OUR DEMONS - ᴛʜᴇ 100

Oleh _ImAnna

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Como um planeta que fora dominado pela radiação durante quase um século poderia transmitir um ambiente acolhe... Lebih Banyak

Da autora
GALLERY
Vocês serão enviados à Terra
We're back, bitches! (Pt. 1)
We're back, bitches! (Pt. 2)
Minha salvadora
Nightmare
Ele merece morrer
Shooting stars
Ela sabe o que faz
Hallucinations
Começaram uma guerra
I became the death
Não sou tão horrível quanto pensa
It was a mistake
É o único jeito
We are grounders (Pt. 1)
We are grounders (Pt. 2)
Onde estão todos?
You're under arrest
Não entregaria sem lutar
Get me out of here
Acampamento Jaha
We're... What?
Névoa ácida
Jus drein jus daun
Chamas de adeus
First act
Erros acontecem, querida
Containment breach
Vermelho reluzente
Do not leave me
Segunda posição
Your own hell
Seres infames
Silence
Manhã vazia
Run
Raven
Último suspiro (Pt. 1)
Último suspiro (Pt. 2)
Dark age
Girassóis para a chuva
Radioactive pond
A morte clama
I prefer to get high
Desconhecido
Loneliness hurts
Me prometa (Pt. 1)
Me prometa (Pt. 2)
Don't be my opposite (Pt. 1)
Don't be my opposite (Pt.2)
Cairemos juntos
I'll be here
Você?
Dirty invaders
Cortante chuva
Don't talk
Infiltrada
Natural disaster
Traição
Can't resist
Sempre e para sempre
Grey sky
Prevalecer
We can't say goodbye
Agradecimentos

The flame

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Oleh _ImAnna

• Flashback ON •

—Verdade ou consequência?—Oc indagou, tentando disfarçar o tédio em sua voz abafada pelo travesseiro que apoiava sobre o rosto.

—Verdade?—respondi aérea, estudando um livro antigo de fotografias que nos emprestaram da última aula.

Fotos em preto e branco, coloridas, sombreadas. Encantadoras, esquecendo o lado de "vamos utilizar isso pra quê?".

—É verdade que você já f... ah, esquece.—ela cortou a própria pergunta—É verdade que...—hesitou atirando o travesseiro para a parede grudada à cama—sua cor favorita é vermelho?

—Está perguntando isso porque esqueceu, né?—ri jogando a cabeça para trás e me virei na sua direção ainda sentada ao chão. A morena comprimiu os lábios para conter um riso—Não temos mais o que perguntar uma a outra.

Octavia suspirou. Se colocou sentada na cama e observou os próprios pés enquanto os balançava.

—Acho que já nos conhecemos bem, a não ser que eu tenha errado a pergunta.—arqueou as sobrancelhas, me fazendo balançar a cabeça em aprovação de que estava certa—Ótimo!—a Blake se levantou num pulo e se sentou ao meu lado no piso gelado após um rodopio exaurido—Estudar os mitos da natureza foi muito mais legal do que todo o resto desse conteúdo sobre plantas medicinais e conhecimentos básicos de sobrevivência.—franziu o nariz—Por isso que simplesmente desisti. A Terra teria de me aguentar por meio de tentativa e erro.

Ri de seu comentário e mordi o lábio, fechando o livro. Estudar as construções de Vancouver não me levaria a lugar algum.

—Fugir com os mitos era muito mais interessante...—o empurrei para longe, me virando para ficar frente a frente a Oc. Percorri os olhos pelos sapatos espalhados e lençóis arrastando no chão—Quer arrumar essa bagunça?

—Cuidei disso sozinha da última vez, boa sorte para você, maninha.

• Flashback OFF •

Mirando-a com expectativa, espero que arrume sua postura e me explique sua presença aqui. Desço minha mão que repousa suavemente em seu braço e me mantendo no lugar enquanto ela recua dois passos.

A mecânica pisca seus olhos e uma expressão maravilhada toma seu rosto quando se põe a apreciar a cidade ao invés de meu rosto. Parece revigorada. Acompanho sua distração e tomo tempo para captar cada mínimo detalhe do ambiente, afinal, tendo em mente que não recordo de outro momento antes desse, sou uma recém-chegada. Isso explica o fato de simplesmente ter recobrado meu foco no meio de uma caminhada.

Meu corpo já não dói, o que me faz franzir o cenho. Minhas energias estão renovadas e minha cabeça pela primeira vez está leve. Mas...

O que me incomodava tanto?

Não importa.

—Jaha me convenceu.—ela me faz balançar a cabeça e olhá-la—Sentia como se carregasse o mundo nas costas e agora... agora tudo está tão calmo.—Raven estreita os olhos fitando a calçada em perfeito estado.

Prédios? Era assim que tudo parecia antes? Pessoas se juntando nas ruas e aproveitando a tarde ensolarada sem preocupações? As construções... Se tornam familiares na minha cabeça, tenho certeza de já tê-las estudado antes em algum lugar...

Me pego divagando em pensamentos novamente. Tudo parece incrível. É incrível. Sinto a cidade me abraçando calorosamente e me proporcionando um sentimento de pertencimento. Sem correrias, sem nada, apenas músculos relaxados e atividades que eu nem ao menos sabia que poderiam ser feitas. Sentar na calçada passa ligeiramente na minha mente, assim como experimentar algo da barraquinha bem montada logo na esquina ou praticar algum esporte nas quadras próprias para isso. De alguma forma, saber sobre coisas tão... específicas, é estranho, mas agradável. Como pude ser tão rígida com a chave?

—Os outros estão aqui?—questiono com um sutil sorriso de esperança.

Talvez Alie tenha os alcançado também.

—Algumas pessoas da Arca sim. Bellamy e os mais próximos não se juntaram.—ela passa sua mão na extensão da perna esquerda com atenção, sem se importar com a notícia.

Sinto uma pressão no meu peito, como se algo quisesse me tomar, da mesma maneira que a alegria em ver a Reyes fez, mas ela regride e se vai. Não sei se deveria me abalar... Isso é tristeza tentando se manifestar? Não consigo senti-la. Por outro lado, o pensamento otimista de que possa ser questão de tempo até tudo mudar me conforta.

—Acho que preciso ir, Pierce.—Raven continua, com os cantos da boca repuxados num sorriso—Foi bom saber que está bem.

Antes que eu possa dizer qualquer outra coisa, seu corpo some num piscar de olhos. Ela não quis saber do meu paradeiro nos últimos tempos.

É melhor assim.—uma voz atinge meus ouvidos com tranquilidade.

Me viro observando a mulher num exuberante vestido vermelho justo. Seu rosto é neutro; inexpressivo, como um robô. Lábios pintados de vermelho e postura invejável. Claro, ela é tecnicamente onipresente, deve ter ouvido meu pensamento.

—Alie.

—Venho te observando há um tempo, bom finalmente estar em sua companhia.—a mulher estampa um sorriso que encaro como ensaiado e se aproxima com o som de seus saltos se chocando ao chão—Pude conversar com sua amiga e esclarecer que seu sumiço não é algo com o que se preocupar, não queremos problemas. Está conosco, logo seus amigos também, garanto.

Aperto os dentes de forma suave, porém assinto. Está certa.

—Seria bom retornar ao seu eu-físico no momento.—passa por mim calmamente e estaciona o corpo ao meu lado oposto, o que me faz girar em meia volta e analisar suas mãos unidas à frente—Seu clã precisa de você.

Então agora sou uma deles...? —murmuro para mim mesma.

Olho para a I.A. em silêncio uma última vez. Aceitando seu pedido sem pestanejar, fecho os olhos buscando a saída do transe da meditação. Mesmo sem ter noção de exatamente como, respiro fundo e sinto meu corpo ganhar leveza até que eu retorne ao estado normal e escute a voz da Keryonkru gradativamente mais alta enquanto sou envolta pela umidade do subsolo.

—...finalmente, estamos todos unidos em nome do bem maior.—Reina está ao centro do círculo, formado por nossos corpos em posição de meditação sentados ao chão, sorrindo resplandecente. Analiso a sala. Entendo como a de frente às celas, a qual antes não possuía acesso—Alcançamos o objetivo com êxito, inclusive, para os mais novos, sejam bem-vindos! Mas não significa que nosso trabalho encerrou, pelo contrário.—levanta seu indicador, saindo do lugar e serpenteando lentamente entre nós—Com o alcance da Cidade da Luz, a função de abrigar mais almas perdidas será simplificada.

A terrestre aperta delicadamente entre seu indicador e polegar um exemplar do chip. Noto que sua expressão e voz parecem ter relaxado desde a última vez em que a vi, porém continua a exalar poder até o último fio acobreado de cabelo. Me pergunto se isso é resultado da Cidade da Luz, tem muito que ainda não sei a respeito.

—Deve marchar com eles. Quão antes iniciarem o trabalho, melhor.

Alie se materializa ao lado de Reina com sua fala direcionada a mim. Pelo envolvimento dos Keryonkru nas explicações da mulher percebo que a do vestido vermelho está na minha cabeça.

Formulo indagações sobre minha lealdade para com o clã. Sei que — em um aperto profundo no meu âmago — os odeio, e minha mente luta em busca do cego motivo, me levando a encontrar um lugar de vasto vazio.

Não me lembro o porquê disso.

—Beatriz, deve-se aliar aos seus semelhantes. Não acha que seus amigos mereçam vivenciar o que experimentou mais cedo?—Alie desvia dos corpos abaixados, se aproximando de mim em passos lentos e um sorriso disfarçado que parece fixo em seu belo rosto simétrico simpático—O chip é a única salvação que resta para os humanos aqui da Terra. Essa é uma missão de resgate.

Junto as sobrancelhas.

—Única salvação? O que quer dizer?—me ajoelho com as palmas das mãos apoiadas nas coxas e recebo um olhar estranho vindo do meu vizinho à esquerda.

Alie segue seu caminho até meu corpo e faz um meio círculo ao redor, parando ao meu lado.

—Esse mundo não é estável. Não sabemos quanto tempo resta até o próximo desastre natural ou massacre por conflitos.—ela deixa sua resposta flutuando sem nitidez—A onde você pertence não existe dor... raiva, medo ou sofrimento. Poderão viver em segurança e em paz pela primeira vez,—ela encara o nada inexpressiva e volta ao seu normal segundos depois—Como você mesma já sonhou.

Precisa mesmo invadir minhas memórias? Isso é baixo.

Por outro lado, tem razão. Precisamos apostar na nova oportunidade. Tudo o que quero é salvá-los.

Raven já se juntou.

Volto a ouvir as palavras exigentes de Reina e noto que Alie sumiu. Balanço a cabeça retomando o foco e sigo a ordem que a mulher faz para que nos levantemos.

—Qualquer um minimamente habilidoso com lâminas e outras armas se juntará aos grupos dos Conquistadores, dessa vez, com chips para aqueles que encontrarem.—ela levanta o queixo mostrando estar certa do que faz e dá meia volta até a porta dupla—Dispensaremos o processo de purificação das almas, possuímos suprimentos o suficiente e pessoas o suficiente, venham, temos trabalho a fazer.—fito seu sorriso presunçoso que exibe por cima do ombro.

Eu e os outros seguimos — pela primeira vez enxergando — até a saída. Subimos três lances de escada e deixamos o esconderijo para trás, o camuflando com pedras e contando com os arbustos, árvores altas e a vegetação mediana ao redor.

Bellamy Blake POV's
[ Dias depois ]

—No que está pensando?—a terrestre pergunta se encostando ao batente da porta. Seu nome é diferente o suficiente para me lembrar que se chama Niylah.

—Nada.—cerro a mandíbula, tomando ar.

Queria que essa resposta condizesse com a verdade.

A derrota me consumiu integralmente ao cessar dos esforços das buscas floresta a fora. Neste meio tempo me tornei um pesadelo, surdo aos concelhos decentes e precipitado às ordens superiores. Estou longe de ser merecedor de um diálogo civilizado.

—Sei.

Suspiro pesado.

Meu mundo implodiu em ruínas após o sumiço dela, passei a ser quase completamente irracional. Quando as equipes de busca não tiveram resultado, me virei sozinho, revirando cada novo lugar em potencial em que Beatriz pudesse estar. Kane perdeu apoio do povo, o acusando de investir em uma tentativa já sem esperanças e eu... eu... Argh.

Pike foi eleito o novo Chanceler, condenando qualquer atitude vinda dos terrestres. "Ela está morta, Bellamy", disse ele quando me viu saindo em outra busca com novas expectativas. "Ou se deixa ser afogado, ou se junta a nós. Sabe quem são os verdadeiros culpados disso". Fez minha cabeça com essa e outras investidas e fui fraco o suficiente para me render a elas.

Tudo pesou em meu corpo e me vidrou em busca de respostas, o que hoje, no caso, devo renomear de vingança. Fiquei cego, e por um momento posso me relacionar a Finn. Derramamos sangue, fui frio e estraguei a vida de Octavia, assim como quase também de outros com quem me importo.

No meio de tudo isso, veio Jaha com sua nova descoberta de inteligência artificial e aqui estamos, escondidos em uma cabana tentando trazer Raven de volta ao seu estado normal depois que aqueles em que estão na Cidade da Luz se juntaram na caçada de uma nova chave.

"Eu a vi", foi o que a mecânica murmurou quando me encontrou, mas logo se desviou do assunto conflituosa. De qualquer maneira, essas três palavras acenderam uma luz em mim que estava há muito apagada.

—Octavia vai entender, tudo aquilo não estava no seu controle, você era apenas mais um peão de seu líder.—as palavras suaves de Niylah me trazem de volta.

—A perdi e não posso culpá-la pela sua decisão.—encaro o chão me acomodando no banco de madeira. O corpo preso de Raven na cama a minha frente—Colaborei para que a morte de Lincoln acontecesse. Não espero receber perdão.—minha garganta se fecha ao redesenhar o rosto de Oc após o ocorrido. Aquilo me feriu de um jeito que nunca imaginei que fosse possível... e tudo por minha culpa.

Eu tinha a obrigação de ter feito mais por ela.

—Dê tempo ao tempo.—ficamos em silêncio, até que ela volta a falar parecendo acanhada: —Já vi pessoas sumindo por aqui. Não acho que sua garota esteja...—suas palavras somem e eu a fito ainda cabisbaixo—Ainda têm chances de encontrá-la.

—Duas semanas... Duas semanas sem respostas. Voltamos a ter contato com Clarke, entramos para uma coalizão, passamos por conflitos e mais toda essa merda.—nego com a cabeça já sem energia para me alterar, deixando o que Raven disse de lado diante o medo de criar novas esperanças e me decepcionar—Não sei mais no que acreditar.

Clarke era responsável pelas mortes sem respostas que encontrávamos; Wanheda, entre os terrestres. Ao menos uma das buscas deu certo. Nosso reencontro foi responsável pelo voto de paz entre nossos povos, somos como eles agora, Lexa permitiu que isso acontecesse.

Quando vejo Raven balançando a cabeça me levanto.

—Ela está acordando!—digo para que os outros que estão ao lado de fora possam ouvir.

Passos apressados entram no quarto. Jasper e Clarke param bruscamente perto da garota como se pressentissem perigo. A terrestre se retira para não entregar nossa localização.

A mecânica retoma a consciência. Seus olhos correm pelo cômodo enquanto seus pulsos e tornozelos lutam contra as amarras freneticamente.

—Não sei onde estou, é um quarto terrestre!—rosna como se falasse sozinha.

Estranhamente, ela reduz o ritmo e toma postura. Aperta os olhos, e quando os abre, parece se transformar em um outro alguém. Fixa-se em Clarke com expressão imparcial.

—Seus esforços gastam um tempo precioso, Clarke.

—O que foi isso?—junto as sobrancelhas.

—É a Alie.—Clarke estuda a amiga avidamente com um ar de advertência—Está no controle do corpo de Raven.

Beatriz Pierce POV's

—Meus chips acabaram.—murmuro manuseando minhas adagas conforme o caminho se estende.

—Pode ficar com metade.—Zaara me entrega dois enquanto caminhamos lado a lado, também me entrega uma tira de tecido, a qual aceito—Seu braço sangra, amarre isso.

Faço o que sugere.

Todos os Keryonkru encarregados de desempenhar o papel de Conquistador se separaram em duplas ou trios para ganharmos maior alcance na região, portanto, fiquei com ela. Já estamos a quatro dias na missão. Conseguimos encontrar vilarejos e ganhar a atenção do povo através da curiosidade, assim como também convencemos caçadores com um pouco mais de esforço. Nenhum Skaikru. Se eu soubesse o caminho de volta pelo menos...

—Devemos acabar com eles hoje.—ela diz ajeitando a trava de sua bainha.

—É provável.—guardo minhas lâminas—Mas acredito que teremos dificuldade e encontrar pessoas comuns, aparentemente estamos na trilha de outro grupo.

—Talvez recebamos ordens em-

—Raven foi levada, preciso que vasculhem a região à sua procura.—Alie a corta, surgindo passos adiante.

—O que aconteceu?—indago estacionando.

—Os amigos a levaram. Não podemos perdê-la ou revelaremos informações importantes.—junta as mãos, trocando o peso do corpo para uma perna—Busquem por casas, deixem a chave de lado.

—Daremos o nosso melhor.—Zaara toma a frente falando por nós duas. Assinto em consentimento, mas presa em looping nas "revelações importantes".

—Daremos um jeito.—deixo que meu questionamento se vá. Não tenho do que duvidar, manter a Cidade da Luz a salvo me parece um bom ponto a proteger.

Alie desaparece e eu fito o chão. Raven está em apuros.

Ainda podemos convencê-los do contrário, se ela mesma já não o fizer antes.

—Vamos por ali.—digo analisando a bifurcação que nos aguarda no caminho. Vejo que a grama é mais escassa e as folhas estão trituradas sobre ela, portanto, pessoas cruzam aqui com frequência—Deve ter alguma vila.

Caminhamos apressadamente a trilha e somos capazes de ouvir gritos ecoando cada vez mais perto. Abrindo espaço entre as folhagens, visualizamos uma fila de pessoas ajoelhadas na frente de uma pilha de lenha. Jovens, idosos e adultos. Malina tem a ponta de sua lâmina em riste a um homem, sua cabeça virada para o lado oposto e sua atenção tomada pelo vazio. Chamas crepitam nas casas ainda de pé e nas desmoronadas, poluindo o céu já acinzentado. Keryonkrus se põe como estátuas ao redor dos moradores da vila destruída.

—Não posso deixa-los ir, essa é a minha missão.—a mulher diz para o nada com frieza.

Eu e Zaara investimos na direção de nossa líder. Outros de nós surgem em meio às árvores; alguns passam direto, outros repetem nossa ação, formando uma numerosa roda. A conversa da mulher parece ter fim quando seu braço recua lentamente e pende ao lado do corpo, seguido pelo recuo de seu cenho franzido.

—Infelizmente, não temos mais tempo.—vira-se mecanizada para nós—Mudança de planos, sabem exatamente o que fazer.—gesticula para que nos dispersemos, abrindo mão de seu exército.

Seu olhar é quase como vazio. Sua importância pela dominação dos outros é levada, permitindo que uma marcha ligeira e determinada a guie para algum lugar da imensa floresta. Um formigueiro de Keryonkru é instalado ao centro da vila, eu e Zaara seguimos juntas para a direção menos explorada, me deixando vizualizar a soltura dos terrestres como a última coisa antes de partir.

Lamúrias, choro e horror ficam para trás enquanto avançamos com rapidez. Passos rompendo folhas é todo o barulho que paira sobre nós. Todas as poucas estruturas encontradas são vasculhadas com avidez com um único objetivo estabelecido. Mesmo que pessoas sejam encontradas, são deixadas para trás com uma fuga desnecessária.

Horas se passam. O sol começa a se despedir de nossas peles, agora frias pela garoa fina. Outros do clã cruzam nosso caminho em alternativas diferentes de busca. Não penso em quantos mais quilômetros terei de fazer, até que o corpo de Alie se materializa pela segunda vez ao dia, cessando-nos.

—Raven Reyes teve seu chip destruído.—corro meus olhos por seu rosto e aguardo próximas ordens—Por outro lado, temos a localização de A.L.I.E 2.0 e sua futura hospedeira.

—A.L.I.E 2.0? Do que se trata?—me atrevo.

Alie me olha de cima a baixo.

—A.L.I.E 2.0 é a chama dos comandantes que ascendem diante o ritual. Se seu hospedeiro entrar na Cidade da Luz poderá ativar o mata-sistema e destruir tudo.—explica de maneira simplificada. Não entendo completamente o que a "chama" significa, mas sua importância é clara—Marchem para Polis e protejam a futura Comandante. Um grupo já está indo a caminho de Clarke e a segunda chave.

—Partiremos imediatamente.—digo quase junto a Zaara.

A I.A. se vai, nos permitindo continuar. O conhecimento da rota até Polis toma minha mente, me fazendo saber exatamente por onde seguir. Voltando o ritmo, seguimos o que é pedido. Clarke e os outros não podem dar um fim a tudo.

Não irão.

_______________________________

Atualização depois de aaanos sem postar, ainda com um POV do Blake! Logo essa temporada chega ao fim, o que estão achando?

—Anna ♡

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