Desilusão

By BrendaSousa373

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Depois de uma desilusão amorosa, Ana se sente encurralada pelas lembranças e para lidar com isso, ela encontr... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capitulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Captulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Fim

Capítulo 31

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By BrendaSousa373

No final das contas Caio foi expulso da escola, e eu acabei fazendo companhia para o Fred na enfermaria.

Eu me sentia culpada por ter provocado tudo aquilo, se não fosse a minha ideia idiota, isso não teria acontecido.

Inteligência passou longe dessa vez.

Eu sou tão estúpida.

Ficamos em silêncio por um bom tempo. Eu tentando adivinhar a todo custo o que ele estava pensando e ele estranhamente perdido em seu subconsciente.

—– Obrigado por me defender  — Quebrei o silêncio com um sorrisinho pra amenizar a sua raiva.

Ele permaneceu calado, e eu entendi que ele não estava muito afim de conversar, e com razão, o que eu fiz foi imperdoável, eu não fazia ideia que a minha brincadeira resultaria em briga, e por pouco não resultou em tragédia.


Então suspirei profundamente e me levantei, mas ele agarrou subitamente o meu braço me surpreendendo com a sua atitude.

Virei o rosto e olhei no fundo dos seus olhos.

—– Fica — Ele suspirou

Senti uma certa carência em suas palavras, era como se ele dissesse.

"Fica, eu preciso de você"

O verde do seu olhar estava coberto por uma grande mancha roxa, e seu rosto levemente machucado.


A última coisa que eu queria era machucá-lo, eu só queria dar uma lição de moral nele para ele perceber que o que ele fez comigo foi muito cruel e me  magoou muito.


Abri um sorriso feliz por ele ainda querer minha companhia depois de tudo que fiz, e voltei a me sentar do seu lado.

Me senti à vontade para acariciar suas madeixas loiras que eram lisas e brilhantes, e ele sem aviso prévio deitou a cabeça no meu colo se rendendo inconscientemente ao meu  toque.

Só o fato de está ali com ele já era gratificante.

—– Você é um estúpido, eu daria conta daquela briga sozinha —  Brinquei.

—– É, eu sei que daria — Ele riu.

Dei risada.

Era óbvio que se não fosse ele pra me socorrer, eu estaria no IML agora.

E não foi por falta de aviso.

Ele se levantou de repente e olhou no fundo dos meus olhos.

—– Não aguentei vê ele te insultando daquela maneira.

—– Mesmo assim, você não tinha que ter provocado ele, o cara acabou contigo — Falei segurando a risada.

—– E daí, eu não ligo, você está aqui comigo e não com ele, então eu já ganhei essa briga.

As palavras de Fred soaram como música para os meu ouvidos, e eu sorri estupidamente.

Acho que é a partir daí que tudo começa mudar.

Em seguida ele pegou a minha mão e encarou novamente os meus olhos, dessa vez com convicção.

—– Eu teria apanhado quantas vezes fosse necessário para proteger você — Confessou com convicção.

Sorri em meio as lágrimas de emoção, eu estava tão feliz só de saber que ele se importa comigo de verdade.

—– Fred?

—– Sim.

—– Eu nunca gostei do Caio —  Suspirei

____ Eu sei que não.

Ele acariciou delicadamente o meu rosto, em seguida beijou sutilmente os meus lábios.

E sua mão foi parar na minha nuca, e eu acompanhei facilmente os seus movimentos que eram lentos e precisos.

Como se aquele beijo tivesse sido planejado.

O meu coração batia tão forte que parecia que a qualquer momento ele iria saltar do meu peito, ao mesmo tempo que um arrepio percorreu todo o meu corpo.

Nessa hora eu me esqueci de tudo, do mundo, exceto a aula de matemática com o Arnold.

—– Droga!

—– O que foi? — Ele perguntou olhando para os meus lábios e depois para os meus olhos.

Ele convidou os meus lábios para outro beijo, dessa vez mais intenso, sem perceber eu estava em seu colo, e suas mãos estavam acessando partes do meu corpo que jamais imaginei que alguém tocaria.

Meu Deus e como era viciante. Eu não queria mas sair dali, de perto dele.

Ou melhor, de cima de dele.

Eu não sei se era porque eu estava apaixonada, mas seus lábios eram tão macios, tão doces, e seu corpo era tão quente que incendiava o meu. Sem contar suas mãos que eram firmes e seguras, me transmitindo uma segurança fora do comum.

Mas..

—– É sério, eu preciso ir — Me afastei por falta de ar, mas ele me puxou para  um último beijo que me fez questionar se eu precisava mesmo ir para aquela aula tediosa com o Arnold ou ficar ali desfrutando daquele prazeroso  momento.

—– Tudo bem, pode ir — Ele se adiantou — Também tenho prova daqui a pouco.

Ainda bem que ele disse isso por que se dependesse de mim.

—– Está bem — Suspirei, e ele sorriu de lado, dando um beijo na minha testa.

—– Até mais, Kate.

Sai dali com as pernas bambas, o coração acelerado e me beliscando várias vezes para me certificar de que aquilo não foi um sonho.

...

Nem prestei atenção na aula, porque só conseguia pensar naquele beijo, no quanto ele foi bom, e até dava água na boca.

Eu estava louca pra sair dali e voltar correndo para os braços dele, para desfrutar mais um pouco daqueles lábios macios e tentadores pelo qual eu já estava viciada.

Imaginei o meu primeiro beijo em tantos lugares, de tantas formas.

Mas nunca na enfermaria da escola, e com um cara como o Fred, que era o oposto do cara dos meus sonhos.

Eu jamais imaginei que seria tão bom.

—– Ana, te fiz uma pergunta — Arnold disse interrompendo os meus pensamentos.

—– An? o que? desculpa Arnold — Tirei a caneta da boca, e consertei minha postura na cadeira — Pode repetir por favor?

.......

Depois que sair da aula, comecei a procurar o Fred feito louca, mas não o encontrei, ao invés disso eu esbarrei com a liza no corredor.

—– Ana, até que enfim, você sumiu, fiquei preocupada —  Ela disse agitada — Você se machucou?

—– Não, eu tô bem — Falei correndo os olhos em volta, começando a sentir uma pontinha de decepção.

—– Eu soube do que aconteceu, aquele otário do Caio, a vontade que eu tenho é de amassar ele — Ela cerrou os punhos

—– Olha —  Segurei os ombros dela — Não precisa amassar ninguém porque eu estou bem, aliás eu estou mais do que bem, eu estou ótima — Falo com um sorriso bobo e ela franziu as sobrancelhas confusa tentando acompanhar o meu raciocínio.

—– Vamos para o refeitório —  Puxei ela


Continuei a busca incessante  pelo Fred, mas quando estava quase perdendo a esperança, ele passou pela gente e lançou um olhar sedutor pra mim que me fez derreter completamente.

Abaixei a cabeça constrangida e coloquei a mecha do cabelo atrás da orelha.


—– Você pode até está bem, agora o Fred — Liza zombou segurando a risada. Dei um tapa no braço dela.

—– Ai — Resmungou

—– Ele me defendeu tá, se machucou por minha causa.

—– Eu falei que ia dar merda, mas você escuta? não ... se eu tivesse lá tinha dobrado aquele garoto no meio.


Enquanto liza tagarelava, eu me perdia em pensamentos fitando o Fred em outra mesa flertar comigo silenciosamente, eu estava tão boba que se alguém batesse na minha cara eu nem iria sentir.

Volta e meia eu mordia os lábios lembrando da doce sensação de ser beijada, de ser tocada por mãos tão firmes e tão quentes e ao mesmo tempo, tão...

A risada da liza atrapalhou bruscamente os meus pensamentos.


—– Por que está com essa cara de idiota? — Ela perguntou ainda rindo — Olha pra aquele outro idiota, o que os dois andaram aprontando?

—– Nada, ele só..

Tomei um gole do suco de laranja e olhei pra ela com receio.

—– Me beijou.

—– O que? que filho da puta, sempre jogando sujo — Ela disse se levantando.

—– Liza, espere —  Segurei o braço dela — Eu quis esse beijo tanto quanto ele, foi um momento especial, a gente estava na enfermaria..

—– Me poupe dos detalhes.

—– Eu acho que eu estou..

—– Por favor, não diga essa palavra, se não eu te mato — Ela apontou o garfo na minha direção.

—– Apaixonada.

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