My Golden Gangster.

Per SofiaCaramelo7

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Thomas é forçado a viajar para Portugal numa tentativa derradeira de parar Oswald Mosley, que continua os seu... Més

Personagens
Lisboa.
Helena.
O Plano.
Alfie.
O jantar.
Lastimável.
Tentação
Minha. (+18)
Manhã seguinte.
Pegasus.
Realidade pesada.
Egos esmagados.
Egos esmagados II
Voz da razão.
Demónio.
Sem saída.
Plano B.
Errado. (+18)
Devil's Game.
Força interior.
Sentada à mesa do Diabo.
Reviravolta.
Refúgio.
Entrega. (+18)
Enfrentar.
Broken Heart.
Perigo (+18)
Reencontro.
Verdades ocultas.
Teresa e Cassandra.
Ponto final?
Norte. (+18)
Cura.
Milagre.
666- Devil's Room.
Tempestade. (+18)

Vulnerável.

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Per SofiaCaramelo7

-"Preciso de uma mulher esta noite."- Disse Arthur metendo à boca o resto do whisky que havia sobrado. Helena que olhou para ele com um ar divertido, levantou-se dirigindo-se para a escadaria seguida pelos irmãos. O corredor no topo das escadas era infindável, com uma passadeira vermelha para cada porta.


-"Só tem de escolher Arthur."- No mesmo segundo que Helena falou, as portas dos quartos abriram-se quase em sintonia para deixarem revelar algumas das mulheres mais bonitas que Arthur já tinha visto. Arregalou os olhos com a visão e quase salivou que nem um animal. Passou a língua nos lábios ajeitando o cabelo e pegou na cara de Helena com as duas mãos dando-lhe um beijo na testa. -"Oh love, trata-me por tu! Tommy vou à minha vida!"- Fez uma continência desajeitada ao irmão e começou a afastar-se.

-"Finn?"- O mais novo estava boquiaberto e sem saber o que fazer olhou para Thomas de modo a pedir permissão.


-"A noite é tua, irmão."- Disse Thomas divertido. O mais novo sorriu com aquela resposta e correu para uma jovem bonita que o agarrou pelo colarinho, puxando-o para dentro da divisão.


-"Só falta o senhor, Mr. Shelby."- Helena disse para Thomas que estava ligeiramente atrás de si, sem o conseguir encarar com receio da resposta. Thomas aproximou-se vagarosamente dela e sussurrou ao seu ouvido.- "Achei que já tínhamos passado essa parte Helena. É Thomas."- O coração de Helena saltou 3 batidas quando ouviu aquela voz grave no seu ouvido, Thomas apercebeu-se do arrepio no corpo de Helena e colou definitivamente a boca no seu ouvido-"Já estou acompanhado."- Helena esqueceu-se de quem era ao sentir a respiração quente de Thomas colada na sua pele. Permitiu-se fechar os olhos e morder a língua para se lembrar onde estava e com quem estava, aquele homem estava a mexer com ela de uma maneira que não achava possível.- "Eu não sou como elas Thomas."- Disse ainda de olhos fechados tentado abstrair-se da boca que estava colado ao seu ouvido e que fazia questão de respirar pesadamente para ela o sentir. Thomas abriu o sorriso sabendo as sensações que lhe estava a dar.-"Mostre o caminho, Helena."- Disse antes de lhe dar algum espaço, encostando-se à parede. Helena deu-lhe as costas sem o conseguir encarar e seguiu para o lado oposto do corredor.

Pegou num velho candeeiro de parede e puxou-o, o que revelou uma abertura na parede falsa. Thomas franziu as sobrancelhas de espanto ainda encostado à parede, Joaquim revelava-se cada vez mais engenhoso, aquele edifício era o seu quartel e ele tinha-se certificado que ninguém saberia onde procurar. Helena subiu a escadaria revelada pela abertura e Thomas seguiu-a com a falsa parede a fechar-se atrás de si. No topo, deu por si numa das maiores mansões onde alguma vez tinha estado, deixando-se absorver pela decoração e pelo espaço. 


-"O teu tio realmente não poupou esforços, não foi?"- Disse com as mãos nos bolsos olhando para Helena que parecia perdida nos seus pensamentos.


-"Nunca poupa, devo-lhe a minha vida."- Helena sorriu levemente. Thomas deu mais alguns passos até uma janela que deixava vislumbrar a cidade de Lisboa. Magnífica pensou ele, mesmo envolta em escuridão não deixava de ser uma vista de cortar a respiração. 



Thomas levou a mão ao bolso interno do casaco e ofereceu um cigarro a Helena que se aproximou para o aceitar. Não pôde deixar de reparar como o fogo dava à sua pele pura um tom ainda mais delicado mas ao mesmo tempo selvagem. Aquela mulher era alucinante.



-"Lamento muito por tudo Helena, os teus pais vão ser vingados. Vingamos sempre os nossos." Disse pesadamente. Helena aproximou-se um pouco mais da janela e cruzou os braços sobre o peito.

-"Eu sei, obrigada Tommy." Helena levou o cigarro à boca e percebeu a sinceridade nas suas palavras.

-"Tommy ahm?"- Permitiu-se brincar um pouco com ela, não podia negar que estava a aproveitar cada segundo daquela aproximação e que ansiava por mais.- "Olha por esta janela."- Thomas deixou Helena ficar à sua frente pegando delicadamente os seus ombros com as mãos, sentiu-a ficar tensa com o seu toque. -"Esta cidade é tua. Tudo o que vês no horizonte é teu. Os teus demónios não te podem vencer enquanto tentares acordar todos os dias para lutar."- Helena fechou os olhos e inconscientemente posou a cabeça no peito de Thomas, vendo-a relaxar desceu as mãos até à sua cintura delicada e acabou com qualquer espaço que existia entre os dois. Travou o maxilar quando se deixou embriagar novamente pelo seu perfume tentando controlar o desejo cada vez maior que sentia, não queria que ela se assusta-se com o volume no fundo das suas costas. 

-"É possível um coração despedaçado amar?"- Helena pergunta inconscientemente ainda de olhos fechados, nunca se tinha sentido tão vulnerável na sua vida, nunca se tinha permitido a isso.


-"Eu amei."- Thomas disse quase em sussurro. Sem pensar posou o queixo no ombro de Helena, tentando digerir todas as emoções que de uma forma ou outra tentava reprimir, ela sabia perfeitamente de quem ele falava.

-"Podemos ficar assim mais um pouco?"- Sentia-se segura no abraço de Thomas e só queria que o tempo parasse.

-"O tempo que quiseres, love."- Ouvir o carinho que saía da sua boca abriu-lhe um sorriso sincero na cara, desfrutavam de um silêncio confortável e sem nenhuma palavra ser pronunciada permitiram-se ser o apoio um do outro. Pela primeira vez aqueles dois corações despedaçados e cheios de escuridão encontravam-se. 

-"Sabes que tenho de fazer isto não sabes?"- Helena abriu os olhos e virou-se para encarar Thomas que lhe desviou uma mexa de cabelo da cara e desenhou a linha do seu rosto com o polegar.

-"Ao menos que um de nós que tenha paz."- Thomas segurou-lhe o queixo com o polegar, olhou directamente para a boca de Helena e molhou os lábios quando o desejo começou a inundar novamente a sua mente, estava reprimir-se desde o momento em que a tinha visto. Inclinou-se lentamente até sentir a sua respiração quente nos lábios.-"Eu disse-te que não era como elas, Tommy." 

Helena passou por Thomas deixando-o atordoado e sem reacção- "O teu quarto é o último à esquerda, não me venhas bater à porta durante a noite porque não vou abrir."- Correu para o quarto e trancou a porta enquanto perdia a força no seu corpo e escorregava até ao chão. Por momentos esqueceu-se dos seus demónios. Thomas mandou a cabeça para trás sem acreditar no que tinha acontecido enquanto tentava ignorar o volume latejante nas calças.


-"Fodasse Helena." 


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