Desilusão

By BrendaSousa373

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Depois de uma desilusão amorosa, Ana se sente encurralada pelas lembranças e para lidar com isso, ela encontr... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capitulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Captulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Fim

Capítulo 11

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By BrendaSousa373

Quando pensei que os dias de solidão não teriam fim.

Escutei o barulho familiar do motor de um carro e um sorriso logo escapou dos meus lábios.

Desci as escadas correndo e fui em direção à porta.


Ver a liza dentro daquele carro roendo as unhas despreocupada, me fez sentir um misto de raiva e alegria. Caramba nunca senti tanto a falta de alguém assim.

Depois do meu pai é claro.

-- Meu Deus, Liza, onde você estava? - Perguntei eufórica, imaginando mil situações que poderia ter acontecido.


-- Entra vai, no caminho eu te explico - Ela falou sem me olhar, e eu obedeci, é claro.

-- Tá, mas vamos passar no ponto e pegar o Simon porque eu prometi pra ele que quando a gente voltasse a ir para escola, juntas, eu falaria com ele

-- O cego?

-- Liza - A repreendi

-- Ué - Encolheu os ombros - Mas ele não é cego?


Revirei os olhos e virei o rosto pro lado, encarando a paisagem um pouco mais tranquila.


-- Você deveria ter dado pelo menos alguma notícia, sei lá, eu fiquei muito preocupada, e David então...


-- Ana, eu não tenho tempo para os seus sermões agora, estou com problemas - Ela soltou impaciente.


-- Por que, o que aconteceu? Por que não está arrumada? faltam dez minutos para começar as aulas - Perguntei depois de notar que ela não estava de uniforme e com rosto lavado, ele nunca deixa suas sardas aparentes.


-- Hoje não vamos à escola, preciso conversar com alguém, você vem comigo pra casa?

-- Mas e o Simon?

-- Esquece o cego, é caso de vida ou morte.


Eu fiquei dividida, eu estava indo tão bem na escola, não faltei nenhum dia, mas ver o semblante caído de liza e sua aparência horrível, fiquei bastante assustada.


-- Está bem.


Ao passar de frente à escola, eu abaixei no banco do carro pra ninguém me ver, confesso que fiquei decepcionada comigo mesmo, mas não podia mais voltar atrás.


Pela primeira vez na vida, eu estava matando aula, e a sensação é um tanto estranha. Eu me sentia culpada o tempo todo, acho que por está acostumada a ser sempre certinha e seguir as regras.

Espero muito que a liza tenha uma boa explicação pra isso.

Tomara que minha mãe também não descubra.


-- E o seu pai? - Perguntei assim que paramos em frente a sua belíssima residência.

-- Está viajando.

O pai dela está viajando e ela nem pra ligar pro David, e avisar que está viva.

Ela abriu a porta do carro no mesmo instante que eu, e ambas descemos.


Era bom respirar o ar puro da riqueza novamente, porém eu estava começando a gostar da nova vida, apesar de não ter mais as mordomias de antes.

-- Sua casa é linda.


Ela correu os olhos pela casa e suspirou.

-- É aqui que o meu pai se esconde, aquele corrupto - Falou, depois colocou a chave do carro em cima da mesa de centro


Reparei em alguns retratos na estante, e notei que em todos a liza aparece com o pai. Me questionei por um momento sobre a sua mãe.

E como eu sou curiosa, resolvi perguntar.

-- Por que sua mãe não aparece em nenhuma foto, onde ela está? - Perguntei com medo da resposta.


-- Não sei.

-- Como assim, você não sabe?

-- Não a vejo desde que fugiu com o personal trainer dela - Disse com o indiferença - E não duvido nada que eu seja filha dele ou será que é do encanador, enfim, acho que por isso que meu pai me odeia.


Arregalei os olhos com a descoberta, nunca conheci uma família tão problemática.

-- Sério?

-- Tô te dizendo, mas não é sobre isso que vamos conversar, agora vem - Ela me puxou pelo braço até a escada, mas logo soltou ao olhar minha expressão e se lembrar de que eu havia dito pra ela não fazer isso.


-- Desculpa, é o costume.

-- Tudo bem, aquele dia eu estava um pouco frustrada


Subimos as escadas e entramos em um quarto que era tão grande quanto a sala, era praticamente o triplo do meu quarto atual.


Fiquei admirando os detalhes. Havia muito dela ali totalmente diferente dos outros cômodos.


-- Eu sei o que deve está pensando, porque alguém precisa de um quarto desse tamanho, tem cômodos nessa casa que eu nunca entrei, acredite.

-- Nossa.


Eu queria muito contar para ela da minha antiga vida, mas resolvi esperar um outro momento, afinal não viemos aqui pra falar de mim.


Ela se sentou na cama e fez um gesto com a mão para que eu me aproximasse. Ficamos em silêncio por alguns minutos encarando nosso reflexo no grande espelho à nossa frente.

-- Eu fiz uma coisa muito errada - Ela falou enterrando o rosto nas mãos.

-- E o que você fez? - Toquei o seu ombro.

-- Nem sei como te contar isso.

-- Seja o que for, eu vou tentar entender.


Pra me fazer matar aula tem que ser algo muito sério mesmo.

Ela levantou e me encarou com os olhos cheios de lágrimas. Me entristeci com a sua aparência.


Sinal que nossa amizade estava se tornando algo muito especial e verdadeiro.


-- Liza, não chore.

-- Não posso te contar, você vai ficar com raiva de mim...

Ela voltou a esconder o rosto, provavelmente envergonhada com o que havia feito, e eu sinceramente não sabia o que fazer, não sou muito boa em consolar.


-- Olha, pode me contar...eu vou entender.

-- Ok

Ela respeitou fundo, enxugou as lágrimas e me encarou no espelho.

-- Sabe aquele dia depois da escola quando eu te disse que não estava me sentindo bem?

-- Lembro sim.

Ela virou o rosto e me olhou profundamente.


-- Eu fui pra casa naquele dia, mas antes disso acabei me encontrando com o professor no caminho.

-- O professor John?

-- Sim, o idiota que você atropelou outro dia no corredor - Ela completou me arrancando uma risada, mas ela permaneceu séria


-- Ele estava voltando de algum lugar, e estava a pé, então ofereci uma carona pra ele, que aceitou numa boa, só que depois disso, eu comecei a passar mal do nada e ele assumiu o volante e me levou pro hospital.


-- Sério?

Ela balançou a cabeça, aflita.

-- Mas você está bem? - Perguntei preocupada.

Ela fez uma pausa e as lágrimas molhou os seus olhos.


-- Liza, tudo bem - Segurei a sua mão transmitindo confiança.

-- Eu confundi, Ana, a forma como ele me tratou e dei um beijo nele - Ela disse agitada.


-- Você beijou o professor, mas só um cego para não ver a aliança no dedo dele liza ,ele é casado, e quanto ao David?


-- É, eu sei - Soltou nervosa - Foi no calor do momento, eu não pensei em nada, apenas fiz o que eu tinha vontade.


Soltei a mão dela e levei a mão nos cabelos, horrorizada.



-- Calma, a história não parou por aí, ele óbvio, não gostou do que eu fiz, saiu do carro todo decepcionado e zangado comigo...e eu me senti um lixo depois disso, e não tive coragem nem de ir pra escola no dia seguinte. Eu estava com muita vergonha dele, da situação e com medo que o David me olhasse com outros olhos, enfim...só que ele me ligou a noite..


Ele tem o número dela e eu não, estranho.


-- Antes que pergunte, acho que ele achou meu número em algum arquivo da escola, não passei meu número pra ele, e como eu não podia atender, ficamos trocando mensagens..



Eu ouvia tudo abismada e boquiaberta, sem acreditar que isso realmente tenha acontecido, e durante o tempo que ela esteve fora da escola. O professor nunca demonstrou nenhum tipo de inquietação.



-- Ele pediu pra gente se encontrar em algum restaurante ali perto para conversar sobre o que havia acontecido...



Continua...

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