the bride's best friend • jer...

By perrieskcc

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E se por acaso, sem saber, você engravidasse da futura esposa da sua melhor amiga de infância? Loucura não é... More

00 - prologue
01 - pregnant
02 - twins thirlwall
03 - it's her!
04 - oh my god!
05 - lie
06 - storm or jesse?
07 - fake friend
09 - in the bathroom one more time
10 - doubts
11 - web of lies
12 - choices
13 - Supermarket
14 - boy or girl part.1
15 - boy or girl part.2
16 - i can't go on
17 - kiss
18 - it's not a happy ending
19 - you guys came back?
20 - storm & jesse
21 - family

08 - burning with desire

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By perrieskcc


Jade entrou no quarto empurrando a porta com força, fazendo- a bater contra a parede. Seu choro era compulsivo, ela não conseguia parar, chorava alto soluçando, enquanto o sentimento de humilhação a dominava por completo. Ela não queria aquilo, ela definitivamente não procurou ou pediu para estar no estado em que se encontrava, mas aconteceu, e não havia nada que ela pudesse fazer para mudar.

Quando mais jovem, ela sempre sonhou com um casamento eterno e sem filhos, e o que acabou ganhando no fim das contas? Um divórcio por divergências de pensamentos e uma gravidez não planejada. Jade não estava tão perdida quanto no começo, agora, cinco meses depois ela já estava confirmada, amando seus bebês, capaz de dar a vida pelos bebês que ela estava esperando, e o arrependimento que sentia no início da gravidez ela não sentia mais.

Mas ainda sim, ela estava se sentindo humilhada, frustrada e sozinha. Jade chorava muito, soluçando sem parar, pegou sua mala dentro do armário e colocou todas as roupas ali dentro de qualquer jeito. Pegou a nécessaire e foi para o banheiro, jogando todos os produtos que estavam sobre a pia ali dentro. Ela não iria esperar Leigh- Anne e Bonnie, ela mesma pegaria o carro e iria embora dali.

Sua vida já estava confusa demais para que Anikka a deixasse mal pela sua situação atual. Ela havia lutado tanto, se esforçado, para estar bem por aqueles bebês, Anikka não tinha o direito de desfazer isso por mero capricho, ela não tinha o direito esfregar na cara de Jade sua frustração, ainda mais quando a outra mãe dos bebês que Jade carregava era sua futura esposa.

Droga, isso deixava tudo ainda pior.

— Jade. — Perrie entrou no quarto ofegante por ter subido rápido demais as escadas. Com a mão no peito, tentando regularizar sua respiração ela procurou por Jade, a achando desesperada dentro do banheiro.

Jade soluçava, chorava alto, tentando fechar a pequena bolsa com seus produtos de higiene.

— Jade. — a loira chamou mais uma vez. Jade virou para olha- la. — Se acalma, por favor.  — pediu, começando a sentir algo estranho em seu peito. Ela não sabia bem distinguir o que era, mas sabia que era algo novo.

Perrie não costumava se preocupar com ninguém além de si mesma. Para melhor explicar, Perrie se achava o sol, e o resto das pessoas eram como os planetas, girando em torno dela, e somente ela importava. Mas naquele momento, naquele exato momento Jade era o seu sol, sua preocupação, assim como os seus bebês. Talvez fosse a imensa vontade de ser que estivesse a deixando assim.

— Eu vou embora. — Jade disse, pausando o choro por um minuto, limpou o nariz com as costas das mãos de um jeito pouco elegante e voltou a tentar fechar a bolsa abarrotada de coisas.

— Alguém vem buscar você? — perguntou, seguindo Jade quando ela caminhou para fora do quarto.

— N-não. — respondeu em meio a um soluço.

— Então você não vai ir embora. — Perrie se apressou a ir até a porta, correndo desajeitada por causa dos salto e trancou, guardando a chance em seu sutiã. — Você não pega essa chave e nem sai daqui.

Jade bufou, virando a cabeça para o lado e resmungando coisas incompreensíveis, se questionando o por que de Perrie ter a péssima mania de guardar chaves em seus seios nos momento de maior conflito. Isso não fazia o menor sentido.

— Meus bebês estão aí. — apontou para a barriga, sabendo que definitivamente não era só por causa dos bebês.

— E eu não quero mais ficar aqui, e como os seus bebês estão aqui... — apontou para a própria barriga. — eles vão aonde eu for. — secou as bochechas com as mãos e avançou até Perrie que se desvencilhou com rapidez indo parar perto da sacada.

Jade revirou os olhos. Isso era ridículo.

— Quero ir embora, me dê as chaves. — disse sem sair do lugar, esticou o braço com a mão aberta na direção de Perrie e suspirou impaciente.

Perrie podia ver tristeza em seus olhos, impaciência, até mesmo confusão, mas raiva não, e por esse motivo ela negou com a cabeça, como uma criança birrenta vazia, e sem que ela soubesse, naquele momento, Jade desejou que seus bebês não fossem birrentos como a loira a sua frente.

— Por favor. — sussurou com desânimo em sua voz.

Perrie continuou negando.

Jade então se sentou na ponta de sua cama sentindo- se afundar no colchão fofinho. Abaixou os olhos encarando os pés inchados, pensativa sobre o que fazer, respirando devagar numa tentativa - até então frustada -, de recuperar a calma, já que Perrie não a deixaria sair do quarto, e possivelmente da casa.

Ela sabia que de alguma forma Perrie estava certa, era perigoso demais sair dirigindo naquele estado, ela deveria esperar Leigh- Anne retornar sua ligação, deveria ter calma e esperar até o dia seguinte, por mais difícil que fosse para ela espetar. Estar naquela casa, na companhia de Anikka já estava a fazendo mal pela culpa que a percorria toda vez que seu coração acelerava quando seus olhos encontravam os de Perrie, mas agora não era só culpa - que mesmo assim, ainda era bem grande -, mas o fato que havia sido humilhada na frente de todos, e agora, se sentia um nada, frustrada em todos os seus planos.

— No que tanto pensa? — indagou Perrie com calma, e em passos largos foi até Jade, ajoelhando na sua frente.

— No que ouvi. — respondeu baixo, Perrie quase não pode ouvir.

Jade levantou os olhos castanhos encontrando os azuis de Perrie que a encaravam num misto de preocupação e... Talvez ela estivesse enganada, Perrie não se preocupava com ninguém além de si mesma, e pelo que parecia nos últimos dias, seus bebês. Amélia desviou o olhar, fitando a mala jogada no chão, no meio do quarto.

— O que aconteceu com você e Anikka? — Perrie perguntou.

— Foi na escola, há muito tempo. — Jade riu sem um real humor presente no ato, passou a língua entre os lábios e balançou a cabeça. Aquilo era ridículo. — Eu fiquei popular, eu tinha muitos amigos e muita facilidade para fazer novos, era comunicativa, engraçada, participava de tudo o que eu podia e tinha tempo para fazer, não era boa ou me destacava em tudo, mas fazia... — disse, sua voz sem animação diante das lembranças nostálgicas de sua adolescência.  — Eu gostava de estar inclusa, fazer várias coisas, ter muitos amigos, e Anikka não. Até o momento ela tinha sido minha melhor amiga, e para mim não deixou de ser, mas eu não era mais a dela. Tudo o que eu fazia, a atenção que eu recebia não a agradava, por mais que eu não gostasse de toda a atenção excessiva que recebia.

Perrie prestava toda a atenção, e assim como Jade, achava a atitude de Anikka um tanto quando exagerada. Talvez sua noiva ficasse com ciúmes da amiga, mas Perrie tinha certeza que não era isso. Nick era sedenta por atenção, gostava de ter sempre os holofotes sobre si, e ninguém podia brilhar mais do que ela no que se interessava, e talvez fosse isso, a inveja que ela nutria por Jade ter sempre toda a atenção que a fez se afastar e surtar pelo mesmo motivo durante a festa.

— Ela se afastou e eu não soube bem o por que, mas ela me ignorava, então eu só parei de tentar. — finalizou com um suspiro entristecido.

— Anikka se acha o sol. — Perrie revirou os olhos e se sentou ao lado de Jade na cama. — Todos nós temos que girar em torno dela. — disse com desdém, incomodo e até mesmo um pouco de irritação.

Jade a olhou.

— Eu não a reconheci hoje. — disse.

— Eu sim, e muito. Não é anormal que ela seja estúpida desse jeito. — deu de ombros.

— Por isso vocês combinam. — rebateu a de cabelos castanhos.

Perrie riu e balançou a cabeça. Por isso achava que o casamento não seria tão ruim, apesar de não existir amor de sua parte, ela e Nick se pareciam mais do que parecia pasta os outros. Mas isso foi até transar com Jade naquele banheiro, e então, ela não conseguia esquecer aquela mulher, e agora elas teriam filhos, e Perrie nunca quis tanto estar perto de alguém, ela nunca quis tanto deixar sua ambição se lado de seguir seu coração, sua razão e bom senso.

— Está mais calma? — mudou a loira de assunto no mesmo instante.

— Sim.

— Ótimo. Eu vou trazer alguma coisa pra você comer, mas não fuja. — se levantou.

— Você não pode me manter presa aqui. — rebateu.

— Não vou. Vou devolver suas chaves. — disse devagar observando Jade se levantar com lentidão e certa dificuldade, ficando próxima de si. — Por favor, não sai daqui. — pediu mais uma vez, olhando nos olhos de Jade.

— Você é quem mente, não eu. — inconscientemente os olhos de Jade foram para os lábios finos e naturalmente rosados de Perrie.

Ela não conseguia controlar seus pensamentos, o coração acelerado, a mistura de sensações e o desejo, mas conseguia controlar suas atitudes, e havia dito para si mesma que jamais beijaria Perrie, iria para cama - ou um banheiro - com ela novamente. Engolindo em seco Jade observou Perrie sorrir de lado, com seus olhos focados nos dela.

— Até quando vai jogar isso na minha cara?

— Até você dizer a verdade a sua mulher.

— Jade. — Louise sussurrou. — Eu vou. — mentiu, ela iria dar um jeito, mas não seria falando a verdade para ninguém. Perrie estava começando a sentir seu corpo quente dominado pela vontade incontrolável de possuir Jade alí mesmo, beijar a pele cheirosa e macia, cada centímetro, cada curva, sentir Jade se contrair em volta dela e pedir por mais. Ela a queria. — Estou tendo uma idéia. — ela percebeu o olhar de Jade em sua boca, começou a falar baixo, sedutora.

— Suas idéias não são boas, por isso saí daqui. — pediu, quando na verdade queria gritar para que Jade ficasse.

Jade tinha razão. Perrie não podia mais, ela não tinha mais o direito, já havia magoado Jade o suficiente, e por mais que não soubesse identificar bem o meu que sentia por ela, sabia que não a queria magoar mais uma vez. Por isso ela assentiu, mesmo que seu corpo inteiro queimasse de desejo. Talvez ela se aliviasse no banheiro mais tarde, enquanto Jade talvez, em segredo fizesse o mesmo durante um banho de banheira, imaginando Perrie ali, mas nunca mais com ela dentro dela mais uma vez.

Por mais estúpida que Anikka fosse aquilo era por seu caráter e integridade e não mais por ela.

Perrie se afastou e tirou as chaves dos seios, destrancou a porta e saiu do quarto a deixando aberta. Jade então soltou um longo suspirou e fechou- a em seguida. Respirou fundo e chegou a conclusão de que agora deveria arrumar suas coisas com mais calma, tomar um banho  e ligar mais uma vez para Leigh- Anne, ela precisava se acalmar, se distrair, afinal de contas seus bebês já estavam agitados com tudo aquilo e ela não os queria mal de forma alguma, sua frustração era consigo mesma, mas nunca com os seus filhos.








Por acaso vocês querem um hot?

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