Me marca, sou todo seu Parte I

By AmaraHeleno00

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Fanfic doce e romântica como Lara Jean e quente e divertida como Peter Kavinsky. Vamos acompanhar juntos o... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53

Capítulo 5

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By AmaraHeleno00

-Eu não vou descer.

-Pára de bobeira Covey, vamos. Eu tô com fome. 

-Com que cara eu vou olhar para a sua mãe Peter?

-Com a cara de quem teve uma noite de sexo com o namorado. 

- Você não consegue falar sério nunca? Eu tô com vergonha. Sua mãe deve imaginar o que fizemos durante a noite e ainda tem a questão dela não ser minha fã número 1.

-Não. Ela é  sua fã número 2. Porque 1 sou eu.

-Aff. Eu desisto de você.
Sua expressão muda, de divertido para contrariado. Eu me aproximo e ele me abraça, colocando o rosto na curva do meu pescoço.

-Não repita isso nunca mais.

-O quê?

-Que desiste de mim.

-Peter eu tava me referindo a…
Ele me interrompe. 

-Não repita isso, nem brincando.

-Tá bem. Me desculpa.

**
Estamos há alguns minutos sentados à mesa: eu, Peter, Sra. Kavinsky e Owen, em um silêncio quase ensurdecedor. 

-Eu quase posso ouvir o som da digestão de cada um de vocês aqui.

O jeito de Peter querer quebrar o silêncio é  ainda mais constrangedor.

-Vamos lá  pessoal. Aqui nesta mesa está  o seleto grupo das pessoas mais importantes da minha vida. Precisamos manter uma relação harmoniosa se quiserem que eu seja plenamente feliz.

Eu tenho vontade de chutar a canela de Peter por debaixo da mesa. Mas ele tem razão. Sra Kavinsky pode não gostar de mim, mas eu não pretendo deixar seu filho por causa disto, então é bom que eu dê o primeiro passo para a tal relação harmoniosa.

-Estão uma delícia os waffles Sra. Kavinsky. Obrigada por me receber em sua casa.

-Não tem de que minha querida. Saiba que você é bem-vinda nesta casa e volte o quanto quiser.

Ela segura minha mão e sorri. Wow. Por essa eu não esperava.

-Peter me contou que você vai estudar na NYU. Como estão  suas expectativas?
Você está sendo uma menina de coragem. 

-Sim. Acho que foi a coisa mais corajosa que fiz em toda minha vida.

-Ahhhh. Sério? Eu achava que seu maior ato de coragem foi quando pulou em mim no corredor da escola.

Owen arregala os olhos espantado, mas parece querer  saber mais detalhes desta sandice. 

-Isso não foi um ato de coragem, foi um ato de loucura isso sim. 
Eu prontamente respondo, deixando Peter boquiaberto.

-Caramba Covey, você foi cruel agora.

Sra Kavinsky aparentemente terminou seu café e está com os braços apoiados na mesa segurando o queixo. Ela olha de mim para Peter com carinho. Está me avaliando é verdade. Mas quem não avaliaria a garota que tomou conta do coração de seu filho?

-Eu criei meu filho muito bem, não foi Lara Jean? Embora seja muito mimado, ele está se tornando um bom homem.

-Sim, ele é  um garoto maravilhoso.
Sorrio olhando para ele, sentindo realmente muito orgulho de quem ele é.

-Homem. Minha mãe disse homem.

Todos nós rimos, exceto Peter, e ficamos conversando por mais alguns  minutos, até que sua mãe tenha que ir para a loja.

**

-Doeu?

-Um pouco. Menos do que a primeira vez.-
Peter explode numa gargalhada alta e sincera.

-Eu tava me referindo a você encontrar minha mãe. Covey, que safada, você  só pensa nisso?
Devo estar roxa de vergonha, sinto minhas bochechas quentes. 

-O que vamos fazer hoje?- Mudo de assunto rapidamente.

- Biscuit Soul Food pós Cinema. O que acha?

-Quando eu sugeri isso você não topou-
Estou no banheiro de Peter usando um enxaguante bucal no lugar de escovar os dentes.

-Mas agora eu quero. 
Olho para ele séria. Não  gosto de seu tom dominador.

-Tá bem. Pode escolher o que vamos fazer- ele completa depois do meu olhar fatal.

-Primeiro vamos ao Biscuit e depois ao cinema.  Só para você entender quem está no comando.

-Positivo!. Ele faz um sinal como se fosse militar respondendo a um superior. 

**
 
-Me pega às 19h então?
-Ok!
-Não se atrase.
-Ok!
-Te amo.
-Ok!
-Como é? 
-Também te amo Covey.
-Ok!-

 Respondo e me despeço com um selinho em seus lábios. Sorrio contemplando esse momento comum que compõe um namoro. São as pequenas coisas que constroem uma história sólida.  Os grandes feitos decoram, completam e transbordam, mas é  no carinho diário, na visita inesperada, no fazer nada juntos que está  o brilho e o encantamento de um relacionamento. 

Passo do estado de euforia ao de tensão em poucos segundos. Como eu e Peter podemos fazer isso dar certo? Vamos ficar meses sem nos ver, será que falar ao telefone todo dia será o suficiente para não mudar as coisas entre a gente?

Entro em casa desanimada. Kitty me bombardeia de perguntas sobre a festa, a faculdade e como está Peter. Dou as respostas mais curtas possíveis, minha vontade era não responder absolutamente nada. Esse fim de semana intenso e a percepção da proximidade do início das aulas me deixou abalada. Entro no meu quarto, e sigo para um banho, daqueles demorados e reflexivos.

**
Margot e Kitty  notam meu desânimo. Trina foi visitar a irmã antes de voltar ao trabalho e papai foi para o hospital atender a tal gestante que daria à luz sem o pai do bebê,  mas não sem o Dr. Covey. 

Resolvemos então dar um passeio no shopping e almoçar por lá. A presença de minhas irmãs me anima, imagino como deve ser solitária a vida de quem não tem irmãos. A gente briga, mas não somos capazes de viver longe uma da outra. Longe fisicamente até vivemos, mas nossa ligação vai além da geografia. Dá pra ficar perto mesmo estando longe, dos irmãos, dos pais, mas do namorado?

Estamos em uma loja de departamentos e Margot tenta escolher um óculos de sol há  exatos 24 minutos.

-Gogo, é  o décimo quinto óculos que você experimenta e coloca defeito.

-Eu só quero ter certeza que é  o óculos certo. 

-Tá bem, mas não demore mais. Estou cansada e ainda vou sair com Peter a noite, não quero me atrasar.

Não noto a presença dela tão perto de mim, até que ouço seu sorriso e mais uma de suas provocações.

- Não precisa se preocupar Lara Jean, Peter está sempre atrasado. Ele ainda tem essa mania? Embora da última vez que marcamos algo quem se atrasou fui eu, e por isso vocês estão juntos. Enfim, já faz tanto tempo, acho que ele superou o meu atraso.

Fico boquiaberta em ver como Genevieve consegue ser tão ardilosa, pior, a mudança de comportamento dela em um curto espaço de tempo. Não respondo nada, olho para ela a cumprimentando com um sorriso e sigo pela loja atrás de Margot. 

-Que cara é essa LJ?

-Nada. Só  quero ir embora.

Margot olha a escada rolante e vê  Genevieve se afastando.
-Eu não acredito  que você ainda deixa essa garota te abalar dessa forma. O que ela falou dessa vez?

-Nada Gogo, nada. Eu estou bem-

 Kitty está na seção de acessórios experimentando cordões e chapéus exagerados, que ela jamais usaria. 
Pagamos o estacionamento e vamos embora. Margot sem seus óculos de sol.

**
São  19h35 quando ouço  Peter parando na frente de casa. Me despeço das meninas, e logo entro no carro.

-Você está atrasado.

-Oi pra você também.

-Oi. Mas você ainda está  atrasado.

-Que mal-humor é esse Lara Jean?

-Não estou de mal-humor. Eu só não gosto de esperar.  Se combinou às 19h, chegue às 19h. E não 19h10 ou 19h35.

-Tá bem, desculpa. 

Seguimos em direção ao Biscuit Soul Food. O clima ficou estranho depois que reclamei de seu atraso. Não trocamos uma só palavra no caminho, eu estou extremamente irritada e odeio o que estou sentindo. 

Definitivamente não é por ter ficado esperando. Como posso estar remoendo algo que aconteceu há tanto tempo atrás e pensei ter superado?Não superei.

Estamos sentados lado a lado, mas Peter está receoso em me tocar e se comunicar comigo. 

-Encontrei Genevieve no shopping hoje.-
O garçom se aproxima e fazemos nossos pedidos. Quando ele se afasta Peter responde:

-Eu nunca sei o que esperar quando você e a Gen se encontram.
Noto que ele fica tenso quando toco no nome de Genevieve, argh.

-Eu também não.

-É por isso que você tá assim?
Eu não consigo responder. Tem um misto de sentimentos em mim: vergonha, mágoa, raiva, insegurança.

-Porque você tinha que namorar alguém como a Gen por tanto tempo? É  como se eu tivesse adquirido um pacote: leve um namorado e ganhe uma ex.

-Me conta. O que aconteceu?
Ele não tá entendendo nada. A essa altura do campeonato, quando tudo parecia resolvido, eu resolvo desenterrar o assunto.

-Essa maluca.- 
Peter levanta a sobrancelha surpreso por me ver um pouco transtornada.

-Maluca. Porque alguém que um dia trata a atual do seu ex como se fosse uma velha amiga, e éramos mesmo, e no capítulo seguinte recomeça um jogo de provocações, não pode ser normal. E eu me odeio por isso. Odeio porque eu baixei a guarda para ela, odeio porque pensei que as coisas podiam ser diferentes entre mim e ela, odeio que ela saiba o jeito certo de me desestabilizar. -

As palavras saem da minha boca como se eu não pudesse segurar.

-Eu devia ter feito as coisas diferente do que fiz depois que terminamos.-Diz Peter

-Sim, devia  mesmo.
Meu tom é sério, quase ameaçador.

-Ela sempre nos provocou. 

-Ela sempre me provocou Peter. 

-Não precisa ficar tão arredia comigo, eu não tenho culpa por Genevieve ser desse jeito.
Eu respiro fundo, em silêncio, tentando controlar a névoa que se forma dentro de mim. Em vão. 

- Você tem culpa sim. Porque mesmo sendo meu namorado, hora de mentira hora de verdade, você corria igual um cachorrinho quando ela chamava. 

-Eu não acredito que estamos tendo essa discussão agora. Achei que tivéssemos passado de fase.

-Passado de fase...isso não é um vídeo game.
Peter me olha com cautela, confuso. Ele não entende. Jamais entenderia. Não entende porque eu não tenho um passado capaz de jogar na cara dele suas inseguranças. Eu estou tão certa do que ele sente por mim, tão certa de que Gen é só uma parte da história dele que ficou para trás. Eu tenho que seguir em frente, passar de fase como ele diz.

-Quando eu digo que devia ter feito as coisas diferentes, é um pouco sobre isso. Eu não tinha que ter estado tão disponível assim para ela depois que terminamos. Mas ela precisava de mim, o momento era difícil,  você sabe.

- Claro. Momentos difíceis resolvemos com um encontro no ofurô.

Ele sacode a cabeça e se ajeita na cadeira, como se buscasse força para encarar os fatos ou se não acreditasse no que estava ouvindo. Permanecemos calados por alguns segundos. É Peter quem rompe o silêncio.
 
- Você lembra o que aconteceu naquela noite Lara Jean?

-Cada detalhe. Era o momento mais romântico da minha vida, que foi maculado depois, quando eu soube que não era eu quem devia estar naquela cena.

-Mas a parte que eu me declaro para você,  e você me dispensa, você  lembra?
Ele fala comigo com firmeza, quase magoado. 

Fico calada porque pela primeira vez nesta  noite eu me sinto um pouco acuada.

- Você se lembra que eu disse, com todas as letras, que eu gostava de você e te pedi uma resposta, e você só sabia afirmar que eu gostava da Gen, mesmo eu dizendo que naquele momento era você?

-Então, porque diabos você foi encontrar com ela na banheira? Se já gostava de mim?

Eu falo firme, se estivéssemos sozinhos esse era o momento que talvez eu estivesse gritando, porquê por dentro eu estava. Os dois se controlavam por estar em público, mas a irritação de ambos era notada por qualquer olhar mais atento.

-Eu estava com raiva. 
Estava com raiva porque eu já tinha te dado vários indícios de que tava a fim de você e sabia que também tava a fim de mim. Eu me declarei pra você e você fugiu. 

Silêncio.

É estranho essa intensidade toda, é como se tivesse acabado de acontecer, mas na verdade se passou quase 2 anos e já vivemos tanto depois disso. Peter continua como se quisesse de uma vez por todas acabar com aquilo

-Eu sinto muito por ter atendido a mensagem da Gen no exato momento em que acabamos a discussão e você mandou eu me divertir. Eu não agi certo, estar  com raiva não justifica eu procurar outra pessoa, quando eu já gostava de você. Repito, eu sinto muito. 
Eu só queria que soubesse que me arrependi assim que apareceu no ofurô pra gente conversar e se acertar. 

Acho que nós nunca havíamos sido tão sinceros sobre o que ocorreu ali, por isso estamos falando sobre isso tanto depois. Não havia sido esclarecido. Ainda.

-A gente quase se perdeu naquela noite.

Eu sinto um frio percorrer minha espinha com essa constatação.
Ele me olha com tanta ternura, que meu coração se acalma também. 

-Sim Covey. Quase nos perdemos. Mas estamos aqui agora. 

- Você me desculpa, por ter tentado fugir e por trazer isso à tona novamente?

-Tudo bem, era o que você estava sentindo num era? É importante resolver pra gente passar de fase. 

Sorrimos juntos quando ele implica comigo, e sinto o ambiente mais leve.

-Me desculpa pela decisão errada e por todas as vezes que minha amizade com a Gen te magoou. 

-Desculpo. 

Peter puxa minha cadeira mais para perto, me abraça e diz baixinho no meu ouvido, antes de me dar um beijo.
-Nossa história somos só eu e você. 








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