Julgamento ao Amanhecer - Zum...

By Hazel90ss

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Por sobrevivência ela enganou a morte Por liberdade ela se tornará uma arma ☢︎︎Reviravoltas extremas, não se... More

1.Life
2.Sign
3.Destination
4.Run more
5.War
6.New frontier
7.Plan
8.Hunt
9.Leardeship
10.Hope
11.Pass military
12.CCD
13.Explosion
14.Changes
15.Depth
16.Noodles
17.Uncovered
18.Decisions
19.Overturning
20.Communications
21.Lies
22.Sacrificed
23.HAZEL
24.Things Hazel
•Personagens |
27.Higher
28.Scarcity
29.Revenge
30.Uterus
31.Collide
32.Dance
•Personagens ||
33.Swamp
34.Dead
35.Confusion
36.Abusive
37.Depression
38.Resurge
39.Torture
40.Fire
41.Church
42.Village
43.Anarchy
44.Purpose
45.Delirium
47.Surprise
48.Arena
49. Laments
50.Airdrop
51. Energized
52. Order
53. Viseras
54. Faith
55. Redemption
56. Unknown
•Personagens |||
57. Trap
59. Declaration
60. Mutation
61. WalkTalk
62. Excitement
63. Cravin
•Personagens ||||
65. Burden
66. Sheep
67. Volatile
68. Karma
69. Limits
•Personagens||||
70. Drame
71. Survive
72. Departure
73. Cannibal
74. Calm
75. Anxiety
76. Analphabète
77. Macabre
78. Broken

58. Foreign

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By Hazel90ss

Nunca é tarde demais ou cedo demais para ser quem você quiser ser, não há limite de tempo, comece quando você quiser, você pode mudar ou ficar como está, não há regras para esse tipo de coisa, podemos encarar a vida de forma positiva ou negativa, espero que ainda encare de forma positiva, espero que veja coisas que te surpreendam coisas que nunca sentiu antes, espero que conheça pessoas com um ponto de vista diferente, espero que tenha uma vida na qual se orgulhe. Não há mais isso onde estou.

Agarrada ao cara que me obrigou a reagir, confiar não é opção, mas por efeito manada me joguei a aceitar a condição.

— É melhor você não fazer nenhuma gracinha - O pegava pelo pescoço enquanto empunhava uma faca próximo ao abdomen — Se ousar, vou furar sua barriga e arrancar suas tripas para fora.

— Eu entendi na primeira frase.

Eu o arrastava até darmos fora da floresta densa, próximo a uma rodovia e logo a frente o posto que ele falava, que mais parecia um acampamento do que algo a salvar uma vida, várias pessoas, incluindo tendas e carros que serviam como parede ao meio da rodovia sem a proteção do relento.

As pessoas se agitaram, mulheres, algumas crianças e uns homens que se levantaram armados.

— Mas que porra é essa Benício? - Um deles falou arregalando os olhos ao nós ver.

— Hey, sabe aquele plano? Então não deu muito certo, falei que os cara eram problema, não cooperaram.

Hanna e Kenna postas atrás de mim enquanto ficava próxima ao seu ouvido e o fazia caminhar mais a frente.

— HEY VOCÊ - Apontei ao que segurava a doze e parecia ter mais controle — SEU AMIGO TÁ FERIDO, VAI MORRER LOGO, ENTÃO NÃO VAMOS TOMAR TANTO TEMPO, ME DEVOLVAM O QUE É MEU E FINGIMOS QUE NADA ACONTECEU.

A uma distância razoável pedia que entregasse às armas em troca da vida de seu colega.

— Foi você que feriu ele? Foi essa majadera que te feriu Benício?

Falava o cara maior e dimensões dentre eles de mais o menos uns 40 anos que segurava uma shotgun, vestia roupas latinas e tinha tatuagens de gangs.

— No Gonzales está muchacha aqui só quer las armas, as que os meninos roubaram.

— É pra falar na minha língua filho da puta - O envolvi mais para perto do objeto pontiagudo.

Ao meu ver aquele povo não parecia ser tão temíveis como os que já enfrentei, não possuíam uma estrutura adequada ou segura dos mortos, estendiam roupas em varaus e faziam muita fumaça com a fogueira que era vista a quilômetros.
Algumas mulheres e crianças que se escondiam na saia das mentoras, apenas o que separavam uma fileira de carros e alguns homens.

— Dá pra ela a bolsa.

O cara a frente obedeceu e jogou a bolsa aos nossos pés.

— Agora solta ele.

— Acha que sou idiota? Vou solta-lo assim que eu estiver longe.

Ainda preso a mim dizia, para todos ouvir. Mas logo Benício de alguma forma cogitou não deixar eu ir.

— Acredite não vai querer sair desta parte. Está noite, escuro, pode ficar com a gente, não temos muito, mas os peixes que peguei são reais. Sei que está com frio com essas roupas molhadas e fome, estou sentindo sua barriga roncar.

As noites em áreas áridas eram congelantes, minhas roupas encharcadas não ajudavam, não ligava a fome isso era o de menos o problema era Kenna e Hanna que junto a mim não comíamos a 2 dias.

— Hazel - Olhei a Hanna que me chamava — Eles tem crianças, olha - Ela de uma face cansada e juntando as sobrancelhas.

Eu as via com olhar amendrontado a situação, e cheguei a conclusão que eles não arriscariam dar um tiro ao relento no escuro a noite para correr floresta a dentro com toda aquela gente, era muito a se perder.

— A gente estava de boa, e vocês causaram isso, ouviu? - Ainda fiz a forçada para ver se havia algum trejeito por parte deles.

—  Gonzales abaixa à arma - O mesmo fez — Hazel né? Seu nome, você já conseguiu o que queria nada mais te prende.

As tensões a flor da pele e de repente Kenna foi até a frente deles e carregou os peixes que estavam em um balde se sentando ao lado de uma das crianças, Hanna à acompanhou.

Uma tremenda de uma burrice ao meu ver, eu estava sempre alerta não confiando em ninguém e em algo tendencioso foi sanado por uma brecha. Logo soltei o pescoço de Benício que se voltou a mim para falar algo, coloquei o anzol em seu pescoço em tom ameaçador.

— Se tentarem algo contra mim ou encostar um dedo nas minhas meninas, vou dilacerar seu corpo e de todo esse seu povo.

Ele sorriu num gesto malicioso.
— O mesmo digo a você.

Ainda meio encabulada e pretenciosa, sentei um pouco mais longe dos demais, fiquei com uma visão mais ampla junto com a bolsa de armas aos meus pés.

Kenna começou a espetar os peixes medianos e colocar na fogueira sentada ao lado de uma das crianças, ela sem jeito os fazia rir com os estalos que oa peixes davam ao ser queimados

Algum tempo depois o cansaço batia, há tempos não dormia por pelo menos 4H seguidas, depois de algumas horas sentada vi que haviam
ajudado Benício que encostado a um dos carros esquentava suas mãos. Hanna logo se aproximou com prato de peixe.

— Toma Hazel, coma.

— Não quero - Indaguei.

— Come, se não vai ficar fraca e não vamos poder continuar.

— Estou bem, não quero. - Virava o rosto em descontentamento.

Pude ouvir o respirar ofegante de Hanna, ela se agachou junto a mim e colocou o prato no chão, fazendo uma voz irritada.

— Se quisessem nós matar, já estaríamos mortas, olha aqueles caras não fazem o tipo pacíficos.

— Claro que não matam, não nós vêem como ameças, e isso é o problema. Pode deixar vou ficar o tempo todo acorda.

— Para com isso, pelos céus Hazel, não dormimos ou comemos a dias, você ficou com aquela paranóia de estarmos sendo observados o tempo todo e não conseguimos caçar longe de você, vê se descansa, não vai dar uma de louca e querer se matar novamente.

Me voltei a olha-la cerrado os lábios e franzindo a testa não acreditando no que tinha ouvido.

— Quando você vai parar de insinuar que eu sou suicida?

— Quando você começar a agir como alguém que quer ficar viva!

— Leva essa merda de prato pra lá. - Disse em tom já mais exaltada.

— Por que? Vai querer fazer greve de fome, pra morrer mais devagar? - Hanna dizia de forma sarcástica e provocativa.

— Eu não sou suicida, qual o seu problema?

— O que houve com você, quando se rendeu simplesmente a Gaia levantando o pescoço para que te cortassem a garganta.

— Eu estava fora de mim Hanna, acha que eu estava fazendo cena?

— E a vez em que se jogou nos zumbis, quando foi pegar a caixa.

— Quem te contou isso?

— Tank me contou isso, disse que te avistou e pensou que você havia sido cercada por 2 ou 3 mortos, você Hazel, cercada por 3 zumbis?

— Você e  Tanko andam conversando demais. Você nem sabe direito o que aconteceu.

— E na ponte? O zumbi nem tocou em você, e se jogou bem antes em algo que você nem sabia se sairia viva.

— Hanna você está indo para um lado que você não conhece de mim.

— Você sabia? As pessoas fogem da linha que separa a vida da morte, e você parece que fica em cima dela esperando um vento forte que te derrube para la ou para cá. Não corta os pulsos, mas vira colete anti balas para qualquer um que te aponte uma arma, talvez porque alguém te disse que você era uma perda de espeço no planeta, ou pelas mortes que se sente culpada, o problema é que acreditou neles e se não se cuidar um dia desses vai morrer por causa disso!

A mesma se levantou, talvez furiosa ou magoada comigo. Eu ainda absorvia tamanhas palavras, o pior e que a verdade doía bem mais que qualquer mentira, com o tempo criei um escudo que me protegia contra tudo e todos, não era minha culpa isso era defesa, sobrevivência, o desejo incesante de acabar com tudo dês dos meus vícios antigos de oxicodona até tentativas frustradas de amores que sabia que iriam me ferir, porém era para tentar sentir algo, suprir o vazio, passei a apreciar a dor pois ela me mantinha mais viva, a atordoação me mantinha são, eu estava no fundo do poço, entretanto o transformei em meu lar escuro e úmido, onde ninguém podia me tocar e me ferir sem que eu tivesse medo pois eu era o medo e passei a aceitar aquilo, porém os resquícios da velha Hazel aquela, cuja pessoa se resguardava, que tinha uma resposta para tudo, que se apaixonava e sorria mais e liderava mais, ela não existe, tenho saudades, mas ela nunca mais vai voltar, porém eu irei olhar sempre para cima para contemplar os resquícios de luz ao topo do poço, entretanto se um dia finalmente este dia chegar poderei subir e olhar a quem sempre me protegeu lá de cima da chuva, dos raios, dos mortos e descansar, ah mas antes deixarei um legado pois eu vivi, vivi na intensidade e tamanha imensidão que não há mais nada que me deixe ainda aqui, presa a este mundo.

__________________☢︎︎___________________

Algum tempo depois uma moça chegou até mim e entregou roupas masculinas, que estavam secas.

— Toma, está aí a bastante tempo toda molhada, aceite não vai querer ficar doente agora.

Estendi as mãos agarrando as roupas e em tom choroso e melancólico disse obrigada.

— Não há de que, enxugue o cabelo e coma esse peixe com essas ervas vai se sentir melhor, ah e seu nariz está escorrendo sangue...

Passei a mão e era sangue real.

— ...Deve ter batido o nariz e se machucado vou pegar um pan...

— Não precisa, obrigada.

Ela consentiu com a cabeça e fui apressada para trás de uma das tendas, enxuguei o sangue nas roupas molhadas e as lavei na possa de chuva, às estendi a um varal próximo, o prato continuava lá, já com alguns dormindo e bem poucas pessoas me observando a todo momento me rendi a comer, meu maxilar doía fazia tempo que não mastigava algo, devorei como um animal selvagem era deplorável, me sentia inútil não fornecer o mínimo a elas em todo esse tempo, Kenna logo se aproximou.

— Hazel, todos foram dormir, vai ficar alguns aqui fora para segurança, vem eles nos cederam uma tenda.

— Vai você, eu vou ficar aqui.

— Por favor eu não consigo dormir, por favorzinho.

Kenna dizia em tom brincalhão e doce, juntando as mãos, relutei um pouco antes.

— Tá bom, vamos.

Ela pegou em minha mão e me guiou até a última tenda, acabei me deparando com Benício que recebia toda a atenção do grupo e que me via adentrar o recinto me segundo com o olhar.

— Escolhi a última tenda por que achei que você se sentiria mais segura.

— Boa garota, quando mais perto da saída melhor.

Coloquei a bolsa de armas atrás de meu corpo e uma pistola engatilhada junto a elas. Me deitei, e nossa como aquilo era confortável a minhas costas, Kenna se encaixou em meus braços e dormiu junto a mim que a retribui.

— Hazel posso te fazer uma pergunta?

Eu com os olhos já cerrados falava com ela.
— Depende.

— Você tem pais?

— Todos temos Kenna - Dizia com tom sonolento.

— Eu sei boba, digo, você nunca fala de nenhum parente seu, se eles estão ainda aqui ou não.

— Não há o que falar, se estivessem neste mundo eu estaria atrás deles agora mesmo. Eles morrem antes dos meus 18, meu pai sofreu um acidente de carro a caminho do trabalho, minha mãe morreu de câncer 6 meses depois.

— Sinto muito.

— Não sinta, isso já faz tempo, não há o que sofrer mais.

— Quando tudo começou eu estava com os meus, e vi sendo mortos na minha frente - O choramingo se instalou com o contração de seu rosto para dentro dos meus braços.

— Hey hey - Acariciei com as mãos em suas costas — Está tudo bem, você tem a mim agora, não vou te deixar, eu prometo.

__________________*____________________

Algumas horas depois me levantei no meio da noite, devagar retirei Kenna de meu corpo e abri o zíper da tenda, avistava algumas pessoas ao redor da fogueira e ao sair ouvi um chamado era Benício ainda sentado ao chão.

— Você pode me dar um pouco dágua, está bem ali.

— Deveria fazer você morrer de sede. - O observava cerrando os pulsos automaticamente.

— Olha, eu não tive nada haver com aquilo, de verdade não queria ajuda-las por conta disso, eu não controlo ações humanas.

— Poderia ter nos avisado ou insistido mais.

— Vocês não iam escutar, não acho que fazem o tipo seguir ordens.

Me agachei pegando a garrafa de água próxima.

— Nós quase morremos por você achar isso.

Derramava aos poucos o líquido no chão.

— Não precisa fazer isso, o único ferido fui eu, duas vezes.

— Só levou um tiro.

— E tô levando outro agora.

Um babaca sem escrúpulos, o típico cara que chamaria atenção aos quatro ventos com sua personalidade falha.

Derramei o resto do recipiente em suas calças, o mesmo gemeu com a água fria adentrado suas roupas. A joguei perto dele e me levantei voltando a tenda.

_________________☢︎︎___________________

Ao amanhecer com um casaco quente e a névoa ao horizonte da fronteira víamos o sol nascer com uma xícara de chá que Hanna fazia.

— Esse chá está tão bom, nunca perguntei, mas como sabe tanto de ervas e tudo mais? - Primeira vez que perguntava algo mais íntimo a alguém, nunca queria saber pois isso trazia intimidade e vínculos que não gostaria de ter.

Ainda ríspida, porém bem mais calma me respondia.

— Eu era herbalista, plantas são fitoterápicos a longo prazo, os antigos já usavam como cura para diversas doenças. Eu gostava de estudar sobre a natureza ao nosso redor e tudo que elas pode oferecer, olha só agora mesmo, você está pisando em uma folha que cura feridas infeccionada.

— Isso é incrível Hanna, que bom que tenho você.

Eu estava mais suscetível a agradece-la e se desculpar a minha maneira por ontem, talvez sintam uma forçação, porém era de cunho verdadeiro.

Ela me olhava de relance com o sol iluminado seu rosto enquanto juntava mais lenha a fogueira.

— E você Hazel, nunca me disse o porquê de ser o que é.

— Como assim?

— Militar, por que escolheu isso? Não são muitas mulheres que se adaptam a sofrer em guerra ou longas caminhadas.

Olhei para minha xícara que as agarrava com as duas mãos na tentativa de se esquentar.

— Quando tinha 9 anos, meu pai me fazia acordar 7 da manhã todos os domingos e andarmos 5km até uma outra filha dele que morava na encosta da praia, quando achava que ia almoçar lá e descansar logo em seguida ele fazia nós voltarmos antes do meio-dia, num sol quente e sem sombra por 2 horas, até que na metade do caminho já exausta ele me mostrava uma grande árvore, nós nos sentávamos nas suas grandes raízes e um amigo dele surgia numa casa atrás dela com uma garrafa de água gelada, 5 minutos depois continuavamos andando e eu chegava em casa sentindo o cheiro de macarrão que minha mãe havia feito. Eu nunca entendi por que ele fazia isso, eu nunca entendi por que eu acatava isso, mas hoje em dia eu entendo, entendo que por mais cansada que eu esteja há sempre uma árvore com sombra no caminho para nós ajudar. Ele me ensinou sem falar nada, apenas com atitudes. Fui para o exército por vontade de me desafiar, no meu primeiro ano fui muito humilhada por ser mais nova e aparentemente mais frágil " Olha ela não vai aguentar andar 6 ou 10 km sem passar mal ". Dês do começo foi eu que comandava as trilhas com mais de 15km, sempre os motivando. Aí eu entendi, meu pai não estava blindando meu corpo ele estava treinando minha capacidade de suportar. Eu poderia cansar fisicamente, mas meu mental era inabalável.

— Você deveria virar um livro Hazel.

Hipnotizada com tantas memórias me recobrei a conciencia do presente, observando o céu iluminado, eu sabia quem tinha me guiado até aqui, e eu era muito grata a tamanha destreza dele.

Logo um dos caras que faziam à guarda vieram me chamar. Fui até lá e encontrei Benício já de pé me esperando encostado a um carro.

— Me chamou?

— Sim - Ele descruzou os braços e mancando se voltou a mim.

— Vejo que está melhor - Coloquei as mãos nos bolsos do casaco.

— Não graças você, pode ter certeza.

Cerrei o maxilar e passei a mão em meu cabelo que com o vento caia ao meu rosto.

— Deveria ter te matado quando tive a chance.

— Deveria ter deixado você morrer afogada.

Aquele cara era desprezível sua face retórica me enfurecia.

— Vai logo ao ponto, o que quer.

Ele finalmente retornou a se encostar no carro.

— Vocês estão indo para o CCD da Califórnia, não é mesmo?

— Quem te contou?

Ele riu com sarcasmo.

— Moça, eu sou chicano nos vivemos ao meio, eu tô aqui dês de que tudo começou, e já vi muita gente fazer essa cagada, não vai encontrar nada lá, é o fim do mundo. Já vieram outros como você com essa alusão de conseguir uma cura, mas já aviso não tem ninguém lá.

— Como sabe que não?

— Faz 1 mês que passei por lá, se tiver alguém não é mais como nos. Isso que está vendo é um dos nossos postos de controle nada entra nem nada sai sem nossa autorização, as pessoas de verdade ficam a alguns quilômetros daqui numa grande quarentena, famílias, crianças protegemos essa gente real.

— Acha que devo desistir?

— Eu não acho nada, como você disse o meu "achar" mata as pessoas, só estou te avisando, por conta da menina, ela tem a idade que minha filha teria se estivesse viva.

— Ela não está aqui?

— Como você, eu também tentei chegar lá em busca da cura, eu só achei morte.

— Não vou em busca da cura, eu vou criar a cura.

Ele sacou um cigarro e começou a rir enquanto o acendia.

— Confesso o que não tem de feiúra, tem de burrice, nunca vi uma pessoa mais idiota que você.

— Posso ser idiota para você, mas sou eu quem decido oa meus valores.

— Como pretende então criar a tal cura? - Tragava o cigarro, a fumaça se juntava com a névoa fria de sua boca ao assoprar.

— Isso não é da sua conta, vamos seguir caminho hoje, sem ninguém atrás de nós.

— Não vamos seguir vocês, como disse, para onde você irá é o fim. Se ir não vai voltar.

— A minha passagem é só de ida mesmo.

— Então boa sorte, espero nunca mais te ver.

— Espero o mesmo, acredite.

Logo um de seus homens correu até nos eufórico cortando o silêncio com a troca de olhares desafiadora.

— Chefe, tem um cara que achamos na floresta tentou matar os que estavam de guarda, mas conseguimos dete-lo.

Benício me secou lentamente, tragando mais um pouco o cigarro.

— O que acha que devo fazer com ele Hazel?

Aquilo era um desafio a mim?

— Sinceramente se eu fosse você, não deixaria acontecer 2 vezes.

Ele se voltou ao homem.

— Acho que as coisas então meio paradas por aqui, brinquem um pouco com ele. Acabamos aqui Hazel.

Após uma longa conversa, descobri que havia um posto maior que esse a alguns quilômetros daqui o que poderia ser um checkpoint caso algo desse errado, Benício não era um cara mal, mas tinha que ser ou seu sistema não suportaria. Fui ao encontro de Hanna e Kenna perto do pequeno tumulto que faziam ao meio da estrada de terra.

— Hanna e Kenna temos que ir.

— Hazel eu não queria dizer nada, por que sabe você é desapegada nem se importaria mesmo... - Disse com tom nervoso.

— Diga logo Hanna, estou sem tempo, vamos, não vai querer ver o que vão fazer com ele.

A mesma apontou ao meio das pessoas que tampava a visão do tumulto, desconfiei de seu olhar temíveis e comecei adentrar, empurrando o pessoal no caminho até ver o inacreditável.

— Tank?

___________________☢︎︎__________________

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