Me marca, sou todo seu Parte I

By AmaraHeleno00

11.1K 705 252

Fanfic doce e romântica como Lara Jean e quente e divertida como Peter Kavinsky. Vamos acompanhar juntos o... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53

Capítulo 13

201 11 2
By AmaraHeleno00

-Enviar 

-Aguardando Confirmação de Matrícula 

"Agora não tem mais jeito Lara Jean. Sua escolha já foi feita."  

Afirmo para mim mesma, me convencendo de que fiz a coisa certa. Foram muitos dias solitária, pensando e pesando todos os prós e contras de ir para a NYU. 

Solitária porque ninguém mais queria ser responsável por influenciar minha decisão.Todos desejavam que eu escolhesse de forma madura o que  quero para o meu futuro.

Assim o fiz.

Espero não decepcionar ninguém com minha escolha. Espero não decepcionar principalmente a mim. Foi preciso amadurecer nas últimas semanas e tomar o rumo da minha vida. Penso que a Lara Jean, confusa e insegura, ficou para trás.  

Me sinto empolgada. Agora que sei para onde vou, quero resolver tudo que está pendente. Já entrei em contato com o Departamento de Alojamentos. Cheguei a cogitar ir para uma república de estudante, mas meu pai desde o início se mostrou contra, por ainda não conhecermos os outros alunos. 

Depois que envio minha inscrição, corro para contar pra minha família.  Kitty foi a que mais ficou eufórica, enquanto meu pai e Trina me parabenizaram, mas ainda me olham com certa cautela. 

-Fico feliz por sua decisão,  filha.- Meu Pai diz quando estamos à sós na sala. Eu não estou certa que ele esteja mesmo feliz.

-Está mesmo? Porque na hora não pareceu muito.

-Não. Eu estou. Estou muito feliz. Qualquer que fosse a sua decisão nós te apoiariamos. 

O jeito que ele me olha, parece que quer dizer mais alguma coisa. Ou como se estivesse me julgando. Deve ser de família isso.  Meu pai suspira e me encara:

-O que te motivou a ir Lara Jean?

Eu sorrio. Nessa hora  lembro de como me senti quando estive lá. E comparo às  vivências e sentimentos que me deixam confortável. Eu quero a felicidade no caminho também. Quero aproveitar todas as oportunidades que a vida me oferecer. Todas mesmo.

-Ah pai. Tudo. Foi difícil escolher, se eu pudesse faria uma junção das duas. Por que tudo era tão perfeito em ambas. No fim pesou a minha visão de mundo, entende?

-Claro filha. Você é inteligente, foi aprovada nas mais conceituadas universidades do país. Não há lugar melhor para você estar, do que aquele que você mesma escolheu.

-Obrigada pai. 

Eu já estou imaginando o meu discurso de agradecimento ao meu pai, por ele ser o meu herói. Acho que trabalhar com mulheres e conviver só com mulheres em casa, o tornou uma pessoa tão amorosa como alguém deve ser. 

Dr Covey me dá um abraço, todo orgulhoso.  Mal sabe ele que eu tenho o maior orgulho do mundo de ser sua filha. Tudo o que sou hoje, eu devo a ele. Por toda sua dedicação, amor e retidão. 

-Pai?

-Sim.

-Eu queria que o senhor um dia pudesse ser eu.- Ele me olha confuso. Essa menina  está ficando doida, deve estar se perguntando. Mas ele começa a rir, tentando me entender. 

-Porque diz isso?

-Eu queria que você soubesse como é bom ser sua filha.

No mesmo instante ele pára de sorrir. Seus olhos ficam marejados, e nos apertamos em outro abraço. 

Silêncio! 

-Vocês ainda acabam com o coração desse velho pai.

**

Estou no meu quarto fazendo uma lista de coisas que preciso levar para a faculdade, quando ouço um carro estacionando. Corro até a janela. É Peter. Meu coração palpita.
Vou até o banheiro ajeitar o cabelo e passar uma água no rosto.

Quando volto, ele está abrindo a porta com mais força do que o necessário. Seu rosto parece irritado, nervoso. Eu fico sem entender e ele dispara:

- Você vai pra Berkeley Lara Jean?

Meu queixo cai. Eu tinha planos de contar minha decisão de um jeito especial,  não havia pensado em nada ainda. Mas não queria mandar uma mensagem. 

-Quem contou isso pra você?

O jeito que ele me aborda me incomoda, não era assim que eu imaginei as coisas entre nós.  Peter está parado, ele me fez uma pergunta e não esperava que eu respondesse com outra. Mas ele não hesita e responde. 

-A Gen! Quando você ia me contar?

Fecho os meus olhos e respiro fundo. Será que essa garota vai estar sempre na minha vida? Que carma  é esse que ela sempre consegue estragar os meus momentos? 

-A Gen, claro. Quem mais seria?

-Responde Lara Jean.

-Sim Peter. Eu vou para Berkeley. E planejava contar para você de um jeito especial. Como a ocasião merece. Merecia.

-Quando você decidiu?-O tom de Peter é acusatório.  Ele devia estar feliz, não devia?

-Faz uns dois dias. Enviei minha inscrição hoje.

Não consigo entender a reação de Peter. Nós vamos enfim estar mais perto.  E é assim que ele reage. Começo a ficar irritada com seu comportamento.

-Dois dias? Porra Lara Jean. Eu fiquei esse tempo todo ansioso, com o coração  na mão, esperando uma decisão sua.

-Sinto muito. Mas você também não perguntou.

O seu tom se eleva, sua voz sai grossa e assustadora.

-Porque eu não queria te pressionar, droga. Eu tava esperando o seu tempo.

Começo a entender um pouco o lado dele e meu coração amolece. Ele ainda está longe de mim  e aos poucos seu olhar vai se suavizando. Balançando a cabeça negativamente, ele vem se aproximando.

Peter me suspende nos braços e finalmente sorri. Eu sorrio de volta, aliviada. Ele enche meu rosto de beijos.

-A gente vai ficar junto Amor. Você vai ficar perto de mim.- Só agora que a ficha dele caiu ? Mas continua:

-Eu ainda tô com raiva de você! Mas eu tô muito feliz. 

-Não está com raiva nada. Você me ama, e isso é bom pra gente, num é?

-É bom? É ótimo. É perfeito.
Mas você não precisava me fazer sofrer tanto. 

Eu não queria que Peter sofresse. Notei que ele estava ansioso para saber se a visita a Berkeley foi capaz de me fazer mudar de ideia. Mas eu quis esperar até o último minuto. Porque eu tinha certeza, mas não tinha. Não era justo com ele também. 

-Desculpe por te deixar sem resposta. 

-Tudo bem. - ele sorri, e continua balançando a cabeça como se não acreditasse no que está acontecendo. O Peter irritado deu lugar a um Peter carinhoso e feliz. Sofro um ataque de beijos e abraços sem precedentes.

**
- Como a Gen te contou? Onde esteve com ela?- Eu pergunto ansiosa. 

Estamos sozinhos na cozinha. Quero entender muitas coisas. Enquanto isso, preparo um bolo para o lanche. Não sei cadê todo mundo.

-Eu tava na quadra com o  Trevor jogando 21. Desde aquela vez que a gente brigou por causa de Belleview ele vinha me chamando para jogar com ele. Foi quando ela passou.  Depois voltou com a Emily e veio conversar com a gente.

3 xícaras de farinha de trigo.  Ou são 2? Não consigo me concentrar. Desisto da farinha e pego as claras para bater. Movimento o garfo com tanta força  que tenho medo de virar outra coisa ao invés de claras em neve.

-Ela ficou de conversa fiada, sempre com alguma maldade.

-Ela se insinuou pra você?

Prontamente ele sacode a cabeça e franze a testa, como se eu estivesse dizendo alguma coisa absurda.

-Não, ela não disse nada nesse sentido. Mas depois a Em foi jogar com o Trevor e nós ficamos sozinhos. 

É uma sensação estranha.  Gen já não é capaz de me deixar insegura em relação a Peter. Eu sei que ele não  é minha propriedade, mas eu odeio quando ela se aproxima dele. Não gosto de sentir isso, mas não consigo controlar. Porque na maioria das vezes, nunca acaba em algo bom. 

Como hoje.

-Vai direto ao ponto Peter.  Que agonia.-
A essa altura, as claras já viraram a cobertura do bolo. Adiciono os ovos direto à massa. Não vai ficar tão leve e fofinho como eu gostaria. 

-Ela ficou dizendo que Nova Iorque era incrível, que as festas são maravilhosas, que a NYU fica no coração da cidade blá-blá-blá 

Peter fica quieto por uns segundos.  Depois continua.

-Disse também que todos os lugares cheiram a pegação.

-Que ridícula. - Eu não sei como fui acreditar que ela poderia ter mudado. De tudo na Gen,  acho que a perversidade é sua característica mais terrível. 

-Então ela falou que era uma pena você perder tudo isso. Que você estava sendo uma idiota em deixar de ir para NYU por causa de um "namoradinho do ensino médio ", palavras dela.

-E onde que Berkeley entra nessa história?-
Eu já estava pensando, mas não contei nada a ninguém. Como ela…

Refaço os acontecimentos dos últimos dias. Eu não falei nada, ela  não sabia de nada. O que fez foi jogar seu veneno, e Peter caiu feito um pato.

- Você não contou pra ela? Como ela sabia então?

-Ela me mandou mensagem há uns dias perguntando sobre onde eu ia ficar, que ela tinha achado um alojamento, uma república, não lembro direito, que era mista. Eu respondi que não estava vendo isso. Gen ficou insistindo e eu disse : acho que desisti.

-Eu sou um idiota. 

-Você foi um pouco ingênuo, digamos.

É impossível não cair na sordidez de Genevieve. Eu já fui a vítima muitas vezes, agora foi a vez de Peter. Não entendo essa obsessão. Ela nunca quis ser minha amiga e não parece ter mais nenhum interesse em Peter. Qual o objetivo?

-Covey, seja sincera. Porque você decidiu por Berkeley  e não pela NYU?

-Peter eu…-ele me interrompe.

-Por favor Lara Jean, não diga que foi por minha causa. Eu não quero isso.

-Você vai me deixar falar ou não?

-Fala.

- Não. Eu não escolhi Berkeley por sua causa. Eu não coloquei você em nenhuma das minhas listas. Tentei de todas as formas meio que negar sua existência.

-Credo! Que coisa horrível de dizer pro namorado.

Eu tento não rir. Óbvio que foi impossível não pensar nele durante minhas reflexões. Mas se Peter fosse um ponto de análise,  iria influenciar minha escolha. 

-Precisei fazer isso. Mas não é como se eu tivesse conseguido não pensar em você. Mas não se preocupe.  Eu realmente quero ir para Berkeley. Você vai ser um...digamos...um bônus?

-Um bônus? É isso que eu sou Lara Jean? Um bônus? .- Tão dramático, parece um menino. Olhando assim não dá nem para imaginar o quanto é...quente. 

-Sim. Você é meu bilhete dourado numa barra de chocolate Wonka.

Sorrio e me aproximo para um beijo. Ele tenta resistir, mas tá louco para me beijar também. E assim o faz.

-Me desculpa pelo jeito que cheguei na sua casa. Eu tava tão transtornado que nem foquei no principal. Era tudo o que eu mais queria, ficar perto de você.  

Ele coloca meu cabelo atrás da orelha, dizendo:
-Você tá feliz?

-Eu estou sim. Eu me encantei por Nova Iorque, com tudo que a gente vê nos filmes, com aquela atmosfera de cinema. Mas a vida real não é um romance Peter. E quando paro pra pensar, eu não sei se funcionaria bem naquele ritmo louco, da cidade que nunca dorme. 

-E Berkeley? O que te encantou lá?

Ele pergunta e espera com atenção pela minha resposta. De tudo que amo nesse garoto, acho que o jeito que ele me olha e me escuta é o melhor. Desde o namoro de mentira, quando viu meu interesse pelo meu colar na loja. Ou quando ele se interessa em saber da minha mãe.  Quando ele reconhece minhas expressões

-Ah! -suspiro. - Berkeley é a minha cara. A faculdade não tem um programa de literatura tão incrível quanto o da NYU. Mas a atmosfera mais leve, tem mais a ver comigo. 

Eu tenho certeza que me sentiria sufocada em Nova Iorque. Toda aquela correria, sem apreço pelos detalhes, sem contar que eu só viria em casa em grandes feriados e nas férias. Eu nem posso imaginar isso, ficar tanto tempo fora, que quando voltar, tudo estará mudado e você nem viu.

- Seus olhos brilharam quando você falou da Califórnia Covey. Eu acho que você vai se dar bem lá. Você se daria bem em qualquer lugar na verdade.

**
No dia seguinte recebo uma chamada de vídeo de Margot. Atendo empolgada, louca para contar a novidade. Antes que eu possa dizer qualquer coisa, ela dispara 

-Eu  não acredito nisso Lara Jean. Não acredito que vai abrir mão de Nova Iorque.

Nossa, o que está acontecendo com as pessoas? 

-Oi pra você. Respondo já ficando irritada. Imagino as cobranças e julgamentos que virão depois disso.

-Oi. Tudo bem? Kitty me contou que você vai para Berkeley.- noto Margot tentando se conter.
Será que as pessoas não conseguem entender que talvez, só talvez, eu pudesse querer contar sobre a minha decisão? Todo mundo tem que passar à minha frente?

-Sim Gogo. Eu contei a você que fiz a visita a Berkeley. Fui lá conhecer porque só assim poderia fazer uma escolha mais condizente com a minha realidade.

Margot permanece em silêncio. Não parece muito convencida. Convencida de que? Na vez dela, apenas comunicou que se inscreveu para St Andrews, depois comunicou que iria estudar lá.

-Você parecia tão certa sobre a NYU.

- Não foi fácil abrir mão  da NYU. Lá é um sonho, mas não para mim. Eu estou certa da minha escolha,  quis ficar mais perto de casa,  e em um local mais acolhedor.  Não onde eu parecesse estar dentro de um vídeo com reprodução acelerada. 

Ela assente e tenta sorrir. Eu continuo:
-Além do mais, nós é que fazemos a faculdade. Depende mais da gente ser um bom profissional do que da instituição.

-Foi o papai que disse isso, né?

-Sim. Foi.

-Ah. É a cara dele. 

Nós rimos e o clima fica menos pesado. Ainda conversamos um pouco. Ela conta o que tem feito com Ravi, me deu umas dicas sobre o que levar para a faculdade, me ajudou a fazer uma lista sobre os itens que tenho que comprar. Fiquei feliz com isso.

-Lara Jean.- Quando ela me chama assim… 

-Sim. -Mostro que sou total atenção à ela no momento 

- Você já procurou um médico depois que transou com Peter?
Eu sabia que mais cedo ou mais tarde ela tocaria nesse assunto.

-Só o Dr Covey. Conhece?
Eu tento levar para o lado da brincadeira. Mas eu não me sinto constrangida. Antes qualquer coisa relacionada a sexo ja me deixava com as bochechas quentes. Acho que faz parte da maturidade tratar o sexo com naturalidade. 

-Deixa de ser boba.- ela diz sorrindo.
Se estivesse aqui do meu lado, me empurraria com os ombros, com certeza.

-Eu vou antes de ir para a faculdade. Quando conversei com o papai ele me orientou a procurar um ginecologista. 

-Ah. Que bom. Se cuidem irmãzinha.

-Pode deixar.

Nos despedimos e eu volto a minha concentração para os preparativos pré faculdade.

Chinelo
Máscara capilar de côco 
Remédio para cólica 
Removedor de esmalte
Marca texto 
Papel de carta 
Cardigan azul

Me sinto perdida. Essa lista tá uma bagunça.
Rasgo o papel e começo outra vez. Tenho que separar os itens por setores para facilitar. A medida que vou verificando o que tenho e o que não tenho, vou riscando na lista. Não há nada mais gratificante do que você anotar uma tarefa como concluída.

**

O aniversário de Peter está chegando e ainda não há nada em mente programado. 
Eu só sei que quero passar o dia inteiro com ele. Como todos os outros dias também quero. 

Às vezes ainda me surpreendo quando olho para a minha vida e vejo Peter. O garoto mais bonito de todos os garotos bonitos é meu namorado. É como se eu fosse personagem de um livro, vivendo um romance juvenil e planejando o meu para sempre ao lado do príncipe encantado.  

Sra Kavinsky me ligou há algumas semanas para pedir ajuda na organização de uma recepção para Peter, já que ele não consegue decidir nada com antecedência, e na hora a surpreende com uma galera chegando para o parabéns. Ela disse que esse ano "gostaria de estar prevenida"

É o primeiro aniversário desde que ele e o pai se acertaram. Então gostaria que estivesse presente. Mas não sei como seria convidá-lo para ir à casa da Sra Kavinsky. Não  sei exatamente como está a relação  dos pais de Peter. Então me ocorre uma idéia.

Ligo para meu pai primeiro e depois disco o  número da Linden & White em seguida. 

Olá, Sra Kavinsky. É a Lara Jean. 

-Oi minha querida. - sua querida?. -Tudo bem?

-Sim. Eu estou bem.  E a senhora?

-Estou bem, obrigada. Parabéns por Berkeley. Ótima escolha.

-Obrigada.

O diálogo é bastante formal. Nós temos uma relação pouco próxima, estamos agora tentando estabelecer uma conexão. Ela se deu por vencida, não há como fazer eu e Peter nos separarmos.  E nem há motivos para achar que nós atrapalhamos um ao outro. 

-É sobre o aniversário do Peter

-Ah Lara Jean, que bom você pensar nisso. Todo ano é a mesma coisa: ele me deixa de cabelo em pé, porque nunca sabe o que quer fazer

Eu rio no telefone, porque é assim mesmo. Faz uns dias que perguntei sobre o que gostaria de fazer, ele enrolou e não disse nada.

-O que a senhora acha de oferecermos um pequeno jantar? Só a família e poucos amigos

Poucos amigos, tarefa árdua. Ou talvez nem tanto. Peter é um cara extrovertido, conhece muitas pessoas, mas tem os seus amigos mais próximos: Trevor e Gabe. O Darrel também  é muito querido. Mas dorme demais, bebe demais, brinca demais, então nem sempre ele consegue acompanhar os meninos que já estão em uma vibe mais tranquila. 

-Eu acho ótimo. Um prato simples e  um bolinho. Acho que ele vai gostar

-Sim, ele vai gostar. - Respondo.

Agora estou buscando coragem para tocar em um ponto sensível da conversa. Respiro fundo. 

-Sra Kavinsky...eh…
Tensão!

Silêncio!

-Eu gostaria que o pai dele estivesse presente. Eles estão  se esforçando tanto para se entenderem

Um silêncio agonizante na linha. Não deve ser fácil para ela. E não faço ideia de como está sua relação com o Sr  Kavinsky.

-Seria importante para ele, né?

-Sim. Muito. Se a senhora não se incomodar, poderíamos fazer aqui em casa.

Ela silencia de novo, pelo que parece ser uma eternidade. Acho que deve estar pensando no que fazer. Então eu quebro o silêncio, tentando ser franca.

-Eu não sei como está o relacionamento de vocês agora, mas penso que pode ser menos um constrangimento ser aqui, e não na sua casa

-Você tem toda razão.  Ser em um local neutro pode evitar qualquer inconveniência. Se o seu pai e Trina não se importarem, eu concordo de fazer em sua casa 

-Ótimo. Combinado. Eu já havia falado com eles, não se preocupe.

-Mas olha,  não  vou chegar de visita. Vou ajudar em tudo.

-Ok. Vamos falar sobre a parte prática então

 Desligamos após combinar aquelas burocracias na preparação de um jantar comemorativo.  Anoto o que ficou sob minha responsabilidade e já começo a missão de ligar para seus amigos.

Depois que falo com Trevor, uma ideia me ocorre.

Duas. 

Duas ideias.
















Continue Reading

You'll Also Like

84.9K 6.8K 35
uma história que começou nas olimpíadas de paris 2024, e terá uma linda história no brasil, onde as atletas rebeca andrade ( ginasta ) e gabi guimarã...
340K 12.2K 9
Dois melhores amigos que vivem se provocando decidem adicionar um pouco mais de cor na amizade... O que pode dar errado?
82.3K 8.2K 39
"𝖼𝖾̂' 𝗆𝖾 𝖿𝖺𝗓 𝖽𝖾𝗅𝗂𝗋𝖺𝗋 𝗇𝗈 𝗋𝖺𝗉 𝖽𝖾 𝗂𝗆𝗉𝗋𝗈𝗏𝗂𝗌𝗈 𝖾 𝗆𝖾 𝖿𝖺𝗓 𝗍𝖾 𝖻𝖾𝗂𝗃𝖺𝗋 𝖼𝗈𝗆 𝖾𝗌𝗌𝖾 𝗌𝖾𝗎 𝗌𝗈𝗋𝗋𝗂𝗌𝗈. 𝖽𝖾�...
1.8M 122K 88
📍Rocinha, RJ Quais as chances de encontrar paz e aconchego num lugar perigoso e cheio de controvérsias? pois é, as chances são poucas, mas eu encon...