Desilusão

Від BrendaSousa373

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Depois de uma desilusão amorosa, Ana se sente encurralada pelas lembranças e para lidar com isso, ela encontr... Більше

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capitulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Captulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Fim

Capítulo 10

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Від BrendaSousa373

Como liza estava me buscando de carro todos os dias, eu não precisei mais depender do ônibus para ir à escola, o que era um alívio e tanto, já que eu não vou mais ver o gordinho pervertido, e nem ter que gastar mais os saquinhos de papéis do Simon.


Por falar no Simon, confesso que vou sentir falta dele, das risadas e de sua ilustre companhia.


Às vezes eu via ele entrando no ônibus sozinho e isso me dava um certo aperto no peito, porque talvez ele esteja me esperando de certa forma, e eu nem avisei nada pra ele, ou seja eu o abandonei, igualzinho a sua amiga fez.


E eu nem precisei estar namorando pra isso, e ele provavelmente deve está me odiando agora.


-- Por que você fica olhando para esse garoto cego o tempo todo? - Liza perguntou confusa enquanto passamos de carro pelo ônibus.


-- Éramos amigos antes, eu costumava me sentar do lado dele no ônibus, foi só dois dias, mas só pelas nossas conversas e risadas pareceu uma eternidade, ele é muito divertido - Falo me sentindo culpada. E agora estou com pena dele.


-- Bom, ele sempre morou aqui, sempre se virou sozinho, o mínimo que vai sentir é cócegas no peito - Liza disse despreocupada, em seguida buzinou insistente para um carro a nossa frente que liberou a passagem.


-- Liza, não fala assim dele - Inclinei e olhei para ela irritada.

-- Ana, foram dois dias, não dois anos, ele vai superar

-- Espero que sim - Suspirei, acomodando na cadeira

Às vezes vamos embora da vida das pessoas.sem mais nem menos, e nem nos damos conta de como isso vai afetá-las.

O abandono em todas as suas formas, é doloroso.

-- Eu vou procurar ele na escola, e vou explicar o porquê não estou mais indo de ônibus - Falei convicta e liza revirou os olhos.

-- Ana, esquece isso.

-- Não esqueço não, isso não é justo, a amiga dele o abandonou, e eu senti que ele ficou triste com isso, não posso ser hipócrita e fazer o mesmo.

-- Isso tudo porque você ficou alguns dias sem ir de ônibus, hoje eu posso brigar com você e decidi não te trazer amanhã, aí você vai ter que vim de ônibus, e certamente vai poder falar com ele.

-- E amanhã eu posso entrar no ônibus e o Simon não querer mais a minha companhia, porque eu simplesmente vacilei com ele.

-- Nossa, você viaja muito nas ideias.

.....


Eu encontrava o Fred raramente na escola, porque ele faltava muito, e às vezes a gente trocava alguns olhares no corredor, e eu sentia um leve frio na barriga toda vez que isso acontecia.


Mas eu o ignorava, porque não queria ficar criando espectativa.

Aos poucos o meu incidente estava sendo esquecido na escola, e como eu estava andando com a liza, ninguém se atrevia a fazer nenhum comentário sobre o assunto.

Então eu acabei virando uma garota comum, uma das mais inteligentes por sinal, mas Liza não deixava eu compartilhar os meus conhecimentos com os outros nerds, ela dizia que eu era a nerd dela, e eu acreditava.

-- E aí garota do suéter verde.

David e suas inúmeras formas de me chamar, exceto pelo meu nome.


-- E aí, David - Respondi colocando os livros no meu armário.

Ele era grandão, então toda vez eu tinha que olhar pra cima, e isso me dava até câimbra no pescoço.


-- Viu a liza?

-- Bom, ela me trouxe hoje, mas falou que ia voltar pra casa porque não estava se sentindo muito bem - Tranquei o armário.


-- Ah, e você sabe o que ela tem? - Ele encostou no armário do meu lado e me encarou.

-- Não, ela não me informou.

-- Poxa, espero que não seja nada -Ele falou pensativo - Se você ver ela por aí, pede pra ela me ligar, já que eu não posso ligar pra ela

-- Pode deixar, eu aviso - Sorri pra ele, gentilmente

-- Valeu, a gente se vê - Ele deu um sorriso meigo, em seguida passou por mim.

David era um cara legal,bonito, e além de ter um corpo atlético, ele tinha um excelente senso de humor, era atrapalhado às vezes e usava pouco a sua inteligência, mas ainda sim, a sua beleza masculina era incomparável.

Ninguém era como ele.

E assim com os outros jogadores do time de futebol da escola, vivia rodeado de meninas, isso quando a liza não estava por perto.

Porque batia em todas.

No refeitório eu me aproximei dele, porque vi que ele estava sozinho, e como a minha companhia tinha me deixado de lado.


-- Você se importa se eu me sentar aqui? - Perguntei em pé com a bandeja em mãos, um pouco receosa dele recusar.

-- Claro que não, senta aí - Ele encostou um pouco para o lado.

-- Obrigado.

Um silêncio pairou entre a gente de repente, e eu esperei até ele terminar de comer o seu sanduíche para perguntar.

-- Você é amigo do Fred, não é? - Desculpe a inconveniência, mas é que vi vocês dois juntos outro dia.

-- É, a gente é amigo sim, vocês se conhecem? - Ele perguntou arqueando as sobrancelhas.


-- Então, acontece que somos vizinhos - Comentei um pouco nervosa.


-- Sério? Ele falou mesmo que tinha uma vizinha mó gata, mas eu não sabia que era você - Ele completou se limpando com um guardanapo.

Um sorriso escapou dos meus lábios.

Nossa ele falou de mim, e ainda falou que eu sou "mó gata".

-- E o que mais ele falou?

Não consegui disfarçar a curiosidade.

-- Que você foi um pouco grossa com ele.

-- Eu, e quanto a ele...

Eu estava animada pra levar aquele assunto a diante, mas senti que o David não era a pessoa certa pra isso, afinal ele era o telefone sem fio do Fred.

-- Quero dizer, que bom que ele se lembrou de mim - Falei, desviando o olhar para o meu sanduíche.


David balançou a cabeça positivamente enquanto tomava o suco.

As coisas perdem o encanto quando muito expostas, o certo é mantê-las em sigilo e deixar que as pessoas se virem tentando desvendar.

-- Olha, tenho que ir pro treino, a gente se esbarra por aí - Se levantou às pressas.

-- Está bem, também tenho que ir para aula.

Eu confesso que fiquei feliz de saber que o Fred via alguma qualidade em mim, ninguém nunca disse que eu era "mó gata", e ouvir isso de alguém como ele me deixou bastante intrigada.


Eu não parava de sorrir.

Porém não vou deixar isso mexer comigo, ele pode muito bem ter dito isso de propósito, porque sabe que o David é próximo da Liza, e sendo próximo da Liza, essa informação chegaria fácil até mim.

E como o David não é nenhum baú para guardar segredos.

Por outro lado, penso que o David só esplanou isso porque eu toquei no assunto.

É óbvio que Fred está tentando me seduzir, mas sinto informa-lo, que isso não será possível.

Eu não sou como as garotas desta escola que se ilude fácil com qualquer piscadela.

Eu até tento resistir fingindo que não ligo para os elogios dele, mas no fundo, eu estou adorando saber disso, toda garota com dezesseis anos com os hormônios à flor da pele, amaria ser elogiada por alguém como ele.

O típico bad boy, o cara mais cobiçado da escola, aquele que pode entrar maltrapilho que todas as garotas vão pensar que é uma nova tendência de moda. Aquele cara que te esnoba, mas você não liga porque quer ter a atenção dele de qualquer forma.

O arrasador de corações.

Mas querendo ou não, ele tem que entender que eu sou diferente, vim de uma família que valoriza muito a conquista, que coloca o amor como prioridade. Meu pai levou anos para conquistar a minha mãe, e depois que conquistou precisou conquistá-la todos os dias para não perder o interesse.

Só elogios pra mim não basta.

Mas bastou o seu sumiço, para eu entrar em um estado de total abstinência.

Não só ele como a liza, os dois não vêem a escola há semanas, e eu já estava começando a ficar preocupada, além de irritada com as perguntas constantes do David.

O coitado ficou tão atordoado que estava quase indo na casa dela.

A única coisa boa nisso é que eu voltei a me aproximar do Simon, e ele entendeu a minhas razões como ninguém, e principalmente me perdoou por isso.

-- Por que não tenta ligar pra ela? - Ele sugeriu ao me ver andando de um lado pro outro, aflita.

-- Porque eu não tenho o número dela, e ela também disse que não recebe ligações em casa por causa do pai - Respirei fundo porque eu estava acelerada, desde que perdi meu pai, qualquer situação de estresse se torna difícil pra mim.

Ando tendo muitas crises de ansiedade.

-- O pai dela a proibiu de falar com qualquer pessoa por telefone, como castigo por ela ter desobedecido suas regras

-- Poxa, que chato.

-- E o pior nem é isso, ela tinha faltado a primeira vez porque estava passando mal e depois disso sumiu, e se...

-- Calma não se precipite, ela deve ter ido para o hospital, pego um atestado e ficado uns dias em casa, só isso.

-- Tomara.

Simon escorou a bengala em um canto, em seguida procurou o meu corpo e me abraçou.

-- Vai ficar tudo bem - Suspirou alisando os meus cabelos.

Abraçá-lo, foi algo muito reconfortante.

Em seguida, eu o acompanhei até a sua sala, e depois fui para a minha afim de focar nos estudos e esquecer um pouco o sumiço da Liza.

E do Fred, não sei o que deu em mim pra sentir falta dele, e costume dele sumir, afinal escola pra ele parece brincadeira.


Mas são duas semanas sem aqueles olhos verdes me encarando a distância, duas semanas que não sinto o perfume dele quando passa por mim. Duas semanas que eu sinto arrepios quando ele me chama pelas minhas costas.

Acho que estou ficando louca.

Os dias eram solitários sem a liza, sem o humor negro dela era como se eu voltasse para o primeiro dia de aula, e tivesse que enfrentar todos aquela frustração novamente.

Sinto falta dela.

Até que de falta, eu entendo bem.

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