Capítulo 33

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Depois do almoço vou com Kelly para a biblioteca,  ela tem uma pesquisa para fazer e eu estou com saudades: dos livros e de Thunder.

-Lara Jean, achei que tivesse fugido para a UCLA atrás do seu príncipe atleta.

Sorrio e lhe dou um abraço apertado. Hoje ela está de azul. Toda de azul. Dos brincos ao sapato, um elegante scarpin azul caneta. 

-Stanford, Thunder.  Peter está em Stanford. 
Como você está? Estava com saudades de nossas conversas.

Kelly a cumprimentou e seguiu para a seção de periódicos.  Ela tem uma pesquisa para fazer sobre a perseguição à muçulmanos após o 11 de setembro. 

Eu me sento atrás do balcão da recepção da biblioteca.  Já me sinto tão íntima e tão a vontade aqui, fico a auxiliando na separação de alguns exemplares que foram devolvidos, dou baixa no sistema, enquanto vamos conversando.

-E como é namorar um bonitão que está em outra faculdade? Deve estar cheio de líderes de torcida atrás dele. 

Dou um suspiro em derrota. Às vezes penso que se fosse uma mulher estilo arrasa quarteirão, que não tem vergonha de tomar a iniciativa quando tá a fim de um cara legal, fosse melhor de lidar.  

-Pior que não Thunder. Bom, pelo menos eu acredito que não. 

Thunder percebe que algo me perturba.  Ela orienta um aluno que pede uma informação e depois se volta para mim.

-Que carinha é essa?

-Tem uma menina a fim do Peter. E ela não tem nada a ver com ele, tem a ver comigo. 

Seu olhar é acolhedor, como se compreendesse a minha aflição, mas ela não é  o tipo de pessoa  que passa a mão na cabeça de ninguém. 

-E isso te assusta, eu posso supor. O fato dela fazer o gênero dele te deixa insegura.

-Na verdade eu nem sei qual o gênero de garota que o Peter gosta. Ele teve duas namoradas na vida. E eu posso te garantir que uma não tem nada a ver com outra. 

Digo pensando em toda diferença que há entre mim e Genevieve. Somos tão diferentes quanto duas pessoas podem ser. A única coisa que nos aproxima é Peter, ou nem ele. Nosso relacionamento é muito diferente do que ele e Gen viveram. 

Eu reflito um pouco sobre o fato de ter outra pessoa interessada no meu namorado, talvez Thunder possa me ajudar a entender.

-Não é só por ela ser parecida comigo, isso conta, é claro. É inegável que já passou pela minha cabeça que se ele é apaixonado por mim, porque não se apaixonaria por ela? Me preocupa essa postura passiva demais  dela. Ela é tão dissimulada, que o Peter não acredita em mim quando eu digo que ela está apaixonada por ele. 

Um professor chega e entrega a Thunder vários artigos científicos que seus alunos deverão utilizar nos próximos dias para a realização de uma apresentação. Ele explica tudo a ela, que o observa com atenção. Vejo que realiza sua profissão com tanto amor e dedicação, fico a admirando.

Ela volta e me dá atenção outra vez, lembrando de tudo o que eu disse. Ela não parece sentir o peso da idade,  sua memória permanece muito ativa. Eu conto os motivos que me levam a crer que Lilly está gostando dele.

-Você já viu essa moça com ele? 

-Não. Eu nunca a vi na verdade. 

-Eu acho que você deveria dar um jeito de vê-la. Não vê-la sozinha, mas ver como ela age perto dele. Uma pessoa pode fingir de muitas formas, mas tem uma coisa que a mulher não consegue esconder: um olhar apaixonado. 

Me marca, sou todo seu Parte Iजहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें