CHAPTER THREE - painting

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ao entardecer, Amelie se preparava para ir a casa de Timothée, estava usando um vestido branco com detalhes em rosa, e o cabelo preso em um rabo de cavalo com uma fita da mesma cor do vestido. Ela calçou as mesmas botas de sempre, saindo de casa o mais rápido do que podia, antes de anoitecer.

desta vez, ela foi em passos rápidos pelo caminho que levava a casa dele, sem fazer paradas ou catar flores pelo chão, a casa estava com as luzes ligadas, deixando tudo bem iluminado. Amelie bateu na porta, sendo atendida logo depois por Timothée, que a deu espaço para entrar.

A casa era imensa por dentro, por ser muito ricos, eles tinham iluminação sem ser por vela, ou lâmpadas de gás, o que era super interessante. Timothée a guiou até uma enorme sala, onde tinha um cavalete com uma tela, e várias tintas.

— Fique a vontade. — Ele tocou delicadamente em seu ombro. — Ficarei aqui a vendo pintar se você se sentir confortável, é claro. Tenho a noite inteira livre.

Amelie sorriu em resposta, pegando o avental de pano para não sujar seu vestido.

— pode colocar para mim? Por favor? — Ela perguntou —

Timothée assentiu, pegando o avental da mão da garota, Amelie sentiu um arrepio instantâneo quando as mãos do garoto tocaram em suas costas, amarrando as fitas do avental em um laço. As mãos do mesmo pararam em sua cintura, o que estava acontecendo? Amelie se perguntou, mas não se atreveu a se mexer, eles estavam tão perto que ela conseguia sentir a respiração dele em seu pescoço. Os dois ouviram passos em direção a sala, foi isso que os fizeram se separar no mesmo instante. Uma mulher elegante, com cabelos marrons acima dos ombros e olhos extremamente azuis, adentrou o local. Ela encarou os dois com uma feição estranha, com certeza fingiu que não viu o que acabara de acontecer.

— A senhorita deve ser Amelie Laurence, estou certa? — Ela parecia feliz, e era educada como Timothée.

— sim senhora. — Ela respondeu com um sorriso no rosto.

— Está é a minha mãe. — Timothée disse um pouco envergonhado.

— Nicole Chalamet, prazer, querida. — Ela apertou a mão de Amelie num gesto leve. — Timmy falou muito sobre você, soube que pinta.

— Ah sim... faço isso apenas por diversão. — Amelie sorriu tímida, ela sentia um clima estranho entre ela e o garoto ao seu lado, com certeza pelo o que aconteceu a alguns minutos atrás.

— Achei finalmente alguém igual a mim. — Ela sorriu satisfeita. — Sua mãe se encontra em casa? Estou louca para fazer amizades em Avonlea.

Amelie assentiu positivamente, vendo a mulher dar um beijo em Timothée e um abraço nela, antes de se retirar do casarão. Viu o garoto pegar um livro da grande estante que a sala tinha, e se sentar no sofá em frente a menina.
Ela olhou pela enorme janela da sala, vendo o degrade do céu, e o maravilhoso por do sol com a sombra de algumas árvores na frente. Era isso que iria pintar.
Catou as tintas rapidamente, conferindo os tons que precisava, pegou um dos milhares pincéis que estavam dentro de um potinho, e começou a passar delicadamente por toda a grande tela.
Timothée fingia que lia o livro quando Amelie notava o olhar do garoto em si, ele achava adorável o jeito que ela colocava um dos pincéis no cabelo para prende-lo num coque desajeitado, ou como sujava sua mão inteira de tinta.

O tempo passou tão rápido, quando notaram, Amelie já estava assinando o quadro. Timothée levantou para vê-lo concluído, e agora tinha certeza sobre o grande talento da garota.

— Realmente você tem talento para isso. — Ele encarou o quadro. —

— Pode ser talento, ou apenas prática. Mas muito obrigada. — Amelie sorriu colocando os pincéis que utilizou na água.

Ela se virou de costas para que Timothée conseguisse tirar o avental, e aquela mesma sensação estranha passou pelo seu corpo, sentiu um arrepio pela espinha e com certeza o garoto percebeu, já que soltou uma risadinha nasal.
Dobrou o avental, o colocando em cima da cadeira delicadamente.

— Vou a acompanhar até sua casa. — Ele proferiu educadamente, deixando o livro sobre o sofá.

— Certo. — a menina sorriu,  pronunciando num tom grato.

o garoto a guiou até sua casa, a luz do luar, a lua cintilando no céu e a brisa fria de Avonlea era impecável. Identificou uma música suave vindo de sua casa, Amelie olhou animada para o menino ao seu lado, entrando em casa rapidamente, sua mãe tocava o violino, enquanto a mãe de Timothée ria e dançava de um jeito engraçado, rendendo boas risadas.

— Não fiquem parados aí, venham! — Nicole pegou na mão de Amelie a puxando para dançar uma espécie de valsa improvisada.

Timothée estava encostado no batente da porta, segurando o riso, ele cantarolava a canção enquanto Amelie e Nicole rodopiavam pela sala.

Após longos minutos de danças e músicas, Amelie caiu cansada no sofá, e Nicole sentou na poltrona ao seu lado, com a respiração ofegante, quando a canção que sua mãe tocava, finalmente acabou.

𝘼𝙡𝙡 𝙩𝙝𝙚 𝙛𝙡𝙤𝙬𝙚𝙧𝙨 𝙛𝙤𝙧 𝘼𝙢𝙚𝙡𝙞𝙚 - ᴛɪᴍᴏᴛʜᴇ́ᴇ ᴄʜᴀʟᴀᴍᴇᴛWhere stories live. Discover now