Agora todas as amigas estavam conversando sobre beijo e como agiriam se isso acontecesse. Pra falar a verdade verdadeira, Amelie não pensava muito nisso, e não entendia quem pensava bastante sobre isso, certo, ela já tinha seus quinze anos, já que seu aniversário foi antes de natal, no dia 10 de dezembro. Ela é apenas 1 ano mais velha do que a maioria das suas amigas, mas por sorte ou azar, quando seu pai faleceu, parou de frenquentar a escola e tivera que repetir de ano, mas pelo menos ficou com suas amigas.
— Se alguém fosse me beijar, teria medo de fazer algo bobo. — Diana comentou. — Ou de esquecer de fazer algo que deveria fazer. Quais as regras? Por que não tem etiqueta de beijo?
Anne se levantou, ficando de frente para todas.
— Podemos inventar um jogo para ver quem é mais romântico cortejando. — Ela propôs. — Com bravos cavaleiros e princesas encantadas. E buxos e bandidos! Seria um ótimo treino.
Todas riram em aprovação.
— Diana, pode ser o jovem galante. — Ela continuou.
Diana se ajoelhou em frente a Anne quando a mesma pegou uma pena e fez o movimento nos seus dois ombros, como se a tivesse coroando.
— Príncipe Wisteria, deixarás voar a pluma da sorte. E escolherás a honrada donzela?
— Sim. — Diana disse.
Ela foi até o centro, esticando o braço e jogando a pena, até cair em Tillie. Ela se levantou, indo até Diana.
— O quê eu devo fazer, Diana?
— Tillie... Não deve falar com o príncipe como se fosse a Diana. — Anne a guiou.
— Estou à espera do meu jovem e formoso príncipe vir me reivindicar. — Tilli se virou de costas.
a partir daí, Amelie não prestava mais atenção nas suas amigas, por algum motivo, tudo que ela fazia, levava seu pensamento ao garoto francês que nunca mais apareceu.
Já no outro dia, ela fez o mesmo caminho de ida a escola com Anne e Diana, a única diferença era as trancinhas de Anne que agora estavam com fitas meio brancas azuladas, o que Amelie achou adorável.
— O quê vocês acham? — Já na escola, Anne perguntou a opinião pelo o enfeite de seu cabelo.
— Bem.. Você demonstra tanta segurança. — Diana a disse.
— Se não se importa, eu faria uma ou duas alterações. Para dar equilíbrio. — Cole deu sua opinião. — Posso?
Ele se sentou junto a Anne em uma das cadeiras, arrumando o cabelo da garota do jeito que gostaria. Todos começaram a estranhar, olhando fixamente para Cole. Enquanto ele explicava o que não gostava de ser o centro das atenções.
O professor Phillips virou-se para a classe, notando Cole.
— Cole Mackenzie! — Ele gritou — Já que parece ter inclinações tão femininas, vamos satisfazê-los esta manhã. Sente-se com as meninas.
A sala explodiu de cochichos, sussurros e conversas paralelas, enquanto Amelie estava boquiaberta com a falta de respeito do professor. Ele pegou suas coisas e se sentou ao lado de Diana, totalmente desconfortável com os comentários de Billy.
Mais tarde, quando estava indo a sua casa depois do longo dia de aula, notou a carruagem parada em frente a casa dos Chalamet. Eles não estavam na França? Amelie pensou.
Foi até a porta de entrada do casarão, batendo levemente. Não demorou muito para a figura de Timothée abrir a porta.
— Você voltou. — Ela disse calmamente.
— É, eu voltei. — Ele deu um sorrisinho de canto.
Amelie largou sua cesta no chão, subiu os dois degraus da pequena escada que tinha em frente a porta, e finalmente teve coragem o suficiente para abraçá-lo. Até ouvir uma voz feminina se aproximar.
— Timothée!
Uma mulher de cabelos loiros e com um maravilhoso vestido azul não muito escuro, se aproximou, parando de falar quando notou Amelie parada na porta.
— Oh, essa é a Florence. — Ele se separou do abraço, apresentando a menina atrás de si. — Florence, essa é Amelie.
— Florence Pugh, prazer. — Ela sorriu amigavelmente, sacudindo a mão da garota em sua frente.
— Amelie Laurence, o prazer é todo meu.
Timothée sorriu envergonhado, antes de começar a falar novamente.
— Florence é uma amiga de infância da França... — Ele começou —
Amelie parou de prestar atenção em qualquer explicação sobre quem era ela, não queria saber, ele some por quase UM ANO e depois chega com uma garota qualquer em sua casa?
— Está tudo bem. — Ela finalmente o interrompeu. — Fico feliz que tenha voltado Timothée.
Ela apenas sorriu e se despediu educadamente dos dois, mesmo quase fervendo de raiva. Ela não estava com ciúmes e estava tentando se convencer disso.