Não somos vilões

By BrunaMartins024

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A vida de Hope Laurent parece comum, mas algo em seu passado pode levá-la a ajudar o fantasma da Hidra, Bucky... More

🥀
he intrigues me
I'm not afraid of you
don't look at me like that
Claire's
are u in love young lady?
was just a nightmare
u let me dizzy...
🌹 IMPORTANTE 🌹
let me take care of u
black widow
I'm crazy about you
so we have a deal?
🌹 playlist 🌹
Hope & Claire
I'm deeply in love with you
I love you...
Bucky & Stan
u're just an exchange currency
Batroc.
always yours
if u touch her, I'll kill you
🌹When u're smiling - their song🌹
she has a gift
stay.
christmas day 🕯
Romenia
how it was suppose to be
he's gone.
I'm coming.
do u still love me?
I'm sorry
even when I hate you.
he took the wrong path
decisions...
🌹carta aos leitores🌹
thank you, Steve
the visitor
15 minutes
do you belive in destiny?
I don't want start over.
my forever.
making plans
I do.
🌹
Epilogue.
🌹momentos

she deserves better

338 47 71
By BrunaMartins024

  Versão do Bucky_

     Ela ainda dormia, a boca aberta, num sono pesado e envolvente. Seu rosto relaxado me fazia querer deitar e observá-la para sempre.

     Mas eu não podia...

     Minha mochila já estava feita, as poucas roupas que eu tinha, dinheiro, as coisas que eu tinha comigo antes de Hope.
     Um caderno, onde anotava todas as memórias que voltavam vez ou outra.

     A parte mais difícil é que me esperava... Eu não tive a chance de me despedir, mesmo que ela não percebesse que era um adeus.

     Não sabia se devia escrever um carta... Se seria injusto com ela, se seria muito pouco, se ela teria forças pra seguir em frente, com minhas palavras gravadas naquele papel.

      Decidi que deixaria um breve bilhete, mesmo que ela me odiasse, não podia deixá-la pensar que eu não a amava o suficiente.

     Pois eu a amava tanto, que estava disposto a deixar a única coisa boa na minha vida para trás, para que ela tivesse a chance de uma vida boa, longa, e segura.

    Então por que eu exitava tanto?

     Antes de sair do quarto, peguei sua blusa, a mesma que eu me agarrara tanto na noite em que pensei que nunca mais a veria.

     Ainda tinha o cheiro dela...
Coloquei na mochila e segui para a sala; eu deixaria meu recado em um de seus livros...

    Madame Bovary, o livro de Claire, do dia que começamos a namorar, ainda com as páginas enrugadas.


    Minhas botas fizeram estalos no piso de madeira.

     - Onde pensa que vai? - Stan falou baixo, se remexendo na poltrona em que dormira.

   O dia ainda estava nascendo, mas já era claro o suficiente para enxergar o velho me encarando... desapontado?

       - Tínhamos um combinado, lembra? Você propôs que eu a deixasse assim que ela estivesse segura.

   Ele me olhou chocado.

        - E acha que ela está segura agora? Só porque a tiramos de lá, não significa que não virão atrás dela.

  Eu já tinha pensado nisso.

         - Não, não se eu não estiver aqui. Sou eu, Stan. Eu sou o risco à segurança dela.

    Sua postura relaxou por um momento, seus olhos estavam inexpressivos, eu ainda não tinha aprendido a ler as expressões de Stan.

          - Acha que não a usariam de isca? - ele perguntou, sem olhar pra mim.

  Exitei, eu não tinha certeza de nada.

          - Não, não acho. - bufei - mas não ficarei longe... jamais a deixaria desprotegida.

   Um silêncio desconfortável se instalou, teria sido pior se ambos não estivéssemos tão perdidos nos próprios pensamentos.

    Eu ainda estava parado perto da estante de livros, um pouco ao lado de Stan.

     O velho fechou os olhos por alguns segundos, como se orasse, ou implorasse para que suas próximas palavras não fossem erros graves.

    Minhas mãos começaram a suar, novamente como na vez que nos conhecemos, porém, agora a sensação era mais triste e agonizante...

     Apontou para o sofá em sua frente, indicando para que eu me sentasse.

     - Eu tenho uma nova proposta pra você.

  me sentei.

      - Stan... eu já tinha a ideia antes de você me obrigar a cumpri-la. Não estou fazendo isso pelo sequestro, isso foi só... - segurei a dor que arranhava minha garganta - o esperado que eu ignorava.

    o senhor me ouviu com atenção, analisando cada nervo, cada palavra...

       - Então você simplesmente a deixaria? Escreveria um bilhete e puff?

        - Se houvesse qualquer outra possibilidade... eu jamais escolheria isso.

Minha voz saiu fraca, mas sincera.

         - E se houver outra possibilidade?

    Ergui uma sobrancelha.

         - Barnes... vou lhe dizer uma única vez e você só tem que ouvir. - Se inclinou para perto de mim - Eu nunca vi a Hope tão feliz. Nunca a vi tão forte! - Ele sorriu - Aquela garota ali, é tudo o que eu tenho, e tudo o que eu sempre quis pra ela, é que fosse assim... feliz, viva, destemida, que ela conhecesse o mundo, se apaixonasse...

           - É tudo o que eu mais quero também Stan, mas...

         - Você não vê Bucky, mas ela te seguiria até o fim do mundo... É só ver como ela te olha...

 

    Eu quis desistir de tudo, voltar naquele quarto e dormir ao lado da minha garota, imaginando a vida que poderíamos ter.

           - Ela merece mais Stan... Eu não posso dar isso a ela. Uma vida, encontros românticos, viagens, não posso nem sair na rua sem fugir de cada pessoa que tenta olhar por baixo do boné.

           - Foi isso o que eu considerei também.  Mas sejamos sinceros... A Hope não é comum. E eu achava que sabia o que isso significava, até ver como ela se saiu lá.

   " Ela lutou como uma leoa, me fez parar o carro e voltou pra te salvar... Eu fiquei aterrorizado, com medo por ela estar entrando numa missão suicida. Até perceber que você era a missão dela. Ela estava disposta a morrer por você "

      Eu me arrepiei com as últimas palavras. Não queria imaginar essa possibilidade.

   Stan suspirou e continuou

    " Eu nunca vi uma conexão como essa. Vocês dois juntos é... uma grande bagunça - Ele riu - Você coloca a vida dela em perigo, e ela se põe em perigo pra te salvar... Eu sei que a ama, depois de ontem, ninguém duvidaria disso. Mas honestamente soldado, meu maior medo agora, é como ela ficaria se acordasse e você não estivesse aqui... "

     Eu não esperava por essa... Não achei que ele me pediria pra ficar, depois de quase perder Hope.

        - Qual é sua proposta então?

        - Fique.

Respirei fundo.

        - Eu não posso... Quanto mais tempo eu ficar, pior vai ser quando eu partir. E eu vou colocá-la em perigo de novo, é inevitável. Eu destruo tudo, eu acabo com vidas Stan, fui programado pra isso. Não posso ficar. Você mesmo disse, ela está mais forte que nunca, vai superar...

  
  Eu esperava que sim... Pelo menos um de nós devia seguir em frente, e eu sabia que não seria eu.

  Onde estava o Stan super protetor, sensato e preocupado com a segurança de Hope, quando eu mais precisava dele?!

        - Pode ser... Talvez ela esteja tão forte a ponto de superar você, de seguir em frente, conhecer um outro cara que possa dar uma vida boa e normal a ela, possa dar uma família...  Mas eu estou preocupado, eu sou velho ok? Ela tem cuidado de mim, e se você fosse embora, eu cuidaria dela, mas nem de longe é a mesma coisa. Quero que entenda que eu não estou fazendo isso porque sou um tipo de romântico e quero apostar em vocês dois - Ele falou com ironia - estou fazendo isso por que me preocupo com Hope, eu não quero perde-la pra solidão.

        - E prefere perde-la para o real perigo iminente?

        - Achei que você fosse entender como é perder a alma. - Ele murmurou.

     Abaixei a cabeça, lembrando de todas as coisas que passei, a tortura, os abusos, o controle, o monstro...

       - É totalmente diferente Stan...

    Outro silêncio se instalou. Stan recostou as costas na poltrona, e não falou mais nada.

     O silêncio foi tanto que eu me levantei, ainda com o plano de partir.

     Comecei a escrever no livro. Uma fincada de dor se alastrou em mim, eu queria tanto que a proposta de Stan fosse o suficiente.

       - Ela saberia se defender? Sabe, se caso algo acontecesse... - Stan sussurrou.

        - Nada vai acontecer. Eu estarei bem debaixo dos seus narizes, não se preocupe.

    Ele parecia estar aceitando a ideia de me deixar ir, provavelmente planejando o que dizer a Hope.

        - Ela vai me odiar por deixar você fugir.

  Bufei.

        - Não precisa dizer nada a ela. Você estava dormindo quando eu saí.

  Ele fez uma cara feia, não gostava de mentir pra ela. Nem eu...



        - Hm... Posso só te dizer mais uma coisa?

     Não olhava pra ele.
         - Por favor, não faça ser mais difícil do que é.

      O velho me ignorou. Ele e Hope tinham muito em comum afinal...

          - Não seja tão covarde! Não fuja disso! - Ele não gritou, mas suas palavras saíram rudes como um rugido.

    Eu não me aguentei

           - COVARDE?!

    gritei, mas logo lembrei da garota que dormia no quarto ao lado, e voltei ao meu tom normal.

    " Covarde? Você não faz ideia do meu esforço aqui. Posso ser só o assassino frio que você viu nos noticiários, mas isso aqui... ela! Hope foi a única coisa boa que me aconteceu em 100 anos! A única demonstração de respeito, afeto, e amor... que eu tive em mais tempo do que o senhor pode contar.

        Eu não tenho absolutamente nada Stan.  Não tenho família, não estou no meu tempo, na minha realidade, não tenho liberdade, nem identidade além da que me fizeram ter durante esses 70 anos! - Eu já estava voltando a gritar - Porra eu não tenho nem sanidade! "

      Minhas mãos se fecharam, eu nunca quis tanto quebrar alguma coisa.

      " Ela merece mais que um homem quebrado, um fardo... - olhei em direção ao quarto - Talvez eu esteja mesmo fugindo, mas Stan, se você fosse ao inferno, levaria a alma mais pura com você? "

    Stan não tinha mais o que dizer.

Estava claro que me chamar de covarde foi só uma súplica, a última que lhe restara.

     Eu sabia que ele concordava comigo, até mesmo com a ideia de ir embora. Era o caminho mais doloroso, para todos nós, mas o mais certo.

        Meus olhos agora estavam segurando mais lágrimas do que aguentavam, mas eu não as deixei cair.

        - Cuida dela por mim.

      Sem dar a chance de me prender a qualquer outra onda de vontade de ficar, eu girei a maçaneta e sai pela porta.

     

        Como se não fosse o suficiente, ainda tinha que dizer adeus à Claire. Pelo menos ela não me veria chorando...

     [...]

       - O que há de errado?

       - Eu estou indo embora Claire.

       - Quer férias? Ora querido, não se preocupe, essa época do ano muitos jovens procuram um emprego pro verão. Pode...

        - Não, não é isso... Eu estou indo embora... de Nova York.

        - Oh sim! E Hope vai com você?

Parecia tão injusto que Claire tivesse uma despedida e Hope não.

     Eu gaguejei - Não, ela não vem, nós... terminamos.

         - Tá bom... qual a verdade?

    Droga, ela me conhecia bem demais...

          - Essa é a verdade.

          - Não, não é. Você e Hope são alma gêmeas J.

           - O-o que?

           - Ah, não me importo se você acredita ou não nisso. Só estou relatando o que vejo. Quero dizer... ah você entendeu.

         - Bem... isso não importa mais. Não podemos ficar juntos Claire. Por favor, já respondi perguntas demais hoje.

   Ela estava pensativa, não tinha nada em sua cabeça que fizesse sentido em minhas palavras.

    Mas não faria, de qualquer forma. Ela não conseguiria imaginar nada como o Soldado Invernal colocando a namorada em perigo.

          Claire não disse nada por um tempo.

      - Quer que eu ao menos ajude a abrir a loja?

    Ela nem me ouviu.

       - Theo vai querer se despedir...

     Como sempre, era como se o vento levasse e trouxesse os pensamentos de Claire à realidade. A criança desceu correndo, ainda de pijama, desceu pela escada gritando meu nome.

       Eu o peguei no colo e sequei as lágrimas para que não visse nada.

        - J! Você chegou mais cedo! Justo no primeiro dia de férias! Isso é incrível...

     dor... Eu tinha mais do que imaginava. Mais despedidas...

     Claire parecia preocupada, ela sorriu - o que não me enganou, mas também não me fez ir atrás dela quando se dirigiu aos fundos.

       Desci o menino e me ajoelhei para ficar do seu tamanho.

           - Olha Theo... eu não vou poder ficar garoto... Eu estou indo... numa...viajem.

    Arg...eu estava mentindo demais hoje.

     Theo também percebeu algo em meus olhos, mas o que ele concluiu foi muito diferente do que eu esperava.

     Ele abriu um sorriso sapeca e curioso, e se aproximou para cochichar.
   
            - Está indo em uma missão??

            - É o que? - tentei conter minha expressão.

             - Ah eu sei de tudo J! Pode falar de mim pro Capitão?

    mas o que...

              - Theo? Do que ta falando?

              - Ué! De você! No museu... Qual é cara, sua foto tá lá, você é o melhor amigo do Capitão América e está indo numa missão com ele agora! Caraca isso é demais! - Ele já estava euforico demais pra prestar atenção na minha cara apavorada - Ah se eu contasse isso pro Flash... Aquele bobão ia parar de pisar no meu pé pra sempre!

            - Theo!?

            - Eu sei, eu sei, é um super segredo. AH! Vem cá... você também é um vingador? Tipo... um super agente igual a viuva negra?

      Viúva Negra?... Será que...

           - Não, não sou um vingador. Se concentra. Desde quando você sabe disso?

           - Desde a sua primeira semana aqui. Eu sou fã do Steve Rogers, e você estava bem aqui! Eu sabia que estava disfarçado, por isso não falei nada. Sou muito esperto pra minha idade, sabia?

            - Ok... Olha... sua vó sabe?

            - Essa foi difícil esconder, mas não, ela não sabe.

    Respirei fundo.
         
            - Ok, Theo. Eu tenho uma missão. Em um lugar longe daqui. Talvez eu não volte...

     O sorriso foi deixando seu rosto animado pouco a pouco.

         - Eu preciso que cuide de Claire por mim. Consegue fazer isso?

         - Mas J...

         - Vai ficar tudo bem, eu prometo.

  Ele me abraçou pelo pescoço e sussurrou:
         - Vou sentir saudade Bucky...

       Ele nunca tinha me chamado de Bucky antes, e mesmo que agora eu soubesse que ele sabia quem eu era, machucava imaginar a inocência daquele garoto, em achar que eu ainda era o homem naquele museu...

         Depois de me afastar, Claire voltou a onde estávamos. Seu semblante de confusão não estava mais lá, mas tinha outra coisa... eu não entendia.

      Caminhei até ela, sem saber como agradecer por tudo. Minhas mãos voltaram a suar.

             - Claire... E-eu..

             - Guarde suas palavras James, você não vai embora hoje...

     Eu já ia perguntar o significado daquilo, até ouvir o rompante da porta sendo aberta atrás de mim.

     Eu me virei, e encontrei seus olhos castanhos em chamas.

              - O que você estava pensando?
    Hope entrou gritando, seu ódio estava claro em sua voz, mas eu a conhecia demais, para identificar a dor que ela escondia. A dor que eu causei.

        - Vou deixar vocês a sós.  - Claire saiu, levando Theo para o andar de cima.

        Mas é claro que Claire chamaria Hope. 
Arg... onde eu me enfiei...


____________________________

Hey!! ❤

Aos que chegaram até o final sem me xingar, meus parabéns kkkkkk

O capítulo foi difícil... eram palavras demais, a história ainda tem muitos buracos pra preencher.

Mas apesar de tudo, ou melhor, graças à Claire (perfeita, sensata) espero que tenham gostado!

Hoje vai ser o dia do Bucky ouvir umas verdades viu? O próximo capítulo vai ser a versão de Hope.

Desculpa a dor que causei kkk
Amo vcs; ❤

NÃO ESQUEÇAM DE VOTAR







    

















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