Velhas Feridas, Uma Nova Mulh...

By VictoriaStylinson1

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Já pensou confiar tanto em alguém, e esse alguém ser capaz de fazer algo com você que jamais passaria por sua... More

Cap 1
Cap 2
Cap 3
Cap 4
Cap 5
Cap 6
Cap 8
Cap 9
Cap 10
Cap 11
Cap 12
Cap 13
Cap 14
Cap 15
Cap 16
Cap 17
Cap 18
Cap 19
Cap 20
Cap 21 - Bônus Rafael
Cap 22
Cap 23
Cap 24

Cap 7

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By VictoriaStylinson1

Eu estou olhando aliviada para o meu pai, vejo meu irmão ao seu lado.
Os dois tem em seus rostos uma expressão raivosa. Não duvido nada que a qualquer momento eles possam atacar o Felipe.

- Garoto você é surdo? Solta ela agora!

Dessa vez quem fala é o Mark, e seu tom é bem sério e frio.

- Não sou surdo, ouvi bem o que o vovô aí disse.

Ele sinaliza com a cabeça em direção ao meu pai.

- Não vou solta-la. Querem me impedir, vão em frente.

O Felipe fala de forma tão fria e debochada que fico com certo medo, mas não por muito tempo. Pois é só olhar para o meu pai e irmão que tenho a certeza tudo vai dar certo.

- Se não soltar minha filha, garanto que irá se arrepender.

O olhar que meu pai lançou para o Felipe é o de um assassino, e ao mesmo tempo sua voz está estranhamente calma.

- Não irá gostar da forma que iremos usar para fazer você solta-la.

Mark deixa claro, e no mesmo instante o toque violento de Felipe suavisa.
E sem esperar mais um segundo sequer, puxo meu braço e corro em direção ao meu pai, que me acolhe.

A adrenalina do momento vai indo embora e sem conseguir me conter,  derramo minhas lágrimas, meu pai me acolhe ainda mais. Meu irmão se junta a ele, os dois me abraçam de forma acolhedora.

- Calma Dul, você está bem.        _meu irmão diz calmamente, enquanto faz carícias em meus cabelos.

Após me acalmar um pouco, me afasto e olho ao redor. O Felipe não está mais presente. E agradeço aos céus por isso.

- Vamos pra sua casa filha, você precisa descansar.

Sem dizer nada acompanho eles até o carro, e logo estamos todos indo pra minha casa em silêncio.

Não sei quanto tempo passa e logo chegamos. Dou um sorriso quando meus bebês pulam em mim.

Quem cuida deles é o Jacob, enquanto estou sentada no sofá com meu pai e irmão conversando, ainda tentando esquecer os acontecimentos deste dia.

Alguém toca a campainha do lado de fora e o Jacob vai atender.

Fico surpresa quando vejo minha mãe entrar pela porta juntamente com meu padrasto.

- Mãe.

Me levanto e vou abraça-la. Sem nem cumprimentar o Mário, já que não nos damos bem.

- Oi minha filha.

Ela me abraça bem apertado, e minha vontade era chorar novamente, mas me seguro.

Assim que se afasta de mim, ela me analisa por alguns instantes.

- O que houve boneca? Está com cara de choro.

- Nada mãe, só estava com saudades.

Ela sorri de forma carinhosa.

- O que faz aqui hoje e nesse horário?

Afinal já era tarde da noite, e ela não ligou me avisando da visita.

- Seu pai me disse pra vir.      _diz e olha para o meu pai       - Oi Dimitri.

- Oi Carla.

Os dois se cumprimentam, e minha mãe juntamente com meu padrasto se sentam no outro sofá que tem ali.

- Porque a chamou aqui pai?

Pergunto sem entender .

- Eu quero falar com você, mas queria sua mãe presente. Afinal ela não vai gostar do que vou falar.

Fico ainda mais confusa e olho para o Mark, esperando que ele adiante alguma coisa.

- Nem me olha maninha. Isso é coisa do nosso pai, ele que tem que falar.

- Pode falar então pai.       _olho diretamente para o meu pai.

- Então princesa...

Sorrio com essa forma dele me chamar e ele percebendo meu sorriso também sorri.

- Eu vou precisar ir embora para a Inglaterra novamente.

Meu mundo para por um instante, já penso logo que vou perder meu pai, que ele talvez queira se afastar.

- Mas quero que você venha comigo.

Ele continua rapidamente e o olho surpresa.
Afinal não vou perder meu pai, ele me quer perto dele. E isso me enche de felicidade.

- Eu quero te registrar com meu nome, e você pode morar comigo. Por quanto tempo você quiser.

- E pode estudar lá, ter uma vida melhor.

Meu pai começa falando e meu irmão termina.

- Dimitri você não pode fazer isso comigo.            _minha mãe diz raivosa e com um tom triste na voz.

- Carla, lá ela pode ter oportunidades melhores. E eu quero ficar perto da minha filha.

- Da nossa filha Dimitri....Nossa.     _diz enfatizando a palavra final

- Só porque você está com a consciência pesada quer levar ela de mim.       _minha mãe diz furiosa

- Não estou com a consciência pesada Carla, eu apenas quero minha filha perto de mim.

Meu pai diz sério, mas calmo.

Deixo os dois discutindo e começo a pensar em como seria mudar para outro lugar e recomeçar a minha vida, em como essa oportunidade caiu do céu na hora certa.

Eu posso recomeçar a minha vida em um lugar que ninguém me conhece, perto do meu pai e irmãos, e o melhor....longe do Felipe.

A Inglaterra é o meu lugar dos sonhos, o lugar que eu sempre quis conhecer.

E já estou me imaginando em todos os pontos turísticos de lá.

Felicidade é a palavra que me define neste momento.

- Você não vai levar a minha filha pra longe de mim. Pode esquecer.

Volto a realidade com o grito da minha mãe em direção ao meu pai.

- Isso quem decide é ela Carla.

Meu pai fala com uma calma que posso ver que isso irrita a minha mãe.

- Acho melhor você intervir. Se não ela voa no pescoço do nosso pai.      _Mark diz sussurrando em meu ouvido , e da uma risadinha no final de sua fala

Decido então fazer o que meu irmão falou. Preciso amansar a fera antes que eu fique sem pai.

- Mãe, se acalma.       _digo alto, mas de forma tranquila.

- Você está pedindo pra eu me acalmar? É sério Dulce?

Nem respondo, quando ela usa meu nome é porque está muito brava, a ponto de explodir.

- Você está cogitando ir com ele?

Nessa frase posso sentir a dor em seu tom.

- Não vou mentir mãe. Eu estou querendo ir, e muito.

- Você não pode me deixar aqui sozinha.

Pela cara que meu padrasto fez, ele não gostou nada de ouvir isso. E se não fosse por toda a situação eu estaria rindo.

- Você tem seu marido mãe. Não vai ficar sozinha.

- Mas...

- Sem "mas" mãe. Eu quero recomeçar a minha vida, conhecer pessoas e lugares novos. Ficar mais próxima do meu pai, do meu irmão.

Olho para os dois, que tem um sorriso amoroso em seus rostos.

- E quero conhecer meus outros irmãos também. Quero uma vida nova.

Ela me olha, já deixando lágrimas escorrerem por seu rosto.

- Eu nunca vou te abandonar. Vou manter contato sempre.

Me aproximo dela e a envolvo em meus braços, e isso só faz ela soluçar mais. E ver ela chorando dessa maneira dói muito. Mas tenho que pensar no que é melhor pra mim, e esse recomeço vai ser bom.

- Eu te amo mãe, e nada vai separar nós duas. Mas eu preciso disso, e acho melhor te explicar o porquê. Só assim você poderá entender os motivos.

Ela me olha confusa , então me levanto, estendo a mão pra ela, e mesmo sem entender ela a segura. E vou com ela até meu quarto.

Preciso contar pra ela sobre o pior dia e ano da minha vida, e assim ela vai entender o porquê eu preciso tanto mudar e recomeçar.

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