Harry vagou até a fogueira que eles tinham, era pequena e mal iluminada, a noite estava caindo rápido e eles nunca arriscaram que o fogo brilhasse o suficiente para ter caminhantes tropeçando neles. Suspirando baixinho, ele se sentou ao lado de Merle, que estava quieto e realmente se juntou a eles para uma mudança. Normalmente ele apenas comia em sua barraca, muito fora dela para se juntar a eles na cova, ele e Daryl geralmente comiam ao lado de suas barracas, ocasionalmente juntando-se a eles, mas só quando ficava muito frio. Outra coisa que surpreendeu Harry, esse clima, mesmo à noite, era mais quente do que em sua casa no Reino Unido, mas ele sentia frio, havia se aclimatado com a mudança de clima bem rápido. Carol estava passando as tigelas de macarrão, dando comida às crianças primeiro, a julgar pela rapidez com que começaram a comer - estavam com fome, mas quem não estava?
"Obrigado, Carol," Harry disse aceitando o dele, dando a ela um aceno de cabeça, distraidamente comendo, ouvindo os outros fazendo perguntas aqui e ali. Ele nunca foi de conversa fiada, exceto com aqueles de quem era mais próximo, costumava ser Ron, Hermione, Ginny, Neville e Luna, agora eram dois caras que eram tão reservados quanto ele.
"Você acha que isso vai acabar?" Amy perguntou a todos, olhando para longe.
"Não," Harry afirmou, falando pela primeira vez, não olhando para Amy, mas para o fogo, sua tigela de macarrão agarrada em sua mão esquerda. "Não em nossa vida, seja o que for, ele se espalhou rápida e furiosamente por todo o mundo. Chegou a todos os lugares muito rapidamente, foi mundial em poucos dias, nenhum vírus que eu ouvi foi capaz de fazer isso provavelmente eliminou metade do população mundial em dois meses. Tudo o que podemos fazer é esperar que eles encontrem uma cura, ou este vírus pode significar nosso evento de extinção. " dando-lhes a verdade. Os magos tentaram contê-lo antes que ele se espalhasse em seu mundo, ninguém estava seguro.
"Em todo o mundo? Você realmente acredita nisso?" Rick perguntou, parecendo um pouco pálido com o pensamento. Os outros eram iguais; eles não queriam acreditar que tinha atingido todos os lugares.
"O vírus estava atingindo a Grã-Bretanha antes de eu vir para cá," Harry revelou, pegando um graveto e cutucando o fogo, um olhar assombrado em seu rosto. "Não foi tão ruim, obviamente, mas não tenho dúvidas de que em dois meses o dano será provavelmente o mesmo que aqui."
"Você deixou sua família?" Shane disse desaprovação estampada em seu rosto.
"Shane!" as mulheres disseram balançando a cabeça, muito conscientes de que ele não tinha família.
"Eu não tenho família", afirmou Harry, indiferente à desaprovação de Shane, ele não se dava bem com ele.
"Eu sinto muito", disse Carol sombriamente.
"Não se preocupe, isso aconteceu há muito tempo", Harry respondeu encolhendo os ombros, ele já estava acostumado com as pessoas sabendo disso; era uma mudança revigorante que ele realmente tinha que dizer a eles.
"Como isso aconteceu?" Andrea perguntou qualquer coisa para manter sua mente longe do que estava lá fora.
Harry olhou para cima pela primeira vez, seu olhar encontrando o de Andrea, antes de falar novamente, "Eles foram assassinados quando eu era um bebê," Harry revelou, ele tinha falado mais esta noite do que há algum tempo. Ele ignorou as desculpas e suspiros de choque com sua revelação.
"Eles pegaram o assassino?" Rick perguntou sentando-se para frente.
Harry riu sem humor, "Não há dúvida de que você é um policial, não é?" era apenas algo que um oficial da lei perguntaria.
Rick apenas sorriu um pouco.
Harry se levantou, voltando para o acampamento, os outros o observando enquanto ele desaparecia na floresta. Harry ficaria surpreso com a preocupação escrita em alguns de seus rostos, infelizmente para ele ele não viu.
"Acho que é hora das crianças irem para a cama", disse Carol, estendendo a mão para a filha pegar.
"Mais cinco minutos, por favor!" Sophia implorou "Está mais quente aqui!" brincando para as preocupações de suas mães de não estarem aquecidas o suficiente. Ela nunca teria feito tal coisa se seu pai estivesse lá, mas ele não estava, ela estava.
- Mais cinco minutos - Carol concordou, incapaz de negar à filha, foi o mais feliz que Carol já vira sua filha.
"Onde você está indo?" Andrea perguntou enquanto Amy se levantava, a preocupação com ela estampada em suas feições, preocupada que as palavras de Harry a tivessem chateado.
"Eu só vou ao banheiro," Amy resmungou, a falta de privacidade era irritante para dizer o mínimo, com isso ela rapidamente fez seu caminho para o trailer em uma necessidade desesperada de fazer xixi.
Harry estava se aliviando quando os feitiços que ele havia feito ao redor do acampamento dispararam. Era a única proteção em que ele conseguia pensar que os ajudaria. Já que feitiços repelentes de trouxas estavam fora de questão, e não havia um feitiço repelente de Walker, ele colocou uma barreira para o bem-estar de alguém. Geralmente era colocado em um paciente, mas Harry o colocara na frente do acampamento apenas na chance de que funcionasse. O feitiço de monitoramento estava dizendo a ele que alguém estava morto, e como os Walker estavam mortos, ele suspeitava que fosse um. A proteção desligou, o que o preocupou, talvez seja isso o que aconteceu? Ele não sabia que não era um Curandeiro ou Medibruxo. Terminando e endireitando-se rapidamente, ele partiu para a área em que montou as proteções, já com a adaga na mão, mas estava escuro demais para ver qualquer coisa - não que fosse necessário. As respirações agitadas lhe disseram que havia mais de um; se tivesse que adivinhar, diria que eram pelo menos oito ou nove.
"Lumos!" Harry murmurou iluminando a área na floresta com um brilho suave, "Aww merda. Nox!" havia muitos para ele lidar sozinho, não sem usar Fiendfyre, mas isso poderia sair pela culatra e consumir o acampamento. Recuando por entre as árvores, de olho no chão para não cair, não queria ser comida de graça para os caminhantes. Deslizando a varinha de volta para o bolso enquanto a adrenalina corria por ele, pulando sem esforço sobre uma grande árvore caída que ele derrapou até parar no acampamento, agarrando a besta de Daryl e a arma de Merle, uma espada, ele não hesitou em atirar as armas, sabendo que os caras iriam pegá-los quando ele chegasse perto o suficiente.
Sem surpresa, Daryl e Merle ficaram de pé no segundo em que viram Harry correndo para fora da floresta e ficaram tensos quando ele agarrou suas armas. Olhando um para o outro, antes de voltar para Harry, pegando suas armas no ar quando Harry se juntou a eles.
"Leve as crianças para o trailer AGORA!" Harry gritou, pegando sua arma do coldre agora que suas mãos estavam livres novamente, bem, uma delas de qualquer maneira, já que ele ainda estava com a adaga em suas mãos. "Fique de olho na floresta, eles pegaram meu cheiro." ele disse a eles, mas ninguém estava se movendo. "CAROL! Leve-os para a segurança do trailer! Fique de olho e bata neles na cabeça se eles se aproximarem!" ele sibilou, desembainhando a faca e forçando-a a segurá-la com as mãos. A essa altura, eles já estavam fervilhando ao redor do acampamento, a perspectiva de carne fresca os empurrava mais rápido.
Daryl foi o primeiro a disparar contra a horda que se aproximava, a julgar pela flecha enfiada em um de seus crânios. "Belo tiro", disse Harry sobre a gritaria, disparando sua arma, que era muito mais silenciosa do que as outras que estavam fazendo barulho o suficiente para ressuscitar os mortos ... bem, por assim dizer, ele pensou com uma diversão irônica. Harry perdeu todo o sentido do que estava acontecendo depois disso, enquanto disparava tiro após tiro, ignorando todos os gritos, berros e berros.
Jim entrou em pânico, afastando-se do caminhante avançando sobre ele, puxando sua faca da cabeça do caminhante que ele acabara de matar apenas para tropeçar, sua faca fazendo barulho fora de alcance. Lutando para tentar pegá-lo, apenas para o caminhante cair sobre ele, ele congelou, apavorado, mas ao mesmo tempo aceitando seu destino. Isso era o que ele merecia, ele havia falhado com sua esposa e dois filhos, os viu comer e ele fugiu sem poder fazer nada, isso o assombrava desde então.
Harry percebeu com o canto do olho que um dos membros do acampamento estava caído, e um Walker estava se inclinando preparado para morder, disparando um tiro, matando-o para sempre, desta vez ele se virou e começou a atirar novamente. Estava diminuindo agora, faltavam apenas mais alguns, ele disparou sua última rodada ouvindo Merle rir que o fez balançar a cabeça, só que ele iria se divertir em tal situação.
Uma flecha passou por ele, fazendo com que Harry se virasse imediatamente na defensiva, encontrando um andador a poucos metros dele. Harry acenou em agradecimento enquanto vasculhava seu bolso e recarregava sua arma, movendo-se, ouvindo mais carne crescendo e rasgando, ele disparou a arma matando outro errante que estava comendo alguém, mas Harry não sabia quem era. Ajoelhando-se, ele fez uma careta que não havia como voltar atrás, ele levou sua arma para a testa deles e disparou um tiro, matando-os misericordiosamente. Não havia sentido em vê-los em agonia por horas e depois observá-los se virando para matá-los, melhor acabar com isso agora.
"Você foi mordido?" Harry perguntou enquanto ajudava Jim a se levantar, ele era muito parecido com ele mesmo; ele não falava muito com os outros, guardava-se para si mesmo.
"Não, graças a você", Jim respondeu sem fôlego, seu coração ainda batendo forte, ele enxugou o sangue nojento e coagulado de seu rosto, foi um esforço inútil.
"Bom." Harry respondeu, abaixando-se, ele recuperou a faca, pressionando-a de volta em suas mãos, "Não a perca de novo." ele o avisou.
Jim apenas acenou com a cabeça para ele.
"Quanto tempo você acha que vai demorar antes que outro grupo de caminhantes passe?" Harry perguntou seus olhos se estreitaram, ainda muito na defensiva.
"Não muito," Merle murmurou, "Eles ficaram sem comida nas cidades, podem não ter tanta sorte da próxima vez,"
"Sorte? Nosso povo morreu!" Shane respondeu com raiva, decididamente ainda tenso pela quantidade de Walkers que cruzaram seus acampamentos, especialmente à noite, quando eles estavam vulneráveis. A única coisa pela qual ele era grato era o fato de Lori e Carl terem sobrevivido.
"E você pode culpar a si mesmo, o sistema de alarme que tínhamos nos alertado antes que eles chegassem perto o suficiente do acampamento," Harry sibilou entre os dentes cerrados, "Foi pura sorte ouvi-los."
"Sistema de alarme?" Rick perguntou, ficando entre Shane e Harry e Merle não querendo uma briga estourar. "Acalme-se irmão," Rick avisou Shane, houve muitas mortes sem brigas.
"Sinos," Harry afirmou bruscamente, "Tínhamos sinos com cordas em cada extremidade do acampamento, mas seu parceiro apenas rolou e desmontou-os, alegando que faziam muito barulho e que atrairiam os caminhantes." não havia como disfarçar o desgosto em sua voz. "Nós nunca deveríamos ter ficado", eles os colocaram lá apenas no caso de seu feitiço não funcionar, apenas no caso de ele não estar lá com eles quando algo acontecesse.
Daryl não fez comentários, apenas começou a arrancar suas novas flechas que Harry lhe dera das cabeças dos caminhantes mortos até que ele tivesse cada uma de volta em suas mãos. Movendo a balestra nas costas, ele começou a limpá-los com um pano e, uma vez que estavam suficientemente limpos, ele os colocou em sua aljava. Ficar dentro da visão de seus irmãos e de Harry, de olho neles.
"Obviamente não podemos ficar aqui", disse Rick vindo ao lado de Harry, querendo sua opinião.
"Obviamente," Harry disse ironicamente, olhando para a escuridão, notando Carol soluçando perto do trailer, mas sem realmente fazer nenhum som. Seus ombros balançavam para cima e para baixo com a intensidade de seu choro; Amy e Andrea estavam fazendo o possível para confortá-la. Seus olhos foram automaticamente para a janela do trailer e suspirou de alívio, Sophia estava bem, então isso deve significar que sua desculpa patética de marido havia morrido no ataque. Merle voltou para seu assento na frente de sua tenda, limpando sua espada parecendo no limite.
"Devíamos ir para o CDC", declarou Rick com firmeza.
"E você honestamente acha que ainda está de pé?" Harry perguntou inclinando a cabeça para o lado, imaginando se ele estava iludido ou simplesmente esperançoso.
"Se algum lugar tivesse a melhor proteção, seria lá", insistiu Rick, "Uma resposta, até mesmo uma cura",
"Você já viu lá em Atlanta?" Harry perguntou, Rick era um cara decente, não havia dúvida, um líder, e em segundo lugar ele entrou em cena, todos olhavam para ele em vez de para Shane. A mudança nas coisas tinha que animar Shane; o homem era um ditador, não um líder.
"Claro," Rick disse confuso com a pergunta.
"Você sabe o que eles fizeram?" Harry empurrou.
"O que você quer dizer?" Rick perguntou exasperado.
"Eles começaram a explodir tudo, com certeza você percebeu que era a última opção, o exército, os fuzileiros navais tudo ... provavelmente acabou, eles nunca tiveram uma chance." Harry respondeu, "Eles estavam atirando em pessoas em público, cercando qualquer um com uma única visão de febre, famílias escondendo aqueles que foram mordidos com medo de serem perseguidos, apenas para famílias inteiras serem retiradas assim," Harry estalou os dedos. "Aqueles que não foram descobertos começaram a se matar e a suas famílias para escapar deste pesadelo em que nos encontramos."
Rick estremeceu; Vividamente lembrado da família que ele encontrou, um homem e uma mulher, atiraram com armas na cabeça, e sangue em suas paredes com que Deus nos perdoe escrito nelas. Ele não gostava de pensar que havia mais famílias que se mataram, mas ele sabia que provavelmente sim.
"Se há algum lugar seguro é Fort Benning," Shane argumentou.
Harry soltou uma risada sardônica, por que ele se incomodou em falar? Não era como se qualquer coisa que ele dissesse parecesse importar. Afastando seus pensamentos, ele se moveu para se sentar ao lado de Merle, gemendo de cansaço, ele estava feliz por não ter ido caçar hoje; do contrário, ele estaria ainda mais exausto.
"Você nunca respondeu se o psicopata que matou seus pais foi pego", Merle apontou, abrindo seus olhos azuis com a suspeita do que realmente aconteceu queimando em seu olhar.
Harry olhou ao redor vendo que todos os outros estavam ocupados, "Isso é porque eu o matei, era matar ou ser morto, então eu fiz o que tinha que fazer. Salvei a vida de centenas de outras pessoas ao mesmo tempo, não que eles tenham poupado qualquer gratidão, é claro. " eles preferiam fofocar sobre ele, como se ele não fosse uma pessoa, apenas alguém em um pedestal para apontar todos os seus defeitos. Bem, exceto as pessoas que ele conhecia. Não que isso importasse agora, já que o mundo tinha ido para uma merda, a maioria deles provavelmente estava morto agora.
Merle apenas resmungou antes de se acalmar novamente. Seus pensamentos se voltaram para a primeira vez que colocaram os olhos em Harry, ele estava chapado, é claro, pensando que estava vendo coisas.
-0 Flash Back 0-
Daryl se agachou, seus dedos roçando o chão, eles estavam se aproximando, as pegadas estavam frescas e o cervo tinha que estar por perto. A emoção da caça nunca parava de excitá-lo, não que isso transparecesse, é claro. Endireitando-se, ele não fez um único som quando começou a se mover novamente na direção dos trilhos, resmungando para seu irmão que estava fazendo barulho o suficiente para assustar o jogo atrás dele.
Mesmo assim, ele continuou sem dizer uma palavra, deixando seu irmão fazer o que quisesse, mas sabendo que o seguiria de qualquer maneira. De vez em quando, ajoelhando-se para ter certeza de que estava indo na direção certa. Sinalizando para o irmão com gestos com as mãos de vez em quando, então eles viam, Daryl agachou-se novamente mirando sua besta no veado, indo para a matança, mirando no coração, iria derrubá-lo e rápido para que não fugisse. O cervo havia parado para pastar no pedaço de grama, suas orelhas se mexendo a cada poucos segundos.
Então Daryl apertou o gatilho, sua flecha disparou, então, do nada, um homem apareceu, a flecha o acertou. O som de um tiro pela culatra de um carro fez com que o cervo erguesse os olhos e fugisse, sentindo o perigo antes que Daryl pudesse sequer pensar em recarregar sua besta, não que ele pensasse em alguma coisa, ele estava apenas olhando completamente atordoado, incapaz de acreditar no que estava vendo.
"...o inferno?" Daryl murmurou, aproximando-se para ver quem quer que fosse, eles estavam inconscientes, ainda não acreditando que ele o tocou. "Ele é real,"
"Tão real quanto o seu chupacabra," Merle bufou divertido, não acreditando em seu irmão, as coisas não apareciam simplesmente do nada, especialmente as pessoas - ele deve ser mais alto do que pensava.
"Traga seu traseiro feio aqui e me ajude a levantá-lo!" Daryl insistiu que tentar levantar o cara sozinho não era possível, apesar de sua pequena estatura. "E eu sei o que vi!" acrescentou indignado.
Merle quase tropeçou, dando uma segunda olhada quando seu irmão realmente o sentou. Apertando os olhos levemente, ele avançou e cutucou, esperando que seu dedo passasse por essa alucinação que estava tendo. Só que isso não aconteceu, a pessoa soltou um gemido agonizante. Amaldiçoando baixinho, resmungando maldosamente, ele agarrou o homem e o içou até que cada irmão o segurasse ombro a ombro.
Os dois irmãos se entreolharam, ambos se perguntando o que diabos havia acontecido e mais importante como isso aconteceu.
-0 Fim do Flashback 0-
"Eu farei o primeiro turno", afirmou Harry bruscamente, afastando-se para o topo do trailer, ele sabia que ninguém dormiria esta noite, e se dormisse seria pura exaustão arrastando-os para baixo.