CHAPTER TWENTY SEVEN - Hey... again.

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aquela semana sufocante havia se passado, e finalmente haviam chegado em paris, a grande movimentação era notável, as pessoas corriam de um lado para o outro, em alguns restaurantes casais jantavam e conversavam, carruagens passavam rapidamente ao seu redor sem dizer no grande barulho que aquela cidade fazia, mas no geral era bem bonita.

Amelie e seus amigos decidiram dar uma volta por Paris enquanto tinha aquele dia sem trabalhar muito. A cada biblioteca que passava, conseguia ver o livro de Timothée na vitrine, quanto mais tentava fugir dele, mais qualquer coisa relacionada ao garoto voltava para si. Quem sabe um dia daria uma chance para o livro, pelo menos ele tinha dado certo na vida.

Depois daquela confusão com o casamento, ela nunca mais soube de James ou o que ele fazia da vida, a única coisa que sabia era sua ida a Toronto.

Anne decidiu parar em uma das milhões de bibliotecas para pegar um livro que queria, puxando todo mundo junto para dentro do local. Era imensa, realmente muito grande.
a garota foi consultar uma mulher que trabalha lá, enquanto Amelie olhava os livros para ver se tinha interesse em alguma coisa, até ver um livro aleatório que tinha um título interessante.
o pegou rapidamente, indo até a mulher para pagá-lo, onde ela pediu seu nome.

— Amelie Rose Laurence. — Respondeu, vendo a mulher a olhar supresa.

— Então você é a menina do livro? — Ela sorriu animada.

— Que menina do livro? — Amelie a olhou estranha.

— Oh, esqueça. Devo ter me confundido, amo histórias de romance trágicos, minha imaginação está muito fértil nesses dias. — Riu.

Amelie achou aquela interação estranha, mas deixou passar, sendo puxada por Anne para fora da loja, ela parecia estar muito animada, coisa que era estranho, tudo nesse dia estava estranho.

Com o tempo passando, os amigos aproveitaram que estavam numa cidade diferente do que estavam acostumados, ainda mais que todos cresceram no interior, mas pelo menos estava sendo divertido, Diana fez questão de levá-los em todas as lojas de roupas que achava pela rua, resultando em vários e vários vestidos que nenhuma das três precisavam, Cole sempre dava sua opinião para cada um que vestiam, ajudando a escolher o mais bonito.




Ao amanhecer, Amelie sentiu seus olhos arderem pelo sol radiante que se encontrava no dia, ela se revirou na cama antes de se sentar e encarar o seu reflexo no espelho em frente a cama. A mesma se levantou com dificuldade e com a total preguiça do mundo, pegando um vestido azul escuro que trouxe em sua mala, o vestindo com rapidez, para não se atrasar pro o seu primeiro dia de trabalho em Paris.
Pegou sua maleta correndo o mais rápido que conseguia pelas ruas de Paris, desviando de tudo que via pela frente, mas parecia que aquelas ruas nunca tinham fim.

E finalmente avistou a estrutura bem feita da cor branca, se sentiu aliviada por ter chegado a tempo mas ao mesmo tempo nervosa por ser seu primeiro dia. Quando pisou em frente a porta a vendo ser aberta por um homem, sentiu seu coração acelerar mais rápido que o normal e suas mãos soarem. Entrou no local, avistando a imensidão de quadros espalhados de várias pessoas diferentes, gente andando para suas devidas salas, ou até mesmo apenas indo visitar para olhar os quadros.
A verdade era que Amelie estava completamente nervosa e perdida naquela imensidão, quando olhou para o lado oposto, viu um homem alto parado enquanto olhava uma pintura sozinho, talvez ele soubesse onde ficava a sala que procurava.

Se aproximou devagar, apoiando sua mala no chão, antes de falar.

— Desculpe te atrapalhar, mas sabe onde fica a sala 16 b? — disse com timidez.

Percebeu o corpo do homem ficar rígido e seus punhos se apertarem, talvez ele tinha ficado com raiva por Amelie ter apenas pedido informação? Quando o mesmo se virou, ela pode ver completamente o rosto dele, e se surpreendeu quando viu.

— Timothée? O que você está fazendo aqui? — Ela o encarou estranha.

— Oi também. Não sei se sabe, mas eu sou dono daqui, adiantamento de herança. — Explicou, apontando para o maior quadro do local, onde tinha escrito: "Nicole Chalamet". — Esse local foi fundado pela minha mãe.

— Oh... — Era fato, ela não tinha prestado muita atenção no nome do lugar.

— Posso ver que conseguiu o que queria. — Timothée sorriu, desviando seu olhar para a mão da garota, onde não notou qualquer anel de casamento, podendo relaxar completamente.

— Sim... você também conseguiu seguir o que queria, soube do livro. — Agora sim ele não parecia relaxar mais.

— Você leu? — suas palavras saíram quase num sussurro.

— Ainda não, não tive muito tempo, só consegui ir para Avonlea semana passada, estava muito ocupada em Charlottetown. — Disse. — Achei estranho você ter desaparecido do nada, nem se despediu quando veio para cá.

Ele a olhou com uma feição totalmente confusa, mas deixou passar.

— Vejo que não se casou. — Timothée trocou de assunto, ainda encarando a mão da mulher.

— Realmente, era muita responsabilidade para uma adolescente de 17 anos. — Respondeu. — James queria ir para Toronto logo depois de casarmos, mas eu ia para Queen's e tinha planos para meu futuro, então acabamos nosso relacionamento.

— Entendi. — Ele disse. — A sala 16 b fica no terceiro andar à esquerda.

Amelie agradeceu, se despedindo do mesmo antes de começar a subir aquela escadaria imensa com sua mala. Era muito estranho o reencontrar depois de 5 anos, ele continuava o mesmo, estava apenas um pouco mais alto e um pouco mais forte, parece que Paris não era uma cidade tão grande como Cole havia falado.

Quando entrou na sala que dividiria com outros alunos, viu um cavalete com seu nome e uma tela a esperando, os colegas de sala já haviam começado a pintar os quadros que queriam, deixando Amelie nervosa por não ter começado ainda.



No final de seu trabalho, foi a última a sair da sala, os corredores estavam totalmente vazios e silenciosos, dava apenas para escutar a chuva que caía ao lado de fora do local, o que era horrível para a garota, que não tinha nenhum guarda chuva ou algo que a protegesse, então teria que esperar.

Desceu as escadas, ficando em frente a enorme porta, avistando Timothée se preparando para sair também. Amelie ficou ao seu lado, esperando a chuva passar, quando o mesmo abriu um guarda chuva, que ela não prestou atenção de onde saiu.

— A chuva não vai passar tão cedo, se quiser pode vir comigo. — Ele a encarou.

— Não quero te incomodar.

— Você nunca me incomoda, Amelie. Agora venha. — Timothée entrelaçou seu braço com o da garota.

Os dois foram juntos caminhando pelas ruas úmidas de Paris, em total silêncio, ouvindo apenas o barulho das gostas batendo no guarda-chuva. A lua pálida brilhava no céu, trazendo uma luz que iluminava as ruas escuras da cidade, parecia uma eternidade até que Amelie finalmente pode ver a casa não muito grande que havia comprado a pouco tempo.

Quando chegou em frente a porta, tentou se virar para entrar, mas não conseguia desfocar dos olhos verdes que a encaravam, aquelas mesmas borboletas no estômago tomaram conta de si, não era possível que ainda sentia isso depois de tanto tempo.

— Eu não sei se ainda tenho essa moral, mas se você quiser, podemos tomar um café amanhã. — Timothée engoliu em seco.

— Claro. — Amelie sorriu surpresa.

era estranho ter todo aquele dialogo com Timothée novamente, ainda mais depois de 5 anos sem nenhum tipo de contato, talvez Amelie tinha saudades de tudo aquilo como era antes, os encontros noturnos dentro do seu quarto, as caricias nem um pouco discretas ou até mesmo os ciúmes bobos que tinham um pelo outro. A culpa não foi dela, muito menos dele por terem se afastado durante todo esse tempo, as vezes eles só precisavam de um tempo para pensar e decidir a vida de cada um.

Amelie custou para entrar na casa e deixar o homem ir finalmente embora. Ela se encostou na porta após fechá-la, sentindo seu coração acelerar e um sorriso bobo brotar em seus lábios, não sentia aquela adrenalina a muito tempo.

𝘼𝙡𝙡 𝙩𝙝𝙚 𝙛𝙡𝙤𝙬𝙚𝙧𝙨 𝙛𝙤𝙧 𝘼𝙢𝙚𝙡𝙞𝙚 - ᴛɪᴍᴏᴛʜᴇ́ᴇ ᴄʜᴀʟᴀᴍᴇᴛTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon