Me marca, sou todo seu Parte I

By AmaraHeleno00

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Fanfic doce e romântica como Lara Jean e quente e divertida como Peter Kavinsky. Vamos acompanhar juntos o... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53

Capítulo 11

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By AmaraHeleno00

Estou a caminho de Berkeley. Me sinto tão nervosa ao volante.  Não consigo identificar se é pelo simples fato de dirigir em uma estrada de alta velocidade ou se é medo do que irei encontrar ao chegar lá. 

Ontem a noite quando fui me deitar, audaciosamente desejei que fosse algo muito ruim.  Que fosse um local que eu não quisesse estudar de jeito nenhum. Acordei mentalizando o contrário: que fosse extremamente maravilhoso,  e que não restasse dúvida alguma da minha escolha. 

Independente do que encontrarei,  uma coisa é certa: eu não posso fugir da decisão e nem esperar que alguém decida por mim. O que estou fazendo até o momento, é isso: fugindo.

A experiência do meu pai é só dele. A experiência de Margot, só pertence a ela também. Eu, Lara Jean, sou outra pessoa, com expectativa, prioridade e personalidade diferente da deles. É o meu futuro. A minha vida.  

Pensando nisso, estou em busca da minha certeza. Eu preciso conhecer todas as possibilidades, para então optar por qual caminho seguir. 

Lucas está comigo. Desde que teve a gentileza de me devolver a carta que recebeu, nós nos tornamos grandes amigos. Ele tem interesse direto que eu vá estudar na NYU, já que vai para Sarah Lawrence, mas me prometeu que seria apenas uma companhia imparcial.

-LJ. Você acha que um cara que nunca se deu bem na escola, pode se dar bem na faculdade?

-Mas você sempre se deu bem na escola Lucas. Sempre esteve entre os primeiros alunos do nosso ano.

Ele revira os olhos impaciente e dá um suspiro antes de continuar.

-Não é sobre notas que estou falando Lara Jean.  É sobre relacionamentos.

Compreendo ao que ele se refere. Lucas nunca namorou firme. Ele conheceu alguns rapazes aqui e ali, mas nunca era alguém que valesse a pena, ou estivesse na mesma página que ele. 

-Eu tenho certeza que  você vai encontrar um cara legal, Lucas. Todo mundo encontra, mais cedo ou mais tarde. 

Eu falo, desejando a melhor pessoa possível para o melhor amigo do mundo. Lucas é um cara gentil, bem humorado, inteligente e muito, muito companheiro. Ele e Chris são meus melhores amigos.  Lucas sai na frente, porque está sempre presente. Enquanto Chris é o bicho solto que sempre foi. Vai e não sabemos quando volta. Mesmo quando estava na cidade.

- Você fala isso porque namora o cara mais gato e mais popular da escola, e vão manter o relacionamento mesmo estando em universidades diferentes.

-É isso o que você pensa? Que eu quero que você encontre alguém só porque eu já encontrei?

Lucas esteve comigo o tempo todo, desde meu namoro falso com Peter. Sabe o quanto já sofri até amadurecermos. Eu sempre fui sua amiga. Não é justo que ele não saiba que, mais do que tudo, eu quero o bem dele.

-Desculpe LJ. É óbvio que eu sei que você torce por mim. Eu só estou um pouco nervoso.

Tenho que prestar total atenção à estrada. Eu melhorei na direção, mas ainda não sou uma exímia motorista. Mas pelo canto do olho, noto que Lucas está inquieto.

-Aconteceu alguma coisa Lucas?

-Eu finalmente contei ao meu pai sobre a minha "orientação sexual", segundo ele. Ele não entende que não é uma opção, uma escolha. Simplesmente eu sou o que sou.

Fico tocada em saber a dificuldade que Lucas deve passar todos os dias, e não ter apoio nem dentro da própria casa.

- Como ele reagiu?

Eu pergunto, preocupada.

-Não foi exatamente uma surpresa, ele desconfiava.  Mas acho que talvez tivesse alguma esperança de estar errado.

Um silêncio se instala dentro do carro. Ele abaixa a cabeça,  parecendo muito triste.

-Ele disse que foi falta de umas boas palmadas. 

Nesse momento eu noto uma lágrima pingar sobre sua camisa. Seguro o volante firme com uma mão, e com a outra eu seguro o braço de Lucas,  em sinal do meu apoio.

-Eu sinto muito.

Me sinto tão egoísta. Meu grande amigo passando por uma situação dessas, e eu o arrastando para longe de casa.

- Você não precisava ter vindo comigo, Lucas. Eu podia ter vindo com outra pessoa.

-Nossa LJ. Eu sou tão descartável assim para você?

Ele seca as lágrimas e tenta deixar o clima mais leve. Assim que ele é. Não se deixa abater, mesmo que o coração esteja em pedaços.

- Você não precisa fingir que está bem para mim, amigo.

-Lara Jean, eu estou bem. Vou ficar bem. Minha mãe é uma mulher e tanto, e está do meu lado. Eu vim com você, porque era necessário que eu saísse um pouco de casa e me distraísse.

Sorri e continuamos o caminho.

Finalmente chegamos ao nosso destino. Levo mais tempo do que qualquer outro para realizar essa viagem. Mas não me importo. O importante é que cheguei e quero ver tudo antes de me matricular na NYU. Ou aqui.

Berkeley  fica próximo à Baía de São Francisco.  Logo que chegamos, nos deparamos com uma multidão de pessoas passando pelo Sather Gate, uma espécie de portal na entrada principal do campus. Não são só estudantes da universidade. Há também muitos turistas a fim de conhecer o local.

A atmosfera aqui é especial: muito jovem, alegre e dinâmica. O campus é conhecido também como Parque,  por ter muita área verde e ser bastante agradável para um passeio. 

-Nossa LJ, olha quanta gente. Todo mundo com cara de feliz não é? As pessoas aqui não andam como se estivessem sempre atrasadas para um compromisso. 

Eu não respondo, fico observando tudo com atenção e me sentindo rapidamente envolvida pelo clima descontraído  da Califórnia. 

-Ninguém tá correndo, Lucas. As pessoas parecem estar aqui apenas curtindo tudo. 

Lucas me puxa pela mão, me fazendo andar mais rápido. 

-Então vem. Vamos nos juntar a eles e curtir cada detalhe também.  

Como a universidade é bem antiga, muitos prédios ainda mantêm o telhado de cobre e possuem enormes colunas. A construção mais impressionante é uma torre, com 8 andares, e no último um observatório, de onde dá para ver todo o campus, parte de São Francisco, e bem ao longe, com alguma sorte dá para avistar Golden Gate.

-Uau. É lindo isso aqui. 

Estou impressionada com a vista. O sol brilha forte e o clima é ameno. Então sentimos o frescor da brisa batendo no rosto e a luz do sol destacando ainda mais a paisagem.

Lucas não diz nada. Tenho certeza que está  contemplando o momento também. 

Chegamos à biblioteca principal. Meu queixo cai ao me deparar com os imensos vitrais das janelas, a escadaria e as grandes colunas que conferem ao prédio um ar de charme e antiguidade. Me pergunto se aqui deve ter algum tipo de programa que proteja esses prédios antigos, contra a onda de modernização que assola alguns lugares.

-Bom Dia.

Me dirijo à senhora que deve ser a recepcionista do local. Ela aparenta ter uns 60 anos. Está com uma camisa amarelo manga cheia de babados, e um colar laranja. O cabelo pintado em um tom acobreado, está impecável.  Em seu rosto marcado pelo tempo, uma maquiagem carregada, com destaque para a sombra coral e o batom vermelho. Tenho dúvida quanto a esta paleta de cores,mas ela aparenta estar feliz assim.

-Bom Dia jovem casal. Em que posso ajudá-los?

Ela se dirige a nós com um sorriso, parecendo um sol. Um sol da Califórnia, que ilumina e aquece tudo à sua volta.
Lucas ri.

-Nós não somos um casal. Somos amigos.

Há alguma coisa nela que me atrai. Eu não consigo identificar o que é.

-Amigos? Sei, na idade de vocês eu também tinha muitos amigos

Ela fala de uma forma insinuante e é impossível não cair na gargalhada. Lucas responde com sua costumeira simpatia.

-Mas nós somos só amigos mesmo. Essa menina arrebatou o coração do garoto mais cobiçado da escola, que incrivelmente não sou eu.

-Gostei de você meu rapaz. Qual seu nome? 

-Eu sou o Lucas. Prazer.
E a senhora?

-Eu me chamo Stela. Mas todos me conhecem como Thunder. E você, Lucas? Não tem ninguém ou tem mais de um alguém? 

Lucas me olha, buscando apoio. Nos entendemos sem dizer uma só palavra. 

-Digamos que estou a procura do meu Romeu.

Ele fala com naturalidade, não soa como se fosse um tabu. Não é para ser. Pela primeira vez no dia, vejo meu amigo sorrir verdadeiramente.  E fico feliz de que esteja aqui comigo.

-Romeu não meu querido. Romeu foi burro, jogou fora sua juventude tentando justificar o amor. Na idade dele, se eu me interessasse por alguém proibido, aí que eu ia querer mais ainda. Mas se não fosse possível viver essa aventura, eu ia era partir pra outra.

Ah não.  Não posso admitir alguém falar mal de um dos romances mais bonitos da história. E um dos meus preferidos 

-Mas Stela…
 
Ela me interrompe. 

-Thunder!

-Ok. Thunder. Mas Romeu e Julieta estavam apaixonados e não viam sentido na vida, um sem o outro.

Thunder me olha, parece sentir pena de mim. Pelo meu posicionamento pró-drama.

-Seu nome, minha flor?

-Lara Jean.

-Veja bem Lara Jean. Estar apaixonado é bom. Mas estar vivo é melhor. Meu conselho para os jovens hoje é: vivam apaixonados, mas não morram de paixão. 

Thunder, significa Trovão. Um codinome forte, para alguém forte. Acho justo. Em pouco tempo Thunder deixou clara sua presença e personalidade marcantes.

Como não pensei nisso antes? Mas é claro. Ela me lembra Stormy. Por isso me senti tão à vontade e atraída por ela. Stormy detestava dramas, queria viver intensamente e amar era seu lema. Não necessariamente um amor, mas amar. 

- Você tem cara de estar apaixonada Lara Jean.

-Sim. Eu estou.

Eu sorrio, pensando em Peter. Ela me olha de soslaio, e se dirige a Lucas.

-Meu querido, mostre que é um bom amigo, e não permita que essa romântica inveterada deixe de curtir a vida por causa de um namoro juvenil.

Lucas se aproxima dela e diz baixinho.

-Minha querida, se você visse o namorado dela, ia querer curtir a vida com ele.

Eu rio, e não posso deixar de concordar. Quero curtir tudo. Com Peter. Não que ele precise estar conectado à mim como um Avatar, mas que sempre voltemos um para o outro.

Thunder pára e aparenta refletir sobre alguma coisa. De repente ela coça a cabeça, mas imediatamente ajeita o cabelo que ficou fora do lugar.

-Seu namorado estuda aqui, Lara Jean?

Sinto uma pontada no peito com a constatação de que estaremos longe. Ainda não me acostumei.

-Não.  Ele vai para Stanford.

-É uma distância possível de se superar minha querida. Mas vou te dar outro conselho.

Thunder se debruça sobre o balcão e fala olhando nos meus olhos.

-Faça com que ele esteja sempre pensando em você.   Você me entende menina?

Eu faço que sim, mas ainda estou em dúvida se entendi de fato.

-Quando estiver com ele seja tão incrível, que quando ele estiver longe só pensará em você e vai sempre querer  voltar.

Sim,   eu entendi. Estou sentindo meu rosto ficando vermelho de vergonha, e Lucas percebe. Pois olha para mim e ri. Ri de mim na verdade.

Passamos tanto tempo conversando com Thunder, que não deu para explorar a biblioteca. Ainda bem que a recepção é separada da área de leitura por uma espécie de acrílico, capaz de isolar um pouco o som.
Pois se Thunder estendesse conversa  desse jeito com cada visitante, ninguém seria capaz de se concentrar.

Depois de uma pausa para o almoço, um sanduíche rápido em uma lanchonete do campus, damos mais uma volta pelo lugar.
Conversamos com alguns estudantes sobre como é viver e estudar em Berkeley. Quais as carreiras mais tradicionais por aqui, sobre os eventos sociais e os costumes do local.

Lucas me ajudou muito neste sentido, ele quem abordava as pessoas e perguntava tudo que eu tinha vontade, mas não tinha coragem. Perguntou até sobre clubes e fraternidades, como se eu fosse fazer parte disso.

-LJ, você é quase uma universitária. Não pode continuar com vergonha como se estivesse no ensino médio.  Se joga menina. 

Neste momento sinto um orgulho enorme da amizade que construímos. Lucas é exatamente o tipo de pessoa que eu precisava ter por perto. 

-Obrigada Lucas.

-Pelo que?

Ele franze a testa espantado com minha manifestação repentina de gratidão. 

-Por tudo. Por ter vindo comigo hoje, mas principalmente por sua amizade.

Noto que ele quer dizer algo, mas se contém.  Ou não sabe por onde começar.

-Olha, eu sei que te prometi ser imparcial nessa visita. Eu amei o lugar, e vi que amou também. Definitivamente acho que isso aqui combina muito com você.

O observo com expectativa e faço um gesto para que ele continue.

-Eu não faço idéia do que  está planejando, se é que tem um plano. Mas eu quero que saiba que vou sentir muito a sua falta quando formos para a faculdade. 

O envolvo em um abraço, e seguimos de braços dados até a Crixa Cakes, um café próximo ao campus, cheio de bolos e pastéis vistosos. Observo os funcionários do local, e atrás do balcão uma senhora, que aparenta ser a dona, com o avental sujo de farinha e alguma cobertura colorida.

Fico encantada com o ambiente movimentado, porém tranquilo, enquanto me imagino cozinhando todas essas delícias algum dia, como se fosse a minha terapia.

** 

-Vamos?

-Sim, vamos.

- Você quer que eu vá dirigindo LJ? Sei que não é muito fã do ofício. 

De tudo que aconteceu o dia inteiro, isso é o que mais me deixa feliz, aliviada pelo menos. Não precisar dirigir de volta pra casa. Jogo as chaves para ele, antes que se arrependa.

-Melhor coisa que você já fez por mim, sério Lucas.

Ele dá uma risada, e me olha com deboche.

-Na verdade estou fazendo por mim. Eu quero chegar  vivo em casa Lara Jean.

Dou um tapa em seu braço por causa do afronte, mas sei que ele não mentiu.

**
Tomo um banho demorado. Vou repassando tudo na minha cabeça. Tudo mesmo. As coisas que vi e senti em Nova Iorque, e tudo que vivi hoje. Qualquer que seja a opção escolhida, de alguma coisa eu vou ter que abrir mão.  E sinceramente, eu estou em paz com isso. Ainda não decidi, mas sei que onde eu estiver vou dar o meu melhor. 

Ligo para Peter.  Nos falamos pouco durante o dia. Trocamos apenas algumas mensagens e um rápido telefonema ainda pela manhã. Ele estava meio reticente, a sensação que eu tenho é que ele não quer se envolver, talvez com medo de gerar expectativa. 

-Oi Covey. 

-Boa noite. Como você está?

-Tá tudo bem. Estou deitado, com frio e solitário nesta cama vazia.

Um pouco de humor, isso é um bom sinal.

-Você não tem nem um ursinho de pelúcia para te aquecer e fazer companhia?

-Não,  engraçadinha. O urso não tem cabelo comprido com perfume de côco. 

Meu coração se aquece.  Desde nosso primeiro beijo ele fala disso.  E facilitado pela nossa diferença de altura, tá sempre cheirando meu cabelo.

-Estou com saudades Peter.

Ele silencia do outro lado. As férias estão acabando, e eu sei que isso está mexendo um pouco com ele. A incerteza do que vou fazer também. 

-Ei. Vamos tomar café amanhã? Um piquenique no lago?

Falo empolgada, querendo ouvir seu sorriso.

-Sim, tudo que minha garota quiser. 

-Me conta, como foi seu dia.

-Chato sem você.

Eu tinha certeza que ele iria dizer isso. 

-Bobo. E o que você fez enquanto sofria com minha ausência?

-Eu corri 12km de manhã. Depois fui na Adler ver o treinador White. E treinei um pouco na academia de lá. Após o almoço fui com minha mãe comprar algumas coisas para levar pra faculdade. O que você devia estar fazendo também. 

Ele está certo. Tenho um gazilhão de coisas para fazer antes de ir para...seja lá para onde for, precisarei de itens de higiene, material escolar, roupas etc. 

-Sim. Eu estou atrasada com isso. Mas prometo me resolver nos próximos dias.

-Faça isso.

Nos despedimos e eu me deito. O corpo está cansado, e a mente fervilhando. Penso e repenso muitas vezes. Traço uma lista de prós e contras da NYU e de Berkeley. Me transporto para Nova Iorque, imagino como é viver lá,  e não como uma jovem num passeio de escola. De repente estou em Berkeley, me misturando aos milhares de estudantes e turistas, cheia de livros nas mãos.

O cansaço me vence. Espero que eu esteja certa da minha decisão. 

























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