Escrita com meu amor ThalyaVieyra
Joaquim cuidou da filha procurou algo para da a ela que estava com fome, já tinha procurado Manuela por todos os cantos e nada ela tinha fugido com certeza, ele ouviu alguém bater na porta e foi até lá levando a filha, fechou a cara ao ver quem era.
Joaquim: o que faz aqui? Manuela fugiu abandonou a nossa filha.
Continua...
Esteban: eu sei- ele olhou para a pequena nos braços de Joaquim e se perguntou como alguém teria coragem de abandonar um ser tão pequeno e indefeso- ela foi a minha procura eu a rejeitei e ela tentou matar Maria, colocou fogo na minha casa e no fim quem morreu queimada foi ela.
Joaquim andou pra trás, ele entrou na casa e sentou sem saber o que dizer, seu pai sempre lhe disse que a vingança não compensa que o mal nunca ganha.
Joaquim: e Maria como está? O... bebê de vocês? Temos que inventar algo...
Esteban: ela está bem, felizmente eu consegue salva-la e a deixei na casa de Carlos enquanto vinha conversar com você, sei que tudo pode parecer surreal e que será difícil para você ficar sozinho com um bebê pequeno mais Maria e eu estamos dispostos a lhe ajudar se assim você queira- ele estava disposto a deixar tudo no passado e começar uma nova vida.
Joaquim: obrigado mais vou deixar tudo para trás e começar do zero com minha filha... como temos o mesmo pai... você poderia cuidar dele... vou arrumar nossas coisas e partir pelo menos por um tempo... ainda não consigo ficar próximo a você.
Esteban: está bem não se preocupe com Alfredo eu cuidarei dele... sei que tivemos muitas desavenças mais eu pretendo deixar isso tudo para trás, serei pai muito em breve e você já é pai, acho que as coisas mudam quando a gente percebe que tem alguém que depende exclusivamente do nosso cuidado e que se espelhara em tudo o que a gente fizer.
Joaquim olhou para a filha que se moveu em seus braços.
Joaquim: sua casa queimou... pode vir morar aqui... quero que Maria conheça a sobrinha... amanhã mesmo eu irei partir... ela se chamará Estrela, por que é uma luz que brilha... ela veio para me fascinar.
Esteban: eu não sei se Maria se sentiria bem em vim morar aqui mais irei conversar com ela- ele olhou para a pequena que Joaquim tinha nos braços era uma linda menina- parabéns pela sua filha é uma menina muito bonita, agora eu já vou Maria pode está me necessitando.
Joaquim: está bem...- levou ele até a porta- não perca Maria ela é como poucas.
Esteban: eu não irei perder, ela é a mulher da minha vida e não iremos nos separar nunca- ele disse e saiu indo para a casa de Carlos.
Maria já tinha se banhado e estava na sala consolando o pai que sofria, Manuela era sua filha e lhe estava doendo muito o que lhe aconteceu.
Maria: estou aqui papai- ela o abraçava com força.
Carlos: nunca imaginei que sua irmã teria um fim tão trágico como esse, apesar de tudo ela era minha filha e eu não queria vê-la morta- falou com pesar.
Esteban chegou a casa de Carlos e bateu na porta.
Maria soltou o pai sem dizer nada a dor dele era algo particular apesar de tudo também não desejava esse mal para a irmã mais ela foi quem o buscou e não podia fazer nada para impedir isso.
Maria: olá meu amor- abraçou ele- venha... vou lhe trazer algo para beber- pegou ele pelo braço e levou para sentar no sofá- o que você quer?
Esteban: apenas uma água meu amor, estava na casa de Joaquim conversando com ele e Carlos sua neta é uma linda menina, imagino que vá conhece-la.
Carlos: uma menina...- sorriu um pouco- irei sim... espero que ela tenha o temperamento da tia- pegou a mão da filha- fique com seu marido eu vou buscar a água e irei me retirar... amanhã será um longo dia de mentiras... mentiras essas que nem sei quais seram... não sei mais o que inventar.
Maria: vá descansar papai eu busco a água- saiu antes dele retrucar e quando voltou Esteban estava sozinho e pensativo- toma meu amor- sentou ao lado dele lhe entregando o copo
Esteban: obrigado meu amor- ele pegou o copo e tomou a água- como você se sente?- peguntou a olhando nos olhos.
Maria: não muito bem estou cansada mais grata por estarmos bem... não me sinto culpada pelo que aconteceu a Manuela... ela que buscou esse caminho... poderia ter feito de outra forma mais não fez, mais isso me trouxe você... eu sou má por isso?
Esteban: acredito que não, as pessoas tem o fim que merecem infelizmente... Eu só sinto pena pela menina que vai crescer sem uma mãe mais imagino que ela não seria uma boa mãe só espero que Joaquim saiba ser um bom pai- ele segurou a mão de Maria- ele me disse que vai embora, vai recomeçar a vida em outro lugar junto da filha e me pediu para cuidar de Alfredo já que ele também é meu pai.
Maria: eu... bom... vamos cuidar dele... com certeza... não o deixaremos sozinho... eu não queria ficar longe da minha sobrinha mais imagino que seja melhor assim.
Esteban: eu disse a ele que estaríamos aqui sempre que nos necessitasse mais ele não quer saber de está próximo a mim e também me pediu que fossemos morar na casa de Alfredo na casa deles mais não acho uma boa ideia isso.
Maria: eu entendo ele- falou de cabeça baixa- quanto a ir morar com Alfredo eu deixo em suas mãos... onde você for eu irei também- colocou a cabeça no braço dele- eu te amo e ainda não agradeci por ter me salvado.
Esteban: não há nada o que agradecer, eu só fiz a minha obrigação, você é o meu amor é a mulher da minha vida a mãe do meu filho- ele sorriu acariciando os cabelos dela- se você não se sentir bem em ir morar naquela casa nós podemos morar em outra, posso conversar com Alfredo sei que ele aceitará com certeza.
Maria: veremos o que vai acontecer... vem... pela primeira vez você vai entrar no meu quarto de solteira- pegou a mão dele e o levou para cima- a cama não é muito grande mais vai nos caber principalmente se for bem apertadinhos.
Esteban: eu gostei da parte do apertadinhos e também de saber que vou conhecer o seu quarto- falou e sorriu para ela.
Maria: nós três no apertadinho... você não esqueceu do bebe não é? Sabe o que nunca falamos?- eles entraram e ela o levou para a cama- se você quer um menino ou uma menina.
Esteban: eu ficaria muito feliz se fosse um menino mais claro que adoraria ser pai de uma linda menininha que seria uma princesinha igualmente a você- ele sorriu olhando tudo em volta- seu quarto é lindo tudo se parece com você delicado e bonito.
Maria: eu sou delicada- beijou os lábios dele- eu te amo... deixei água pra você tomar banho... pra você se limpar.... eu ja tomei.
Esteban: está bem, obrigada meu amor- ele beijou os lábios dela mais logo se afastou- vou me banhar- disse e saiu para o quarto de banho.
Maria arrumou a cama e deitou de lado, ela chorou pela irmã por tudo que não foram uma para a outra por escolha dela, ela se permitiu desabafar e não pensar mais nesse assunto, enxugou as lágrimas e esperou pela volta do marido.
Esteban terminou seu banho vestiu um roupão que havia ali e voltou para o quarto.
Esteban: amor eu não tenho roupa aqui então veste esse roupão que encontrei no quarto de banho.
Maria: amor não temos mais roupa nenhuma... vou pegar algo do meu pai.. tudo se perdeu... não temos mais nada- falou triste.
Esteban: eu sei meu amor mais amanhã mesmo irei providenciar isso não precisa se preocupar- ele sentou ao lado dela- nossa vida está entrando nos eixos e nós dois junto com nosso filho seremos muito felizes te prometo isso- ele acariciou o rosto dela sem deixar de lhe olhar nos olhos- tudo ficará bem daqui pra frente.
Maria: eu confio em você... eu só gostava da nossa casa...- passou a mão no peito dele- foi lá que me entreguei a você... que fizemos ele... mais teremos outros momentos em outro lugar.
Esteban: meu amor quando estivermos instalados na nossa nova casa tudo será diferente te garanto- ele sorriu beijando os lábios dela- você quer morar aqui na casa do seu pai?
Maria: não... sei... mais tenho dó de ver ele assim... tão triste com a morte de Manuela... e tenho dó seu pai por que ficará sozinho- ela deitou com a cabeça no peito dele.
Esteban: então poderíamos morar todos juntos, eu posso conversar com Alfredo para que ele venha morar aqui conosco, acho que não me sentiria bem em morar na casa de Joaquim.
Maria: vamos falar com eles... depois do velório- ainda tinha mais essa- você está com fome? Quer que lhe prepare algo?
Esteban: não precisa meu amor eu estou sem fome, quero apenas tentar dormir, amanhã será um longo dia.
Maria: será sim- ela se aconchegou mais a ele e dormiram agarradinho.
No outro dia foi o velório de Manuela, Maria não participou estava muito dolorida, foi contado que Manuela estava em sua casa se recuperando do parto que ela não estava bem e que tentaram salvar ela mais o fogo já tinha tomado conta de tudo, já era noite quando seu pai e Esteban chegaram junto de Joaquim, Alfredo e a bebê.
Maria: ela é linda...- pegou a menina dos braços do pai.
Alfredo: estou muito feliz que estejam bem- ele olhava para a barriga de Maria.
Joaquim: obrigada, minha filha é muito linda e é tudo o que tenho agora.
Esteban: sei que tivemos muitas desavenças mais sabe que pode contar comigo e com Maria se nos necessitar.
Alfredo: também estou aqui meu filho e tem Carlos que também é avô dessa menina linda...- sorriu olhando para a neta que dormia calma e serena- não se vá... nós te ajudaremos com ela... ela terá uma família feliz.
Maria: sim Joaquim estamos aqui...
Carlos: com certeza farei o possível para te ajudar com essa princesa- falou sorrindo.
Joaquim: eu agradeço a todos mais por hora realmente preciso ir, necessito de um tempo sozinho para pensar e refazer minha vida.
Alfredo: estarmos aqui aguardando a sua volta- ficou triste mais entendeu.
Joaquim saiu com a menina de viagem levou tudo que precisava.
Depois de muito conversarem Maria e Esteban opitaram por comprar uma grande propriedade e Alfredo foi morar com os dois, ele estava cada dia mais perto de obter o perdão do filho.
Meses depois Maria dormia ao lado do marido quando acordou sentindo as dores aumentarem.
Maria: Esteban... Esteban- balançou o marido.
Esteban: sim meu amor?- ele abriu os olhos e sentou na cama- aconteceu alguma coisa?
Maria: vai acontecer... ja está acontecendo... Esteban... o bebê está nascendo...- ela viu ele arregalar os olhos ela segurou o braço dele sorrindo- tem coragem para ficar aqui comigo? Eu quero que seja só nós dois... foi feito por nós então cabe a nós o nascimento dele também- ela retirou a calcola e segurou os joelhos- as dores estão fortes.
Esteban: eu acho que isso vai ser a coisa mais difícil que eu já fiz na minha vida mais jamais te deixaria sozinha em um momento como esse- ele ficou de joelhos na frente dela que estava de pernas abertas- eu já ouve dizer que quando a dor vinher a mulher tem que fazer força para a criança sair, então amor faz força que eu estou aqui nós dois juntos vamos conseguir.
Maria segurou a mão dele lhe transmitindo força, já tinha ajudado uma freira a fazer o parto de uma moça da vila e sabia como era, ela tinha lhe explicado tudo.
Maria: vamos conseguir amor- ela fez força e a dor passou sabia que estava perto por que a dois dias sentia uma dor incomoda e uma pressão para baixo.
Esteban: amor não acha que devemos chamar alguém eu não sairei do seu lado mais não entendo nada disso e tenho medo de não saber o que fazer- falou nervoso passando a mão nos cabelos.
Maria: meu amor... ele foi feito por nós dois- ela gemeu mordendo o lábio fazendo força- amor eu quero só nós dois aqui- ela fez uma última força e sentiu o bebê sair do seu corpo ela levou a mãos para baixo e o segurou, era um menino lindo- pega uma tesoura- ele já tinha ido buscar água quente ela mergulhou a tesoura dentro e cortou o cordão, depois o amarrou e o segurou nos braços- olha como ele é lindo.
Continua...