Hello, galerinha do mal! Prontos para surtar?
Bora lá! MTO obg pelo engajamento, adoro os comentários de vcs kkkkkk
Bjs e boa leitura
Cap não revisado, mals os erros.
PS: Vocês querem um cap com ícones de Arcane?
O quarto de Caitlyn estava silencioso e Vi só prestava atenção na porta do banheiro enquanto dava pequenas voltas pela imensidão do cômodo. Sua inquietação perante a marca de Jinx lhe causava arrepios, não deveria ser tão fácil entrar na mente da xerife, mas sabia como a irmã era esperta o suficiente para isso.
Bateu o pé com força no tapete e se escorou na janela aberta, vendo a movimentação dos cidadãos e reconhecendo a roupa branca de Jayce. Ele não costumava passar por lá, morava em um distrito contrário junto de Mel e raramente vinha ver Caitlyn; mas sabia do apreço pela filha dos Kiramman.
Vi bateu as mãos na madeira suspensa da janela e deu meia volta para a entrada da casa, falando alto para Caitlyn que iria atender a porta. Desceu apressada e puxou a maçaneta antes de esperar Jayce bater, vendo a cara surpresa dele.
— Como sabia... — ele perguntou, mas foi interrompido.
— Eu vi você chegando — Vi retrucou séria.
— Disseram que você estava aqui, o que aconteceu com a Cait? — Jayce entrou e ouviu a respiração pesada da mulher.
— Ela teve uma noite ruim e... bom, Jinx! — falou sem olhá-lo e tirou o desenho do bolso, mostrando para ele.
— Acha que ela teria passado pela segurança? — Jayce cruzou os braços.
— Não, ela não viria aqui só para isso. — Franziu o cenho. — Acho que foi a Cait quem fez... — falou baixo e viu os olhos dele se arregalarem.
— Não pensei que ouviria isso. — Esfregou o rosto e encarou Vi sem saber o que dizer. — Cadê ela? Eu estava com a esperança de ter vocês duas em uma ação no porto.
— Não acho que ela tenha condições para isso, Jayce.
— O que vocês estão falando? — A voz baixa de Caitlyn cortou a sala e os dois viraram o rosto rapidamente para ela.
— Você parece melhor. — Vi sorriu.
— Acho que sim... — Meneou com a cabeça e depois encarou Jayce. — Precisa de mim para o quê?
— Você vai ficar aqui! — A rosada não deixou o conselheiro responder a pergunta. — Precisa de um tempo do trabalho.
— Eu estou bem, Vi! Não quero ficar em casa mofando — suspirou.
— Diria o mesmo para você, mas não é nada que peça grande esforço da Caitlyn. — Jayce interviu e notou o ar pesado entre as duas. — É uma ação diplomática.
— Então peça para a Mel! — Vi retrucou. — Somos do departamento de polícia, foi um saco ficar em Demacia falando sobre planos de segurança e tratados de paz por causa do Viktor.
— A Mel também vai, mas ela está encarregada de Noxus!
— E eu ficaria encarregada de quem? — Caitlyn perguntou.
— Demacia. Sei que a Vi acabou de voltar, mas Noxus entrou com ameaças junto de Freijord. — Jayce balançou a cabeça. — Shurima também terá um representante e eu ficaria com essa parte. Pensei em vocês duas porque a Cait é uma Kiramman e a Vi... bem, vocês duas já conhecem a diplomata de guerra deles.
— Fiora! — Caitlyn falou e bufou.
— Puta merda... — Vi gritou.
— Algum problema com ela? — ele indagou.
— Sim! — Vi disse.
— Não! — Caitlyn interviu. — Vou me trocar e eu e a Vi vamos aparecer. — Deu meia volta. — Vou trocar de roupa.
— 'Tá bem... eu não vou perguntar o que aconteceu. — Jayce ergueu as mãos em rendição. — Vou voltar para a central e vejo vocês duas mais tarde. — Olhou Vi e franziu o cenho. — Por favor, coloque uma roupa decente para uma ação diplomática — disse antes de sair.
— Ah, vá à merda — Vi resmungou baixo e olhou a própria roupa. — Eu não vou por um vestido nem que me queimem — disse enquanto andava em direção ao quarto da xerife.
— Posso te emprestar um — Cait falou baixo enquanto tirava seu uniforme.
— Não vou usar um vestido! — repetiu levemente irritada.
— Ok, pode ser outra coisa que eu tenho aqui, mas você poderia comprar uma roupa para eventos como esse! — A morena percebeu os olhos de Vi sobre seu corpo. — Vi! — chamou, fazendo ela levantar a cabeça.
— O que você tem aí? — Apontou o guarda roupa.
— Acho que tenho uma calça e uma blusa que combinam com você. — Caitlyn sorriu e abriu duas gavetas, tirando o conjunto preto e branco. — O que acha?
— Em mim? — Vi fez sua pior cara e depois suspirou. — Eu uso... — disse com dificuldade.
Caitlyn deixou as peças em cima da cama enquanto se vestia. Ambas ficaram em silêncio, mas suas cabeças estavam funcionando sem parar, queriam conversar sobre tudo, principalmente sobre a Fiora.
— Eu não... — falaram ao mesmo tempo e se olharam.
— Pôde falar primeiro — Vi disse.
— Ah... — A xerife desviou os olhos. — Não sei por onde começar. — Olhou o próprio reflexo no espelho.
— Acha mesmo que eu teria ficado com a Fiora? — a zaunita falou levemente irritada.
— Não sei — retrucou para Vi e percebeu a inquietação dela. — Você não parece querer me contar tudo... não que você tenha essa obrigação, mas me sinto no escuro às vezes! Você some durante dias e do nada aparece no departamento ou em casa.
— Você nunca reclamou — Vi disse, encarando as costas desnudas pelo corte do vestido.
— Coloque-se no meu lugar. O que você faria se eu sumisse sem avisar? — Caitlyn a olhou sem expressão. — Você não me deve uma justificativa, na verdade, não somos um casal — disse incomodada.
— Não somos? — Vestiu a calça e bateu a mão no colchão.
— Somos? — A xerife colocou seus brincos. — Estamos mais para sexo casual. Você desaparece e eu tenho que ouvir da boca da sua irmã que minha "namorada". — Fez aspas. — Gosta de sumir para Demacia.
— Pior é saber que você acredita na Powder — Vi suspirou.
— Então não me deixe acreditar! — Caitlyn sibilou séria.
— Não tenho que te explicar nada, Cait! — Colocou as mãos na cintura. — Achei que minhas palavras sempre bastassem.
— Não sei mais se bastam! — retrucou para a zaunita e ficou de frente para ela.
— Ótimo! — Vi respondeu nervosa e deu meia volta. — Nos vemos lá.
— Vai sair no meio da conversa? — Caitlyn franziu o cenho.
— Não vim até aqui ouvir asneira nenhuma, principalmente quando metade delas foi posta na sua cabeça por causa da Powder! — disse da porta.
— E sair no meio da conversa que você tanto queria só me dá mais motivos para acreditar nela! — gritou para Vi, que já deveria estar quase na saída da casa.
— Eu... — Vi falou baixo e já no andar debaixo. Sua mão estava na maçaneta e pronta para abrir a porta, nunca fugiu de uma discussão com Caitlyn, mas não queria falar sobre suas inseguranças do seu passado e todas as adversidades de ter um relacionamento com alguém tão diferente dela em todos os quesitos entre Zaun e Piltover. Respirou fundo e falou a última coisa que gostaria. — Ótimo, então por que não vai atrás dela e não pede mais um beijo? Você parecia estar gostando, Caitlyn! — gritou e passou pela saída, batendo a porta com força.
De seu quarto, Caitlyn estava estática e com os olhos no chão, não esperava essa reação de Vi. Piscou várias vezes e respirou fundo, sua vida pessoal não poderia interferir em seu trabalho, mesmo que parte dele seja um dos problemas entre ela e a parceira.
Apressada, a Kiramman tentou ignorar a discussão e ir para o porto, iria tentar conversar com Violet de novo. Saiu às pressas e passou pelas ruas com a esperança de enxergar a cabeleira rosa entre o pessoal, mas ela deveria estar correndo, diferente de Caitlyn, que estava com um salto nada rotineiro.
Chegou até o local pouco tempo depois. Todos os representantes de Piltover estavam arrumados e esperando os diplomatas que insistiam em não usar os portais hextec. Caitlyn estava impecável ao lado de Mel e Jayce, enquanto Vi mostrava sua pior cara e postura; estava odiando usar aquela roupa que não tinha nada a ver com sua habitual.
— Então... — Jayce olhou de relance para Mel e depois para Caitlyn. — Você melhorou?
— Dentro do possível — a xerife falou. — Acho que só preciso dormir melhor e parar de abusar do café.
— Pode começar a tomar chá — ele sibilou e Mel franziu o cenho, que assunto estranho era esse?
— Ou ela só poderia tomar o descafeinado — Vi comentou sem se importar de entrar na conversa.
— É, eu poderia migrar para um chá — Caitlyn ignorou a zaunita. — Preciso começar a me controlar.
— Chá preto ainda tem cafeína, é bom para pessoas que estão tentando diminuir — Jayce continuou o assunto.
Vi revirou os olhos e os desviou dos três, ouvindo a movimentação no mar; era a bandeira de Demacia. Arrumou sua postura e esperou que o barco atracasse, para então revelar a esgrimista junto de seu sotaque carregado; Fiora estava séria e também impecável junto de mais uma garota loira, que carregava um báculo.
"Demacia tem magos? Pensei que caçavam eles", pensou e depois notou o emblema na armadura. "Uma Crownguard, faz sentido não ter sido presa ou morta, ela protege a família real."
— Vi — Caitlyn chamou e colocou a mão no ombro dela.
— O quê? — Afastou-se do toque e depois encarou as duas demacianas. — Perdão, me distraí — disse formalmente e cumprimentou ambas.
— A Vi sabe ser formal? — Jayce sussurrou entre Mel e Cait, tomando um tapa leve da namorada.
— Xerife. — A voz carregada de Fiora passou pelos ouvidos da Kirammam, que sorriu e a cumprimentou também. — Espero que não se importe de eu ter trazido ela comigo. — Apontou a companheira de viagem.
— Luxanna Crownguard — a loirinha disse eufórica. — Eu insisti em ver Piltover de perto. — Os olhos azuis dela mostravam um pitada de brilho.
— Luxanna é uma das integrantes da família de guardas reais — Fiora explicou. — Creio que ela poderá ser útil aqui entre nossas discussões, principalmente durante ameaças zaunitas na minha estadia.
— Ameaças zaunitas? — Vi se ofendeu por um momento, mas respirou fundo, sabia que estava falando de Jinx. — Pensei que você não precisasse de uma guarda costas.
— Como quiser, Fiora! — Caitlyn interrompeu a companheira. — A Luxanna é bem vinda.
— Pode me chamar apenas de Lux — a garota falou com um sorriso largo.
— Não preciso de uma guarda costas — Fiora falou séria para Vi, passando por ela e chamando Lux com o olhar. — Sou uma artista com a espada, você deveria saber isso melhor do que ninguém, Violet — murmurou com o sotaque arranhado, fazendo Caitlyn arquear as sobrancelhas por um momento. — Não preciso de magia e nem de ciência para ser a melhor — terminou de falar e sorriu convicta, voltando o olhar para a xerife. — Podemos ir, Cait? Posso te chamar assim?
— Ah... claro! — respondeu espantada, não sabia o que tinha entendido daquela conversa entre as duas. — Vamos para o conselho — pediu.
Fiora concordou com a cabeça e sorriu para a piltovense, assim acompanhando seus passos e olhando de relance para Vi, que encarou de volta, mas mostrando uma cara nada amigável. A demaciana não era tão agressiva em suas terras, pelo menos não lembrava disso durante suas estadia em Demacia.
— Não liga pra Fiora, ela não falou pra valer! Afinal, eu sou uma usuária de magia — Lux falou antes de correr até Fiora.
— Claro... — Vi respondeu baixo mordendo o lado interno de sua bochecha.