Cap 2

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Bendito remédio que me fez ter um sono tranquilo a noite toda.

Acordei na manhã seguinte, comi um pão com manteiga e tomei um café preto. Logo depois tomei um banho, coloquei uma calça jeans, a camiseta com o nome da lanchonete e um ALL Star. Peguei minha coisas e corri para o ponto de ônibus, e por pura sorte ele já estava passando. Coloquei meus fones de ouvido, e o caminho até meu trabalho foi mais fácil de aturar.

 Mal chego no trabalho e já está super lotado. Isso que dá essa lanchonete ter o melhor pão de queijo de todos.

Atendo uma variedade de clientes, alguns educados, outros bem inoportunos, outros alegres, outros mais sérios. E estou sempre com um sorriso no rosto.
Afinal gosto desse trabalho....ou melhor, preciso desse trabalho. Kkk

Final de expediente e eu estou literalmente morta, e quero apenas minha cama.

Após limpar tudo e fechar a lanchonete junto com outra menina, pego meus pertences e saio rumo ao ponto de ônibus.

Já estou sentada em um assento no ônibus quando meu celular toca, vejo o nome e é nada mais e nada menos que a minha mãe. Exito em atender, mas ela não merece esse desprezo da minha parte.

Ligação on

- Alô, mãe.

- Dulce minha filha, que bom que atendeu.                  

Minha mãe diz com uma voz carinhosa.

- Tudo bem querida?

- Sim mãe e você como está?

- Estou bem meu amor, sentindo sua falta. Você nem fala comigo se eu não ligo.

Suspiro frustada....dói saber que minha mãe está mal com meu afastamento repentino dela.

- Eu sei mãe, me desculpe. Vou ligar mais vezes.

Digo prometendo. Minha mãe merece mais atenção da sua única filha.

- Fico feliz em ouvir isso querida.

Pelo seu tom de voz sei que está com um largo sorriso no rosto. E sem conseguir evitar,dou um singelo sorriso pensando em seu sorriso acolhedor.

- Filha preciso te contar uma coisa muito importante.

Fico com certo medo do que possa ser.

- Recebi uma ligação, seu pai está no Brasil e quer te ver.

- Problema dele. 

Falo com total desinteresse. Ele nunca veio atrás de mim em todos esses anos.

Há anos atrás minha mãe e meu pai se conheceram no hotel onde minha mãe trabalhava e onde consequentemente meu pai se hospedou com a família. Ele se encantou com a minha mãe e jogou seu charme até ela ceder, e pronto eles ficaram. E foi ali que fui gerada.
Minha mãe foi enganada, afinal aquele homem já estava de casamento marcado e estava apenas se divertindo com a minha mãe.
Ela dias depois descobriu que eu estava a caminho e contou a ele que ainda estava no hotel. Mas ele disse que não era dele e não ia assumir a filha de uma camareira. E então ele voltou para casa dele e minha mãe me criou sozinha.

Velhas Feridas, Uma Nova Mulher Where stories live. Discover now