CAPITULO 7 - SEM MASCARAS

1.3K 82 8
                                    

NARRAÇÃO DE LIH:
Eu poderia apostar que Beatriz não pisaria mais em casa, mas por um milagre uma hora depois que mamãe saiu com as malas ela chega com as dela em casa.
- Oi queria, voltei e espero que não a incomode muito mais ainda não tenho lugar para ficar. – Ela disse como se tivesse medo da minha perceber a nossa indiferença.
- Não precisa fingir Beatriz, não tem ninguém aqui. – Falo sem dar muitos detalhes, mas pela cara que ela fez algo ela viu de errado.
- Como assim não tem ninguém? Cadê a sua mãe? Seu marido? As empregadas? Afinal, a maioria delas é fofoqueira ate demais. – Falou com um sorriso sinico no rosto. Ah como ela me irrita facilmente. 
- Meu marido esta trabalhando. A empregada foi dispensada e minha mãe foi passar o final de semana fora. – Falo sem dar muita importância, mas ela insiste quando a historia é minha mãe.
- Fora? Com quem? Ela nem se divorciou e já ta aproveitando? Que coisa feia, Pedro detestaria saber que esta se remoendo por ela e ela aproveitando nas costas dele. – Ain que ódio dela, meu Deus não perde mesmo uma não é? Mas ela vai ter que agüentar mais essa que e descobri.
- Não sei não viu querida, porque meu pai também não esta em casa, e segundo as empregadas ele foi pra longe, pois cancelou os casos dele e disse que só voltaria na segunda feira de manha pra casa. E acho muito provável que eles estejam juntos, pois não vejo mais a minha mãe lamentando o divorcio como estava fazendo há uma semana atrás. – Falo e viro de costas.
- Como sabe disso tudo? Nem falando com o seu pai você esta. – Ela fala e eu apenas sorrio.
- Ligue pra casa dele e saberá de tudo. Alias nem o viu hoje não é mesmo? Pois é, ele passou o dia no escritório cancelando os compromissos por causa dessa viagem e o motorista dele disse que ele levou uma mulher. Minha mãe saiu daqui de malas já faz mais de uma hora. – Digo e subo as escadas.
- Eu te odeio garota insuportável. Seu pai deveria ter te mandado pra um colégio interno quando teve chance. – Ela explode e eu apenas sorrio novamente.
- Sem mascaras queridinha, também odeio você. E sabe, ele realmente me ama não é mesmo. Recusou o pedido da amante dele, pra ficar com a filha e a mulher, quer prova de amor maior do que essa? – Jogo a verdade na cara dela e saio andando.
Morra de inveja, tenho certeza que meus pais estão juntos e ate imagino onde, mas não vou incomodá-los de maneira nenhuma. Estou feliz por eles.

NARRAÇÃO DE BIA:
Eu não posso acreditar no que acabei de ouvir da boca da insuportável da Lívia, como assim em meio a tanta coisa e esse assunto de separação eles podem estar juntos? E ainda mais um final de semana inteiro? Não, ela só falou isso pra me deixar preocupada. Mas para me prevenir de surpresas vou ligar na casa dele. Ah droga, mil vezes droga! Não é que a metida tinha mesmo razão. E agora, se eles estiverem se reatando aos poucos que chances eu tenho contra isso? Preciso pensar em algo logo se não vou perdê-lo para sempre, e isso não vou aceitar, não de novo. Bom mas por hora não pensei em nada, vou colocar a mala no quarto e me deitar. Já que a mãe da cobrinha viajou não preciso usar mascaras e fingir que a amo e que adoro passar um tempo conversando com ela (que, diga-se de passagem, tem péssimo papo e péssimo humor) e não preciso ficar presa aqui como uma prisioneira. Resolvi ligar para Bruno, um carinha que conheci lá no hospital, ele me parece desinteressado e sabe bem o que uma mulher precisa e hoje preciso relaxar. Mas antes vamos sair com algumas amigas minhas que há muito tempo não vejo.
Inicio da ligação:
Bruno: Doutor Bruno boa noite.
Bia: Sem formalidades gato, nos conhecemos muito bem.
Bruno: Ora, veja se não é a orgulhosa Beatriz Guimarães, a que devo a honra desta ligação.
Bia: Sem deboche gatinho, tenho dois convites praticamente irrecusáveis a fazer...
Bruno: Pois então faça, estou livre o resto da noite e do dia de amanha também.
Bia: Ótimo, bom primeiro quero ir num barzinho conhecido de São Paulo para tomar algo com minhas amigas e você vai junto. Depois de lá que tal passar num motel e passarmos o fim de semana lá?
Bruno: Ótima idéia. Que horas vai a este barzinho, passo na sua casa para lhe buscar.
Bia: Daqui uma hora vou estar pronta, te passo meu endereço por sms pode ser?
Bruno: Combinado, vou me arrumar pra hoje, beijos gata.
Fim da ligação.
Depois de ligar para o Bruno mandei uma mensagem avisando as meninas no barzinho de sempre e mandei meu endereço pro Bruno vir me buscar também. Me arrumei, coloquei um vestido tubinho bem colado preto com detalhes em branco, um salto preto de camurça e meus cabelos soltos com pequenos cachos quase naturais feitos com a chapinha. Na maquiagem deixei meu olho bem marcado com os olhos esfumaçados em marrom escuro e uma linha de delineador fazendo um traço, pequena que me deixa ainda mais linda, passo um brilho labial e um pouco de blush. E estou linda e pronta pra arrasar. Logo escuto a buzina do carro do Bruno parando na frente da casa da Lívia. Saiu de casa sem nem me dar o luxo de avisá-la que estou saindo e entro no carro do Bruno com meu pensamento a mil “minha noite vai ser a melhor que alguém como eu possa desejar”.

Ate Que o Casamento Nos Separe !Onde as histórias ganham vida. Descobre agora