Anime~ Kimetsu no Yaiba.
Personagem~ Tengen Uzui.
Base~ ESPECIAL PARA GAROTAS ACIMA DO PESO, se amem fofinhas <3
Autor on;
O Bullying é algo do cotidiano de vários alunos, independente se são as vítimas ou os agressores. Segundo psicólogos, não existem níveis de intensidade para essa agressão seja ela física ou verbal; pois o mesmo tipo de violência pode afetar de maneiras diferentes pessoas diferentes, obviamente maltratando o psicológico de qualquer um. Com você não foi diferente, desde pequena foi uma garotinha acima do peso e mesmo que sua mãe achasse você extremamente fofa; as outras pessoas infelizmente não achavam o mesmo.
Você nunca entendeu o motivo das pessoas não gostarem de você por quem tu é realmente, não entendia p'ra que as pessoas faziam brincadeiras sem graça, ou, a razão deles começarem a te insultar. Ficou também, ainda mais confusa e depressiva quando as agressões físicas começaram. É tão ruim assim ter o corpo que você tem? De fato, eles não enxergaram a sua beleza e deve ser por isso que você se afastou de todos.
A pior parte de tudo foi enfrentar o bullying no Japão, já que lá é bem mais pesado que no seu país natal; o Brasil. As garotas do país Oriental levavam os padrões de beleza ao extremo, não aceitavam ver outra pessoa feliz com o corpo que tem e juravam que se a pessoa emagrecesse seria mais feliz.
Quebrando a quarta parede rapidamente, o autor acha essa analogia uma PUTA mentira, o peso não importa desde que vocês estejam felizes.... Agora voltando ao imagine.
Já no primeiro ano do ensino médio, você precisa enfrentar todos os dias a escola, conhecida também como o lugar que mais reúne hormônios, drogas e problemas juntos. Você também tinha que lidar com o fato de que os populares mandavam no lugar, se você não estava no meio ou não obedecia virava mais uma vítima de suas brincadeiras maldosas. No momento você tinha saído correndo do refeitório, tinha acabado de ser ridicularizada na frente de todos e mesmo que tenha dado um soco na cara da sua agressora... Eles ficaram ainda mais implicantes com você, tanto que ameaçaram te meter a porrada depois da escola.
Falar com o diretor não adiantaria nada, afinal a garota que você socou é filha dele e como Mudar só pensa nele e em sua família; você que acabaria se fodendo.
Então a melhor opção foi se esconder nas escadarias, perto do porão onde eles guardavam os materiais e coisas de limpeza da escola. Estava no último horário e você preferia esperar o turno da tarde chegar pra ir embora mais aliviada, do que enfrentar um grupo com mais de trinta alunos. Você estava sozinha sentada no chão, abraçada aos seus próprios joelhos e com a cabeça baixa reprimindo o choro; já não aguentando chorar mais por isso. Pensou que fugiria de mais um dia assim e ficaria sozinha como sempre, só não esperava que alguém fosse querer te ajudar.
You on;
Eu deveria ter socado ela com mais força! Assim talvez eles ficariam com medo e não iriam zombar de mim; talvez eles só iriam me odiar mais do que já odeiam... Vai saber. Por que eles odeiam tanto meu peso assim? Isso não afeta a vida deles em nada, eu não fiz nada de mal p'ra merecer isso! Se eu fosse uma daquelas modelos gostosas talvez eles gostassem de mim, talvez se eu fosse tão podre quanto eles, minha vida iria ser melhor.
— Que ódio — disse para o nada, limpando lágrimas teimosas que escorriam da minha bochecha, eu odiava chorar por isso mas é meio que inevitável.
— Tem alguém aí em baixo? — Uma voz grossa falou me fazendo dar um pulinho de susto, meu coração acelerou e eu quase sofri um infarto.
— Não, agora vai embora — disse no mesmo tom embora tenha saído mais embolado, quando eu choro meu nariz entope e eu começo a falar embolado; fora que eu tenho a língua presa.
— Então sinto lhe informar senhora fantasma, eu estou descendo aí — escuto passos na escada me fazendo ficar meio apreensiva, espero que não seja ninguém do grupinho dos Onis, não estou afim de brigar agora.
— A entrada é proibida, vaze antes que eu comece a assombrar você que nem um espírito maligno — digo querendo ser ameaçadora mas, saiu mãos como um gatinho bravo.
— Se é proibido, como chegou aqui senhorita?
Assim que levanto a cabeça perco todo o ar de meus pulmões, parado na minha frente estava a pessoa mais fabulosa desse mundo. Tengen Uzui, o garoto mais bajulado de toda a escola — até os populares babam quando ele passa, conhecido como a lenda da escola por ser bom tudo, inteligente e ainda é bonito. Também é popular entre as garotas, garotos e até funcionários da escola. Bem...
Eu odeio pessoas populares.
Eu odeio meu corpo por pessoas assim.
Eu odeio não parar de me odiar por isso.
Eu odeio o fato de que ele seja popular.
Eu odeio que ele seja amigo daqueles caras.
Eu odeio que você seja tão gostoso.
Eu definitivamente odeio Tengen Uzui.
Ficamos nos encarando por um tempo, estava tudo bizarramente calmo e eu estava começando a ficar agoniada. Nunca fiquei tão próxima de alguém como ele e por sofrer tanto bullying não sei confiar nas pessoas; dito isso também não sei socializar ou ser simpática. Me fechei desde pequena e criei uma personalidade forte para me proteger, sendo até grosseira com todo mundo. O pior de tudo é ter um lado emocionalmente instável por dentro, querendo pedir um abraço e soltando palavras de ódio para me proteger.... Como se usasse uma máscara por anos.
— Acho que seria indelicado perguntar o motivo de você estar assim, então vou apenas perguntar se você está com fome, tá com fome? — Ele estava com as mãos no bolso de sua calça jeans preta colada e toda rasgada.
— Se minha resposta for sim você vai fazer piadinha com o meu peso? Se sim, vaza daqui antes que eu te mate e esconda seu corpo no quartinho da limpeza — torço o nariz tentando desentupir meu nariz, que deve estar vermelho.
— Na verdade eu vou dividir meu lanche com você, já é a hora do almoço e meio que você está sozinha aqui — o ser de cabelos brancos se senta do meu lado, logo abrindo duas mochila e tirando um pacote com algo dentro.
— Não precisa, eu não quero...
— Não perguntei se você quer, perguntei se você está com fome — ele abre o pacote e o coloca no meu colo, eram biscoitos em formatos de gatinhos. — Experimenta, quero ver se alguém gosta da minha receita.
— Você quem fez? Tá tentando me envenenar? — O olho desconfiada.
— Por quê acha que eu faria algo assim? — Ele riu meio desacreditado coçando o olho que tem algumas tatuagens vermelhas em volta.
— Sei lá, noventa e nove por cento dessa escola me odeia; você deve estar no meio.
— Na verdade, eu não tenho motivo nenhum para te odiar. Fez algo que deixou todo mundo contra você? — Uzui ergueu a sobrancelha dessa vez tão curioso quanto desconfiado.
— Sei lá, ao que parece eles acham legal praticar bullying com pessoas gordas — resmungo o devolvendo o pacote para ele, sem nem tocar nos biscoitos.
— Ah.... Se quiser eu bato neles p'ra você, só precisa me dizer quem é — de repente o garoto parecia bem puto de raiva.
— Por quê tá sendo legal comigo? — Mudo de assunto vendo ele botar o pacote no meu colo de novo, deve ser teimosia.
— Por quê não iria ser? Eu gostei de você, por sinal não tem nada de errado contigo.
— Gostou de mim? Essa é nova — desvio o olhar meio desacreditada, ele deve estar brincando comigo, não é possível que alguém seja tão simpático assim.
— Também te achei bem fabulosa...
— Fabulosa?
— É! Você sabe, bonita, atraente... Essas coisas assim, não sou muito bom me declarando p'ra pessoa que eu gosto — ele sorri ficando tímido de repente. — Desculpa a enrolação, não sei lidar com situações assim.
— QUE?!
Fico encarando o garoto por alguns segundos, não sei qual de nós estava mais vermelho naquele momento. Tentei até achar algo que demonstrasse que era piada mas, pelo visto, o garoto estava falando bem sério. Tão sério que eu quis sair correndo, se não fosse minhas pernas que haviam virado uma gelatina teria feito isso.
— Espera, esse lance do biscoito é...
— Parte da declaração? Sim.
— Puta que pariu.
— Bem, agora que você entendeu meu objetivo. Quer me dar uma chance de ser pelo menos seu amigo, para irmos nos conhecendo e para você perceber que eu não sou um imbecil que nem os outros alunos daqui? — Ele tomba a cabeça para ao lado sorrindo, coisa que deixou seus olhos virarem dois risquinhos de tão fechados.
— Sim, quer dizer... Eu não estava esperando por algo do tipo, nossa tô entrando em combustão — pego um dos biscoitos agradecendo a mim mesma por não ter explodido ou entrado em colapso, logo mordo o doce. — Humm, tá muito bom!
— Aprendi essa receita pra você, soube que gosta de morango — ele sorri gentil, eu genuinamente não sei o que dizer agora. — Amigos? — Tengen estica o dedo mindinho na minha direção, como se quisesse fazer uma promessa.
— Amigos — sorri finalmente p'ra ele entrelaçando meu mindinho no dele, talvez sejamos algo mais no futuro.
— Vai vendo, daqui a pouco estamos nos casando.
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1570 palavras
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Se amem minhas princesas, se não eu vou ter que puxar o pé de vocês de noite!