Me marca, sou todo seu Parte I

By AmaraHeleno00

10.8K 705 252

Fanfic doce e romântica como Lara Jean e quente e divertida como Peter Kavinsky. Vamos acompanhar juntos o... More

Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53

Capítulo 1

591 25 4
By AmaraHeleno00

Sinto os primeiros raios de sol surgirem pela única fresta da janela. Meus olhos ardem, mal consigo abri-los. Eu sempre fui assim. Quando acordo tenho dificuldade para me localizar, no espaço, no tempo, na vida. 

Meu corpo está tão pesado, quero me mover, mas preciso de uma força que a esta hora não tenho. Passado aqueles breves segundos de confusão mental, me lembro de tudo. Um sorriso toma conta de mim. Ele ainda está aqui comigo. O peso que sinto sobre mim não é cansaço. É 1,85m de braços, pernas e músculos. Fecho os olhos para memorizar aquela sensação para sempre.

 Meu primeiro namorado. Meu primeiro amor. Minha primeira vez.

-Onde você  pensa que vai?- 
Peter diz com a voz rouca, me apertando ainda mais contra seu corpo. Eu ainda estava completamente nua, e ele... vestia apenas uma cueca boxer. 

-Eu vou escovar meus dentes, lavar meu rosto. Não  quero que você  me veja assim. - Não  tinha me olhado no espelho  ainda, mas devo estar descabelada, com a maquiagem toda borrada, de cara inchada e...com mau-hálito.

-Se  estiver preocupada  que seja possível eu me desapaixonar por você ao te ver acordar, fique tranquila.

- Peter diz calmamente, e eu posso sentir seu sorriso em meu pescoço. E completa: 

-Eu estou acordado  há  um tempo, quando abri meus olhos você estava virada para mim, então não  há  nada que eu não tenha observado enquanto você  dormia, antes de virar de costas. E me deixar doido, diga-se de passagem.- 

Ele não  pode ver meus olhos arregalados e minhas bochechas vermelhas de vergonha. Respiro bem fundo, pensando no próximo passo: encarar Peter.
Me viro para ele bem lentamente. Nos olhamos nos olhos. Seu olhar penetra o meu tão  profundamente que sinto meu peito queimar. Não sei o que dizer. Ele coloca a mão  em meu rosto, e eu fecho os olhos. 

Queria fugir da intensidade daquele momento. Queria me entregar intensamente aquele momento. 

-Foi  como você  pensava?-
 Ele me pergunta baixinho, inseguro, com medo da minha resposta. 

-Eu não sei bem o que eu pensava.- 

Sei sim. Eu imaginava que eu estaria casada, ou com mais de 21 anos, ou completamente apaixonada por alguém, e com mais de 21 anos. De todas as alternativas, eu estou apenas apaixonada. Me lembro do pacto que eu e Margot fizemos. Ela o quebrou primeiro. Eu posso não ter 21 anos, mas estou apaixonada. 

Completamente apaixonada.

Peter me olha confuso. E agora eu sei exatamente o que dizer.

-Pode não ter sido bom fisicamente falando. Dói, é desconfortável.- 

Ele se encolhe, e esboça  um pedido de desculpas. Mas firmemente, eu continuo: 

-Eu penso, não, eu tenho certeza,  que as próximas  vezes vão ser incríveis. Você  sabe porquê Peter Kavinsky?

-Porque Covey?

-Porque é você. Porque apesar da dor, meu coração estava transbordando de amor e certeza. Porque foi perfeito ter você  me olhando nos olhos a todo instante.  Porque você esperou o meu momento até que eu estivesse pronta. Porque é  você. E sempre vai ser você.

Enfim o vejo relaxar, parecia que tinha saído 1 tonelada de suas costas. Eu não disse uma palavra que não tenha brotado do meu coração.  Era o que eu sentia. Era como ele me fazia sentir.

-Eu te amo Covey.

Acho que ele nunca tinha me dito isso assim, de modo tão genuíno. Ele sempre diz que me ama, mas dessa vez foi diferente. Como se selasse uma promessa, ou confirmasse tudo que vivemos essa noite.

-E você?- 

-Eu?
Ele se assusta com minha pergunta, dá  pra ver claramente por sua testa franzida.

-Sim. Você. Foi como você pensava?
 Por Deus Lara Jean, isso é  coisa que se pergunte pro namorado que tinha uma vida sexual ativa antes de você? Me arrependo no mesmo instante, e se eu não quiser ouvir a resposta?

 Tarde demais.

-Ah Covey. Não sei. Eu pensava nisso demais. A todo instante pra ser sincero.

-A todo instante?
 O indago nervosamente.

-Não  que eu só  pensasse nisso. Mas eu te desejava muito e…

-E?...
Faço  ansiosa pra que ele continue. 
Ele faz um som com os lábios, como se não quisesse continuar. 

-Tá bem. Vou dizer como me senti. Mas não me interrompa, ok? Você é  tão ansiosa que não me deixa concluir.
 Passo a mão pela boca como se fechasse um zíper.

-Então. Eu estava nervoso,muito nervoso. Sabia que você  era tão especial, que você esperava que tudo fosse especial. Mas eu não esperava que acontecesse agora. Queria, mas não esperava. Eu escrevi nosso novo contrato com certeza de que você  ia me aceitar de volta e a gente ia fazer isso dar certo. Mas em um momento eu pensei: e se…
 Ele não conclui o pensamento. Mas eu posso imaginar o que seria. Peter continua concentrado em suas palavras:

-Eu estava com medo de te machucar. Eu estava com medo de te decepcionar de alguma forma. Eu tentei ser o mais gentil possível.

-Você  foi!
Eu o interrompo. Ele olha pra mim sério. Mas no final, sorri.

-Eu senti cada batida do seu coração junto ao meu Covey. Sim. Foi como você falou. Ainda, ainda não  foi incrível. Mas...eu jamais vou esquecer o que senti aqui com você essa noite. Eu nunca estive tão  profundamente envolvido em uma relação como estive, como estou na verdade, com você. Eu já tinha essa percepção quando vi que te amava como nunca amei outra pessoa antes, e agora sei que sexualmente falando também me sinto assim.

Me sinto nas nuvens. O fato de eu não ser a primeira dele em quase nada me atormentou por muito tempo. Hoje eu vejo que não importa o que ele já viveu.  Importa as memórias que ele constrói ao meu lado dia após  dia. Noite após  essa noite, talvez.

Quando descemos para tomar café,  já  passava das 10h. Margot  e Kitty estavam na cozinha conversando. Noto que Peter ficou um pouco envergonhado. Minhas irmãs imaginavam o que havia acontecido. Eu, estranhamente, me sinto à vontade com isso. Me aproximo saltitante, não dava pra disfarçar minha alegria. 

-Bom dia irmãzinhas! 

-Bom dia Margot. Como vai?- Peter a cumprimenta. 

-Eu estou bem. 
Ela responde prendendo um sorriso e levando sua xícara  de café à boca.
Ele se aproxima de Kitty, cochicha  algo em seu ouvido e dá  um beijo em seus cabelos.

Ela grita: 

-Jura?
Com os olhos brilhando. Peter pisca para ela, e ambos trocam um sorriso de cumplicidade. Eu me contenho, mas estou curiosa, pensando no que ele pode ter dito  que a deixou tão  feliz.

-O que você falou pra Kitty?
 Pergunto como quem não quer nada.

-Segredo!
Ele fala firme, terminando de tomar seu cereal. Eu o encaro por alguns segundos, mas ele sequer olha pra mim. Posso esquecer. Daqui eu não arranco nada.
Sigo com Peter até  a porta. Um aperto no coração. Não queria me afastar dele.

- Você não  pode ficar mais um pouco?

-De calça jeans e camisa social?
Sorrio envergonhada, mas falo:  

-Você  pode tirar se quiser.
Ele abre os olhos espantado. 

- Eu estou tentado, porém surpreso.

-É melhor você ir mesmo. Eu não  teria coragem de fazer nada com minhas irmãs acordadas.

 Digo com sinceridade.Peter me puxa pela cintura para um beijo. Mas antes completa: -Você  não me provoque se não tiver
 coragem de aguentar.

-Isso é  uma ameaça?-

 Lhe devolvo prontamente, me erguendo do alto dos meus 1,60m.

-Eu diria que é  um aviso.
 E me toma em um beijo quente e molhado. Com suas mãos em minha cintura como se fosse me levar com ele.

-Nos vemos mais tarde?

- Nos vemos mais tarde. - Respondo. 

-Podemos ir ao cinema, depois Biscuit Soul Food. O que acha?

-Cinema Covey?
 Ele diz, parecendo derrotado. 

- Não?
- Fico surpresa. O que haveria de melhor pra um casal de namorados que não fosse um cineminha?

- Nós  acabamos de voltar, passei dias sem você.  Não quero ir ao cinema para ficar cheia de frescuras, e não  me deixar nem te beijar. Quero tá  perto, perto mesmo.

Ele me abraça e põe  a cabeça  no meu pescoço. Posso sentir sua respiração. 

-Então  o que você  sugere?
Ele ri e me diz com a maior cara de pau: -Não faço  a menor ideia.

Penso um pouco. 
-Vem pra cá após  o almoço. A gente joga alguma coisa com as minhas irmãs e depois podemos assistir um filme. Com sorte, elas podem nos deixar sozinhos.

 Acho que ele gosta da idéia,  porque me lança  um olhar cheio de malícia. 

-Eu disse assistir um filme.
Friso bem. 

-Eu posso passar a noite aqui com você de novo?- seu olhar é tão esperançoso. 

- Acho melhor não. Meu pai não está  em casa, eu gostaria de conversar com ele antes.

-Ontem ele também não estava.

-É Peter. Ontem ele também não estava, e eu começo  a pensar que não devia ter deixado você  ficar.

-Devia sim!- no mesmo instante sou arrebatada por uma mordida no pescoço  que aquece meu corpo inteiro. Um último beijo e ele segue para sua casa. 






-Kiiiiitty!  O que o Peter falou pra você  que te deixou tão contente? - tento não parecer muito ansiosa. 

-Lara Jean, eu e Peter temos coisas. Negócios. Assuntos que você jamais entenderia.- ela volta pra ver sua série  como se eu não estivesse ali.

Fico plantada na sala de braços cruzados, pensando que meu namorado não conquistou  só  a mim. Levou de brinde uma cunhada apaixonada por ele.

Eu mereço.


Continue Reading

You'll Also Like

756K 23K 30
Você e sua mãe tinham acabado de se mudar para a casa do seu padrasto e foi então que você descobriu que teria um meio-irmão, você só não esperava sa...
59.8K 7.8K 30
A vida de Harry muda depois que sua tia se viu obrigada a o escrever em uma atividade extra curricular aos 6 anos de idade. Olhando as opções ela esc...
110K 5.1K 9
Dois melhores amigos que vivem se provocando decidem adicionar um pouco mais de cor na amizade... O que pode dar errado?
3.9M 162K 65
📍𝐂𝐨𝐦𝐩𝐥𝐞𝐱𝐨 𝐝𝐨 𝐀𝐥𝐞𝐦ã𝐨, 𝐑𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐉𝐚𝐧𝐞𝐢𝐫𝐨, 𝐁𝐫𝐚𝐬𝐢𝐥 +16| Victoria mora desde dos três anos de idade no alemão, ela sempre...