Deus também estava lá.

By jar140128

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Claudia é uma jovem traumatizada, protegida pelos pais, e descrente. Ela decide morar sozinha e trabalhar, e... More

Prólogo - Se os teus olhos forem bons, você terá luz.
01 - O Senhor é o meu refúgio.
02 - Eu o instruirei e o ensinarei no caminho.
03 - O coração angustiado oprime o espírito.
04 - Não estejais inquietos.
05 - Orai uns pelos outros, para que sareis.
06 - Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe.
07 - Levai as cargas uns dos outros.
08 - Tu pusestes sobre mim a tua mão.
09 - Ele é o Senhor que nos livra da morte.
10 - Os justos clamam, e o Senhor os ouve.
11 - Lance sobre Ele toda a sua ansiedade.
12 - Eu sararei a sua infidelidade, voluntariamente os amarei.
13 - Tornaste o meu pranto em folguedo.
14 - Senhor, Tu me sondaste, e me conheces.
15 - Deus não nos deu o espírito de temor.
16 - Dá força ao cansado, e multiplica as forças.
17 - Os beijos do inimigo são enganosos.
18 - Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e Ele te susterá.
19 - E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração.
20 - O próprio Senhor irá à sua frente e estará com você.
21 - Vinde a mim todos os cansados.
22 - Deus faz que o solitário viva em família.
23 - Bem aventurados os pacificadores.
24 - O homem afia o rosto do seu amigo.
25 - Deus é a fortaleza do meu coração.
26 - Dá-nos auxílio na angústia.
27 - Amai-vos cordialmente uns aos outros.
28 - O que confia no seu próprio coração é insensato.
29 - Deixai a mentira e falai a verdade ao seu próximo.
30 - Os que aconselham a paz têm alegria.
31 - Escolham a vida para que vocês e seus filhos vivam.
32 - A alegria vem pela manhã.
33 - Esforçamo-nos em promover tudo quanto conduz à paz.
34 - Não abandone o seu amigo.
35 - Cada um cuide, não somente dos seus interesses.
36 - Se confessarmos os nossos pecados, Ele é Fiel e Justo.
37 - Todos tropeçamos em muitas coisas.
38 - Cura-me Senhor, e eu sararei.
39 - O Senhor sonda os corações.
40 - Deus livrou-me de todos os meus temores.
41 - Posso todas as coisas nAquele que me fortalece.
42 - Ensina-me fazer a tua vontade.
43 - O Senhor está comigo, não temerei.
44 - Tudo que o homem semear, isso também colherá.
45 - Em tudo dai graças.
46 - A fé é a prova das coisas que não se vê.
47 - E terás confiança, porque haverá esperança.
48 - Tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus.
49 - Buscai primeiro o reino de Deus.
50 - O amigo ama em todos os momentos.
51 - Ele cura todas as doenças.
52 - Quando você andar através do fogo, não se queimará.
53 - Lance sobre Ele toda a sua ansiedade.
54 - O Deus da esperança os enche de alegria.
55 - Deus deu Seu Filho para que tenhas a vida eterna.
56 - O amor não busca os seus próprios interesses.
57 - Tornaste o meu pranto em regozijo.
58 - Esforçai-vos e Ele fortalecerá o vosso coração.
59 - Senhor dá-me um coração puro.
60 - Sede sóbrios; vigiai.
61- Creia e será salvo tu e a tua casa.
62 - Não nos cansemos de fazer o bem.
63 - O Senhor teu Deus é o que vai contigo.
64 - Nada fica oculto aos olhos de Deus.
65 - O que perdoa a transgressão busca a amizade.
66 - Eis que faço uma coisa nova.
67 - Deus é maior que a nossa consciência.
68 - Sejam bondosos e compassivos.
69 - A boca fala o que há no coração.
70 - No amor não há medo.
71 - Melhor é o seu amor do que o vinho.
72 - Descansa no Senhor e espera nEle.
73 - Entreguem-Lhe todas as suas ansiedades.
74 - Feliz é aquele que tem sua transgressão perdoada.
76 - Como perfume derrado é o teu nome.
77 - O amor deve ser sincero.
78 - O homem que encontra uma esposa encontra um bem precioso.
79 - Eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito.
Epílogo - Não fui Eu que ordenei a você? Seja forte e corajoso!

75 - Esforçai-vos e não desfaleçam as vossas mãos.

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By jar140128

Quando uma mãe olha para o seu bebê recém-nascido, ela jamais poderia imaginar o que aconteceria com aquele pequeno ser frágil e indefenso, no entanto, os sonhos dela para ele são grandes, e sempre os melhores, ela será capaz de sepultar os próprios sonhos para realizar os sonhos do seu bebê, mas infelizmente na maioria das vezes conforme o seu lindo bebê cresce, a iludida mamãe percebe que os seus sonhos para o pequeno não eram os mesmos que ele próprio teria, e aqueles sonhos tão distantes dos sonhados pela mãe o leva a caminhos destrutivos e aterrorizantes, e tudo o que a mãe pode fazer é lamentar e chorar, algumas delas além de lamentar e chorar, oram clamando a Deus por misericórdia pelo seu lindo bebê que cresceu, ganhou o mundo e agora acredita ser o dono dele.

Claudia pensava nisso enquanto olhava para as mães dos dois adolescentes, que foram encontrados fumando maconha no almoxarifado da escola, ambas estavam arrasadas sem entender o que acontecera com os filhos, como eles conseguiram a droga? Como eles conseguiram entrar no almoxarifado? E vez ou outra insinuava que a culpa do seu filho estar assim ou assado era do filho da outra e elas começavam a se ofender, outra característica forte em algumas mães, sempre acreditar que seu filho nunca faz nada de errado, que todos os erros cometidos são culpa de outra pessoa, ela franziu o cenho diante desse pensamento.

- Dessa vez eles serão suspensos por apenas cinco dias úteis, mas se acontecer outra vez será expulsão, não toleramos drogas na nossa escola, temos crianças de todas as faixas etárias e não permitimos esse tipo de comportamento de nenhum dos nossos alunos! - Disse dona Benta categórica.

- Meu filho ainda é uma criança, se ele estava fumando foi porque alguém ofereceu a ele. - Retrucou uma das mães olhando de esgueira para a outra que fungou alto.

- A psicóloga está falando com eles, e mesmo nesses dias de suspensão ela continuará atendendo aos dois, ela marcará com as senhoras os horários para trazê-los, e por favor, traga os garotos é para o bem deles; se possível, aconselhamos aos pais que também tenham um acompanhamento psicológico para lidar melhor com essa situação, e se vocês quiserem a nossa psicóloga pode atender a vocês também. - Disse dona Benta mais branda.

- Se foi aqui que ele achou a droga, o que faz a senhora pensar que vocês poderão nos ajudar? - Perguntou irritada a outra mãe.

A imagem do Bruno alterado devido às drogas invadiu sua mente, segundo o dossiê que o senhor Aziz passou para ela, ele usava diversos tipos de drogas e já havia tido três overdose, segundo o relatório, os médicos disseram que a última foi um milagre ele sobreviver, olhando agora para aquelas duas mães desesperada para defender o seu filho e culpando o filho uma da outra e à escola por aquela situação, ela se perguntou se os pais do Bruno haviam passado por algo assim na escola, se eles perceberam logo, ou se não viram o que estava acontecendo com o filho, se fez vista grossa para as dificuldades dele, se perceberam que ele havia participado de um crime...

- Claudia! - Ela assustou-se, não com o chamado de dona Benta, mas com o tom. - Ainda tem alguma recomendação para as mães?

- Não senhora, já foi dito tudo o que era necessário. - Respondeu, dona Benta olhou-a preocupada e dirigiu-se às mães.

- Vamos até a sala da psicóloga, por favor!

As mães levantaram secando o rosto e olhando de cara feia uma para a outra, revirando os olhos dona Benta adiantou-se para a porta, para surpresa de Claudia ela deixou as senhoras do lado de fora e voltou fechando a porta.

- O que está acontecendo com você? - Ela olhou confusa para a diretora.

- Não está acontecendo nada! Por que?

- Você nunca é tão passiva em uma crise, e hoje você estava distante, não interferiu nem quando elas começaram a culpar o filho uma da outra ou quase se agrediram.

- A Vick vai cortar as asinhas delas logo, logo. - Respondeu tranquilamente.

- Você tem certeza que está bem? Você não me parece bem nessas últimas semanas. - Dona Benta estava realmente preocupada com ela.

Ela sabia que não estava disfarçando muito bem sua inquietação, não conseguia esquecer aquele estado lastimável do Bruno, ele estava bem pior que a primeira vez em que o encontrara, e agora isso? O que poderia fazer para ajudar esses garotos? Passou as mãos na cabeça.

- Eu estou bem sim dona Benta, não precisa ficar preocupada comigo, agora com aquelas duas... - insinuou mostrando na direção da porta.

- Céus! Esqueci das mulheres! - Disse saindo apressada.

Sentou na cadeira e respirou profundamente, havia passado duas semanas desde que estivera em Natividade, e muita coisa acontecera nessas duas semanas, mas algo dentro dela ainda a incomodava tanto quanto naquela tarde, e ver aquelas crianças naquele estado fez seu coração em pedaços, claro que ela não era nenhuma tola sonhadora, ela sabia que alguma daquelas crianças tinham grande chances de se perder neste mundo cruel e desumano, mas a verdade era que ela gostaria verdadeiramente de fazer a diferença na vida daquelas crianças. Pegou o telefone e fez uma ligação, ele atendeu no terceiro toque.

- Claudia? - Perguntou surpreso, ela suspirou.

- Oi Víctor Hugo. Tudo bem? - Perguntou tensa.

- Tudo bem, aconteceu alguma coisa?

- Trouxeram dois adolescentes na minha sala, eles foram pegos fumando maconha. - Disse quase às lágrimas.

- Eu sinto muito! Qual a idade deles?

- Quatorze e quinze. Eu fiquei paralisada, não soube o que dizer a eles e menos ainda às mães. - Ela não conseguiu mais controlar as lágrimas.

- Querida, não chore! Alguns jovens fazem besteiras, você escolheu uma profissão que, provavelmente, te trará alguns problemas como esses ou até piores!

- Eu sei! E na teoria eu estava tranquila com isso, mas conhecer vocês me fez repensar muitas coisas, se não fosse as drogas vocês usavam jamais teriam feito o que fizeram comigo, e se eu falhar com essas crianças? Se eu não conseguir...

- Claudia ouça com atenção, fizemos o que fizemos, sim, porque éramos drogados e tolos, mas principalmente porque não ouvíamos os sábios conselhos que eram nos dado, todos nós encontramos em algum momento alguém que nos aconselhou a deixar aquelas porcarias, nós, por nossa conta e risco preferimos nos afundar naquela merda. Se alguma de suas crianças, se enrendarem por esse caminho com certeza não será culpa sua.

Ela fungou, sabia que ele estava certo, mas em seu coração mantinha a sensação de que falhara com aqueles dois e com as mães deles também, então teve uma ideia no mínimo estapafúrdia.

- Víctor Hugo, você teria coragem de se expor, de falar para alguns adolescentes sobre a sua experiência com drogas?

- Se isso impedir que alguns deles embarquem nessa furada, sim! No que você está pensando?

- Eu acho que quando eles ouvem alguém que falam com conhecimento de causa é mais fácil para eles compreenderem.

- É o tipo da situação, "como a tia Claudia pode falar sobre isso, careta do jeito que ela é, nunca experimentou e fica aí falando como se soubesse de alguma coisa!" - Disse sorrindo. - Eu já fiz esse tipo de comentário acredita?

- Acredito, você tem jeito de quem faria esse tipo de comentário. - Disse empolgada, as engrenagens do seu cérebro trabalhando. - Então posso contar contigo?

- Sim, marca o evento e me avisa.

- Obrigada! E o Bruno, tem notícias dele?

- Sim. Está melhorando das crises de abstinência, e já consegue até fazer piadas!

- Louvado seja a Deus! E que Ele te abençoe por estar ajudando-o.

- Não se esqueça de que quando eu precisei alguém me estendeu a mão, era o mínimo que eu poderia fazer. E o fato dele próprio ter buscado ajuda, é muito favorável.

- Ainda assim fico feliz por você tê-lo ajudado. - Ele gargalhou.

- Depois do seu exemplo, acha mesmo que algum de nós vai ter coragem de não ajudar alguém que pede ajuda? Você é o nosso exemplo Claudia. - Concluiu sério.

- Assim você me deixa constrangida, vou preparar tudo e te aviso. - Despediu-se fechando os olhos. - "Senhor meu Deus, se há algo que eu possa fazer para ajudar essas crianças, estou aqui Senhor, eu sei que o Senhor não me colocou aqui por acaso, se eles precisam de ajuda, mostre-me como ajuda-los, em nome de Jesus fortaleça-me para que eu possa ajuda-los no que eles precisarem, e no que o Senhor me capacitar, que eu não desanime e nem desista diante das dificuldades, seja o que for que queres de mim Senhor, estou aqui, envia-me a mim, em nome de Jesus Seu Unigênito, segure-me para que eu não venha a cair, em nome de Jesus renove meu coração para que o amor não me abandone, e eu possa sempre amar as pessoas, pois o Senhor me amou primeiro,obrigada Deus, pois sei que o Senhor ama a esses garotos também, e obrigada por levar o Bruno a buscar ajuda, em nome de Jesus que eu oro, amém". - Orou revigorada, pegou um papel e começou a escrever.

🌹🌹🌹

Michael encostou a cabeça no volante, tenso e apreensivo, não via o pastor Francisco desde aquele dia em sua casa, ele havia saido de férias deixando o pastor auxiliar no comando da igreja, foi uma grande surpresa quando naquela manhã ele recebera uma mensagem do pastor convidando-o para almoçar no restaurante do Fernando, em todos aqueles anos, ele jamais o convidara para almoçar.

- "Senhor meu Deus, dê-me sabedoria e discernimento, que o meu eu não seja maior que o meu respeito pelo meu pastor ou maior que meu amor pelo próximo, Seja o Senhor comigo". - Pediu e saiu do carro.

- Bom dia! Se eu não te conhecesse tão bem, diria que você está nervoso com esse almoço. - Disse Fernando sorrindo.

- Isso só prova o quanto você me conhece, ele já chegou?

- Sim. Venha vou te levar até ele, mas acalme-se, você vai se surpreender ele está muito tranquilo, talvez ele estava mesmo só precisando de alguns dias longe de ovelhas tão mal agradecidas como todos nós que preferimos ir a outra igreja do a nossa. - Disse sarcástico.

- Você está tão ngraçadinho hoje! - O amigo o levou até onde o pastor esperava por ele, distraído não vira os dois se aproximando.

- Boa noite pastor. - Cumprimentou Michael assustando-o.

- Boa noite Mike! - Respondeu levantando.

- Com licença, me chamem quando quiserem fazer os pedidos. - Disse Fernando saindo.

- Você deve estar surpreso por eu ter te convidado para almoçar. - Disse o pastor descontraído.

- Com certeza! - Respondeu sentando. - Principalmente porque a Rebeca disse que o senhor só chegaria a semana que vem.

- Eu resolvi voltar antes, esse dias foram o suficiente para eu refrescar minha cabeça e perceber que você estava certo, e não dei uma chance de conhecer sua namorada, eu fui um péssimo líder e lamento por isso. - Disse sorrindo, mas algo naquele sorriso lhe causou um arrepio e automaticamente passou as mãos nos braços.

- Eu também não facilitei as coisas, e também lamento se fiz coisas que fez com que o senhor se afastasse do seu chamado de líder e pastor.

- Não se preocupe, eu estava estafado, há anos que não tiro férias, esses quinze dias foram muito bom. Já sabe o que vai pedir? - Ele assentiu, o  pastor sorrindo chamou Fernando. - E como foi sem mim na igreja esses dias?

- Tenso nos primeiros dias, sem ninguém saber o que havia acontecido, o Senhor nunca saí de férias sem antes organizar tudo e deixar cada um com uma função.

- Como eu já disse, eu estava muito cansado, e isso estava atrapalhando meu raciocínio e me impedindo de ver o agir de Deus. - Fernando chegou para anotar os pedidos, eles disseram seus pedidos.

- Sim, foi isso que a Rebeca nos disse. E o senhor conseguiu descansar?

- Sim. E a sua namorada já decidiu congregar na nossa igreja? Eu soube que ela batizou naquele fim de semana em que eu fui à sua casa, foi por isso que você e seus amigos faltaram à oração?

- Sim. - Respondeu simplesmente, o pastor o olhou interrogativamente.

- Sim, ela vai para nossa a igreja ou sim, vocês faltaram ao culto para ir ao batismo de alguém que não é da nossa igreja?

- Sim, não fomos à igreja porque fomos ao batismo dela, o senhor nunca se importou de irmos em outra denominação qual o problema agora?

- O problema é que você está se voltando contra a sua liderança por causa dela e isso me preocupa, e você tem uma grande influência sobre os seus amigos.

- O que exatamente o senhor quer comigo? - Perguntou irritado, detestava se irritar com qualquer pessoa, imagina então com o seu mentor!

- Eu quero me desculpar pelo meu comportamento com ela, eu fui injusto convosco, e quero tirar a má impressão que eu provoquei nela.

Michael se mexeu inquieto, o mesmo arrepio lhe percorreu a espinha, e a sensação desagradável de que estava deixando alguma coisa passar despercebida, tomou conta de ele.

- Que bom que o senhor quer nos dar uma chance, o senhor vai gostar dela. - Disse sorrindo, e por uma fração de segundo ele viu repúdio no rosto do pastor, mas foi tão rápido que ele se recriminou por tal pensamento. Fernando chegou com os pratos e Michael se recusou a continuar com tais pensamentos.

- Domingo eu vou voltar às atividades pastorais normais, você pode leva-la ao culto? - Perguntou se servindo.

- Eu posso falar com ela, se ela não tiver nenhuma programação na igreja dela. - Respondeu também se servindo.

- Aquela igreja é pequena demais para ela. - Disse o pastor distraído, os dois homens pararam o que faziam e se olharam, o pastor visivelmente constrangido e Michael confuso.

- Se o senhor quer que eu ainda tenha algum respeito pelo senhor, acho melhor me dizer exatamente o que está acontecendo aqui. - Retrucou deixando a comida, de repente não tinha mais fome, o pastor fez o mesmo.

- Por que você não me disse que ela é filha de um dos advogados mais importante do País? - Perguntou acusadoramente.

- E desde quando de quem uma pessoa é filho é importante para a igreja?

- Mike, como você acha que uma igreja cresce? Você tem sido testemunha do quanto nossa igreja tem crescido, tudo custa dinheiro meu filho, tem ideia do quanto custa a nossa energia ou água, a manutenção da igreja? Ou da van para buscar os irmãos mais carentes em dias de chuvas? Todas as nossas salas são climatizadas, as nossas poltronas...

- Desculpe-me pastor, eu sei dos gastos da igreja eu já fui tesoureiro, lembra-se? - Interrompeu-se passando as mãos na cabeça exasperado.

- E como você pensava que conseguíamos dinheiro para manter a igreja? Sinto muito meu filho, mas para manter as contas em dias de uma igreja como a nossa é necessário dízimos e ofertas altos.

- Eu entendo! - Respondeu sentindo um nó na garganta. Compreendia o ponto de vista do pastor, claro que ele não era nenhum idiota, e sabia dos gastos astronômicos da igreja, mas não era apenas os dízimos e ofertas que custeavam esses gastos, eles estavam sempre às voltas para arrecadar dinheiro para isso ou aquilo. Apertou as têmporas.

- Então o fato dela ser filha de um homem rico muda tudo? Não importa se ela é de Deus para mim ou não?

- Se ela não for de Deus para você, vocês não ficarão juntos, eu fui precipitado e imaturo, eu deixei que o desejo de tê-lo como genro me deixasse cego para as possibilidades de tê-la como membro da nossa igreja.

Michael bebeu água para hidratar a garganta que estava muito seca. Encarou aquele homem que por anos foi seu mentor, seu pastor, o conselho seguro no meio da angústia, e quanto mais o encarava menos o reconhecia, como era possível um pastor, o seu pastor, encarar uma pessoa como uma possibilidade econômica?

- Pastor, eu vou falar com ela e aviso ao senhor. Agora eu tenho que ir, ainda quero passar em casa antes de voltar para o trabalho. - Disse levantando.

- E o seu almoço?

- Não se preocupe! Não estou com fome, o senhor também não almoçou, almoce em paz. - Disse sorrindo, deixando o dinheiro na mesa.

- Mike, está tudo bem? Você está estranho!

- Tudo bem pastor! É só cansaço mesmo, ainda bem que julho está bem aí, porque eu também estou precisando de férias! - Brincou.

☀☀☀

Naquela tarde ele chegara atrasado no trabalho e detestava chegar atrasado; trabalhou mal, estava inquieto e estressado, como se não bastasse o problema dos dois adolescentes pego fumando maconha ainda tinha a situação com o pastor, não conseguia se concentrar.

- Qual o problema? - Perguntou Artur no intervalo, erguendo a mão quando ele abriu a boca. - Nada de, 'não tem nenhum problema', porque obviamente está acontecendo alguma coisa.

- E está mesmo acontecendo alguma coisa, eu só não sei se eu deveria falar sobre isso contigo.

- E por que não? Algum problema com a Raquel? - Perguntou preocupado, Michael riu.

- Não. Nenhum problema com a sua Raquel; aliás ela nunca foi tão simpática como nos últimos tempos. - O sorriso de Artur se iluminou.

- E então, qual o problema que você não quer discutir comigo? - Perguntou arqueando a sobrancelha. Michael o encarou e sorriu.

- É um assunto sobre o pastor, e tenho medo do que esse meu momento com o pastor pode fazer com a sua cabeça, você é novo convertido, e mesmo você não congregando na mesma igreja que eu, não posso te passar a impressão de que é correto desafiar o seu pastor.

- Se você está me falando isso porque você deixou de ser o galã solteirão para ser o galã com namorada, eu não acho que você esteja desafiando o seu pastor, o que eu acho é que o seu pastor perdeu a mão. - Michael o encarou surpreso.

- Como assim perdeu a mão?

- Você não ficou curioso em saber o porquê de eu não querer congregar na sua igreja, depois de todos esses anos frequentando lá, tendo você e todos os outros me ensinando e orientando?

- Pensei que fosse pela Raquel, ela nunca gostou de lá, por ela o Fernando congregaria em outra igreja.

- E você sabe porque a Raquel não gosta de lá?

- Na verdade não. Quando você se afastou dela, ela meio que ficou intransigente com todos nós, e todos nos afastamos dela, inclusive você. - Artur sorriu.

- Eu sei! E não estou te censurando, mas você é atencioso, então pensei que talvez você tivesse perguntado a ela.

- Não perguntei, e algo me diz que eu vou me arrepender por não ter feito isso. - Artur encostou displicente na arquibancada do ginásio.

- Lembra que antes de me mandar pastar ela tirava as folgas das garçonetes na pizzaria? - Michael assentiu. - Pois é, durante muito tempo o pastor achou que a Raquel era uma garçonete, isso não a incomodava, até porque na verdade ela era mesmo uma garçonete, provisória, mas garçonete, palavras dela! - Concluiu erguendo as mãos sorrindo quando Michael o encarou de cara feia. - Isso até o dia em que eu fiz a besteira de beija-la e tentar leva-la para a cama; no dia seguinte nos encontramos no karaokê, você sabe disso, claro, assim como sabe também que eu a deixei sozinha e fui embora.

- E depois disso ela mudou radicalmente com todos nós. - Lembrou pesarosamente.

- Sim. O que você e nem eu sabia, era que a Rebeca e o pai estavam lá e ouviu parte da nossa discursão, e o seu pastor perguntou a ela o que ela pensava que um homem da minha estirpe iria querer com uma subalterna que nem ela.

- Você está brincando não está? - Perguntou irritado.

- Gostaria muito de estar, mas não estou. Ela suportou isso por todos esses anos, porque o irmão ama aquele pastor como a um pai, você sabe, o quanto o Fernando admira o pastor Francisco!

- Mas ela deveria falar a verdade para o irmão. - Respondeu com o coração apertado.

- Quando finalmente o Fernando teve a oportunidade de apresenta-la como irmã dele; ele a chamou em particular e disse a ela que se ela falasse ao Fernando sobre aquela conversinha no Karaokê, ele iria se ver obrigado a dizer ao irmão dela, que ela estava inventando essa história porque ele havia nos pego juntos em uma situação muito humilhante em que ela se oferecia para passar uma noite comigo.

- O Fernando jamais acreditaria em uma conversa dessas!  E ele perguntaria a você... - Disse sentindo a bile na garganta.

- Por mais que o Fernando ame a irmã, ele teria acreditado no pastor, além do fato que ninguém acreditaria que um pastor evangélico cristão mentiria nessa cara dura, principalmente um novo convertido todo empolgado e cheio de admiração pelo mentor espiritual como o Fernando naquele momento, e envergonhado ele não iria me perguntar.

- Verdade! Eu mesmo teria dificuldade para acreditar nisso, se eu tivesse ouvido isso a um mês atrás.

- Você sabe que eu sempre me arrependi por tê-la deixado naquela tarde no karaokê, eu sabia que se eu tivesse tido outra atitude, ela não teria se afastado tanto de mim, mas ouvi-la falar que foi humilhada dessa forma por causa do meu egoísmo e vaidade, foi dilacerante.

- Eu imagino!

- E Além do mais... - Começou interrompendo-se pensativo.

- Por favor! - Pediu Michael engolindo seco.

- Ele pediu que eu seduzisse a Claudia, para que você perdesse o encanto por ela.

- Por que só agora você está me falando isso? - Perguntou ressentido.

- Porque você precisava descobrir por si só que o seu pastor estava se perdendo, eu sei o quanto você zela pelas autoridades que são instituídas na sua vida, e também eu estava finalmente compreendendo que Deus tinha muito mais para mim, do que eu jamais poderia imaginar, inclusive me dar sabedoria para ficar calado e deixar Ele cuidar da sua situação com o seu pastor.

- Oi rapazes! - Disse Victória se aproximando. - O que vocês estão fazendo aqui escondidos? - Perguntou sentando entre os dois.

- Não estamos escondidos, estamos conversando. - Respondeu Artur sério. - E a senhorinha está fazendo o que aqui?

- Nada! A Claudia, a Raquel e a Andréa estão enfurnadas preparando o último encontro da Katie e da Cristina.

- O momento disciplinar virou encontro? - Perguntou Artur rindo.

- Você tem visto a diferença na menina Cristina? Os encontros foram maravilhosos. - Disse orgulhosa.

- Talvez devamos fazer esses encontros com o Fred e o Jaime também. - Respondeu Artur desanimado. - O que deu nesses garotos? O tanto que a gente conversa com eles sobre a destruição que drogas pode provocar na vida de uma pessoa!

- Existem experiências que as pessoas tem que viver para compreender o que aquilo realmente significa. - Respondeu Michael no mesmo tom.

- Meu sogro ligou, o pai do Jaime ligou para ele reclamando da suspensão, ele quer que o filho volte às aulas ainda amanhã.

- O que o seu Erivaldo disse? - Perguntou Michael curioso, imaginando o que Claudia faria se o dono da escola decidisse interferir no seu trabalho.

- Que a decisão é da dona Benta, mas ele pediu que se ela pudesse fazer alguma coisa pelo menino, ele ficaria muito grato.

- E se bem conhecemos a dona Benta, ela vai libera-lo da punição. - Lembrou Artur.

- Sim, só que você esqueceu da nova coordenadora, ela se recusa a aceitar que o dono da escola fica se metendo nos assuntos pedagógicos da escola. - Os dois gargalharam.

- Coitado do seu Erivaldo, não bastasse as noras agora tem a Claudia, ele está ferrado! - Disse Artur ainda rindo.

- Graças a Deus! Dessa vez eu não precisei me manifestar e me colocar contra o meu sogro.

- Você nunca teve problemas em se opor ao seu sogro ou a quem quer que seja! - Disse Michael.

- Eu só me oponho a favor ou contra alguém quando eu estou certa, ou vejo uma injustiça muito grande. - Os dois amigos se olharam e tornaram a cair na gargalhada.

- Sabemos. - Disseram ainda rindo, ela sorriu também.

O sinal tocou, ela se despediu dos amigos. Os alunos chegaram empolgados rindo e conversando, para muitos deles educação física era a aula favorita, os dois professores se olharam e esquecendo de qualquer outro problema, eles sorriram e foram ao encontro dos alunos.

✨✨✨

Naquela noite Claudia estava tão nervosa quanto no seu primeiro dia de trabalho. Ela convocou uma reunião com os colegas para expor a ideia que havia tido para conscientização das crianças contra as drogas, pedira ajuda da Andréa e da Raquel para esse projeto, pensara em pedir ajuda da Victória também, mas elas iriam precisar dela no projeto em si, e por isso de todos ali presentes apenas ela sabia do que se tratava o projeto.

Além do corpo docente da escola, ela chamou o dono da escola, e todas as pessoas que trabalhavam no administrativo, claro que a ideia de chama-lo foi das duas, ela não gostou nada dessa ideia, ela nem ao menos fora apresentada ao patrão e já discutira com ele pelo telefone, obviamente ela estava certa, de que adiantaria ele ter profissionais qualificados se ele os desautorizassem apenas para satisfazer um 'amigo' rico e mimado? Ela dissera à elas sobre o seu receio, Raquel gargalhara e sacudira a cabeça.

- Não se preocupe, ele se agrada de pessoas que não se intimidam com ele, ele é um homem estranho, você precisava vê as discussões que ele e a Vick travaram no passado. - Dissera ela se acabando de rir.

- Verdade! Ele respeita pessoas que mantêm a sua integridade, independente do quanto ele pareça assustador, vai por mim, quando ele quer ele sabe ser amedrontar. - Dissera Andréa séria.

- Ai, meu Deus! E agora o que eu faço?

- Nada! - Respondera juntas, olhando uma para outra.

- Apenas seja você mesma, autêntica e sincera, e tudo vai ficar bem. - Dissera Andréa.

- Seu projeto é maravilhoso! Não se preocupe. - Dissera Raquel.

E na real, ela pensou que no final de tudo, apenas o pessoal da escola iria comparer, pois ela ainda era a novata, e alguns até mesmo que trabalhavam diretamente com ela no dia a dia, ainda olhava torto para ela, mas para seu desespero todos compareceram, e a cada rosto conhecido e desconhecido que chegava na enorme sala de reuniões, mais nervosa ela ficava.

- Oi! - Sussurrou Michael em seu ouvido, ela virou nervosa e assustada. - Acalme-se amada do meu coração, seja lá o que você estiver planejando será um sucesso, não esqueça, você já é mais que vencedora! - Disse sorrindo cheirando seu cabelo.

- Estão olhando para nós, e eu já tivesse um problema com o chefão hoje, é melhor não abusarmos! - Disse lânguida.

- Boa noite! - Ela se afastou rápido de Michael, e ele a segurou firme, aproximando-se ainda mais dela.

- Boa noite seu Erivaldo. - Respondeu Michael, sentindo Claudia ficar tensa em seus braços.

- Boa noite meu filho, finalmente vou conhecer aquela que conquistou o seu coração! - Disse encarando Claudia.

- Boa noite! - Sussurrou ela constrangida.

- Boa noite. E aí vai demorar a reunião? - Perguntou estendendo-lhe a mão.

- Não senhor! - Respondeu apertando a mão dele.

- Vamos Mike, deixe a menina trabalhar. - Disse se afastando.

- Deixa Deus te usar e tudo ficará bem. - Beijou-a na testa e sentou ao lado do senhor Erivaldo.

- Todos chegaram. - Disse Andréia lhe entregando alguns papéis.

- Obrigada querida! - Respondeu sorrindo. - Boa noite a todos, obrigada pela presença de todos aqui. Tentaremos ser o mais breve possível. - Olhou para Andréa.

- Boa noite, estou muito feliz por estar aqui fazendo parte deste projeto, obrigada Claudia. - Agradeceu fazendo uma reverência. - Antes de começar vamos ficar de pé e iniciarmos com a oração que Jesus nos ensinou. "Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o Teu nome, venha a nós o Teu reino, seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu o pão nosso de cada dia nos dá hoje e perdoa-nos as nossas ofensas, assim como nós também perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque Teu é o reino o poder e a glória para sempre, Amém".

Claudia e Andréa distribuíram os papeis que Andréa havia trazido entre os participantes e Raquel estava diante do datashow, Raquel acenou para Claudia que assentiu e começou a falar extremamente nervosa.

- Gostaríamos que as drogas fosse uma realidade distante da nossa escola, mas infelizmente não é, e não é a primeira vez que isso acontece, eu soube da conduta da escola diante dos casos anteriores,  mas particularmente eu não acredito que expulsar todos que forem pegos fazendo uso de drogas licitas ou ilícitas, ou pior ainda que tenham punições de acordo com o que os pais podem oferecer ou não. Acreditamos na educação que oferecemos, acreditamos nas nossas crianças, e por isso gostaríamos que pelo menos uma vez por semestre, tenhamos algo voltado para a prevenção do uso de qualquer tipo de narcótico. Acreditamos que depois de uma certa idade, as crianças precisam ouvir de pessoas que elas confiam sobre todos os problemas que qualquer tipo de drogas podem lhe causar, ilícitas ou não.

- Você acredita mesmo que palestras ou oficinas, manterá essa garotada longe das drogas? - Perguntou incrédulo o professor de química.

- Não! Mas alguns deles sim, se conseguirmos evitar que alguns deles se mantenham afastados já será de grande ajuda.

- Isso não é responsabilidade nossa, é responsabilidade dos pais, você quer que a escola gaste dinheiro e tempo por uma utopia. - Retrucou novamente o professor de química.

- A partir do momento em que eles são encontrados usando entorpecentes dentro da escola, passa a ser um problema nosso. - Retrucou Raquel se levantando. - Alguns de vocês aqui presente tem filhos aqui na escola, e outros tem filhos em outras escolas, quem lhes garante que seus filhos não estão recebendo ou oferecendo drogas por aí? - O burburinho recomeçou e alguns pais ficaram indignados.

- Eu posso te garantir que meus filhos, não oferecem e nem aceitam drogas de ninguém! - Indignou-se a professora de história.

- Tem certeza Sônia querida? - Perguntou senhor Erivaldo. - Todos aqui sabem o quanto o meu filho Everaldo foi rebelde, e eu estava tão ocupado que acreditava que era apenas uma fase e que passaria logo, a primeira vez que me disseram que ele estava usando drogas, eu tive a mesma reação do meu amigo Bento que me ligou hoje pedindo para eu mexer os pauzinhos e proteger o filho dele, pois tudo isso era apenas uma mal entendido e o filho dele jamais seria tão estúpido, foi exatamente essa a minha atitude, e infelizmente eu fui atendido, o que atrasou a recuperação do meu filho, sou grato pelas mulheres que hoje me fizeram ver que não ajudamos nossos filhos fingindo que não está acontecendo nada, ou jogando nos outros a falha de caráter dos nossos filhos, ou pensando que os nossos filhos são melhores que os filhos dos outros.

- Em que momento essa reunião se voltou para os nossos filhos? - Perguntou o professor de ciências mal-humorado.

- Porque para que essa escola seja, uma escola por excelência que visa não apenas as finanças da instituição, mas também o crescimento intelectual e emocional das crianças, para que daqui saia grandes homens e mulheres prontos para conquistar o mundo, precisamos pensar nessas crianças como se fossem os nossos filhos. - Respondeu Claudia. - Que tipo de escola queremos para os nossos filhos! Que tipo de profissionais queremos que nos auxilie na educação dos nossos filhos! Enfim, o que queremos com este projeto! Queremos ajudar as nossas crianças, e se necessário os pais também; nós queremos que nossas crianças se percam porque elas não tem estrutura para se defender? Que elas sejam influenciadas por qualquer pessoa por que não sabem que nem todas as pessoas que estão ao lado delas desejam de fato o bem delas, que nem tudo que os supostos amigos oferecem é bom? O professor João Batista tem razão, a educação dos filhos alheios não é da nossa conta, mas o que complementamos na educação recebida em casa, para o bem ou para o mal, isso sim é da nossa conta. E é por isso que desejamos que vocês nos apoiem nesse projetos, para que a cada dia diminua mais a possibilidade de acontecer o que aconteceu hoje.

- Quanto isso custará para a escola? - Perguntou Sarah prática.

- Está tudo neste documento que lhes entregamos, neste primeiro evento a escola só precisará ceder o local e o material didático, as duas pessoas que estarão aqui, virão por conta deles mesmo, a nossa querida psicóloga Victória dará todo o respaldo clínico, no entanto, poderá sim gerar gastos, pois nem sempre teremos voluntários que podem bancar uma viagem do seu ponto de origem até aqui por exemplo, mas tudo isso está explicado no projeto se puderem ler com atenção.

O silêncio reinou no ambiente, todos concentrado na leitura.

Continua...

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