CAPÍTULO 6 - REVIVENDO A ADOLESCÊNCIA

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NARRAÇÃO DE PEDRO:
O que dizer do meu estado de humor nesta semana? Estava mais radiante que nunca, já sabia o que fazer para ter a Mah comigo de novo, iria fazê-la reviver todos os momentos bons que tivemos na adolescência dela. Foram ótimos momentos, nos víamos escondidos e as vezes marcávamos momentos com nossos amigos só para poder nos ver mais um pouco. Relembrar esses momentos me deu uma idéia espetacular, vou levá-la comigo para a casa no campo que eu tenho, foi ela que me fez comprar e sei que ela amaria passar uns dois ou três dias lá. Pronto, esta decidido vamos nos dois para lá. Após decidir-me ligo para ela só pára ter certeza que ela ira topar.
Inicio da ligação
Mah: Alô.
Peh: Oi Mah, aqui é o Pedro. Eu só liguei porque tenho uma proposta a lhe fazer e eu diria ser indispensável.
Mah: Nossa, vamos lá então. Pode falar...
Peh: Bom estava pensando em passar o final de semana na casa do campo, sabe faz tanto tempo que não vou lá, mas não queria ir sozinho e pensei que talvez...
Mah: Sim, eu aceito ir com você.
Peh: Ótimo vou arrumar as coisas e avisar o motorista. Você vem na minha casa ou eu te busco na casa da nossa filha?
Mah: Eu vou ate ai, mas pode repetir essas ultimas duas palavras?
Peh: Nossa filha?
Mah: Amo ouvir você falar assim da Lih. Te amo.
Fim da ligação.
Nem percebi que tinha chamado a Lih de “nossa filha”, desde quando ela se casou eu não a chamo mais de filha. Mas o que importa é que ela aceitou, e ainda ganhei um “te amo” dela, e foi de coração, eu senti. Deixei tudo no escritório arrumado e fui pra casa, tinha uma pequena mala para arrumar.
- Nosso final de semana será perfeito amor. – Sussurro pra mim mesmo, sorrindo feito um bobo apaixonado.

NARRAÇÃO DE MAH:
Estava com os pedreiros que iriam fazer a reforma do local onde eu abriria o orfanato quando meu telefone toca, olho no visor é um numero desconhecido, atendo.
Inicio da ligação.
Mah: Alô.
Peh: Oi Mah, aqui é o Pedro. Eu só liguei porque tenho uma proposta a lhe fazer e eu diria ser indispensável.
Mah: Nossa, vamos lá então. Pode falar...
Peh: Bom estava pensando em passar o final de semana na casa do campo, sabe faz tanto tempo que não vou lá, mas não queria ir sozinho e pensei que talvez...
Mah: Sim, eu aceito ir com você.
Peh: Ótimo vou arrumar as coisas e avisar o motorista. Você vem na minha casa ou eu te busco na casa da nossa filha?
Mah: Eu vou ate ai, mas pode repetir essas ultimas duas palavras?
Peh: Nossa filha?
Mah: Amo ouvir você falar assim da Lih. Te amo.
Fim da ligação.
Fiquei eufórica com a idéia de passar o final de semana na casa do campo. Já havia conhecido ela, e ate passei uns dias lá, mas foi a muito tempo atrás antes de engravidar da Lih, la era nosso refugio antes do casamento. Imos pra lá com nossos amigos para poder nos ver mais, e para a minha irmã não brigar comigo também. Voltar lá me traria ótimas lembranças e seria ótimo para essa nova fase do meu relacionamento com o Pedro. Talvez nem o divórcio precise ser assinado e ele se toque de que foi um erro o que ele fez, e olha pra começar bem, ele chamou a Lih de nossa “filha”, a muito tempo não o ouço se referir assim a ela. Talvez uma reconciliação de nossa família esteja próxima. Ate que alguém me tira dos meus pensamentos.
- Senhora? – Fala o arquiteto.
- Oh, perdão moço, pode falar. – Falo envergonhada.
- Fizemos uma planilha com tudo que vamos precisar e os preços, e aqui esta a quantia total do serviço. Se quiser pode conferir melhor e se for pagar a quantia toda ainda podemos lhe dar um desconto. – Diz o arquiteto com um sorriso tímido no rosto.
- Bom, eu estava pensando em dar a metade agora pra começar bem e a outra metade dar um 2x, pode ser? – Pergunto com o mesmo sorriso tímido.
- Claro. – Ele e os pedreiros começam a sorrir, e ele continua. – Podemos começar o serviço agora mesmo.
- Ótimo bom eu não vou estar aqui para supervisionar vocês mais as chaves eu deixo na sua mão... – entrego a chave do local a ele. – e você se encarrega de trancar tudo assim que sair. Estarei fora somente este final de semana. E caso precise de algo pode ligar no telefone que eu lhe dei e meu genro e minha filha virão ate aqui. Muito obrigado.
- De nada, e pode confiar que estará tudo muito bem cuidado. – Ele diz e eu aceno.
Cheguei a casa de Lih e fui arrumar uma mala pequena apenas para três dias, e peguei também o biquíni que eu usei com ele lá, no dia em que nos casamos. Pode ser que ele se lembre também. De malas já arrumadas e de banho tomado, desço pra chamar um táxi. 
- Mãe pra onde a senhora vai? – Lih pergunta assim que me vê entrando com a mala na sala. Droga! O que eu vou dizer a ela? Tem que ser uma desculpa convincente, mas qual? – Mãe, to falando com a senhora. A onde vai com essa mala? – Ela pergunta novamente.
- Vou ir na minha cidade filha, no RJ preciso resolver umas coisas sobre a casa da minha mãe que não foram resolvidas. – Falo tentando ser o mais convincente possível.
- Eu jurava que a tia Beatriz já tinha resolvido tudo depois da morte da vovó. – Droga de novo. Já tinha contado a Lih que minha irmã era responsável pela divisão da casa. Já sei.
- É que a minha parte da casa ainda esta la, e eu vou precisar do dinheiro para a obra no orfanato, então eu preciso ir la falar com o advogado do caso e vender imóvel rápido para voltar quanto antes com o dinheiro. – Digo pegando o telefone e chamando o táxi, Lih parece contrariada mais mesmo assim acreditou. Ufa foi por pouco essa.
- Tudo bem então, boa sorte mamãe, e volte logo. Essa casa não será a mesma sem a senhora aqui. – Ela diz sorrindo e vai para o quarto no mesmo momento que o taxista chega à porta de sua casa. Já se passava das 15h00minh quando pegávamos a estrada pra casa de campo. Estava olhando pra janela e pensando “vai ser o melhor final de semana que poderei passar”. Olho para Pedro que tem um sorriso enorme no rosto.
- O que foi? – Pergunto a ele.
- Estou aqui pensando só minha pequena. – Ele fala calmamente.
- Parece distante e sorrindo como nunca. Há tempos não o via assim. – Falo e o abraço forte. Ele deposita um beijo na minha testa e sorri novamente.
- É que esta sendo ótimo reviver essa fase nossa, foi uns dos melhores tempos em que eu pude viver. Meus pais e sua irmã contra a gente e mesmo assim nos... – Ele para de pensar e muda totalmente a sua fisionomia, de alegre para triste. – Droga! – Ele exclama olhando a janela.
- O que foi meu amor, algo errado? – Pergunto tentando adivinhar porque ele mudou tanto.
- Não esta vendo? Lih é mesmo nossa filha isto esta no sangue da família e não ira parar nunca. Não foi diferente com a Lih, ela se encontrava com o Gustavo mesmo contra a minha vontade e se casaram e vão ter uma linda família, e eu sou um péssimo pai por não ter visto que o amor é maior do que qualquer coisa. – Ele diz tão emocionado que me emociona também, ele vir pra cá foi a melhor coisa que poderia acontecer.
- Olha meu amor, você percebeu isso a tempo, agora depois dessa nossa linda viagem pode recuperar o carinho da nossa filha. Ela é igualzinha a você, tem um orgulho ferido que chega a dar raiva, mas se você demonstrar com carinho que se arrependeu ela com certeza vai lhe perdoar amor. Mas não vamos pensar nisso agora. Não fizemos essa viagem pra se lamentar e sim para sermos felizes, lembra? Reviver tempos bons. – Digo e o beijo com muito carinho. Não demoramos mais de 20 minutos para chegar à casa do campo e Pedro dispensou o motorista para voltar à cidade, afinal não precisaríamos dele por aqui. E parece que o Peh já tinha cuidado de tudo a tempos, pois a casa estava limpa, tinhamos comida para o final de semana inteiro e a piscina estava cheia. Realmente seria o melhor final de semana, como há tempos não acontecia.

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