Harry não perdeu tempo em encolher seu malão e colocá-lo no bolso, ele não sabia se iria precisar ou não, então era melhor prevenir do que remediar. Não que houvesse algo que ele pudesse fazer contra uma mordida de arranhão em um caminhante, ele não teve a chance de experimentar as lágrimas da Fênix, mas ele suspeitava que nem mesmo essas lágrimas ajudariam em nada e não havia sentido em desperdiçar algo que pode ser útil - especialmente com a forma como o mundo era agora.
Ele tentaria, apenas para ver se a ocasião surgia, mas até então não havia por que pensar mais a respeito. Sacudindo a aba da tenda, ele se levantou, espreguiçando-se, pronto para lidar com o que aconteceria nas próximas horas. Fazer com que Merle se acalmasse seria quase impossível,
Ele vagou até os carros e bicicletas, pensando em qual usar, a caminhonete de Daryl seria a melhor, a moto de Merle ainda estava na parte de trás, mas ele não sabia se estaria em condições de realmente andar nela. Estava quente demais, ele não tinha água, nem comida e provavelmente insolação, a menos que estivesse em um pedaço de telhado que dava abrigo, com um pouco de sorte esse seria o caso.
"Glenn!" Harry chamou, vagando até o cara coreano, Merle e Daryl o atrapalharam, ele evitou a maior parte. Não que Glenn soubesse disso, pelo menos Harry presumia que não.
"Sim?" Glenn perguntou com cautela, ainda parecendo um pouco preocupado, apesar do fato de não ter nada a ver com o que aconteceu pelo som das coisas.
"Merle está algemado em uma área sombreada? Ou ele teve que aguentar o calor sem qualquer proteção?" Harry perguntou, mesmo enquanto falava a sensação de calor se intensificou conforme ficava mais quente devido à hora do dia.
"Ele poderia ir por baixo dos canos", admitiu Glenn, olhando em volta para o caso de Daryl estar por trás dele.
"Bem, isso é algo, pelo menos," Harry acenou com a cabeça, retirando-se de sua mente, tendo tudo o que precisava para aparatar com sucesso para Merle sem se preocupar se acabaria em outro lugar. "Obrigado, Glenn."
"Você quer que eu vá? Eu conheço melhor a área?" Glenn perguntou culpado, mesmo enquanto falava ele não queria, mas ele sentiu que tinha que fazer.
"Não, quanto menos gente deixar o acampamento, melhor," Shane interrompeu a conversa.
"As armas valem a viagem, estaremos mais protegidos!" Rick argumentou, como se ele tivesse discutido com Shane sobre o assunto por anos.
"Mais uma vez, nenhum de vocês virá," Harry afirmou rispidamente, "Obrigado pela oferta Glenn, mas não é necessária, estaremos de volta em breve."
"Você não pode me impedir de vir, precisamos das armas e eu sou o responsável pelo que aconteceu", afirmou Rick bruscamente, sua mão gesticulando como se fosse o fim do assunto.
"Sim, você é o responsável, não, você não vai," Harry respondeu mais uma vez, seu esmalte nunca cedeu.
"Rick, precisamos de todos aqui, havia um caminhante muito perto do acampamento," Shane argumentou, "Você realmente vai deixar sua esposa e filho quando você sabe que podemos ser atacados? Precisamos de todos os homens fisicamente aptos para o caso. "
Harry se assustou levemente com essa informação, era seu entendimento que os caminhantes se moviam em grupos, então o que Shane estava dizendo fazia sentido. Haveria um rebanho sobre eles antes que percebessem; só dependia de quão rápido o outro tinha sido na frente deles. De qualquer forma, a pedreira não estava mais segura, eles precisavam sair; ele falaria com os outros assim que voltasse de tirar Merle dos problemas, ele trouxe para si o idiota bobo que ele era, pensou com exasperação afetuosa.
"Vamos todos," Daryl gritou do outro lado do acampamento, Harry sorriu um pouco, ele tinha realmente mudado, as roupas que ele usava antes eram horríveis, não que ele se importasse, ele usava tão ruim coisas em seu dia. Ele também havia se lavado, parecia bem mais fresco, mas não foi surpresa se ele se lavou na água ao redor da pedreira, estava um frio de rachar, ele não permaneceria frio com esse tempo, infelizmente.
"Pegou suas chaves?" Harry gritou de volta.
"Eles estão na cabine", disse Daryl apontando para sua caminhonete; não é como se eles tivessem que se preocupar com alguém roubando os carros - pelo menos não tinham até agora. Logo o gás secaria novamente e, eventualmente, não haveria mais nada para sifonar, então os carros, RV e caminhões seriam abandonados e eles estariam caminhando, a menos que tivessem muita sorte, mas a sorte não figurar nos pensamentos de Daryl, sempre.
"Então vamos," Harry concordou com a cabeça, observando Daryl pegar sua besta da fogueira que eles fizeram. Ele pendurou-o no ombro e caminhou em direção ao carro, olhando para os outros enquanto o fazia.
"Eu deveria ir", disse Rick vagando mais uma vez, os braços ao lado do corpo como se estivesse prestes a entrar em uma longa discussão.
"Sua vida não vale Merle Dixons, mesmo com as armas atiradas!" Lori exclamou, balançando a cabeça para o marido. Todo o tempo Shane apenas zombou de onde ele tinha os braços cruzados em aborrecimento de onde ele se encostou no trailer de Dale.
"Lori ..." Rick disse, olhando para ela.
"Não vá pai", disse Carl, seus olhos tristes olhando para ele.
Harry deslizou para longe assim que Rick se virou para olhar para sua esposa, correndo até a caminhonete, deslizando para fechar a porta silenciosamente antes de acenar severamente para Daryl ligar o carro. Só quando eles estavam em movimento ele bateu no painel da porta do carro. "Bem, isso foi perto; eu não achei que fosse me livrar dele. Ele diz que tinha armas para coletar, deve ser fácil convocá-las quando chegarmos a Merle."
Daryl não respondeu, apenas continuou a dirigir o mais rápido que podia, ocasionalmente roendo as unhas - Harry nem mesmo achava que estava consciente de que estava fazendo isso. Nervosismo, era isso, Daryl estava preocupado com o irmão.
Ele observou Daryl abrindo a boca pelo espelho lateral que estava mal posicionado, "Dirija até que estejamos bem longe da pedreira e você tenha certeza de que Dale não vai nos ver", disse Harry enquanto abaixava a janela, consertando distraidamente a lateral espelho, nem mesmo precisando que Daryl dissesse nada para saber o que ele estava prestes a perguntar. Ele tinha conhecido os irmãos Dixon muito bem nos últimos meses.
Daryl dirigiu por mais dez minutos antes de mudar abruptamente para a floresta, continuando a dirigir, mas lentamente até ter certeza de que sua caminhonete estava completamente fora de vista. Abrindo a porta, ele saiu, ainda de pé no chão do táxi, ele olhou ao redor, antes de acenar com satisfação. O caminhão estava definitivamente escondido; ninguém seria capaz de ver o caminhão subindo pela pedreira, não com ele escondido atrás das árvores.
"Você vai precisar pegar minha mão," Harry o informou, "Ou me dê seu pulso, como preferir." ele sabia que Merle era extremamente preconceituoso contra gays, embora, honestamente, Harry ainda não tivesse encontrado nada que não fosse preconceituoso. Ele odiava a vida em geral, gostava de deixar as pessoas com cicatrizes mentais, também espancá-las até virar uma polpa, mas parte de sua personalidade era realmente muito engraçada, Harry apenas tendia a ignorar ou realmente dizer algo a Merle se fosse longe demais. Ele não tinha certeza se Daryl imitava seu irmão em suas crenças ou realmente acreditava neles. Daryl definitivamente admirava seu irmão mais velho.
Daryl nem mesmo piscou, apenas estendeu o braço, olhando com curiosidade, não seria a primeira vez que ele viu magia sendo feita, mas seria a primeira vez que ele realmente foi transportado para qualquer lugar.
"Justo aviso de que isso vai parecer extremamente estranho, mantenha os olhos fechados, prenda a respiração." Harry advertiu, "Você vai se sentir como se estivesse sendo sugado por um tubo por alguns segundos. Você também pode se sentir extremamente doente ou realmente esvaziar o conteúdo do seu estômago." depois de avisá-lo, ele agarrou seu pulso firme e aparatou-os, nem mesmo esperando para ver se Daryl fez o que ele sugeriu. Ele não achava que iria embora, eles estavam entrando em um possível território hostil, e o lugar poderia estar fervilhando de caminhantes. Se estivessem ... ele não teria escolha a não ser tirá-los de lá imediatamente, ele não iria arriscar suas vidas não por alguém que estaria além da ajuda de alguém.
Harry e Daryl apareceram no telhado e, previsivelmente, Daryl imediatamente começou a engasgar, Harry os moveu rapidamente para longe da borda do prédio, ele não queria que ele caísse em seu estado de desorientação. Ele o empurrou para a posição sentada nos canos que Merle também estava conectado. Quando ele realmente se virou para ver se o cara estava bem, ele se engasgou. Ele estava cortando a própria mão, seu estômago se rebelou perigosamente, mas ele conseguiu manter a compostura.
"Droga Merle, o que diabos você está fazendo?" Harry retrucou, agarrando a serra dele, jogando-a ao lado das outras ferramentas, soletrando o homem delirante adormecido. Evitando que ele cause mais danos. O sangue escorria por sua mão ligeiramente decepada. Ele não tinha ido muito longe, felizmente, mas era longe o suficiente, não só ele estava naquele calor escaldante, mas ele estava perdendo sangue rapidamente. Amaldiçoando violentamente, ele agarrou seu malão, abriu-o e vasculhou o segundo compartimento que continha seu kit de poções, ele encontrou o líquido amarelado, sacudindo sua varinha ele usou um feitiço de limpeza, então um feitiço desinfetante começou a borrifar Essência de Ditamno nele ferida, fazendo com que uma nova pele se espalhasse por seu pulso, parando a maior parte do sangramento até que parou completamente. Fechando a poção restante, ele não podia permitir que acidentes acontecessem, ele tinha que manter o que tinha seguro e protegido, não que isso pudesse acontecer devido ao fato de que ele os soletrava como inquebráveis. Ainda assim, ele não tinha realmente testado a confiabilidade do que o feitiço poderia suportar e ele não estava disposto a fazê-lo.
Daryl sabia que era melhor não interromper Harry quando ele estava fazendo mágica, mas mesmo assim ele andava ao redor deles, seu rosto tenso enquanto ele se certificava de que estavam seguros, a besta levantada defensivamente principalmente na porta onde os caminhantes estavam gemendo e rosnando incapazes de chegar até eles , ele também estava andando inquieto, querendo saber se seu irmão estava seguro ou não.
"Ele está usando drogas," Harry sibilou em desgosto. Ele havia colocado a vida de todo mundo em perigo ao tomar drogas sangrentas? Isso explicava o comportamento errático. Ou melhor, mais errático do que o normal, cochilando Merle na água, fazendo-o engasgar, em choque com a mudança abrupta de temperatura, mas permaneceu adormecido. Harry continuou deixando a água lavar Merle, ele estava definitivamente precisando dela.
"Ele não pode ter," Daryl retrucou com raiva, defendendo seu irmão.
"Não? Pó grudou no nariz dele, cocaína será minha melhor aposta, ele é como eu pensava, sofrendo de insolação, ele está com febre e acrescentei com a perda de sangue, estou surpreso que ele tenha visto a própria mão tanto como ele fez. " Harry o informou, "Alohomora," com um clique as algemas destravaram, e a mão de Merle caiu no chão. "Ferula!" com aquelas bandagens enroladas com segurança em volta da cabeça de Merle. Ele olhou para cima ao som da porta batendo, mas os caminhantes não estavam apenas tentando abri-la com mais urgência. "Accio algema a chave", se voou do ralo para sua mão, quem sabe quando poderia ser útil. Ele os deslizou em seu malão, antes de olhar para trás, para o encharcado, mas ainda dormindo
"As armas?" Daryl perguntou abruptamente mudando de assunto; seu irmão deve ter encontrado as drogas em algum lugar, provavelmente enquanto procurava. Ele certamente não tinha mais um traficante para conseguir alguns - não desde que o mundo tinha ido para o inferno.
"Tem que estar ao meu alcance," Harry admitiu de onde se agachou, enxugando a testa, apesar do feitiço refrescante, ele ainda suava como se não houvesse amanhã. "Qual era o nome dele mesmo ... Rick ..."
"Grimes," Daryl terminou por ele, olhando para seu irmão inconsciente, ele sabia que ficaria bem, Harry ainda não havia mentido para ele, e ele duvidava que fosse começar. Não tão importante quanto isso, e pelas informações que Harry revelou, que não era muito, ele odiava ser enganado e mentir e Daryl podia sentir a verdade na maneira como ele disse isso e como seus olhos escureceram, ele mentiu muito em sua vida.
"Bolsa de arma Accio Rick Grimes," Harry convocou, levantando-se, colocando o frasco de volta no lugar certo, antes de retirar distraidamente duas outras, e fechar o porta-malas e encolhê-lo.
"Ante ninguém menciona uma bolsa de arma", disse Daryl olhando para Harry astutamente.
"O que mais ele vai colocar armas?" Harry respondeu sorrindo ironicamente, antes de encharcar Merle novamente, fazendo o que podia para manter sua temperatura baixa. "Ele tem drogas e eu não quero dizer agora?" havia uma coisa que ele 'falhou' em mencionar, ou melhor, apenas omitiu ... inferno, mesmo não tendo contado a eles, eles não perguntaram, então ele não tinha um motivo para mentir. Ele havia lido suas mentes; ele tinha visto as memórias e pensamentos de Glenn enquanto falava com ele mais cedo. Ele estava observando Rick quando ele largou a bolsa e deslizou para dentro do tanque enquanto o que parecia ser um milhão de caminhantes o cercava. Foi pura sorte eles o terem tirado da bagunça intacto.
"Claro que sim," Daryl bufou.
"Não é à toa que ele está em todo lugar, você sabe que ele vai se matar e provavelmente você vai morrer se continuar levando essa merda. Isso retarda o seu tempo de reação, se as coisas ficarem difíceis ele não será capaz de se defender." Harry balançou a cabeça, "Neste novo mundo perigoso, não há espaço para erros." apesar do fato de que ele caminhou para sua própria morte para salvar o mundo mágico, ele não queria morrer, e dane-se, ele não queria que Merle ou Daryl morressem também.
"A única coisa que pode matar Merle é Merle", disse Daryl, "Ele é o filho da puta mais durão que eu conheço."
Harry riu meio incrédulo e meio divertido, sacudindo sua varinha, ele encolheu o baú e o deslizou de volta para a segurança de seus bolsos. Só então ele ouviu, o barulho distante de pressão no ar e o zumbido de sua magia. Alguns segundos depois, a bolsa preta apareceu, caindo com um baque forte no chão do telhado a seus pés. Abrindo a sacola, ele vasculhou, "Nem um único silenciador", ele bufou, todas as armas lá fariam barulho de bunda. "Não que os silenciadores possam realmente fazer muito bem." ele suspirou fechando o zíper da bolsa. Bem, exceto os dele, mas eles estavam imbuídos de magia, para ajudar no silenciamento das balas quando eram ejetadas. Os silenciadores trouxas não suprimiam o som de um tiro, apenas o tornavam menos alto.
"Eu vou fazer uma limpeza, você vai ficar aqui?" Harry perguntou a Daryl, vendo a expressão em seu rosto que ele elaborou, "Eu só vou demorar cerca de cinco minutos, e então estarei de volta. Só vou ver se há algo útil, vou proteger a porta, então se alguma coisa tentar para passar, eu saberei e poderei aparatar imediatamente, preciso estocar mais comida, '(você nunca soube quando encontraria lojas que realmente estão estocadas com qualquer coisa hoje em dia)' e trazer alguns de volta para o resto ", a careta em seu rosto dizia muito. Ver se eles não tivessem filhos com eles ... Harry os teria deixado morrer de fome pela maneira como os trataram os três. Ele, Daryl e Merle.
Daryl apenas acenou com a cabeça sentando ao lado de seu irmão seu corpo e besta de frente para a porta mantendo os dois protegidos, era a única entrada que os caminhantes podiam usar para entrar afinal. Daryl ouviu algum barulho atrás dele, mas antes que pudesse se virar para investigar, Harry falou.
"Aqui, mantenha isso com ele, vai esfriá-lo e protegê-lo um pouco mais do sol", disse Harry entregando um cobertor encharcado que ele transfigurou de um pedaço de seu colete agora rasgado. O cobertor era obviamente muito maior do que o rasgo que ele fez, mas ele teve que usar algo para transfigurá-lo. Com isso, ele se afastou e aparatou.
Daryl o observou ir; olhos azuis brilhantes cheios de preocupação, mas não tinham medo de que Harry não voltasse. Ele podia se defender melhor do que ele e Merle podiam, e isso sem magia - não importava o que ele pudesse fazer com ela.