88° ANDAR (Jikook)

By LuneInfinie

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***NÃO REVISADA*** Em busca de ser reconhecido pelo pai, dono da maior empresa de segurança tecnológica de Se... More

💡⚙AVISOS⚙💡
PLAYLIST 88° ANDAR
PRÓLOGO
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EPÍLOGO
AVISOS

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By LuneInfinie

Buuh! Att adiantada, gostaro? Boa leitura! Deixe seu votinho ⭐

Quem dera pudéssemos passar as fases difíceis de nossas vidas com o botão "avançar" de um controle mágico. Era assim que se sentia o proprietário da Imagine ao analisar a situação em que se encontrava.

Sua mãe estava internada em uma clínica psiquiátrica, precisando de sua atenção e visitas constantes, embora estivesse respondendo bem ao tratamento que fazia, não tinha previsão de alta. Além de não gostar de ver a mãe naquele ambiente, Yoongi tinha as despesas do local, pois como decidiu não aceitar mais a ajuda financeira do CEO da High Security, ficou com todo o peso financeiro sobre si.

Havia ainda a livraria, que estava lucrando menos devido ao tempo em que o espaço do café ficou fechado, mas por sorte há exatos três dias, um funcionário tinha sido contratado. Foi acertado que Lee Minsuk ficaria responsável pelo espaço do café na parte da manhã, e pela tarde, cuidaria da organização do espaço, como arrumação das prateleiras, organização do ambiente e prestando ajuda a algum cliente que não conseguisse fazer o autoatendimento. Enquanto Yoongi cuidaria do caixa, e demais burocracias.

O proprietário do estabelecimento, além de aliviado por ter encontrado alguém para ajudá-lo, sentia-se estranhamente intrigado com o jeito um tanto misterioso de seu funcionário. O rapaz era extremamente pontual e fazia questão de começar seu serviço antes do horário combinado, aquilo chamava a atenção de Yoongi, juntamente com sua forma cativante e reservada de ser.

Ao chegar na Imagine naquele sábado, Yoongi viu Minsuk servindo café para um cliente, que estava em uma mesa reservada para pessoas que gostavam de ler no local. Como havia passado a manhã em um estúdio de beleza, para mudar um pouco o visual, estava ansioso para saber qual seria a reação de Minsuk à sua mudança.

ㅡ Oi bonitinho, como estão as coisas por aqui? ㅡ Aproximou-se de Minsuk, quando ele estava de costas, levando uma garrafa térmica ao balcão de atendimento.

ㅡ Oh, meu Deus, ㅡ Lee deu um pulo, quase derrubando a garrafa de suas mãos. ㅡ Você me assustou.

ㅡ Poxa, fiquei tão feio assim? ㅡ Bagunçou o cabelo com uma careta bem humorada, que diminuía mais ainda seus olhos.

ㅡ Não entendi.

ㅡ O meu cabelo, oh bonitinho, você não gostou? ㅡ Yoongi pontou com o indicador para a própria cabeça.

ㅡ Ah, desculpa, eu não tinha percebido. ㅡ Minsuk franziu os lábios com medo de cometer algum deslize.

ㅡ Como você não percebeu um cabelo que era castanho claro e foi pintado de branco? ㅡ Passando pelo outro, Yoongi caminhou em direção ao interior do café, com um bico nos lábios. ㅡ Era só ter dito que não gostou.

ㅡ Não é isso, você fica bonito de qualquer jeito. ㅡ Minsuk que o seguia, colocou a garrafa sobre a bancada e juntou as mãos na frente do corpo. ㅡ Você é bonito, na verdade, a cor do cabelo não importa.

Yoongi o olhou por um momento, um tanto encantado. Seu novo funcionário tinha um jeito contido, que quase se passava por timidez, mas era sincero e não tinha vergonha de dizer o que pensava. Era meio contraditória e atraente a sua forma de se portar.

Minsuk correu os dedos pelo cabelo levemente ondulado, em um tom de cobre vívido, que contrastava com a pele alva. Os lábios bem preenchidos se desenhavam num sorriso quando ele percebeu a atenção do seu chefe sobre sua face.

ㅡ Obrigado ㅡ Yoongi respondeu com um pigarro, tentando não evidenciar o quanto o elogio lhe deixou feliz.

Após a breve conversa, Yoongi pediu para Minsuk organizar os livros por cores nas estantes, respeitando os gêneros de cada seção, afinal gostava da dinâmica com as cores na arrumação. Enquanto cumpria suas próprias obrigações, na gerência, também observava o trabalho do outro, percebendo que ele levava muito tempo para concluir a arrumação de apenas uma estante.

Vez ou outra pegava o celular, como se precisasse consultar algo nele para realizar a tarefa simples que lhe foi delegada. Colocava os livros muito perto do rosto quando ia ler, e quando Yoongi acendia todas as luzes do ambiente, o rapaz colocava seus óculos escuros como se a claridade o incomodasse profundamente.

Qual era o problema do Lee Minsuk?

Yoongi se perguntava se ele tinha algum problema de vista, déficit de atenção, ou se realmente fazia tudo vagarosamente por natureza. E se questionou também como deveria ser seu comportamento fora do trabalho e em casa. Se também fazia tudo de forma lenta em outros ambientes, com a família por exemplo, o que lhe despertou curiosidade de descobrir mais sobre o seu funcionário.

Esperou o momento certo para conversarem, no intuito de tirar suas dúvidas. Afinal também achava estranho, um rapaz elegante que vestia roupas e acessórios de marcas caras, escolher trabalhar em uma livraria. Em razão disso, quando ambos finalizaram suas tarefas, já no fim da tarde, chamou o funcionário para uma das mesas que ficavam perto do pequeno escritório, nos fundos da livraria.

ㅡ Bonitinho, hoje é o seu terceiro dia de trabalho, e eu acho justo saber um pouco mais sobre você. Vamos frequentar o mesmo ambiente, de segunda a sábado, e eu faço mais o tipo "chefe amigão", sacou? ㅡ Yoongi se sentou relaxadamente em sua cadeira, porém, animado para a conversa.

ㅡ Tudo bem, o que você quer saber? ㅡ Minsuk acompanhou seu chefe, sentando também com as mãos cruzadas sobre a mesa, se esforçando para não rir do jeito largado do outro.

ㅡ Bem, que tal você me contar o motivo que te levou a sair da casa dos seus pais? Sei que é algo pessoal, mas eu gostaria mesmo de saber mais sobre você, se me permitir. ㅡ Yoongi encarava o garoto com sua usual expressão intimidadora, ainda que não quisesse lhe constranger. Era apenas natural para si agir de tal forma.

Minsuk apesar de enxergar toda a áurea intimidadora do homem de fios platinados, não se sentia desconfortável. Seu chefe também tinha um jeito desprendido que poderia ser confundido por vezes com tédio, ou desinteresse, mas ele estranhamente se sentia atraído por aquela personalidade irreverente.

ㅡ Sem problemas. Na verdade, sempre tive uma vida confortável, financeiramente falando, mas desde que contei aos meus pais que sou bissexual, passaram a me tratar diferente. Por isso decidi trabalhar e alugar um apartamento com uma amiga da faculdade. ㅡ Não tinha mais vergonha de assumir, mas seu ânimo havia caído consideravelmente ao lembrar dos pais.

Sempre viveu do dinheiro de seus progenitores e lhe era cobrado apenas compromisso com seus estudos, já que para si, era mais trabalhoso e desafiante passar por cada semestre com êxito, do que para os demais alunos do seu curso de gastronomia. Porém, passou a se sentir um intruso na própria casa, com o tratamento frio que estava recebendo dos pais após assumir sua sexualidade, por isso decidiu que ter sua independência financeira agora seria questão de sobrevivência e dignidade.

ㅡ Bissexual? E essa sua amiga é alguma ficante, namorada? ㅡ Yoongi estalou os dedos, fingindo ter perguntado "por perguntar", mas no fundo a informação muito lhe interessava.

ㅡ Essa pergunta não é muito pessoal?  ㅡ Minsuk riu minimamente da inquietação do seu chefe.

ㅡ Tem razão, foi mal ㅡ Yoongi pigarreou, e começou a batucar na mesa, ansioso.

ㅡ Ela é só uma amiga mesmo. ㅡ Já Minsuk olhou para as mãos sobre a mesa, sorrindo e achando gostosa a sensação nova de ser alvo do interesse de alguém do mesmo sexo e gênero que o seu.

Apesar de ter se descoberto como bissexual, nunca teve coragem e oportunidade de beijar um homem, mas precisava admitir a si mesmo que quando conheceu Yoongi passou a pensar mais na possibilidade de fazer tal coisa.

Era confuso, era seu chefe ali, e apesar de o tratar sem muita formalidade, ainda mantinham uma relação de trabalho, por isso tinha medo de ultrapassar os limites. Havia também o fato de não saber sobre a sexualidade de Yoongi, e mesmo achando que ele o olhava de forma diferente às vezes, possuía os receios normais de alguém que conheceu uma pessoa interessante há pouco tempo demais para tirar quaisquer conclusões.

ㅡ Ok, certo. Seu curso é de gastronomia, né? Você pretende seguir no ramo? ㅡ Yoongi procurou logo fazer outra pergunta para ignorar sua própria satisfação com a resposta.

ㅡ Sim, meu sonho é ser confeiteiro profissional.

ㅡ Tá... ㅡ Yoongi tentou fazer pouco caso da animação que Minsuk demonstrou ao falar, mas acabou por sorrir, afinal era impossível não se contagiar com o sorriso daquele instigante garoto de lábios avermelhados. ㅡ Mas então, me fala mais. Tipo o que você gosta de fazer, o que não gosta...

ㅡ Bem… eu gosto muito de comer fast-food e ouvir Backstreet Boys. ㅡ Assim que viu a careta de estranhamento de Yoongi, gargalhou pois de certa forma, já esperava aquela reação. ㅡ E o que eu não gosto, é que caçoem de mim, apenas isso.

ㅡ Caçoar de você? ㅡ Foi a vez de Yoongi gargalhar. ㅡ Isso é ridículo, você é perfeito, vai se foder.

ㅡ Você acha? ㅡ Lee deu uma risadinha contida e coçou a têmpora com o dedo indicador. Era um gesto costumeiro seu, quando estava sem jeito. ㅡ Pode não parecer, mas já fui vítima de bullying. Quando estava no colegial, era zoado por usar um óculos com grau altíssimo.

ㅡ Sério? Mas que idiotas. E por que você usava óculos com grau alto? ㅡ perguntou surpreso, pois Minsuk não estava usando óculos de grau, então provavelmente estivesse usando lentes de contato, já que tinha algum problema de visão.

ㅡ Eu demorei para achar um profissional bom, que soubesse trabalhar com as lentes que preciso. ㅡ Minsuk apontou para os olhos, estava usando lentes de cor escura.

ㅡ O que ela tem de diferente de lentes comuns?

ㅡ São marrons na parte das íris e âmbar na parte da pupilas. Meus olhos são um pouco mais claros, elas que os deixam escuros, preciso delas para me proteger da claridade.

ㅡ É por que mesmo assim você usa óculos escuros boa parte do dia? Qual é o problema dos seus olhos além dos graus? ㅡ O chefe estava curioso e observava o rapaz à sua frente, tentando perceber qualquer anormalidade.

ㅡ Nada demais. ㅡ Incomodado, Minsuk levantou de sua cadeira, querendo desviar do assunto. As pessoas sempre tinham a mesma postura consigo, quando começavam a desconfiar que havia algo diferente nele. ㅡ Acho que já está na hora de ir para casa, são 17 horas. Vamos?

Yoongi percebeu a esquiva do funcionário, e mesmo à contragosto encerrou o assunto. Todavia, uma coisa era certa, a sensação de que Lee Minsuk escondia algo não sairia da sua mente tão cedo, e no momento certo ele iria estar pronto para interrogá-lo novamente.

ㅡ Vamos, bonitinho ㅡ sorriu carinhosamente, tentando quebrar o clima estranho.

Recolheram seus pertences e quando pararam na porta da livraria ㅡ como em todas as vezes, durante aqueles três dias em que se conheceram ㅡ, sentiram-se sem jeito na hora de se despedir. Minsuk poderia ter mesmo um jeito reservado, próprio de sua personalidade, mas também sabia dar voz ao que queria, e naquele momento foi isso que fez.

ㅡ Posso te dar um abraço?

ㅡ Hã… sim, claro. ㅡ Yoongi foi pego de surpresa, mas logo se aproximou do garoto, um pouco mais alto que ele, e o abraçou.

Passou as mãos pela cintura esbelta, e sentiu os braços um tanto firmes de Minsuk rodearem suas costas. A respiração dele batia em seu cabelo, causando-lhe um arrepio gostoso. Seu perfume era caro, podia-se notar pelas notas fortes da essência que se assemelhavam a menta fresca e madeira.

Após se separarem, murmuraram um "até segunda" e Minsuk sorriu com o canto da boca, um gesto sugestivo de que adorou o contato com seu chefe. Yoongi tinha tons que o cativaram desde o primeiro instante, mas se quisesse se aproximar mais dele, teria que deixá-lo lhe conhecer, ser sincero em tudo que se referisse a si mesmo. E Lee tinha tanto para mostrar quanto para descobrir, talvez Min Yoongi fosse seu maior desafio.

A noite se aproximava em Gangnam-gu, e o proprietário da livraria sorriu bobo pela aproximação que teve com Minsuk, enquanto olhava para o céu, já podendo contemplar o brilho tímido da lua, que surgia no céu. Por fim, pegou a chave da porta principal em suas mãos, para fechar o estabelecimento e ter seu merecido descanso.

Enquanto isso, não muito distante dali, Kim Taehyung também pegava uma chave; a do seu apartamento. Já era o fim do expediente na sala de monitoramento de câmeras, e o rapaz de cabelo rosa se preparava para ir embora.

ㅡ Tae, fiquei de visitar um apartamento hoje, que está para alugar, e acho que é no seu prédio. ㅡ Hoseok informou, desligando seu computador, em seguida, pegou sua mochila para saírem do setor.

ㅡ Sério? Acho que a vizinhança toda deve estar recebendo visitantes, porque também espero uma pessoa hoje. ㅡ Taehyung passava para o lado de fora do setor, esperando Jung sair para trancar a porta.

ㅡ Posso ir com você, então? ㅡ Já caminhando pelo corredor, Hoseok deu o braço a torcer ao seu colega de trabalho com quem tanto implicava.

ㅡ Desculpa, eu não ouvi direito ㅡ Taehyung segurou um sorrisinho provocador.

ㅡ Eu não vou perguntar de novo ㅡ Jung cruzou os braços, bufando, porque seu colega conseguia irritá-lo como ninguém.

ㅡ Ah, eu sei que você consegue, certo? ㅡ Taehyung deu um tapinha no ombro do emburrado.

ㅡ Por que você gosta tanto de me provocar? ㅡ Hoseok parou quando já estavam de frente para o elevador.

Kim se aproximou o máximo que conseguiu do rosto do rapaz e o viu arregalar os olhos, paralisado. Passou um braço através do seu corpo, até alcançar o botão do elevador, atrás dele. Apertou o botão e voltou a inclinar o corpo para trás, dando uma piscadela para Jung.

ㅡ Porque você fica uma gracinha irritado, seu rosto fica todo vermelho, uma perdição.

Quando o Hoseok virou o rosto bruscamente, bagunçando os cabelos enrolados, abriu a boca para responder alguma coisa, mas logo as portas do elevador abriram, e o provocador de lentes azuis passou por si, rindo de sua reação.

ㅡ Vou te poupar de pedir de novo dessa vez, tá, senhor certinho? Agora vamos porque não quero levar a noite toda fazendo isso.

Seguiram caminhando até o estacionamento da empresa onde precisariam decidir se iriam no carro de Hoseok ou na moto de Taehyung.

ㅡ Bem, já que estamos indo para o meu prédio, vamos de moto. ㅡ Kim decidiu por si só.

ㅡ Nem fodendo, vamos no meu carro ㅡ Já Hoseok parou no meio do estacionamento e colocou as mãos no quadril.

ㅡ Fodendo, é que seria impossível ir. Deixa de ser chato só uma vez, não custa nada. ㅡ Ele revirou os olhos e, mascando seu chiclete imaginário, decidiu provocar o colega mais um pouco. ㅡ Está com medinho de se segurar em mim e descobrir que não é tão hétero?

ㅡ Tudo nessa vida você leva na brincadeira, né? Eu não tenho costume de andar de moto, por isso tenho medo de cair, só isso.

Hoseok não queria que aquele exibido pensasse que tinha o poder de fazê-lo se questionar se sentia ou não atração por homens também. Acontece que era exatamente o que acontecia, sempre que estava na presença de seu colega de olhar obsceno e provocante.

ㅡ Não tem problema, se segure em mim que além de não cair, você ainda vai me provar que é um hétero de verdade e não tem medo de agarrar a cintura de um homem gostoso. ㅡ Taehyung riu e mordeu o lábio inferior.

Hoseok queria surrar a fuça linda dele, quando fazia isso. Sabia que era para provocá-lo, mas nunca conseguia ignorar o gesto e mostrar-se indiferente.

ㅡ Por que não podemos ir no meu carro? ㅡ Resmungou em uma última tentativa de ganhar a discussão, porém apenas mostrou fraqueza diante de sua própria relutância.

ㅡ Porque minha chave já está na mão e eu já estou indo. ㅡ Taehyung virou-se e começou a andar pelo estacionamento, em direção ao local onde sua moto estava, apenas levantou uma mão e chamou. ㅡ Se quiser é só vir, Hobi.

Não teve jeito, mesmo fazendo uma careta de desagrado, seguiu Taehyung até a moto, recebendo um sorriso oblíquo quando pegou o capacete reserva.

ㅡ Não tem álcool pra passar nesse negócio? ㅡ Sua careta aumentou quando pegou o item de segurança.

ㅡ Não começa Jung Hoseok, ninguém usa esse capacete, trago ele para o trabalho só por precaução ㅡ Taehyung revirou os olhos, impaciente com aquele comportamento, apesar de já estar acostumado.

ㅡ Espera um minuto ㅡ Hoseok retirou de sua mochila um flaconete de álcool e um de seus lenços de papel. Começou a higienizar o capacete, de dentro para fora, e após jogar o lenço e o pequeno flaconete vazio, higienizou também suas mãos.

Taehyung esperava, já sentado e debruçado sobre a moto, Hoseok lhe causava um rebuliço nos nervos, na mesma medida em que o atraía.

ㅡ Agora podemos ir, "limpa tudo"?

ㅡ Espera, será que eu deveria limpar o assento também? ㅡ Hoseok levou a mão no queixo pensativo e Kim bufou.

ㅡ Acho que é melhor você colocar a calça pra lavar quando chegar em casa, o que acha? ㅡ Sugeriu, já conhecia o amigo para saber que, para ele, faria sentido tal recomendação.

ㅡ Tem razão ㅡ Hoseok colocou o capacete e hesitou um pouco antes de segurar os ombros de Taehyung para poder subir na moto, mas sabia que quanto mais demonstrasse nervosismo ao tocar no outro, mais seria motivo de chacota. Por isso se apoiou no corpo dele e subiu.

ㅡ Segura firme, certo? Não quero trabalhar sobrecarregado porque você caiu e colocou atestado ㅡ Kim olhava para frente, fingindo indiferença, impossibilitando Jung de ver seu sorriso satisfeito.

ㅡ Você me tira do sério, sabia? ㅡ Hoseok reclamou mas segurou firme na cintura do colega de setor.

ㅡ Me sinto lisonjeado, afinal te tirar do sério não é pra qualquer um ㅡ deu partida na moto, fazendo questão de arrancá-la dali bruscamente, para que Hoseok o agarrasse mais forte por medo de cair. Gargalhou quando isso aconteceu, levando em seguida um beliscão na região da costela em repreensão.

O prédio não ficava longe da empresa, por isso não demorou para eles chegarem ao local. Hoseok estranhou quando descobriu que seu colega de trabalho morava no mesmo andar que o apartamento que ficou de visitar.

ㅡ Talvez seja a senhora Baek que vai alugar para você, o apartamento dela é ao lado do meu. ㅡ Kim tentou encontrar uma explicação enquanto caminhavam pelo andar de seu apartamento.

Ao pararem de frente para a porta dele, olharam-se estranhando o fato de os dois terem como destino final o mesmo local. Quando Taehyung abriu a porta para entrar, Hoseok logo questionou incrédulo:

ㅡ Não me diga que é você, o proprietário desse apartamento.

ㅡ Não me diga que é você o meu candidato a roommate ㅡ retrucou. ㅡ Não acredito que o Jeon filho fez isso comigo, mas que filha da puta.

ㅡ É "filho" da puta, não filha.

ㅡ Vai corrigir até os meus palavrões, certinho? ㅡ Cruzou os braços entre o corredor e a entrada de sua casa.

ㅡ Eu que não acredito que o Jungkook realmente achou que eu poderia morar com você

ㅡ Já que você está aqui, entre e veja como é o lar de uma pessoa normal. ㅡ Taehyung estendeu o braço para o interior do local, e viu Hoseok entrar desconfiado.

Já do lado de dentro, Jung olhou o ambiente com uma expressão de surpresa e horror. Nunca tinha visto uma casa tão bagunçada e desorganizada em toda a sua vida. Sua vontade era sair correndo de lá ou ficar e arrumar, até que tudo estivesse perfeito.

ㅡ Não dá, eu morreria dentro de vinte e quatro horas aqui. ㅡ Virou-se para sair, mas se deparou com o peito largo bem na sua frente, colidindo assim, contra o corpo de Taehyung.

ㅡ Cuidado, coração. ㅡ Por instinto, Taehyung segurou os braços de Hoseok para o estabilizar.

ㅡ Não me chame de coração, e nem me toque. ㅡ Desvencilhou-se do aperto em seus braços. Não queria sentir aquele arrepio estranho que sempre lhe tomava quando recebia algum toque do dono dos fios rosados.

ㅡ Calma hétero top, no dia da aula de teatro você não achou ruim que eu te tocasse, certo? ㅡ Provocou, aproximando seu rosto da orelha de Jung e sussurrou. ㅡ Até me tocou também e gemeu quando peguei na sua bunda.

ㅡ Estávamos em uma aula, por isso te toquei e deixei você fazer o mesmo. E não foi um gemido, foi uma reclamação por você ter passado dos limites.

ㅡ Ah, não foi reclamação coisa nenhuma. Por que você não assume?

ㅡ Eu vou embora. ㅡ Hoseok tentou passar pelo outro e novamente foi impedido.

ㅡ Espera um pouco. Não fui eu quem meti a gente nessa, mas eu preciso de alguém pra rachar o aluguel e você precisa de um lugar pra morar, podemos tentar um jeito de fazer dar certo, certo? ㅡ O rapaz de lentes andou sala adentro, não se importando se Jung o seguiria ou não.

ㅡ Preciso de um lugar para morar, não um chiqueiro. ㅡ Jung cruzou os braços e viu Taehyung virar para si na velocidade da luz.

ㅡ Se você não quer ao menos tentar, ok, vá embora, mas não fale mal da minha casa. Pode ser desorganizado para você, mas é o meu lar  ㅡ respondeu ríspido.

Hoseok olhou para o lado, engolindo seco. Sabia que tinha passado dos limites e deveria pedir desculpas, apesar de ser orgulhoso, não queria magoar seu colega. Taehyung de alguma forma já era uma pessoa presente em sua vida, não só pelos seis meses que trabalhavam juntos, mas por insistir em habitar sua mente com todo aquele seu jeito tranquilo e leve de ver as coisas.

ㅡ Desculpe, por falar mal da sua casa ㅡ murmurou sincero, olhando para ele.

Kim passou as mãos por seu suéter de listras marrons e verdes, por baixo de sua jaqueta e suspirou. Em seguida se aproximou o suficiente para o encarar, os narizes quase se tocavam, de tão perto que estavam. Estava irritado, mas ainda tinha que lidar com aquela atração insana que sentia por Hoseok, tão presente quanto o sangue que lhe queimava as veias, devido as críticas dele sobre seu estilo de vida.

ㅡ Então meça suas palavras,  antes que elas saiam dessa boquinha linda. ㅡ Taehyung colocou o indicador nos lábios em formato de coração à sua frente.

ㅡ Pare com isso, Taehyung. ㅡ Hoseok se fastou e virou de costas, na tentativa de esconder que Kim o atordoava sem sua permissão. Com a respiração rápida e pensamentos confusos, fechou os olhos na busca de elaborar algo coerente para falar. ㅡ Seu passatempo preferido é me provocar, não é?

ㅡ Não tenho culpa se também sinto tesão quando estou com raiva de você. ㅡ Sua fala fez Hoseok virar de imediato, tão horrorizado quanto afetado, por lhe ouvir se expressar com tamanha naturalidade.

ㅡ Você sabe que eu sou hétero ㅡ murmurou baixo demais para quem queria passar convicção.

ㅡ E você sabe que eu não me importo, certo? ㅡ Deu uma piscadela, com seu charme habitual. ㅡ Mas vamos falar sério, seria melhor dividir o apartamento com você do que com um desconhecido, por isso o plano do Jeon filho pode não ser tão ruim assim.

ㅡ Fala a verdade, você armou isso com ele, não foi? ㅡ Apertou os olhos em desconfiança.

ㅡ Ah Hobi, também não vá se achando a última gota de soju da balada, certo?! ㅡ Revirou os olhos, retirou sua jaqueta para ficar mais à vontade e a jogou no sofá, afinal estava em casa. ㅡ Não pense que pra mim seria fácil aguentar suas frescuras com arrumação e limpeza, no trabalho e aqui.

ㅡ Não é frescura. ㅡ Hoseok lançou um olhar magoado ao seu colega de trabalho. ㅡ Se você me conhecesse melhor saberia.

Kim tinha um pouco de noção do que deveria ser o problema do seu colega, provavelmente eram pensamentos compulsivos que o faziam se comportar daquela maneira. Era provável que fosse uma doença delicada de lidar. Por isso, da mesma forma que recebeu um pedido de desculpas quando se sentiu ofendido, achou justo fazer o mesmo.

ㅡ Me desculpa, Hobi ㅡ coçou a nuca, sem jeito. ㅡ Você tem razão, não o conheço a fundo, mas gostaria de te conhecer melhor, fora do ambiente de trabalho. E estou sendo sincero, sem segundas intenções agora.

Seu olhar era firme e sério, sem titubear. Era perceptível que, para ele, a ideia de morarem os dois juntos, era viável, mesmo com toda a diferença entre eles. Hoseok também não queria ser tão irredutível a ponto de parecer soberbo, por isso começou a pensar na possibilidade.

ㅡ Você acha mesmo que a gente conseguiria conviver aqui sem se matar, como faz no trabalho? ㅡ sorriu minimamente com as lembranças das brigas por besteiras que sempre tinham.

ㅡ Não posso dar nenhuma garantia, mas talvez sim, com o tempo podemos aprender a conviver ㅡ suspirou cansado e gesticulou para o seu sofá. ㅡ Não quer sentar um pouco?

Hoseok pensou, e pensou mais um pouco. Não tinha certezas ou garantias, mas desde que assumiu a responsabilidade de morar com a namorada, sabia que se não desse certo - o que acabou acontecendo - voltar para a casa dos pais, com o rabinho entre as pernas não era uma boa opção. Principalmente depois de ter brigado com a própria mãe, após ter criado coragem para contar algo que o machucou profundamente na infância, e não ter sido ouvido por aquela.

ㅡ Talvez possa dar certo. Eu acho que posso trazer algumas coisas pra cá, como um teste, e em uma semana poderemos ter uma noção se essa ideia vai funcionar.

ㅡ Acho justo. Hobi, posso te perguntar uma coisa? ㅡ Ao ver o colega de trabalho assentir, prosseguiu. ㅡ Por que você está procurando um novo apartamento?

Aquele assunto sempre seria incômodo para se falar, todavia Jung se sentia próximo o suficiente de Kim para compartilhar, ainda que superficialmente, a experiência desagradável que tivera.

ㅡ Porque eu morava com uma traidora esse tempo todo e não sabia.

Kim não conseguiu conter sua surpresa, realmente não imaginava que o motivo do outro teria sido uma separação por traição. Ao ver a forma amargurada como as palavras saíram da boca do rapaz de cabelo marrom dourado, buscou tentar animá-lo.

ㅡ Se você quiser podemos ir pra balada juntos, é bom pra esquecer os problemas e ligar o foda-se.

ㅡ Não sou de balada Taehyung, música alta, bebida e gente suada não é algo que aprecio. Deixa o ambiente muito sujo ㅡ sacudiu a cabeça apenas por imaginar algo assim. ㅡ Sem falar que tem muita gente atrevida nesses lugares, e eu não quero me envolver mais com ninguém, de forma nenhuma, nunca mais.

ㅡ Calma aí hétero magoado, "nunca mais" é um termo muito forte. ㅡ Bateu uma palma e estendeu uma mão para Jung apertar.
ㅡ Mas então, temos um trato?

Após olhar por um momento para a mão de Taehyung, decidiu apertá-la.

ㅡ Sim.

Ainda com as mãos dadas, Taehyung percebeu que a mão de Hoseok estava descamando, irritada e bastante avermelhada. Engoliu seco, olhou para cima e encarou o rapaz; este que rapidamente puxou o braço, retirou seu álcool gel do bolso da calça social e passou nas mãos. Fez uma careta, pela ardência que sentiu com o contato do álcool na pele já sensível, mas tentou disfarçar.

ㅡ Hoseok, para! Para um pouco de passar isso, olha o estado das suas mãos. Quantas vezes você lavou elas, só hoje? ㅡ gritou horrorizado.

ㅡ Não se preocupe, é só uma alergia. ㅡ Hoseok sabia que seu colega não caía mais naquela conversa, mas se recusava a falar sobre o verdadeiro motivo.

ㅡ Vem comigo ㅡ Taehyung agarrou o pulso dele e o puxou em direção ao seu quarto.

ㅡ Pra onde estamos indo? O que você quer fazer? ㅡ perguntou nervoso, porém seguiu o caminho que estava sendo conduzido.

ㅡ Aqui, ㅡ abriu a porta de seu quarto ㅡ tenho um óleo de girassol que pode ajudar a sua pele.

Foi ao banheiro do quarto, apenas para lavar as mãos, mas logo voltou. Sentou na cama queen, e deu duas batidinhas ao seu lado para seu colega sentar também. Não esperando ele fazer o que lhe pediu, foi logo abrindo a gaveta de sua mesinha de cabeceira e tirando dela um pequeno frasco com óleo.

ㅡ Me dê sua mão.

Hoseok permanecia calado, observando os detalhes do quarto. Taehyung tinha várias revistas de moda em cima de uma escrivaninha, e cerca de quatro ou cinco luminárias, espalhadas pelo quarto de paredes de tons laranjas e pastéis. Assim como exibia ao lado de um espelho grande, posters de artistas pop.

ㅡ Você gosta de artesanato? ㅡ Sentiu as mãos macias tocando as suas, fazendo uma massagem delicada para não machucá-lo mais.

Ao olhar na direção que Hoseok olhava, Kim facilmente reconheceu os artesanatos manuais que costumava comprar em feiras de arte. Havia um espaço em específico para eles, na sua mesa de estudos. Eram leques, miniaturas de árvores, bonequinhos de argila e diversos outros ítens.

ㅡ Sim, gosto de tudo que tem a ver com arte ㅡ deu de ombros.

ㅡ Por falar em arte, queria participar de outra aula do seu curso de teatro ㅡ comentou, porque apesar das brincadeiras de Taehyung, tinha se sentido bem no dia da aula experimental.

ㅡ Podemos ir, mas acredito que apenas nós dois, dessa vez. ㅡ Se conhecia o suficiente para saber que em outro momento, provocaria seu futuro roommate, mas não queria estragar um dos raros momentos em que jogavam conversa fora, sem estresses.

ㅡ Por quê? O Jungkook e o Jimin não gostaram? Percebi eles meio esquisitos na quinta-feira, mas achei que não fosse nada demais ㅡ perguntou casualmente, quando já fechava os olhos, apreciando a massagem.

ㅡ Se eu bem conheço meu amigo, foi tudo menos "nada demais". Ele está em um sofrimento eterno desde que conheceu o Jeon filho ㅡ balançou a cabeça para os lados. ㅡ Se o Jimin não fosse comprometido, já teria pulado no pescoço dele.

ㅡ Sério? Ele me parece tão tranquilo, quieto, achei que o relacionamento dele estivesse bem ㅡ Hoseok lembrava do jeito pacífico do rapaz citado.

ㅡ Quieto? Só parece. O Jimin é como um vulcão adormecido, e o Jeon filho é a pressão que está movimentando as placas tectônicas dele, daqui a pouco vai rolar uma descarga de energia, que nenhum dos dois vai aguentar. E aí… cabuum, ㅡ fez um bico e arregalou os olhos ㅡ erupção vulcânica, certo?

Hoseok riu da encenação barata, e deu voz à sua dúvida. ㅡ E por que ele não termina com o noivo, já que está interessado em outra pessoa?

ㅡ Não é assim Hobi, o relacionamento do Jimin já tem mais de um ano, e ele conhece o Jeon filho há uma semana. O Jimin já me confessou que desde que ficaram presos no elevador, se aproximaram bastante e criaram muita afinidade, além dessa atração louca, mas ainda assim, só se passou uma semana ㅡ massageava os dedos de Hoseok, encarando as mãos dele, enquanto continuava. ㅡ Ainda tem o fato de que o Jimin não acabaria o noivado tão facilmente.

ㅡ Por quê?

ㅡ Ele passou por um trauma pesado, e como o Jae era seu namorado na época, acabou usando ele de âncora, sabe? Só que ele não enxerga. O Jae também não colaborou muito, na minha opinião. Pediu o Jimin em noivado no momento mais frágil da vida dele.

ㅡ E o que foi que aconteceu com o Jimin? ㅡ Se via cada vez mais curioso.

ㅡ Deixa de ser fofoqueiro, Hobi. Esse assunto não me diz respeito, pra eu ficar espalhando assim ㅡ franziu as sobrancelhas, repreendendo o outro.

ㅡ Detesto quem começa a fofoca e não termina ㅡ fez um bico, contrariado. ㅡ De qualquer forma, acho que sentimento não é algo que se controla, ou que tenha um tempo determinado para acontecer. Não temos um relógio no coração nem um manual explicando por quem devemos nos apaixonar. Por isso que relacionamentos são uma merda e eu quero distância.

Jung ainda se sentia amargurado devido a traição que sofrera outrora, por isso falava tão mal de relações românticas. Mas ainda assim começava a entender o que estava se passando com seus dois novos amigos, por isso continuou:

ㅡ Eles estão trabalhando no mesmo setor, se vendo todo dia, conversando direto, é questão de tempo para isso ameaçar o relacionamento do Jimin.

ㅡ Realmente não escolhemos por quem nos apaixonamos, nem sei se é o caso deles, mas sei que ele sente um puta tesão no cara, porém, está em fase de negação, assim como você ㅡ sorriu cínico, sem conseguir conter a provocação dessa vez.

ㅡ Você tem um jeito único de acabar com a minha paciência ㅡ revirou os olhos, forçando tédio.

ㅡ Eu sei… ㅡ subiu uma mão para o braço de Hoseok, levantando também a manga da sua camisa, para o tocar diretamente na pele, e percebeu os pelinhos do braço dele se eriçando.

ㅡ E-eu preciso ir ㅡ Hoseok levantou abruptamente da cama, ajeitando a manga de sua camisa. ㅡ Você tem meu número, depois me avise quando eu puder vir.

Taehyung o seguiu quarto afora, e quando estavam na sala novamente, seguiu até a entrada do apartamento, não querendo prender Hoseok. Queria que seu futuro roommate entendesse que apesar de suas brincadeiras, jamais passaria dos limites sem sua permissão, por isso respeitou sua vontade de querer ir embora.

ㅡ Amanhã mesmo, se você quiser. ㅡ Abriu a porta e olhou para o óleo de girassol que ainda tinha em mãos. ㅡ Se cuida por favor, Hobi, e fica passando esse óleo de girassol nas mãos, é cicatrizante ㅡ entregou o pequeno frasco, mas Jung não o pegou.

ㅡ Não precisa.

ㅡ Tenho outros aqui, pode levar esse e passe novamente antes de dormir.

ㅡ Tudo bem, obrigado ㅡ murmurou um pouco impressionado pela preocupação do rapaz.

Não que Taehyung fosse uma pessoa indiferente, mas estava demonstrado uma preocupação genuína, se tratando de alguém que sempre fazia brincadeiras debochadas e irônicas. Por isso se sentiu bem, por receber consideração de alguém por quem se sentia próximo, fazia um tempo que não se sentia assim.

Com sorrisos e expressões mais suaves do que quando chegaram naquele apartamento, se despediram, e por mais que nenhum dos dois dissesse, estavam ansiosos para saber como seria conviver, não apenas no trabalho, mas como roommates.

E aquela seria apenas uma pequena etapa para tudo que ainda viveriam juntos.


Gostaro do capítulo? Gostaro dos casais? Ainda sou um pouco insegura em escrever em 3° pessoa, mas me desafia enquanto escritora.

Amanhã trago a att dos Jikook's p vcs! Fiquem atentos!

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