Ate Que o Casamento Nos Separ...

By _joyceoliveira

59.8K 3K 348

Marcela Guimarães é uma mulher de características fortes casada com Pedro Lanzelotty, um advogado renomado na... More

CAPITULO 1 - O CASAMENTO E A DECISÃO PARTE I
O CASAMENTO E A DECISÃO PARTE II
Proposta e Aviso
CAPITULO 2 - A VOLTA INESPERADA
CAPITULO 3 - DESCONFIANÇAS
CAPÍTULO 4 - COINCIDÊNCIA AGRADÁVEL, OU NÃO.
CAPÍTULO 5 - IDIOTA
CAPÍTULO 6 - REVIVENDO A ADOLESCÊNCIA
CAPITULO 7 - SEM MASCARAS
CAPITULO 8 - DIVERSÃO EM DOSE DUPLA
CAPITULO 9 - ENTREGA DE CORPO E ALMA.
CAPITULO 10 - VOLTANDO PARA A REALIDADE
CAPITULO 11 - PAZ, AMOR E TRANQUILIDADE.
PEDIDOS E AVISO !
CAPITULO 12 - PLANOS E CHANTAGENS
CAPITULO 13 - O ANIVERSARIO ( 1 PARTE )
CAPITULO 15 - A VOLTA POR CIMA
CAPITULO 16 - SOFRENDO
CAPITULO 17 - BÔNUS BRUNO
CAPITULO 18 - BONUS MAISA
CAPITULO 19 - BÔNUS KARINA
CAPITULO 20 - PIOR VERDADE, MELHOR NOTICIA
CAPITULO 21 - A RECONCILIAÇÃO DOS SONHOS
CAPITULO 22 - PERDÃO (PARTE 1)
CAPITULO 23 - PERDÃO (PARTE 2)
CAPITULO 24 - FELICIDADE DURADOURA
CAPITULO 25 - CASAMENTO (Bonus Leo e Karina)
NOTA DA AUTORA.
CAPITULO 26 - NASCIMENTO
CAPITULO 27 - VOCÊ DE NOVO
CAPITULO 28 - PODE SE LEMBRAR ?
CAPITULO 29 - INICIO DE COMEMORAÇÕES
CAPITULO 30 - FESTA E PREPARATIVOS DE VIAGEM
CAPITULO 31 - PREPARATIVOS
CAPITULO 32 - CASAMENTO SURPRESA
CAPITULO 33 - COMEMORAÇÕES DE ANO NOVO
CAPITULO 33 - COMEMORAÇÕES DE ANO NOVO
AGRADECIMENTOS
CARTA DE DESPEDIDA DE UMA PESSOA ESPECIAL
AUTORA
NOVIDADE A CAMINHO
11,2K DE LEITURA !
HAPPY NEW YEAR

CAPITULO 14 - ANIVERSARIO (2 PARTE)

1.3K 74 8
By _joyceoliveira

RECADINHO ANTES DO CAPITULO:

Bom meninas, queria saber de uma ideia que esta na minha cabeça a dias. O que vocês acham de criar um grupo no facebook, pra vocês saberem novidades da historia para lerem alguns trechinhos e tudo mais. Então me digam no comentario o que acharam da ideia e dependendo do resultado eu add vocês lá no face e coloco vocês no grupo. ^_^

VAMOS AO CAPITULO, BEIJOS ! 

-------------------------------------------------

NARRAÇÃO DE LIH:

Eu não acredito que aquela vadia da Beatriz fez isso. Como ela pode falar tanta bobeira naquele maldito vídeo ? Eu sabia que essa historinha de vídeo especial para a aniversariante era alguma que ela estava aprontando pra machucar a minha mãe. E essa era lá hora de contar que a pessoa é adotada ? E aquelas fotos, ela fez tudo de propósito, drogou meu pai para ter o que queria, eu deveria imaginar que ela faria isso mesmo, o difícil vai ser provar pra minha mãe que meu pai foi vitima como ela, dessa vagabunda morta de fome. Assim que a minha mãe some eu vou ate onde a Beatriz esta, eu não poderia deixar isto barato né.

- SUA VADIA, EU VOU MATAR VOCÊ. COMO PODE FAZER ISTO COM ELA LOGO HOJE ? VOCE É REALMENTE UM SER DESPRESIVEL. – Falo já chorando de raiva pela minha mãe e esperando somente um deslize pra voar no pescoço dela. Já disse que ela é vadia ? Por via das duvidas, V.A.D.I.A.

- Esta louca garota ? Eu abro os olhos da órfã problemática sobre a mentira que ela viveu e você fica ai gritando comigo como se fosse gente ? Saia das fraldas pra vir pedir satisfações. – Ela fala virando a costa, mas antes mesmo dela imaginar já grudo no cabelo dela e arrasto ela pro meio da pista. Se tem uma coisa que a minha mãe e meu pai me ensinaram bem foi brigar e bater. Nunca apanhei, mas bater... Ah, já bati muito. Jogo ela no meio da pista descabela com o vestido desgrenhado.

- AAH SUUA PIIRAAANHAAA... – Grito e me jogo em cima dela. Dou muitos tapas na cara dela, quando a minha mão dói eu acabo afrouxando e ela me vira e me da exatos 3 tapas seguidos, o que só faz aumentar a minha raiva.

- TAA LOOUCA GAAROTAA ? MIIMADAA PARANOOICA. – Ela grita já pronta pra me bater, mas sou mais rápida e dou um soco no seu estomago e ela cai, eu começo a dar socos nela, que a vejo ficando roxa, isso deixara vários hematomas neste rosto que ela tanto preza.

- Você merece muito mais do que isso, mas quero que minha mãe tenha o prazer de fazer pior perua nojenta. – Digo isso e vou sair, daí lembro de um desejo que eu tinha desde pequena e agora posso realizá-lo. Vou ate onde ela esta caída e dou um chute nela, confesso nem saber onde pegou mas sangrou. – Imunda, fora da minha casa agora, se não quiser que eu mesma lhe mostre a saída. – Digo isto dou outro chute e cuspo nela, sorrio e saio andando.

Preciso descobrir onde esta a minha mãe. Ligo no celular dela, mas só cai na caixa postal. Então depois de muito tentar deixo uma mensagem de voz pra ela:

"Mãe não sei onde a senhora esta, mas queria muito falar com você, ficar sozinha neste momento só fará mal pra você. Assim que escutar esta mensagem me retorne, por favor, estou muito preocupada com você. Beijos, Lih."

Ela nunca foi de se isolar com os problemas que ela tinha, sempre que podíamos, conversávamos sobre tudo, os problemas dela e os meus e uma ajudava e aconselhava a outra. Mas confesso que foi um baque muito forte pra ela, muita coisa pra ela processar. A mulher que ela achava ser mãe dela na verdade não era, a irmã que ela tanto amava e idolatrava era na realidade uma vadia invejosa, o marido ela pensa ser um traidor, esse com certeza foi o pior aniversario dela. Algo que ficará marcado para sempre. Olho pra porta e vejo meu pai saindo que nem louco, acho que ele estava vasculhando a casa procurando a minha mãe, não vi ele lá na hora da briga.

- Filha, por favor, você tem que acreditar em mim, eu não tenho nada a ver com aquelas fotos. Nem com a Beatriz eu sai, ou se quer conversei... Eu juro... – Ele fala exausto. Eu o abraço, acredito nele, pois ele sempre estava ligando para a mamãe e a Beatriz sempre saia com um medico que ela conheceu quando sofreu o acidente.

- Eu acredito papai. Eu sei bem de quando são as fotos e descobri como ela as tem. E sei também porque o senhor não se lembra delas. Mas agora a prioridade aqui é a mamãe. – Falo olhando pra ele, que deixa lagrimas caírem.

- Onde ela esta Lih ? Cadê a minha pequena. Procurei em todos os mínimos detalhes de casa e não a achei. – Papai me pergunta preocupado e percebe a resposta assim que olha pros meus olhos. – Droga, ela saiu correndo pra algum lugar na rua não foi ? – Outra pergunta que ele me faz esperando uma resposta, eu apenas assenti já chorando. – Droga, e agora onde será que ela se meteu ? Será que foi pra muito longe ? Vou atrás dela. – Ele fala determinado, mas eu o seguro forte o bastante pra que me olhe.

- Não pai, deixa ela pensar um pouco. Se formos atrás dela agora, é provável de ela fugir pra mais longe. E se eu bem conheço, sei exatamente pra onde ela foi, estará segura lá. – Falo olhando pra ele, ele contrariado sede, afinal eu estou certa. Não se resolve problemas de cabeça quente.

- Tudo bem, mas onde ela pode ter ido a uma hora dessas ? – Ele pergunta ainda contrariado.

- Leonardo pai. Na casa da mãe do Leo. Elas são muito amigas, sei que a tia Maisa vai receber ela bem, vai aconselhá-la e acalmá-la. – Falo forçando um sorriso e ela faz o mesmo, que cessa assim que olha pra porta de casa. Olho na mesma direção e vejo Beatriz saindo de casa com suas malas sorrindo para o papai. Tento ir ate ela bofeteá-la de novo, mas papai me segura e vai à minha frente, nunca o vi tão nervoso. Isso ainda vai acabar muito mal, mas vou ficar aqui pra assistir ela perder tudo que ela tem aqui, o carinho de mamãe, o respeito e admiração do papai e minha paciência (que pra ela nem existe mais) vamos ver o que meu pai pretende fazer com ela.

NARRAÇÃO DE PEH:

Imaginem vocês uma pessoa com ódio, agora imaginem essa mesma pessoa passando por um dia extremamente irritante no serviço. E agora quintuplique tudo isto e adicionem um instinto assassino. Este ai que você imaginou agora sou eu. Nunca imaginei que Beatriz fosse este monstro que ela mostrou ser hoje. Sabe aquela admiração que eu sentia por ela aguentar a perda da mãe, sustentar uma casa e cuidar de uma “irmã” mais nova ? Sumiu junto com o respeito e a paciência. Antes mesmo do vídeo dar o fim já estava correndo a casa toda e gritando por Marcela, que não estava em nenhum lugar. Ainda correndo pela casa da Lih a procura de algum rastro da minha pequena, trombo com Gustavo. Ele como todos os outros inclusive Mah, me olha com uma expressão irreconhecivel e dificil de decifrar. Eu no lugar deles, daria uma surra em mim mesmo, mas apenas preciso acreditar que foi um equivoco e que eu não fiz nada daquilo naquela época (eu não me lembro de nada que possa ter acontecido neste dia). Paro em sua frente pronto pra ouvir um sermão daqueles, mas ele me surpreende ao começar a falar.

- Eu acredito em você Sr. Pedro. Sei que nunca faria isso com a D. Marcela, o amor de vocês vai aguentar mais essa, acredite. – Fala com convicção, ai me deixo banhar a lagrimas, jamais esperava ouvir algo parecido com isso dele.

- Oh meu filho, queria muito ter essa certeza, mas do jeito que a Mah esta eu duvido que ela vá querer me ouvir apenas. – Falo lhe dando um abraço sincero. Gosto deste menino, ele se parece muito comigo jovem, não fisicamente, mas sim internamente. Pensa positivo, tem esperança em tudo e nunca perde a coragem. Isso é muito bom em um ser humano.

- Tenha fé, que o resto se ajeita ao tempo de Deus Sr. Pedro. – Ele fala me passando uma confiança que eu nem sabia que poderia ter.

- Que Deus te ouça filho. E nada de Senhor, pra você apenas Pedro. Agora vou atrás da Marcela. – Falo sorrindo e ele me aponta a porta da entrada da casa dele.

- Antes de o vídeo acabar eu a vi correndo pra fora, se conseguir sair agora alcança ela. Com salto é meio difícil correr ou se quer andar rápido. – Ele fala piscando pra mim, como se tivesse acabado de me contar um segredo muito secreto. Assenti pra ele e sai correndo procurando em todos os lados. Assim que olho no portão vejo uma Lívia muito preocupada o que me deixa mais apreensivo pro que possa ter acontecido com ela. No desespero acabo falando demais, o que faz Lívia mostrar um lado compreensivo que nem eu sabia que existia. Depois de dizer que já sabe como tudo aconteceu naquela tarde horrorosa ficamos conversando e tentando chegar a uma conclusão de onde Marcela pode ter ido a tão tarde da noite, e suspeitamos que ela esteja na casa da mãe do Leo, a Maria Isabela. Elas são amigas a muito tempo, Maisa acompanhou nosso relacionamento de perto desde o começo, não há pessoa melhor pra conversar com a minha pequena agora. Assim que olho pra Lih tentando retribuir o sorriso forçado que ela me deu, vejo Beatriz saindo da casa da minha filha com uma mala enorme nos braços e toda machucada. Suponho que Lívia tenha dado uma surra nela (que de fato foi muito bem dada), Lih ainda tenta sair em direção a ela, mas a seguro e caminho mais depressa pra frente desta mulher desprezível que sorri abertamente ou me ver caminhando em sua direção.

- O que pretendia com aquele showzinho ? Chamar a atenção de metade da população de SP ? – Pergunto indignado com tudo, mas ela continua sorrindo.

- Calma meu amor, agora não tem mais ninguém pra impedir nossa felicidade. – Ela fala vindo me abraçar só que eu me esquivo antes.

- Que nossa felicidade ? Que coisa de amor é essa agora Beatriz ? – Pergunto começando a me irritar com esse sorrisinho bobo dela.

- A meu querido, vai mentir agora não amou passar aquela tarde comigo ? Vai dizer que não gosta de mim como nunca gostou de nenhuma outra mulher ? Vai ficar negando seu sentimento por mim ate quando em Peh ? – Ela pergunta se aproximando mais de mim, que por impulso dou dois passos para trás.

- Não existe um nos Beatriz. Eu não me lembro daquela maldita tarde, e nem quero me lembrar na verdade. Se aquilo realmente aconteceu, foi um erro. E esta havendo um agora. EU NÃO AMO VOCÊ, não gosto de você como mulher, AMO, GOSTO e DESEJO apenas uma mulher, a MARCELA. – O sorriso cessa e ela me olha com fúria, mas mesmo assim completo minha frase. – Ela é única pra mim, e sempre será. Agora você ? – aponto pra ela a olhando com desprezo. – É só uma mulherzinha fútil e arrogante que não mede esforços pra conseguir o que quer. Eu sinto desprezo de você, sinto pena por ser tão mesquinha e tenho nojo por ser essa pessoa monstruosa. Espero que agora você volte para Londres e NOS DEIXE EM PAZ ANTES QUE EU ME ESQUEÇA QUE VOCÊ É MULHER E BATA MAIS AINDA EM VOCÊ. – Cuspo as palavras na cara dela e grito a ultima parte. Ela murmura alguma coisa que não entendo e sai correndo com a mala dela pra algum lugar. Lívia ainda coloca o pé na frente dela pra avisar do perigo que ela corre se continuar no estado de São Paulo, mas suponho que ela não tem se importado, apanhou tanto e ainda esta viva.

- Deixe ela ir filha. O que é dela esta guardado. – Falo abraçando a Lih por trás.

- Mas pai, como fica o senhor e a mamãe ? Será que ela ainda vai querer falar com você depois de toda essa confusão ? – Lih me pergunta assustada. Confesso que também não estou nada confiante disto, mas ela precisa me ouvir eu não fiz nada, eu a amo muito e preciso dela do meu lado.

- Não sei minha filha. Eu espero de coração que sim. Se importa se eu ficar aqui ate ela chegar ? – Pergunto já imaginando a resposta dela. E é ai que ela me surpreende.

- Claro pai, se quiser pode se acomodar no quarto dela. Eu sei que é pra lá que ela vai assim que chegar, e prefiro que ela fale com o senhor primeiro. Antes de qualquer coisa pai, quero lhe pedir desculpa, por duvidar desse amor que você sente pela mamãe e por achar que o senhor tinha um caso com aquela vagabunda da Beatriz Guimarães. – Ela me olha e tenta esboçar o melhor sorriso falso dela, mas em um momento como este fica difícil pensar em sorrir ou qualquer coisa parecida com isso.

- Que isso minha filha, eu que preciso pedir perdão de novo por te causar tanta dor desde pequena. Por não saber cuidar e amar você como você merece meu amor. Mas eu te amo muito. – Digo abraçando-a bem apertado. Ela tem o cheiro, o corpo e a generosidade da mãe dela e espero que essa generosidade que ela tem seja o suficiente pra que ela me escute amanha, ou se não, já nem imagino o que será de mim sem essa mulher.

Depois de entrarmos e arrumar toda a bagunça junto com o bife que ficou para ajudar, Lih foi pra um canto e me chamou com a mão para que eu a seguisse. Ela falava com alguém ao telefone e isso me deu esperanças de ser a minha pequena, minha Mah.

 

Inicia da ligação.

- Pronto mãe, pode falar agora.

- Filha, só liguei pra avisar que estou na casa do Leo com a mãe dele. Não vou pra casa agora porque esta muito tarde mas, amanha de manha estarei ai.

- Eu o Guh e... ( fiz sinal negativo, pra ela não dizer que eu estava aqui ainda.) o pessoal do bife arrumamos a casa, esta tudo em ordem.

- E a... enfim. Ela ainda esta ai ?

- Amanha te conto o que aconteceu com calma, mas ela já foi embora. E sinceramente, pretendo não vê-la nunca mais.

- Eu também filha, não se preocupe só preciso digerir tudo o que li e vi naquele telão hoje. Foi muita coisa pra mim... ( choro )

- Calma mãe, olha existem coisas que tem uma explicação lógica e espero que a senhora entenda do que eu estou falando.

- Olha folha, isso não é assunto pra discutir por telefone, amanha a gente se fala com mais calma. Dorme com Deus minha pequena, eu te amo.

- A senhora fique com ele mãe, ate amanha.

Bom, pelo menos ela estava bem com alguém de confiança. Fiquei mais tranqüilo, mas o medo de que ela não quisesse mais ficar comigo me amedrontava como se eu fosse o Pedro adolescente que faz burradas e espera o perdão da menina que ama e descobre isso depois de ter-la feito sofrer. Esse sentimento era novo pra mim, nunca fui um homem de se sentir com medo e acuado de mãos atadas sobre algum assunto. Pelo contrario, sempre amei desafios e vencê-los fazia de mim um homem seguro de si. Mas agora vi que quando o assunto é amor e esse amor for o de Marcela, serei sempre este menino com medo e acuado num canto esperando por ela, pela sentença dela. Boa ou ruim.

- Pai... – Lih diz me tirando dos meus pensamentos medonhos.

- Sim filha... – Digo a olhando.

- Precisa de algo ? Eu e o Guh vamos dormir, então se quiser qualquer coisa é só pedir. E o quarto fica na segunda porta a direita no corredor. – Ela fala e vejo em seus olhos que esta cansada. Afinal, hoje o dia não foi bom para ninguém.

- Esta tudo bem minha filha... Eu me viro qualquer coisa... – suspiro. – Vão se deitar, ate amanha. – Falo dando um beijo ao topo da sua cabeça.

- Então, boa noite pai. Durma bem. – Ela fala sorrindo fraco. Apenas assento em sinal positivo e eles sobem as escadas.

“ Se eu conseguir dormir. “ pensei comigo mesmo. Essa seria uma noite daquelas.

Apaguei as luzes da sala e subi, assim que cheguei à porta não tive duvidas de que aquele quarto era dela, tinha o cheiro do perfume que ela usava hoje. Entrei e fechei a porta. Fui ate o criado ao lado da cama e acendi a luz do abajur e vi que a cama estava remexida, como se ela não tivesse tido tempo de arrumar quando acordou. Me sentei e passei a mão pela cama e pude sentir ela ali deitada dormindo como uma rainha. Deitei, não aguentei mais e chorei como uma criança pedindo socorro.

- Por favor Mah... Volte e me perdoe... Me perdoe por algo que eu não fiz... – Falei em voz alta, embargada por lagrimas e soluços. Acabei adormecendo assim, abraçado ao travesseiro dela, sentindo o cheiro dela grudar em mim.

Acordei com uma claridade em meu rosto e vi que já era cedo. Mah poderia voltar a qualquer momento e eu queria estar ao menos apresentável a ela, se ela quiser falar comigo ainda. Fui ate seu banheiro e me olhei no espelho, estou acabado mesmo. Meus olhos estavam vermelhos e inchados, sinalizando que dormi mal e chorei bastante, minha barba por fazer estava me deixando com cara de acabado, e era isso que eu senti, acabado, dilacerado por dentro, e a cada segundo o medo tomava conta de mim. Lavei meu rosto e fiz um bochecho com pasta de dente e água, já que não tinha escova. Sequei meu rosto e fiquei mais uns segundos me olhando, então escuto a porta do quarto bater. Chegou a hora. Sai do banheiro e vi Marcela naquele vestido lindo e descalça, com o cabelo bagunçado e os olhos avermelhados, dedurando que ela passou a noite toda chorando. Ela me olha e não consigo traduzir a sua reação e o que seus olhos dizem quando ela me olha da cabeça aos pés.

- Pedro. O que esta fazendo aqui ? – Ela fala fria, sinto a raiva na sua voz. Isso me assusta. Dou um passo a frente e olho dentro dos seus olhos.

- Eu passei a noite aqui esperando você. Será que podemos conversar ? Tenho que explicar algumas coisas a você. – Ela me olha e fica em silencio e isso me mata. Odeio quando ela esta triste ou com raiva e fica em silencio. Não é boa coisa.

Continue Reading

You'll Also Like

156K 11.5K 37
Em meio a tempestade eu encontrei o meu porto seguro... Lorenzo segura todos os meus medos e os transforma em calmaria!
14.3K 1.1K 29
Esse livro é a parte dois do livro "O CHEFE " escrito por Miquecia Silva uma escritora da plataforma wattpad, caso não leu o primeiro livro corre lá...
1.5K 409 65
Continuação da saga A teoria do sim . Baseado em uma história real ....
1K 77 26
Sophie está disposta a se render a vontade de seu pai e embarcar em um casamento arranjado enquanto Darius só precisa de uma esposa troféu pra assumi...