Cap 7

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Eu estou olhando aliviada para o meu pai, vejo meu irmão ao seu lado.
Os dois tem em seus rostos uma expressão raivosa. Não duvido nada que a qualquer momento eles possam atacar o Felipe.

- Garoto você é surdo? Solta ela agora!

Dessa vez quem fala é o Mark, e seu tom é bem sério e frio.

- Não sou surdo, ouvi bem o que o vovô aí disse.

Ele sinaliza com a cabeça em direção ao meu pai.

- Não vou solta-la. Querem me impedir, vão em frente.

O Felipe fala de forma tão fria e debochada que fico com certo medo, mas não por muito tempo. Pois é só olhar para o meu pai e irmão que tenho a certeza tudo vai dar certo.

- Se não soltar minha filha, garanto que irá se arrepender.

O olhar que meu pai lançou para o Felipe é o de um assassino, e ao mesmo tempo sua voz está estranhamente calma.

- Não irá gostar da forma que iremos usar para fazer você solta-la.

Mark deixa claro, e no mesmo instante o toque violento de Felipe suavisa.
E sem esperar mais um segundo sequer, puxo meu braço e corro em direção ao meu pai, que me acolhe.

A adrenalina do momento vai indo embora e sem conseguir me conter,  derramo minhas lágrimas, meu pai me acolhe ainda mais. Meu irmão se junta a ele, os dois me abraçam de forma acolhedora.

- Calma Dul, você está bem.        _meu irmão diz calmamente, enquanto faz carícias em meus cabelos.

Após me acalmar um pouco, me afasto e olho ao redor. O Felipe não está mais presente. E agradeço aos céus por isso.

- Vamos pra sua casa filha, você precisa descansar.

Sem dizer nada acompanho eles até o carro, e logo estamos todos indo pra minha casa em silêncio.

Não sei quanto tempo passa e logo chegamos. Dou um sorriso quando meus bebês pulam em mim.

Quem cuida deles é o Jacob, enquanto estou sentada no sofá com meu pai e irmão conversando, ainda tentando esquecer os acontecimentos deste dia.

Alguém toca a campainha do lado de fora e o Jacob vai atender.

Fico surpresa quando vejo minha mãe entrar pela porta juntamente com meu padrasto.

- Mãe.

Me levanto e vou abraça-la. Sem nem cumprimentar o Mário, já que não nos damos bem.

- Oi minha filha.

Ela me abraça bem apertado, e minha vontade era chorar novamente, mas me seguro.

Assim que se afasta de mim, ela me analisa por alguns instantes.

- O que houve boneca? Está com cara de choro.

- Nada mãe, só estava com saudades.

Ela sorri de forma carinhosa.

- O que faz aqui hoje e nesse horário?

Afinal já era tarde da noite, e ela não ligou me avisando da visita.

- Seu pai me disse pra vir.      _diz e olha para o meu pai       - Oi Dimitri.

- Oi Carla.

Os dois se cumprimentam, e minha mãe juntamente com meu padrasto se sentam no outro sofá que tem ali.

- Porque a chamou aqui pai?

Pergunto sem entender .

- Eu quero falar com você, mas queria sua mãe presente. Afinal ela não vai gostar do que vou falar.

Velhas Feridas, Uma Nova Mulher Onde as histórias ganham vida. Descobre agora