundos preciosos da minha lucidez. Eu já estava quase no meu limite de tolerância. E mesmo que eu tenha prometido não intentar durante o cio, os olhos amarelos da sua loba vibraram, e como um ímã, se atraíram aos meus.

Era algo mais forte do que minha razão, quase animalesco. E naquele momento, eu pude sentir o desejo que ela estava sufocando dentro dela. Assim como o desejo que eu tinha de saciá-la.

- Já estou indo pro quarto. - Pether me acordou dos pensamentos e eu olhei pra ele. - Acho que as cervejas já fizeram um pouco de efeito. - Ele tinha tomado quase todas. Deu risada, mas pareceu um pouco preocupado. - Se eu não estivesse tão cansado hoje, sairia pra correr. - Olhou pra varanda.

- Ah sim... Vou ficar mais um tempo acordado. - Permaneci de costas pra ele. Não queria mostrar que eu estava como um animal louco aqui embaixo.

- Diga a Celine para não demorar tanto tempo lá fora, mesmo que ela precise de ar. Talvez a lua cheia possa influenciar ela mais que o normal. - Falou antes de se virar e se afastar até desaparecer pelo corredor.

Fui até a sala e andei de um lado pro outro. Não conseguia ouvir nada lá fora. Só conseguia sentir o rastro do cheiro dela.

Abri a porta de vidro e notei que foi um movimento mais rude do que eu gostaria. As roupas dela estavam sob a cadeira e seu cheiro ia em direção à floresta como a merda de um caminho perfeito.

Os meus olhos se acenderam e o instinto animalesco foi tão forte, que quando percebi, estava na minha forma lupina, atravessando o gramado o mais rápido que eu conseguia e indo em direção ao cheiro dela.

E não ia deixar ela fugir dessa vez.




Celine

Já fazia tempo que eu não corria a noite. A lua cheia estava iluminando a floresta perfeitamente e correr livre nunca foi tão bom quanto agora. A atmosfera sombria e mágica dominava cada raíz, cada folha. Estava mais entregue à natureza e conseguia ouvir o som longínquo de água. Não era o riacho que eu conhecia, pois eu estava correndo em uma direção totalmente desconhecida.

Não sabia até que ponto chegava a fronteira do território de Connor, mas levando em consideração a extensão, eu podia ficar tranquila. Esse lugar era dez vezes maior que a alcateia de Chris.

O barulho de água começou a aumentar, mas ainda parecia distante. Só depois de alguns minutos farejando e me esgueirando dentre as árvores, eu parei. Parei para admirar a cachoeira na minha frente. Não fazia ideia que havia uma por aqui.

A queda devia ter alguns bons metros e a margem estava a uma distância curta de mim. Olhei em volta e estudei o lugar amplo e arborizado. Provavelmente essa cachoeira é o que dá força aos riachos que passam pelo território de Connor.

Me aproximei da margem e bebi um pouco de água. Nunca tinha visto uma cachoeira antes e com certeza era uma das coisas mais bonitas que eu poderia ver. A temperatura da água estava divina e meu corpo precisava disso agora.

A lua refletia na água e parecia coisa de outro mundo estar ali perto vendo aquele brilho. Me transformei e coloquei os pés dentro da água devagar. Meu corpo estava tão quente depois da corrida que quase não me importei com a temperatura baixa. Pude sentir as pedras lisas no fundo enquanto andava e adentrava mais. E quando olhei mais a frente, avistei uma pedra enorme que despontava da água. E a correnteza leve descia se moldando em volta dela.

Era um lugar extremamente tranquilo e a água estava batendo um pouco abaixo dos meus seios quando comecei a me aproximar da pedra. Ela era bem mais alta que eu e tinha o formato de um ovo, mas com o topo achatado.

Olhei a queda d'água e respirei fundo antes de me abaixar mais e dar um mergulho rápido. Voltei para a superfície e olhei aquela mistura divina de luz prateada e sombras. Isso era real?

Toda a preocupação que estava na minha cabeça tinha desaparecido sob a água e os feromônios que antes pareciam como pimenta sobre minha pele não passavam mais do que uma sensação leve de pinicação. A temperatura da água provavelmente ajudava nisso também.

Era só eu e minha loba.

Pelo menos era, até eu ouvir um estalo vindo de trás de mim, na floresta.

Me virei rapidamente e me abaixei na água, deixando só minha cabeça pro lado de fora.

Me surpreendi quando vi o lobo negro saindo de trás das árvores e sendo banhado pela luz da lua. Minha respiração travou ao sentir cada pelo do meu corpo se arrepiar de surpresa. Seu pêlo denso, agora estava brilhando com a luz.

Ele andou um pouco e parou perto da margem com seus olhos rubros fixos em mim. Claro que tinha me visto. Estava respirando pesadamente e eu podia ver o vapor quente que saía das suas narinas em contraste com o ambiente fresco.

Ele tinha vindo me procurar?

- O que você está fazendo aqui? - Perguntei.

Não queria que ele tivesse me visto aqui.

Connor começou a se transformar e logo vi sua figura robusta e completamente nua na minha frente. Seu peito largo subia e descia intensamente como se tivesse corrido rápido demais até chegar aqui. Tive que piscar várias vezes pra ter certeza que não estava vendo errado.

Ele realmente seguiu o rastro do meu cheiro.

- Ora, eu vim atrás de você. Não parecia muito bem mais cedo. - Respondeu num tom irônico.

Ele se aproximou da margem e entrou na água também.

O quê?! Não, não, não.

Começou a vir na minha direção, e oh meu Deus... aqueles músculos brilhando...

Parou na minha frente ainda com a respiração irregular. Seus olhos não desviaram dos meus em nenhum momento. Rubros que nem sangue. Me fazendo travar quando seu cheiro me atingiu em cheio.

Ele está bravo comigo?

Um arrepio subiu pela minha lombar com aquele olhar. Eu não sabia decifrar isso.

A água batia nas suas costelas, enquanto eu, estava toda encolhida na água que nem uma criança. Ele parecia ainda maior desse ângulo. E quando de repente ele pegou a água com a concha das mãos e molhou seu peito perfeito, vi seus músculos contraírem lindamente.

Isso poderia virar facilmente um hobby meu.

- Não imaginava que viria pra cá. - Falou, deslizando a mão molhada pelo abdômen. Provavelmente analisando se eu já estava bem ou algo assim. Será que pensou que eu ia fugir de novo e deixar tudo pra trás?

- Bom... - Pigarreei e alisei meus braços debaixo da água. - Não sabia que tinha uma cachoeira aqui. Acabei vindo porque escutei o barulho. - Tentei desviar a atenção da nossa proximidade e acabei dando um passo pra trás. - Mas é um lugar incrível. - Respirei fundo.

- Pode vir quando quiser. - Ele estava sorrindo agora. Um sorriso de tirar o fôlego devo dizer. Não estava bravo, ainda bem. Odiaria discutir com ele enquanto o reflexo da lua estava tão divinamente contrastando sua forma na água.

Oh céus... o que eu vou fazer agora? Se controle Celine... Se fosse esperta o suficiente, nadaria para bem longe dele.

Connor mergulhou, e quando emergiu novamente pude ver o vapor que saía da sua pele quente. Respirei fundo e desviei o olhar antes que minha mente voltasse a me dar tantos motivos pecaminosos.

Já estava começando a ficar frustrada e isso não era nada bom. Eu podia lidar com o desejo, mas com a raiva e frustração eu tinha uma tendência maior a resolver rapidamente.

Podia lembrar perfeitamente do momento que nos encaramos mais cedo e pela primeira vez eu me senti em algum lugar. Seus olhos me deram essa impressão. Como se me prendessem ali, me dessem importância.

Foi arrepiante, mas não foi o que eu imaginei. Ele só está aqui agora porque ficou preocupado. Assim como ficaria com qualquer um de seus lobos. E mesmo que eu não fosse da sua alcatéia e insistisse em mostrar isso pra ele, Connor mostrava que era um Alpha gentil e que tinha consideração por uma loba que estava vivendo na sua casa. Eu não precisava ter vergonha já que meu cio não afetava ele. Claro que não afetaria.

Mas isso não deixava de ser doloroso pra mim, sabe? Nunca me atraí por ninguém num cio como me atraí por Connor. Claro que isso seria natural, ele era o Alpha diferente que um dia eu esperava conhecer.

Agora eu tinha certeza que com Cohen, meu ex-namorado, foi algo mais por necessidade. Eu era nova e não tinha experiência nenhuma com os feromônios. Acabou que ele me ajudou sexualmente, e só. Nunca tive atração por ele. Não como tenho por Connor. Connor me faz tremer, suspirar, fantasiar e pensar em coisas que nunca pensaria normalmente.

Mas não posso admitir isso a ele já que não poderia me corresponder.

Tomei fôlego e mergulhei novamente. Dessa vez fiquei um tempo maior debaixo da água já que assim pelo menos ficava sem sentir o seu cheiro delicioso.

Ah que lobo frustrante!

Emergi novamente e puxei o ar para os meus pulmões no mesmo instante que senti o peso do seu olhar.

Deve ter ficado realmente preocupado quando eu disse que precisava tomar um ar. E olha só, está aqui dessa vez. Vai ser cada vez mais difícil fugir de você, não é grandão?

- Espero não estar atrapalhando seu passeio noturno. - Ele balbuciou e eu neguei.

- Não, está tudo bem. - Sua visão é um colírio para mim.

Passei a mão no pescoço desconsertada e arrumei meu cabelo desviando o olhar para a pedra. Meu coração estava batendo tão forte que eu tinha medo dele ultrapassar sua capacidade e acabar parando de vez. Eu não sabia o que falar. Só de saber que ele estava aqui fazia meu corpo responder intensamente. Então me afastei um pouco dele e nadei devagar até a pedra. O suficiente para tocar sua superfície.

- Oh, está quente. - Sussurrei.

O sol bateu nela o dia todo e era agradável.

Encostei minha testa nela e fechei os olhos por um momento. Quando abri novamente, vi a sombra de uma mão grande sendo colocada ao lado da minha e senti a presença massiva dele nas minhas costas.

- Está sim. - Paralisei com sua voz baixa tão perto de mim.

Ele só pode estar brincando comigo...

Colocou sua mão quente sobre a minha e a segurou tirando-a da pedra. Pude sentir sua respiração pousar no meu pescoço e arregalei os olhos com a aproximação. Eu conseguia sentir o calor do seu corpo nas minhas costas e senti minhas pernas tremerem quando sua pele tocou na minha.

Eu estava sem reação. Se esse era o poder que ele tinha sobre mim, então eu estava muito mais ferrada do que imaginava.

Senti os olhos da minha loba virem à tona.

Seu cheiro estava me torturando desde mais cedo, e do mesmo jeito que ele se aproximou do meu pescoço da primeira vez, senti ele se aproximar de novo.

Ele inspirou profundamente, e ainda segurando minha mão, me virou de frente pra ele. Nossos olhos se encontraram novamente. Mas dessa vez, os dele pareciam muito mais concentrados e rubros do que da última vez. Nossos lobos estavam presentes e se encarando. O que me deixava a mesma sensação de antes. De pertencer a algum lugar.

- Devia aprender a disfarçar um pouco melhor o jeito que olha para mim. - Ele murmurou e levantou um lado dos lábios. Seu canino aparecendo.

Mergulha Celine, mergulha!! Seu rosto está pegando fogo agora.

Meus músculos se tensionaram e eu senti meu corpo todo latejar ao vê-lo tão perto. Eu devo ter sido mesmo tão óbvia?

Connor levou sua mão no meu queixo e ergueu sem tirar os olhos de mim. Eles desceram pro meu pescoço e vi ele se aproximar devagar. Connor estava fazendo isso novamente. Como se quisesse ter a certeza de que eu confiava nele ou o aceitava. Era um ato de domínio, mas eu estava impossibilitada de me mover com o quão próximo ele estava de mim. E porque eu não queria.

Então senti a ponta do seu nariz roçar minha pele levemente. Mas dessa vez, sua boca acompanhou, deixando uma mordida suave na minha pele molhada e logo depois um beijo, selando o lugar.

Oh céus, não é possível. Não é possível!!

Sua respiração estava quente e eu podia sentir o lobo selvagem dentro dele. Eu quase podia sentir meus olhos lacrimejarem com isso. Só posso estar sonhando. Eu estava surpresa e extasiada, sim. Mas principalmente, confusa. Extremamente chocada e confusa.

Senti sua língua correndo pelo meu pescoço e ombro. Sua mão estava segurando meu rosto gentilmente. A outra, ainda agarrada à minha, me puxou para mais perto, me colando ao seu corpo delicioso. Agora, a água estava na altura dos meus seios. Ele afastou sua boca do meu pescoço e me observou acariciando o polegar na minha bochecha.

- Você é linda. - Sussurrou.

O tom rouco da sua voz ficou ecoando na minha cabeça até eu ver ele se aproximar e tocar seus lábios nos meus.

Uma explosão de emoções podia ser sentida do outro lado do mundo. Arregalei os olhos antes que ele encaixasse perfeitamente sua boca na minha.

A língua de Connor deslizou para dentro com uma suavidade incrível. E quando percebi, meus olhos já estavam se fechando automaticamente. E permiti. Permiti o toque porque o resto do controle que eu dizia ter se esvaía rapidamente. Já nem conseguia raciocinar direito com esse lobo me beijando.

Ele soltou minha mão e envolveu minha cintura num aperto arrepiante e eu levei minha mão até seu pescoço correspondendo seu toque. Minha pele se arrepiou quando finalmente fiz isso. Eu fiz isso!!! Passei os dedos nos seus cabelos molhados e suspirei entre o beijo. Podia sentir seu corpo forte contra o meu e não conseguia pensar em mais nada, a não ser em aproveitar o momento.

Ele me encostou na pedra e eu senti o calor irradiar para as minhas costas. Connor desceu suas mãos pelo meu corpo ao mesmo tempo que meus seios foram espremidos pelo dele. Arfei com os pontos onde nossos corpos se tocavam e ele rosnou. Sua língua passeou pela fenda dos meus lábios antes de me invadir novamente. Faminto.

Connor segurou minhas pernas e me levantou para entrelaça-las na sua cintura. Quando meu rosto ficou na altura do dele o encarei com ainda mais desejo. E por mais um segundo eu fiquei desacreditada no que estávamos fazendo. Meu corpo estava pedindo por ele e meus feromônios estavam borbulhando em minha volta.

- Celine... - Me encarou com os olhos selvagens e ardentes como o inferno. - Eu estou perdido de desejo por você. - Olhei pra sua boca enquanto ele falava, e só depois fui raciocinar o que ouvi. Já disse da explosão? Estava acontecendo de novo.

- Pensei que você não estava sendo afetado.

- Eu nunca disse que não estava. Você só se negou a perceber.

Tudo o que ele fez, seu olhar, seu jeito atencioso comigo, todos os momentos... como eu pude ser tão idiota?

Não tive tempo para pensar antes que ele tomasse minha boca novamente. Eu podia derreter só com seus lábios nos meus e tudo fazia mais sentido agora. Quando nossos olhos se encontraram mais cedo, algo dentro de mim teve um vislumbre. Eu só não soube dizer o quê.

Suas mãos estavam segurando minhas coxas com tanta firmeza que tremi. Senti ele deslizar uma mão por baixo da água e agarrar meu traseiro. Nossas peles pareciam queimar uma na outra e eu pude sentir ele duro quando me espremeu mais contra a pedra. Pulsava na minha barriga e isso quase me tirou todo o foco. Eu estava fervendo por ele. Queria ele dentro. Queria sentir Connor entrando em mim.

Descolei minha boca da dele e o olhei desesperada. Já não podia controlar mais todo esse desejo acumulado. Eu queria que ele me saciasse, agora.

E pelo olhar que me devolveu, ele logo pôde compreender.


NÃO ME MATEM, VAI TER A PARTE DOIS !!
🔥🔥🔥🔥😂

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