Emma Hills
... - Como que tá o seu namorado, Brendon? - O meu avô perguntou olhando para o meu irmão e eu arregalei os olhos.
Eu engasguei com o suco de manga, me fazendo tossir e atraindo o olhar preocupado do Caden.
O Brendon travou ficando pálido, ele parecia ter congelado.
- O nome dele era João, não era? - Acrescentou o Caden com um sorriso para o meu irmão.
- O Brendon é gay? - Perguntou a minha tia anã.
- Quando que você chegou? - O meu avô perguntou confuso encarando ela.
- Eu moro com você... - Ela respondeu chateada.
- O Brendon é gay? - Perguntei em choque.
- Como é que ninguém sabia? - O meu pai soltou comendo normalmente.
- Você sabia? - O Brendon questionou com os olhos arregalados.
- Eu te peguei transando com ele. - O meu pai respondeu como se não fosse nada.
Pornô gay de graça?
- Eu também. - O meu avô comentou dando de ombros.
- Eu também. - O Caden acrescentou com um sorriso. - Aquela posição realmente não era favorável pra você.
- Aquela que ele levanta a perna e o namorado vai com tudo? - O meu avô perguntou para o Caden e o Caden assentiu com os olhos arregalados.
- Então todo mundo sabia? - O Brendon perguntou ainda em choque.
- Óbvio. - O meu tio surdo soltou e eu olhei indignada pra ele.
- Eu não sabia. - Soltei.
- Emma, você vive na casa do caralho. Você acha que alguém vai ter a paciência de fazer uma viajem de carro apenas pra te contar que o seu irmão dá a bunda pra macho? - O meu pai argumentou.
[...]
Abri a porta do banheiro e arregalei os olhos encontrando o Caden lá dentro.
Eu sei que eu pedi pra descobrir qualquer coisa que fosse dele, mas eu não queria ver ele cagando.
Os nossos olhares instantaneamente se cruzaram.
O Caden então desviou o olhar e continuou lavando as mãos.
- Desculpa, a porta não estava trancada então eu pensei que não tinha ningu...
- Tudo bem, você pode entrar. - Ele respondeu sem olhar na minha cara.
Eu engoli o ódio que estava preso na minha garganta e entrei no banheiro fechando a porta.
O Caden instantaneamente olhou pra mim confuso e eu devolvi o olhar pra ele.
- Você podia entrar, mas eu vou sair. - Ele esclareceu e eu assenti com os olhos levemente arregalados.
Tentei abrir a porta do banheiro pra deixar ele sair mas a porta simplesmente estava travada.
Encarei o Caden e engoli seco abrindo o sorriso sem graça. Tentei abrir a porta mais uma vez, mas sem sucesso, o que me fez fechar os olhos com ódio antes de olhar para o Caden.
- Estamos presos. - Admiti e ele riu com indignação.
- Ok, agora grita e chama alguém. - Ele mandou.
- Você adoraria me ouvir gritar, não adoraria? - Soltei com ódio.
- Você quer que eu grite? - Ele soltou indignado, como se aquilo fosse um absurdo.
- Quero. - Respondi irritada também. - Grita.
- Nos seus sonhos. - Ele falou.
- Se eu sonhasse com você, seria um pesadelo. - Provoquei dando de ombros.
- Você é tão engraçada... - Ele debochou.
Tudo o que eu mais quero agora é enfiar a cabeça dele na privada.
Eu vi o Caden secar as suas mãos na toalha antes de se aproximar de mim lentamente.
Eu assisti ele ficar na minha frente, quase me deixando sem espaço para respirar. O seu corpo tocou o meu e eu olhei no fundo dos olhos dele. O seu perfume me invadiu e eu engoli seco sentindo ele passar a mão pela minha cintura e lateral.
Ele tocou a minha mão que estava na maçaneta com a sua mão fria e recentemente lavada, antes de arrancar a mesma da maçaneta com ódio e um sorriso idiota.
Eu travei a minha mandíbula, ainda presa contra o corpo dele e a porta travada.
Os seus olhos ainda me encaravam, e o seu nariz empinado como sempre parecia pedir por um soco. A sua boca estava avermelhada e perto demais da minha, eu quase desejei que os meus lábios se encontrassem com os dele.
Senti o Caden tentar abrir a porta algumas vezes, mas a porta continuava presa.
Ele posicionou a sua outra mão na batente da porta como apoio para tentar mais uma vez abrir a porta.
Eu abaixei o meu olhar para o seu braço e mão que roçavam no meu corpo, enquanto ele pressionava a maçaneta da porta. O seu braço tinha algumas veias saltadas entre as tatuagens, e essas veias saltavam ainda mais, cada vez que o Caden forçava a porta.
Suspirei e voltei a encarar o Caden. Ele também subiu o seu olhar até os meus olhos de novo, mantendo o contato visual.
- É, estamos presos. - Ele comentou e eu ri descreditada.
- Jura? - Soltei com sarcasmo.
- E adivinha de quem é a culpa? - Ele se aproximou ainda mais do meu rosto.
A sua respiração tocou na minha boca, me fazendo arrepiar. As nossas bocas agora quase se tocavam e o seu perfume entrava cada vez mais no meu espaço. Senti o seu cabelo bagunçado tocar a minha testa e os nosso narizes se encontraram finalmente.
- Agora você está tentando jogar a culpa pra cima de mim? - Perguntei irritada e ele soltou uma risada.
- Deixe-me lembrar quem entrou no banheiro e quem fechou a porta... - Ele usou o sarcasmo também inclinando a cabeça levemente para o lado.
Vi o seu olhar por um segundo cair para a minha boca, mas rapidamente subir para os meus olhos com ódio.
- Ah por favor... Você escolheu exatamente esse banheiro, de tantos banheiros na casa. - Argumentei colocando o meu dedo no peito dele, em forma de acusação.
O Caden analisou o meu dedo contra o seu peito por alguns segundos antes de abrir um pequeno sorriso e levar a sua mão até a minha.
- É, eu escolhi. - Deu de ombros. - Mas você também escolheu. - Ele se defendeu.
Ele pegou a minha mão na sua e abriu um sorriso divertido.
- Mas nós dois sabemos que você fechou a porta, meu amor, então trate de abrir ela. - Ele colocou a minha mão contra a maçaneta com força, me fazendo segurar um gemido de dor.
Eu apertei os meus olhos enfurecidos para o Caden e ele apenas sorriu ainda mais, vendo que conseguiu me deixar mais uma vez irritada.
- Você quer que eu grite? Ótimo, eu vou gritar. Prefiro ficar com dor na garganta que passar mais um segundo com você nesse banheiro. - Falei empurrando ele.
- Você vai estar cometendo um erro. - Ele soltou dando de ombros.
- Que erro? - Eu perguntei confusa. - Foi você que sugeriu gritar.
- Já estamos aqui dentro por algum tempo, se você gritar e alguém aparecer, o que você acha que essa pessoa vai pensar em nos encontrar aqui sozinhos? - Ele esclareceu e eu processei aquele informação.
- Então o que você sugere, gênio? - Questionei sarcástica.
O Caden abriu um sorriso de canto se aproximando e eu arregalei os olhos.
continua...
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qnd tiver 10101 comentários eu posto o próximo cap ainda hj
lembrando q agr temos um perfil no instagram: @comunidadedoscus <3