Desilusão

By BrendaSousa373

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Depois de uma desilusão amorosa, Ana se sente encurralada pelas lembranças e para lidar com isso, ela encontr... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capitulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Captulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Fim

Capítulo 17

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By BrendaSousa373

-- Hoje é aniversário do David, e ele vai dar uma festa, você vai, não vai?- Liza perguntou animada enquanto estávamos indo em direção a sala.

-- Não sei, se a minha mãe deixar pode ser que eu apareça por lá.

-- Ela não tem que saber - Liza Sugeriu maliciosa, mas eu a repreendi com olhar.

Eu nunca fiz nada escondido da minha mãe, e só de pensar já vem o peso na consciência.

Mas a verdade era que, eu também nunca tinha ido em uma festa antes, onde costuma ter bebidas entre outras drogas, então muito da minha negligência vem do medo de acabar dando merda.

Porque quando se é adolescente tudo parece ser tão tentador e necessário que você acaba se esquecendo das consequências disso depois.

-- Ana, quase todo mundo foi convidado, vai ser uma festinha daquelas e você é uma das pessoas que David e eu queremos muito que esteja lá, afinal de contas, se não fosse por você, ele e eu nem teríamos voltado.

-- Liza, eu não sei, tá bom, eu vou falar com a minha mãe, e se ela concordar, eu te ligo - Soltei impaciente.

-- Ok, mas faz um esforço, tá?

Mas como eu conheço minha mãe, nem se eu humilhasse aos pés dela ela iria deixar.

Assim que cheguei da escola, fui falar com ela

-- Não.

Ela nem deixou eu terminar de falar.

-- Mas mãe, a liza quer muito que eu vá.

-- Problema dela, eu aceitei essa amizade, mas isso não inclui ir em festas que terminam tarde da noite, ainda mais como o mundo está hoje, tem pessoas muito mal intencionadas, sabia ?

-- Sim, mas não vai acontecer nada, eu prometo, estarei aqui as dez e ponto.

-- Não é não, Ana Kate Scott.

Ela falou em seguida, bateu a porta na minha cara.

Acho que não escolhi uma boa hora para incomoda-la.

Ela quase derrubou a casa quando eu disse que ia dormir na casa da Catrina, só porque eu falei que iria ter uma festa do pijama.

E isso foi na quinta série.

Imagina agora.

Confesso que fiquei bastante chateada com o não da minha mãe, porque por mais estranho que pareça eu queria muito ir a aquela festa, pelo simples fato de todo mundo está comentando na escola, e até uma banda famosa de rock foi convidada para cantar lá.

Se eu não for, será como um desastre nuclear.

Mas apesar disso, eu nunca desobedeci uma ordem da minha mãe, eu sempre a respeitei, ir nessa festa sem seu consentimento é como enfiar uma faca no coração dela.

Liguei para a liza para dá a triste notícia, e ela ficou tão furiosa que desligou o telefone antes mesmo de eu dizer que sentia muito.

E quer saber, que se dane ela, se ela fosse minha amiga de verdade iria entender.

Não posso desapontar a minha mãe, só pra fazer a vontade dos outros.

Antes ela do que a liza e seus caprichos.

Então eu tomei um banho e fui para cama, e me contentei em terminar o meu romance que fazia um tempo que eu não lia.

Mas um barulho na janela me desconcentrou totalmente.

Fred.

" O que será que ele quer?

Deixei o livro de lado e me levantei da cama, e fui até a janela, movida pela curiosidade e o desejo.

Grande erro.

Quase fui atingida por uma pedra que ele havia jogado, e isso me irritou profundamente.

-- Ops!

-- Ficou maluco? - Sussurrei brava

-- Desculpa, mas a janela estava fechada e eu precisava de algo pra chamar sua atenção, não ia querer que eu te gritasse, não é?

Ele riu debochando da situação.

Que palhaço.

Quem ele pensa que é para atirar pedras na minha janela.

Reparei bem nele, e percebi que ele estava todo arrumado e perfumado.

Aliás, o seu perfume dava pra sentir de onde eu estava e tinha um cheiro maravilhoso.

E por instante a raiva desapareceu e eu me senti desconcertada por tanta beleza e elegância.

-- Quem fica em casa lendo romances quando uma festa do caralho está rolando? - Ele debochou novamente.

-- Eu fico, agora se me der licença tenho um livro pra terminar.

Ameacei fechar a janela.

-- Ei, espere - Ele gritou, e eu suspirei impaciente.

-- Seja breve.

Eu me fazia de durona, mas por dentro eu estava derretendo.

-- Nossa, que grossa - Ele riu ao mesmo tempo que franziu a sobrancelhas.

-- Você ainda não viu nada, querido.

-- Sempre faz coisas com o consentimento da sua mãe? - Ele perguntou com um tom de sarcasmo.

-- Sim, há algum problema nisso?

Ele então deu uma gargalhada que me ofendeu diretamente.

-- Escuta aqui, eu não sou como essas garotas perdidas por aí que arriscam suas vidas a troco de nada.

-- Mas é aí que tá a graça de ser adolescente, fazer o que se tem vontade, meter o foda-se, tá ligada.

Ri da sua ironia.

-- A única vontade que eu tenho agora é de terminar o meu romance, e você está me atrapalhando.

Dei de ombros.

-- Levo você, se quiser.

-- O que?

-- Na festa, vamos?

-- Qual foi a parte que eu estou lendo um romance, você não entendeu?

Ele riu novamente enquanto mantinha seus olhos fixos em mim, me fazendo sentir um frio na barriga.

-- Só entendi a parte do romance.

Meu coração acelerou, e eu nem sabia o porquê.

-- Não vou a lugar nenhum com você.

Ele provocava reações no meu corpo que eu nem sabia que eu tinha.

E isso perigoso

O sorriso sumiu rapidamente do seu rosto, e ele assumiu uma expressão séria e despreocupada ao mesmo tempo.

-- Ok, então fica aí vivendo a vida dos seus personagens que eu vou viver a vida real - Deu de ombros.

Fiquei boquiaberta com sua atitude, não esperava essa reação vinda dele.

Mas aí percebi que na verdade se trata de um simples jogo de sedução.

E confesso que a estratégia dele funcionou muito bem.

Porque eu queria que ele tivesse insistido mais, ele simplesmente cagou pra mim.

Lutei contra a vontade que gritava dentro de mim de ir aquela festa até não aguentar mais e explodir.

-- Espera.

Ele parou e se virou com um sorriso satisfeito em seus lábios.

Ele gostava de está por cima da coisa.

Num bom sentido.

-- Eu vou colocar uma roupa.

Aquela altura minha mãe já estava dormindo por conta do cansaço, então seria fácil sair sem que ela percebesse.

Seria fácil trair a confiança dela também.

Rapidamente fui até o guarda a roupa e escolhi a dedo um vestido, e quando fui tirar a roupa percebi que não tinha fechado a janela.

E olhos de Fred estavam sobre mim, desejosos e esperançosos para ver o que eu escondia debaixo daquele pijama.

Meu corpo estremeceu ao ver que ele me observava com pura malícia.

Ninguém nunca olhou assim pra mim.

Logo sentir um calor por entre as pernas, senti a excitação arrepiar cada fio do meu corpo e o desejo me deixou tentada a tirar a roupa e deixar seus olhos percorrer cada canto do meu corpo.

Sorri maliciosa e mordi os lábios, me entregando a essa doce sensação em seguida caminhei lentamente até a janela sem tirar os olhos dele, e fechei- a destruindo suas espectativas.

Nem acredito que fiz isso.

Meu corpo inteiro estava tremendo, eu estava ofegante.

Meu deus, eu estava molhada.

Mas não é o momento, eu não posso me entregar assim para ele, não sem ter certeza de que ele realmente me quer, mais do que me deseja.

Fechei os olhos em frente ao espelho, e imaginei ele beijando meus lábios enquanto suas mãos deslizavam sobre o meu corpo, me fazendo suspirar.

Logo meus mamilos enrijeceram e minha boca ficou seca se entregando a vontade louca que eu estava de...

Abri os olhos subitamente e respirei fundo.

Essa não sou eu.

Lavei o rosto e olhei no espelho novamente.

Coloquei o vestido que valorizava bem as minhas curvas, e depois calcei um salto para enganar um pouco, porque eu era baixinha.

E soltei os meus longos cabelos sobre as costas, me sentindo confiante diante do espelho, apesar de também está nervosa e um pouco excitada pela fantasia.

Mas Fred não é o garoto dos meus sonhos, ele pode me fazer sentir coisas, mas nunca vai está do meu lado, quando ele conseguir o que quer vai me deixar.

Uma lágrima ameaçou cair, mas eu conseguir contê-la a tempo. Em seguida Fiz uma maquiagem simples e passei um batom vermelho nos lábios e mal me reconheci no espelho, eu não era mais a garota sem graça da escola e sim uma mulher.

Por fim, veio a excitação novamente, a vontade de ser diferente, de explorar um lado meu que eu nunca tive coragem porque a adolescência é isso, você quer ser muitas coisas, fazer muitas coisas e mais importante que isso, você quer se sentir desejada por alguém, amada, aceita.

Mas a renuncia para ter tudo isso, costuma ser dolorosa.

Como sair escondida para vivenciar coisas que você nunca vivenciou,e de experimentar coisas que nunca experimentou.

Porque está na sua zona de conforto é limitante, sair dela é perigoso, mas você quer se arriscar, você tem essa vontade de adrenalina automática em seu ser, que te impede de enxergar muita coisa.

Desci as escadas ofegante e caminhei na ponta dos pés até a porta da frente, meu coração batia tão forte que eu poderia infartar a qualquer momento.

"Desculpa mãe".

E foi a partir daí que tudo começou.

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