Despedaçados | Namjin

Від kseokjinautt

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Namjoon e Seokjin tinham três filhos adoráveis e um casamento sólido, ou pelo menos era o que o ômega acredit... Більше

Introdução & Personagens
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34

Capítulo 12

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Від kseokjinautt

Entraram em uma sala escura. Da entrada, Seokjin enxergou apenas o outro lado, o bar e um pequeno palco onde um grupo de músicos tocava uma melodia calma.

Namjoon conduziu-o até a pista e tomou-o em seus braços. Na mesma hora, o ômega foi assaltado por um sentimento incômodo, como se estivesse nos braços de um estranho. Não evitou um suspiro. 

O alfa percebeu a tristeza e fez mais pressão na mão que segurava. A outra mão dele desceu das costas para a cintura, puxando-o mais para perto. O alfa começou a se mover no ritmo da música e Seokjin o seguiu.

Ficaram em silêncio durante as três primeiras músicas, permitindo-se, aos poucos, mergulharem em lembranças de outras épocas do relacionamento.

Seokjin lembrou do dia em que se conheceram, da primeira vez que dançaram juntos. Dançaram colados à noite toda, a mão de Namjoon acariciando as costas de Seokjin num movimento íntimo e sensual. Seokjin ainda lembrava do frio na barriga e das outras demais sensações que aquele alfa de olhos bem desenhados despertou nele desde o primeiro segundo que o viu.

Já Namjoon lembrou da primeira dança depois de casados, na pequena festa de casamento que tiveram. O ômega estava radiante em seus braços. Já estava grávido dos gêmeos, mas o terno branco disfarçava o pequeno volume que estava começando a aparecer na sua barriga. Ele sorria abertamente, estava feliz. Namjoon faria de tudo para que o seu ômega voltasse a sorrir como antes.

Ambos, embriagados com a saudade de tempos mais simples, deixaram-se levar. O ômega fechou os olhos e aspirou o cheiro do seu alfa. Ele quase podia escutar as batidas do próprio coração enquanto aproximava ainda mais o seu corpo do marido. Segurou bem as costas fortes de Namjoon e descansou a cabeça em seu ombro. 

A aproximação de Seokjin produziu um efeito imediato no alfa. Uma onda de calor e desejo inundou seu corpo. O maior inclinou-se e roçou os lábios carnudos no pescoço do marido.

— Nada mudou entre nós. Depois de tantos anos, ainda temos este incrível efeito um sobre o outro.

Infelizmente, ou felizmente, ele tinha razão. Com um suspiro, Seokjin permitiu-se fazer o que mais ansiava e ergueu os lábios para beijá-lo. Pela primeira vez, depois de várias semanas, o ômega fazia um movimento voluntário na direção dele. Namjoon tremia.

— Vamos para casa — o alfa disse com a voz rouca de desejo. — Quero muito mais que dançar com você.

Namjoon uniu a sua mão a do ômega e o puxou para fora do clube. No carro, ficaram em silêncio durante o caminho. Vez ou outra, o alfa olhava para o marido, torcendo para que aquele clima de paz entre eles não acabasse tão cedo. 

O ômega mantinha suas atenções no caminho, fugindo dos olhares do alfa. Mas, mesmo fingindo indiferença, ele podia sentir a forte presença do marido no carro.

Quando chegaram em casa, cumprimentaram Jiwon, a qual avisou que as crianças já estavam dormindo. Namjoon abriu a carteira para dar o dinheiro do táxi para a mãe, mas Seokjin o interrompeu, colocando sua mão sobre a do alfa.

— Namjoon, vá deixá-la em casa. 

O alfa pensou em recusar, estava ansioso para ficar sozinho com o ômega, mas acabou acatando o pedido do marido. Enquanto Namjoon e Jiwon saíam, Seokjin subiu para o quarto do casal e tomou um longo banho. 

Mesmo que desejasse o marido mais que tudo, agora longe da influência da sua presença, Seokjin sentia o coração apertado. Mais uma vez, permitiu-se chorar durante o banho em busca de aliviar a angustia que carregava em seu peito. O ômega faria de tudo para que aquela dor parasse, para que tudo voltasse a ser como antes, mas ele simplesmente não conseguia.

Quando Namjoon entrou no quarto depois de ter levado a mãe para casa, encontrou Seokjin deitado, aparentemente dormindo. Suspirou, decepcionado. Ele sabia que o ômega estava acordado, e a sua tentativa de evitá-lo novamente o machucava.

O alfa tomou um banho rápido e depois voltou para o quarto. Foi para a cama nu, como sempre dormia. Deitou, com as mãos servindo de apoio para a cabeça, e ficou olhando o teto escuro, enquanto Seokjin ficava imóvel ao seu lado. 

A pouca iluminação no quarto vinha da janela aberta próxima a cama. Namjoon observou a silhueta do marido, mas por longos minutos não teve coragem de avançar ou falar qualquer coisa. Sentia o peso do que tinha feito muito mais forte em momentos como aquele, em que sentia-se envolvido pela melancolia sufocante que pairava entre eles. Sem palavras ácidas ou comentários sarcásticos a serem respondidos, apenas o silêncio triste que parecia anunciar o fim do casamento deles. 

Mesmo que Seokjin tivesse voltado a dormir com ele, não é como se ele estivesse realmente ali. Dividiam a mesma cama, mas havia uma enorme parede entre eles. Seokjin não estava ali porque queria, mas porque sentia que devia, pois assim não preocuparia os filhos. Namjoon odiava saber disso.

Ficaram muito tempo imóveis, em silêncio, sem conseguir dormir, até que a tensão tornou-se insuportável. Namjoon deu um suspiro e virou-se para alcançar o marido. Passou os braços fortes pela cintura de Seokjin e cheirou o seu pescoço, acalmando-se um pouco ao sentir a essência de morango do marido. Sentia muita falta do seu ômega, se pudesse voltar no tempo e mudar o que fez...

— Me desculpe... — sussurrou. — Me desculpe por acabar conosco.

Diferente do que esperava, Seokjin começou a se mover. O ômega virou-se de frente para ele e o encarou profundamente. A expressão triste no rosto dele só aumentou a culpa que Namjoon sentia.

Algumas lágrimas escaparam dos olhos do ômega. O alfa as limpou com carinho.

— Namjoon... Lembra quando mais cedo me pediu para não deixar de ser o ômega doce e adorável que eu sempre fui? — Namjoon confirmou levemente com a cabeça. — Eu... eu sinto como se não conseguisse mais. Você acha que estou feliz assim? Me sinto amargo, Namjoon, sinto como se algo dentro de mim tivesse apodrecido. Não quero mais brigar com as crianças por motivos bobos, não quero preocupar mais os meus pais e a sua mãe com as minhas atitudes estranhas e hostis, não quero mais discutir com você... Tudo isso é muito cansativo. Mas, eu simplesmente não consigo controlar. É como se eu não pudesse impedir que a podridão dentro de mim se espalhasse, atingindo todos vocês.

— Oh, querido, eu sinto tanto por isso... Acredite em mim quando digo que nunca quis lhe fazer algum mal. Se eu soubesse que as coisas acabariam assim, eu teria feito tudo diferente, nunca teria me aproximado dele.

O ômega abriu um sorriso triste.

— Não é apenas por Chansung, isso é apenas a ponta do iceberg. Depois que soube da relação de vocês, muitas outras questões emergiram... Por tempos, apenas reprimi tudo e fingi que estava tudo bem, mas já faz um tempo que as coisas não estão bem entre a gente. A verdade é que nós não somos mais felizes juntos, Namjoon. Vivemos no automático, fazendo o que achamos ser necessário para manter um casamento teoricamente perfeito. Mas... você não me ama mais, Namjoon. Talvez, nunca tenha amado. As circunstâncias nos trouxeram aqui. Nós nos casamos porque as coisas saíram do controle, nos casamos porque eu engravidei. 

— O que você está falando? Claro que não, Jin! Você sabe que não foi por isso. Nós nos amávamos, nos amávamos tanto que admito que isso me assustou pra caralho no começo. Estamos juntos há sete anos porque nos amamos, não por causa das crianças. 

— Se nos amamos tanto quanto você diz, por que tudo parece tão... errado? Por que eu me sinto tão sozinho? Se você não quiser admitir que está infeliz tudo bem, mas eu estou infeliz, Namjoon. Eu... eu me sinto tão vazio. Me tornei alguém de quem não me orgulho. Não sei se você pode me entender... Na verdade, acredito que não possa. Enquanto eu paralisei, você cresceu. Enquanto eu me apaguei, você brilhou. Aquele restaurante, aquelas pessoas, aquilo tudo... Aquele é o seu mundo, o mundo que combina com o importante Kim Namjoon, mas não comigo. Eu... eu... me sinto deslocado, me sinto inferior. 

— Jin, você não é inferior a mim ou a qualquer uma daquelas pessoas, nunca mais repita isso. Você é incrível, e eu tenho muita sorte por você ter me escolhido como seu alfa. Eu sei que você é bom demais para mim, que não te mereço, mas sou egoísta demais para te deixar ir. Eu simplesmente não consigo abrir mão. Só de pensar chegar em casa e não te ver... Mesmo nessas últimas semanas, com você magoado comigo, eu não conseguia me imaginar sem você. Eu sei que parece difícil agora, mas podemos consertar isso e...

— Será? Você realmente acredita no que diz? Talvez o melhor seja admitirmos logo que acabou. Vamos parar de nos torturar, Namjoon. Isso não é ruim só para a gente, mas para as crianças também.

— Não, Jin, por favor... Eu sei que não terminamos aqui. — Namjoon suplicou, com a voz embargada graças ao nó que se formara em sua garganta. Aquele não era o fim de noite que imaginara quando propôs que saíssem para jantar. — Além disso, eu te marquei, não há como desfazer isso.

— Mas se o seu lobo aceitar, você poderá marcar outro ômega. Você poderá procurar alguém que o faça feliz, que se encaixe no seu outro estilo de vida. Ainda nos veremos por conta das crianças, então nossos lobos não sofrerão tanto... Enquanto não arranjarmos outros parceiros, podemos dormir juntos algumas noites para acalmá-los.

Impaciente, o alfa sentou na cama. 

— Isso que você está propondo é uma loucura! Você sabe que as coisas não funcionam assim. Cada dia que passarmos longe um do outro, iremos sofrer. Além disso, eu não quero outro ômega, eu quero você, por que não entende isso? — perguntou, com raiva, encarando os olhos do marido. 

Seokjin, agora, também havia sentado. Estava com as costas apoiadas na cabeceira da cama.

— Você realmente precisa que eu responda? 

— Foi um deslize, Jin, apenas nisso. Se você pelo menos me escutasse...

— A questão aqui não é mais a traição, Namjoon, mas a nossa infelicidade. Não estamos fazendo bem um ao outro.

— Eu sou feliz apenas por te ter por perto, Jin. Ainda acredito que podemos melhorar as coisas.

O ômega balançou a cabeça negativamente e voltou a se deitar. Seu lobo estava triste, não concordava com o que Seokjin dizia. Mesmo magoado, não queria ficar longe do seu alfa.

— Nessa sua proposta louca, como você fica? Se já vai ser doloroso para mim, imagina para você. Você sabe que ômegas sofrem mais com isso. Como vai suportar o seu lobo chorando todos os dias com saudades do meu? Estamos ligados para sempre, Jin. Se algum alfa tentar te marcar, você morre. Se algum alfa tentar te tocar, seu lobo o rejeitará.

— Namjoon, será que não entende? Já está doendo. Não é porque estamos dividindo a mesma cama que ainda somos um casal. Será que não percebe a enorme muralha invisível que nos divide neste exato momento? 

O alfa suspirou e encarou o marido. Sentia vontade de chorar, mas controlava-se apenas para continuar conversando com o ômega. Não podia deixar que Seokjin continuasse com aquelas ideias absurdas de separação. 

Sem saber o que dizer, o alfa apenas se inclinou sobre o marido. Ele tinha que provar que eles ainda se possuíam e que aquela ideia do ômega não tinha fundamento. Eles ainda se amavam, desejavam-se, não havia acabado para eles ainda.

Como não fora rejeitado pelo menor, Namjoon começou a distribuir beijos pelo pescoço do marido. Enquanto uma das mãos era usada como apoio pelo alfa, a outra descia e subia pelo corpo do ômega. 

Quando o alfa uniu os seus lábios aos do marido, sentiu-o corresponder com uma urgência maior do que imaginava. Sorriu durante o beijo, Seokjin ainda o queria.

O ômega se entregou com avidez e eles fizeram um amor desesperado e silencioso. Quando o orgasmo de Seokjin já estava chegando, Chansung apareceu novamente como um fantasma entre eles, esfriando seu corpo como na última vez.

Namjoon percebeu a mudança e ficou imóvel, observando-o lutar contra a assombração que o magoava. Seokjin lutou com todas as suas forças, os olhos apertados contra as lágrimas e as mãos travadas nos ombros de Namjoon. Seu corpo estava tenso, o que tornava a penetração mais difícil, mas ele não queria desistir. Ele também queria provar a si mesmo que conseguia, queria provar que Chansung não tinha lhe tirado o direito de sentir prazer com Namjoon. 

Com os olhos fechados, parou por alguns segundos e respirou fundo. Tentou afastar o outro ômega dos seus pensamentos o máximo possível antes de continuar a se movimentar. Se conseguisse, talvez ele e Namjoon ainda tivessem uma chance. Se funcionasse, talvez eles ainda pudessem ser felizes. Se ele chegasse lá, talvez as coisas pudessem ser como no começo do relacionamento deles. Sentiu o corpo pronto e percebeu que conseguira dessa vez afastar Chansung. 

Quando o orgasmo chegou, jogou a cabeça para trás e soltou um gemido sôfrego. Namjoon o observara atentamente, sentindo-se aliviado por Seokjin ter conseguido. Isso era um bom sinal, eles estavam progredindo. 

Permitindo-se relaxar, o alfa continuou os movimento até alcançar o próprio orgasmo. Gozou gemendo o nome do marido.

Quando acabou, o ômega foi o primeiro a se levantar para se limpar. Namjoon continuou deitado, sentindo a exaustão tomar conta do seu corpo. Não era fácil para ele também. Apesar de se excitar facilmente com o ômega, a tensão que dominava os momentos de intimidade deles tornava tudo mil vezes mais cansativo agora. 

Assim que o ômega voltou, o alfa foi para o banheiro. Seokjin se vestiu e deitou. Encolheu-se na cama e abraçou um dos travesseiros. Diferente do alfa, que estava aliviado e otimista, o ômega sentia-se solitário e vazio.


🥀

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