Faz De Conta || Sariette • AD...

By eucacta

314K 29.6K 24.7K

[ ADAPTAÇÃO ] - ThamyPortinon Quando a renomada empresária Sarah Carolline Andrade recebeu uma ligação de sua... More

Faz De Conta
P r ó l o g o
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
83
Epílogo
Como Tudo Aconteceu

46

2.6K 247 322
By eucacta


A garrafa de tequila estava pela metade.

As duas estavam bêbadas, porém, Sarah estava pior das duas. Elas riram á toa. O ambiente estava moderado com muitas pessoas bonitas, principalmente mulheres. Carla paquerou algumas, apenas por paquerar. Não podia perder a prática, gostava de fazer isso pra passar o tempo quando não estava com a sua namorada, Scarlett.

— Eu não quero mais saber de nenhuma mulher. — Sarah disse com a voz embolada, movimentou a mão em forma de corte. — Vou mudar meu foco para homens. — Olhou em volta para os rapazes presentes.

Carla fez uma careta. Encheu mais dois shots. Foi uma ideia muito sábia de não vir de carro, provavelmente, não teriam condições de retornar para casa.

— Você é lésbica. — Carla quase gritou para Sarah. — Lés-bi-ca! Isso soa estranho até mesmo para uma bêbada.

— Sou uma lésbica em recuperação. Minha clínica de reabilitação será os corpos dos homens. — Sarah disse decidida, pegou o seu shot e virou em uma golada. Fez uma careta e bateu o copo na mesa.

— Homens tem pênis. — Carla informou com óbvio. Estava achando uma loucura isso da sua irmã, era cômico e estúpido.

— E daí? Eu sei lidar muito bem com um pênis. — Sarah deu de ombros. Encheu o seu shot, derramou um pouco de tequila, o que a fez rir atoa. O mundo estava engraçado em sua visão. — Vou mergulhar num pênis! — Gritou a última palavra e ergueu o shot em um brinde.

Algumas pessoas olharam, mas depois descartaram as duas bêbadas em questão. Carla torceu o nariz e bebeu a sua tequila, balançando a cabeça em negativo.

— Você vive num mundo tão lindo, tão colorido, tão gostoso. Pra que mudar? Você nunca encontrará num homem, o que encontra nas curvas de uma mulher.

Sarah revirou os olhos. Caçou em sua bolsa a carteira dos cigarros. Ali, era permitido fumar. Pegou um cigarro e ofereceu para sua irmã. Carla estranhou, mas aceitou o cigarro.

— Desde quando está fumando?

— Desde quando a minha esposa me deu um enorme chute na bunda e sumiu nesse mundo. — Sarah disse com amargura, acendeu o seu cigarro e deu um trago.

— Ela volta... — Carla disse.

Sarah riu.

— E quem se importa? — Sarah soltou a fumaça pelo nariz. — Não quero mais saber dela, e de nenhuma mulher. Não tenho sorte com perereca, vou brincar com anaconda. — Levantou-se. — Me dá uma moeda. Hora de a vitrola tocar.

Carla deu algumas moedas para sua irmã. Sarah foi cambaleando até a vitrola. Minutos depois, Carla se arrependeu de ter dado as moedas a sua irmã. Bebeu dois shots seguidos, era pressão demais...

Um tempo depois... O pensamento de Carla sobre Sarah era: “Tá passando vergonha, viado”. Sua irmã tinha voltado para mesa, apenas para pegar a garrafa de tequila, voltou pra vitrola e escolheu Tayrone Cigano para tocar.

Sarah estava tão bêbada que dançava agarrada com a garrafa de tequila e ainda gritava a música.
 
— POR DEUS EU TE AMO. POR DEUS EU TE CHAMO. POR DEUS EU TE QUERO, É VOCÊ QUE EU QUERO. — Sarah ainda tinha capacidade de chorar, parava de cantar para dar uns goles de tequila, depois voltava a cantar novamente. — ATÉ QUANDO VOCÊ... VAI ME FAZER SOFREEEEEER? VAI ME FAZER CHORAAAAAR? VAI ME FAZER CHORAAAAAR? TINHA QUE SER AGORA?

Trágico. Muito trágico. Mas Carla ria e filmava a vergonha de sua irmã. Depois mandaria para a família pelo whatsapp e até mesmo mostraria a Sarah no outro dia, porque não bastaria ficar com ressaca da bebida, tinha que ter ressaca moral também.

Algumas pessoas também riram. Mas estavam todos bêbados, que uma louca berrando no canto do bar, chorando e cantando não era nada demais. A música acabou, e deu sequências as outras. Sarah não queria mais abandonar aquela vitrola.

Sarah estava pouco se lixando para as pessoas. Queria curtir a sua roedeira. O cantor de agora: Reginaldo Rossi. Identificou-se com a música. Dançava brega.

— AMAR COMO EU TE AMO NINGUÉM VAI TE AMAR...  PORQUE VOCÊ? FICAVA SUSSURRANDO JUNTO AO MEU OUVIDO, MENTIRAS MISTURADAS COM O SEU GEMIDO. E EU ACREDITAVA NAS SUAS PALAVRAS... LEVIANA! — Sarah balançou a cabeça. — Por que você fez isso comigo, bandida? — Perguntou olhando para a garrafa de tequila. — Eu te amava tanto... Tanto! — Depois abraçou a vitrola.

Toda vergonha tinha limite. Carla se levantou e foi até a sua irmã. A tocando no braço.

— Don’t touch me! — Sarah disse pra ela e se soltou.

Carla riu.

— Virou gringa agora? Por que você não deixa essa vitrola? As pessoas estão querendo usar também. — Disse, mas foi ignorada por Sarah. — Sarah...

— Eu acho que ela não vai soltar. — Uma voz desconhecida chamou atenção da mais nova.

— E quem é você?

— Eric Thompson. — Ele sorriu. — Se me permite, posso tentar?

Carla deu de ombros e foi em direção do bar. Sentou-se, pediu uma dose de tequila, já que Sarah estava com a garrafa ainda. E ficou observando a sua irmã de longe.

— Sabe o que seria interessante? — Eric encostou ao lado da vitrola e murmurou para Sarah. — Outra garrafa de tequila para acompanhar mais uma rodada de músicas.

Sarah olhou para o desconhecido. Era um homem muito bonito. Alto, corpo atlético mas sem exagero, olhos azuis bem claros e cabelos lisos com alguns fios grisalhos que o tornava muito, muito atraente. Ele tinha um sorriso sacana.

— Quem é você?

— Eric Thompson... Á sua disposição... — Ele disse, estendendo a mão.

• • •

Quando o Eric disse que estava á disposição não era exatamente para isso. Ou era? Por um momento, a Sarah ficou confusa, mas não se intimidou. Estava bêbada com uma dor imensa na alma e queria extravasar. Tinha feito isso com a bebida e com a música, estava fazendo agora com sexo. No início, foi estranho... Fazia muito tempo que não ficava com homem, o seu primeiro ano foi á anos atrás. Foi com ele que descobriu que era lésbica. Mas se negava a desistir. Estava com ódio das mulheres. Poderia se dizer que estava também enlouquecida, perdida, mas não daria o braço a torcer.

Poderia ser que amanhã se arrependesse dos seus atos. Mas neste exato momento, o último arrependimento era voltar pra casa sozinha sem tentar. Estava cavalgando no Eric... Ele era grande e grosso, até machucava um pouco... Um dos seus seios estava exposto, e Eric o abocanhava quase agressivamente. Não tinha nenhuma delicadeza e nem tato que as mulheres tinham.  Mas isso não era motivo para parar. Estava segurando-se nos ombros dele. As suas sentadas eram rápidas e intensas, quase agressivas. A dor do seu sexo nunca seria comparada a dor do seu coração. Então, estava pouco se lixando.

— Você é muito gostosa! — Eric grunhiu a agarrando pela bunda e a forçando cavalgar com mais rapidez. Ele roçou a sua barba por fazer em seu pescoço e beijou.

Arranhou um pouco a barba, mas Sarah não reclamou. Continuou se movimentando, o seu pensamento estava muito longe. Queria magoar a Juliette, da mesma forma que a mesma a magoou. Se a morena visse o que ela estava fazendo agora, com certeza ficaria arrasada. Ou não? Sentia até vontade de filmar o momento e mandar para a Juliette para que ela visse que não era a única pessoa do planeta, embora que prazer só sentiria com a morena. Foi pensando em Juliette que conseguiu atingir o ápice... Agarrou-se no Eric e soltou alguns gemidos, não demorou muito para o mesmo ejacular dentro dela...

Enquanto isso, Carla esperava a sua irmã que estava quase meia-hora dentro daquele banheiro. Não queria pensar muito, nem tinha muita condição para isso, mas imaginar o que Sarah estaria fazendo com aquele homem dentro do banheiro, deixava o seu estômago embrulhado. Inicialmente, achou que tudo o que sua irmã tinha dito sobre os homens, era brincadeira. Mas parecia que estava falando mais sério que tudo.

Como uma lésbica poderia ficar com um homem? Precisava de uma cachaça muito sinistra para isso.

— Olá... Posso pagar uma bebida para você? — Uma voz disse ao seu lado.

Carla a olhou... Era uma morena muito bonita, de estrutura mediana e olhos pervertidos. Tinha um corpo muito sexy naquela roupa tão colada. Bem convidativa. Amava mulheres com aqueles olhos devoradores... Isso lembrava a... Scarlett, sua namorada.

— Obrigada. Mas já estou com uma bebida. — Mostrou a cerveja em sua mão.

A morena não se deu por vencida.

— A próxima rodada, talvez... — A morena mordeu o lábio inferior, e Carla se deu conta dos lábios carnudos. Hum... — Você está sozinha?

Carla deu um gole longo de sua cerveja super gelada para disfarçar a garganta seca.

— Não. Estou com a minha irmã lésbica recém-convertida ao heterosexualismo. — Carla respondeu com desgosto.

A morena riu.

— E como é isso? — Sentou-se ao seu lado. — A propósito... Sou a Mona. — Ela estendeu a mão.

Carla apertou a mão de Mona e puxou rapidamente por sentir uma corrente elétrica. Isso não podia acontecer. Ela tinha namorada. Amava a sua namorada. Amava. Queria uma vida com Scarlett, não poderia deixar Mona olhos predadora estragar tudo que tinha construído com a sua namorada, mesmo assim se viu respondendo...

— É uma lésbica que está com um parafuso á menos e acha que encontrou a sua parte intima no lixo para distribuir para os homens. — Deu um meio sorriso. Mona também sorriu. Lindo sorriso. — Sou Carla...

— Isso parece ser um pouco complicado. — Mona fez uma caretinha. Depois a olhou com intensidade. — Pague-me uma bebida.

Carla sentiu-se presa naquele olhar... Era o demônio que estava testando as suas forças. Quando estava solteira, isso não acontecia. Engoliu quase toda a sua cerveja.

— O que você quer beber?

— Surpreenda-me... — Mona desafiou com uma mordidinha no lábio inferior.

Quase engasgou com a sua própria saliva. Chamou o barman e pediu um submarino, que foi bem aceito pela Mona. Tinha que ir embora. Ou ao menos dar uma desculpa. Deveria dizer que era comprometida, mas não conseguiu. Mona puxou assunto... Era muito fácil conversar com ela... Era uma morena muito divertida e inteligente.

Sarah surgiu do nada, segurando o Eric pela mão.

— Vamos pra uma boate. Quero dançar bumbum granada com o gostosão aqui. — Sarah disse alegremente, tomando a cerveja da mão de Carla e virando em uma golada. Depois olhou para a Mona. — Você também está convidada.

— Sarah, eu não acho que seja uma boa... — Carla começou a falar, mas a sua irmã estava arrastando o Eric para a saída.

Carla se sentiu numa saia justa. Olhou para Mona, depois para saída. Suspirou, a conta ficou para ela. Pagou e levantou-se.

— Bem... Se quiser ir...

— Claro que quero. — Mona terminou a sua bebida e piscou. Passou um dedo pelo queixo da Carla. — Estou louca pra dançar bumbum granada com você...

Carla engoliu a seco. Já estava extremamente bêbada, ainda tinha uma morena gostosa dando mole... Precisava de forças! Foram para saída...

• • •

Gilberto acordou muito cedo naquela manhã. Tinha se comprometido de ir buscar a Juliette na rodoviária. Estava feliz pela volta da morena, principalmente porque teria novamente a sua filha em seus braços. Arrumou-se feliz. Nunca pensou um dia que seria tão feliz assim. Com o seu amante se tornando o seu atual, assumidíssimo, também com a sua filha. Tinha uma família!

— Volta pra cama... — Arcrebiano murmurou, estava pelado na cama enroscado no travesseiro. Era uma visão deliciosa.

A noite anterior tinha sido pecaminosa. O corpo de Gil ainda estava doendo do vigor que o Arcrebiano estava. Eles tinham comemorado a separação.

— Não posso. Tenho que buscar a Julie, lembra-se? — Gil deu uma olhadinha e sentiu um breve calor. Abanou-se. Bil tinha se virado e revelado completamente a sua nudez. — Isso é golpe baixo. — Resmungou.

— Isso é tudo para você. — Bil deu um sorriso bem malicioso. — Vem aqui. Uma rapidinha não vai fazer perder a hora e também a Juliette pode esperar um pouco, só por castigo por ter abandonado a minha irmã.

Gil abriu a boca para responder quando a campainha tocou.

— Ué. Quem será essa hora?

— Não faço a mínima ideia. — Bil se levantou. — Melhor ver.

Não era muito comum isso. Mas Gilberto foi. Abriu a porta. Era um entregador com uma enorme cesta de café da manhã.

— Uau... — Gil exclamou! Assinou a entrega do pedido e pegou a cesta. — Obrigado. — Fechou a porta com os quadris.

— O que isso? — Bil questionou. Estava de roupão.

— Cesta de café da manhã. — Gil colocou a cesta no sofá. — Tem de tudo um pouco aqui! Se eu não tivesse exagerado no café da manhã, até que comeria essas delicias.

— E quem mandou? — Bil se aproximou, espiando a cesta.

— Não sei... — Gil pegou o cartão e leu em voz alta. — Que a felicidade sempre esteja presente em sua vida. Parabéns por sua conquista. F.A. — Ele olhou para o namorado. — Família Andrade?

Arcrebiano riu.

— É a cara dos meus pais essas coisas. — Arcrebiano pegou um pedaço de bolo que estava embalado. — Bolo de cenoura. O meu preferido. — Disse já rasgando o papel filme e beliscando.

Gil franziu o cenho.

— Tem certeza que foram os seus pais? Não é melhor ligar antes para saber?

Bil deu de ombros.

— Claro que foram eles. Não vou ligar nada. Vou aproveitar esse bolo que está delicioso. Quer um pedaço? — Bil perguntou com a boca cheia, abocanhando enormes pedaços.

— Não... Eu achei que os bolos de cenouras fossem escuros, mas não dessa forma.

— O que importa á cor, amor? Está uma delícia e isso que importa.

Gilberto riu. Por comida, o seu namorado iria muito longe.

— Tenho que ir. Não coma tudo nessa cesta! — Gil disse.

Bil deu de ombros. Estava querendo comer tudo mesmo. Recebeu um rápido beijo nos lábios do Gil que saiu apressado para encontrar com a Juliette.

Comeu o bolo até o final, depois tomou uma xícara de café. Foi ligar a televisão para assistir o seu jornal matinal quando sentiu algo estranho... Sentiu um frio muito brusco, sentiu-se confuso, por um breve momento, não soube que iria fazer. Uma náusea forte o fez golfar no tapete favorito do Gilberto. Uma dor no seu abdômen o fez gritar de dor, caiu de joelhos, gritando de dor. Colocou a mão na barriga para tentar controlar a dor, estava suando frio.

O golfo continuava... Não tinha força para ficar de pé, a dor era muito forte, parecia que os seus órgãos estavam explodindo. Arrastou-se até o telefone, discou o número do SAMU... Rapidamente foi atendido.

— SAMU. Bom dia. Qual é a sua emergência?

— Socorro... — Bil buscou fôlego para responder. — Eu... Eu acho que fui envenenado... Por favor... Salvem-me... — Desmaiou com o telefone ligado...

— Senhor...? Senhor...? Ainda está na linha? Senhor...?

Como o telefone estava ligado, foi rastreado e uma ambulância foi enviada. Mas a demora para que tudo acontecesse poderia ser fatal pra o Bil que convulsionava no tapete...





Desculpem pela cena da Sarah com o carinha (kkkk rindo de nervoso) Tinha uma muito pior mas eu fiz questão de cortar algumas partes do ato pra vocês não sentirem vontade de vomitar.

Eu vou tentar postar todos os capítulos que eu adaptei de ontem pra hoje pra ver se vocês ficam mais tranquilxs, ok?

Eu tô rindo com a reação de vocês mas também não gosto de ver meus mimadxs sofrerem assim. Sério, meu coração dói.

Até mais tarde :)

Continue Reading

You'll Also Like

1M 109K 56
Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.
358K 26.4K 100
[concluída] a mesma mulher que maya observava todos os dias na yoga em sua academia, tweetaria algo que mudaria seus sentimentos e relações? ou será...
17.8K 1.9K 35
"Eu poderia ter gritado pra ela o que aconteceu, poderia ter obrigado ela a me ouvir, poderia contar o que meu coração estava sentindo por ela mas pe...
1M 59.6K 75
Grego é dono do morro do Vidigal que vê sua vida mudar quando conhece Manuela. Uma única noite faz tudo mudar. ⚠️Todos os créditos pela capa são da t...