• pode conter gatilho!
• boa leitura 📚
⚠️AVISO⚠️
Irei avisar aqui para não atrapalhar a leitura de vocês! Sei que a fanfic se passa em 2021, principalmente no comecinho dele...
Porém irão aparecer duas fotos ao longo da fanfic que eu achei melhor deixar assim!
Sem spoiler, vocês logo saberão 😝
CAPÍTULO ESPECIAL!
4.622 PALAVRAS
⚠️ FANFIC ESCRITA
APÓS REVISÃO ⚠️
· · • • • ✤ • • • · ·
Dia seguinte:
Acordo com uma claridade invadindo o meu quarto, abro os olhos lentamente e pisco algumas vezes para tentar me acostumar com aquilo
Logo em seguida olho para a janela no qual a cortina estava aberta e um mini raio de sol estava entrando em meu quarto, o que me deixava totalmente confusa pois era raro não ter nuvens impedindo que o sol aparecesse
Me levanto lentamente apenas me sentando na cama e coçando os olhos pelo sono que ainda me restava
Me lembrando do que havia acontecido nesta madrugada, olho para o lado aonde havia uma pequena mesinha no qual eu deixava meu celular carregando durante a noite
Eu mal o usava, não tinha pessoas para conversar mas me lembrei que havia mandado mensagem para uma pessoa..
Pego meu celular que estava em cima da mesinha e vejo que já eram 15h00 o que me deixou confusa pois normalmente escuto gritos ou até mesmo o Ramiro me chamando para buscar alguma coisa para ele
Porém dessa vez foi diferente, não era muito acostumada a acordar tarde e quando isso acontece é porque algo de ruim pode acontecer, pelo menos para mim
Após ficar com esses pensamentos, volto a atenção em meu celular para ver se a mesma havia me respondido
Ela havia me dito que era para eu ir até a casa dela pois hoje a mesma estaria de folga já que era sábado, me passou seu endereço que não era muito longe daqui e que estava muito preocupada pelo horário da mensagem
Creio eu que era apenas um vinte a trinta minutos a pé, apenas respondo que iria daqui a pouco pois tinha acabado de acordar
Deixo o pequeno celular em cima da mesinha e me levanto da cama indo fechar a cortina já que aquele mini raio de sol invadindo o meu quarto já estava me irritando, sem pensar duas vezes abro a porta do quarto e vou em direção a porta do quarto do meu tio que ficava no mesmo corredor
Apenas abro a porta lentamente percebendo que estava tudo escuro, creio eu que o mesmo estava dormindo e o que me deixava um pouco preocupada era a sua saúde
Querendo ou não, ele é do mesmo sangue que eu e parece que é a única pessoa que quis minha guarda mesmo eu achando que a melhor opção era um orfanato
Porem orfanato não é igual as coisas que vimos na TV, mas a minha felicidade já não existia também
Fecho a porta com calma para que o mesmo não acorde e logo em seguida volto para o meu quarto pois eu teria que conversar com a Raquel
Eu saberia que poderia dar merda
Mas sou uma pessoa curiosa, ele dizer que a mesma é sua irmã me deixou com um pé atrás
Passavam mil coisas na minha cabeça em relação aos dois, pois se realmente for verdade será que ela sabe quem ele realmente é? E se ela soubesse que a suposta pessoa que eu dizia que éramos de mundo diferente era o seu próprio irmão que na verdade era o assassino que todos estavam a procura
Que por incrível que pareça talvez seja realmente o menino que eu sinto atração e que eu provavelmente seria dada como louca
Balanço a minha cabeça para fugir dos meus pensamentos e logo entro no banheiro, eu não sabia se estava tão frio hoje pois em nenhum momento abri a janela que havia no meu quarto e sim apenas fechei a cortina que havia ali
Mas naquele momento a única coisa que eu queria, era tomar um banho gelado e parar de pensar em tantas coisas que já me deixavam paranoica
Meus pensamentos eram sim os meus piores inimigos e eu diria que era a única coisa que eu tinha medo
Assim que me olho no espelho vejo o estado que eu estou, meus pulsos com os cortes aparentes, a cicatriz que havia perto do meu ombro pela facada que eu havia levado, minha barriga com uma pequena cicatriz
E em pouco tempo meu corpo estava marcado em vários lugares, desde a morte dos meus pais e desde os bullying que eu havia recebido na escola
Das confianças quebradas, eu acho que esse sim era um dos piores anos que eu havia “vivido”
Na verdade acho que a coisa que fica em primeiro lugar, foi a forma que eu fui tratada por um pessoa que eu admirava na época e eu nunca irei me cansar de dizer isso
Diria que nesse último mês eu percebia a sua mudança, percebia que estava arrependido e a sua forma de tentar me defender de sua querida esposa estava diferente do que antigamente
Uma pena que o mesmo não consegue abrir os olhos e perceber que de todos os momentos que tivemos em família quando meus pais ainda estavam vivos, Ivana era uma pessoa fechada, que odiava barulho por mais que ela grite por qualquer coisa
Ela nunca foi de se comunicar com a nossa família, ela sempre preferiu ficar de lado ao invés de tentar fortalecer alguma amizade
Lembro do meu tio falando que havia um irmã, porem quase nunca via nas reuniões de famílias ou até mesmo nos poucos aniversários que comemorávamos
Em todo momento que eu estava pensando, percebi que mal tinha entrado para tomar um banho e sim que eu estava na frente do espelho pensando em coisas que não deveria
- acho que deveria parar de pensar tanto – falo pra mim mesma colocando a mão na cabeça e logo abro o box do chuveiro e ligo o mesmo saindo aquela água gelada
Sem pensar duas vezes eu entro ali me tremendo toda, porém não me importava pois eu precisava daquilo
[...]
Depois de uns vinte minutos eu decido sair do chuveiro, já que eu saberia que deveria estar indo para a casa da Raquel faz uns dez minutos, e sim eu havia ficado vinte minutos de baixo de uma água gelada
Por mais que eu queira saber das coisas, pressa é o que eu não tenho
Tenho um pressentimento ruim em relação a isso e já estava pensando em desistir, porém o orgulho fala mais alto
Saio do banheiro com a toalha enrolada em meu corpo, olho para a janela no qual a cortina ainda estava fechada e o sol que havia ali já tinha desaparecido
Olho para o outro lado do quarto que era aonde ficava a porta e ela estava um pouca aberta, vou até a mesma e fecho pois eu acho que alguém havia entrado em meu quarto
Coisa que eu realmente odiava, era quando entravam em meu quarto sem nenhuma permissão minha
Porém sabia que ficar discutindo com alguém que não tem um mínimo de empatia é totalmente perda de tempo
E eu sabia que a única pessoa que realmente gostava de me tirar de sério, era alguém que começa com “i” e termina com “vana”
Apenas ignoro esses fatos e vou para perto do meu guarda roupa para que eu possa me trocar, em questão de cinco minutos eu já estava pronta, apenas me olho na frente do espelho que havia em meu guarda roupa e me olho novamente
Havia esquecido o fato da mini cicatriz em meu rosto, apenas me aproximo do espelho e toco na mesma me lembrando daquelas momentos de angústia
Me afasto novamente pegando uma pequena escova de cabelo que estava em cima da minha cama e penteio o meu cabelo na frente do espelho
Escuto o meu celular tocar avisando que havia chegado alguma notificação
Pego o mesmo ainda penteando uma parte do meu cabelo e vejo que era a Raquel perguntando se eu ainda iria ir em sua casa
Eu apenas respondi que sim, que iria sair de casa daqui a pouco e que iria demorar um pouco pois eu iria a pé
Ela apenas responde com um joia, fazendo eu rir naquele momento e jogar o celular na cama terminando de pentear o meu cabelo
Depois que termino deixo o pente dentro do banheiro, escovo os dentes e saio logo em seguida, vou até a janela para ver como estava o tempo já que o sol que tinha ali não estava mais
O tempo estava fechado novamente, o que não era novidade nenhuma já que só chovia e o sol que aparecia só era de enfeite
Pego o meu celular novamente colocando o mesmo no bolso da minha blusa de frio e logo em seguida saio de dentro do quarto fechando a porta no mesmo instante
Assim que eu fecho a porta escuto um barulho no andar de baixo
Ando pelo corredor, passando pela porta do quarto do meu tio e abro a mesma para ver se não tinha ninguém e que talvez ele estivesse lá embaixo
Abro a porta devagar e o quarto ainda estava todo escuro, pego o meu celular que estava dentro do bolso e ligo a lanterna pois eu não queria ligar a luz do quarto caso o mesmo esteja dormindo
Assim que ligo a lanterna, tenho a visão do mesmo virado de lado todo coberto, então apenas desligo a lanterna e saio do quarto fechando a porta de uma forma silenciosa
Novamente escuto um barulho no andar de baixo, então apenas desço as escadas já imaginando quem era, apenas guardo meu celular novamente no bolso da minha blusa e termino de descer as escadas
Dando de cara com a Ivana na cozinha caçando alguma coisa
- achei que não estaria em casa – falo de uma forma provocativa e a mesma me encara e ignora o que eu havia acabado de falar
Apenas pego uma maça que estava em cima da fruteira e vou em direção a porta mas logo escuto voz da mesma
- você está indo pra onde? – ela fala quase gritando, eu apenas abro a porta e logo em seguida olho para a mesma que estava com os braços cruzados olhando pra mim
- pro inferno – falo com um sorriso sarcástico e logo em seguida fecho a porta escutando a mesma gritar no fundo
Enquanto eu tentava fazer quase nenhum barulho para não acordar o meu tio, a mesma gritava pela casa todo como se fosse uma louca
Coisa que ela realmente é!
Andando por alguns metros pela rua, pego o meu celular mandando mensagem para a Raquel avisando que eu já havia saído de casa e em questão de vinte a trinta minutos eu estaria em sua casa
A mesma me responde na hora dizendo que estava preocupada e já querendo saber o motivo de eu querer tanto falar com a mesma
Eu apenas visualizo a mensagem e guardo novamente o meu celular no bolso e continuo andando por aquela rua vazia
[...]
Eu já estava chegando, porém a casa dela era no final da rua
Olho para o céu e parecia que iria chover, não demorou muito para eu sentir uma gota de água cair sobre o meu rosto e em questão de segundos a chuva começou
As poucas pessoas que andavam na rua naquele momento estavam correndo para não se molhar e eu me pergunto o porquê? Não adianta muita coisa você querer correr da chuva se você já vai estar molhado
Continuo andando com as mãos em meus bolsos e logo a rua ficou deserta novamente, só havia eu naquele momento
Já estava na metade do caminho quando sinto alguém me puxar pelo braço e me empurrar para um lugar fechado
- me solta – falo quase gritando pois eu não sabia quem era naquele momento
- fica quieta – a pessoa fala porem quando escuto a sua voz já sabia quem era
Olho para o seu rosto que estava olhando para os lados para ver se alguém estava por perto e finalmente o mesmo olhou para mim com aqueles olhos verdes e o cabelo molhado por causa da chuva
Antes que eu pudesse falar algo, meu celular começa a tocar, o mesmo enfia a mão em meu bolso sem a minha permissão e pega o celular
Logo ele desliga colocando meu celular no bolso de sua calça
- qual o seu problema? – pergunto pra ele e ele ri de forma sarcástica
- você é o meu problema – ele fala me puxando pelo braço novamente e atravessando a rua
- eu preciso ir em uma colega, tem como me soltar? - falo assim que atravessamos a rua e ele apenas não me responde fazendo com que eu fique irritada
- me solta inferno – falo tentando me soltar e ele segura meu braço com mais força ainda
- eu vou gritar – falo porém ele continua me puxando pelo braço e me levando para um lugar que eu não sabia aonde era
- como se alguém fosse te escutar – ele fala olhando para mim voltando a sua atenção a calçada
Sem pensar duas vezes eu mordi a sua mão e o mesmo me soltou, mas quando eu fui tentar correr para a direção oposta
Ele havia me derrubado no chão de uma forma que fez com que eu batesse a cabeça
- você não facilita – ele fala me pegando pelo braço novamente e me levantando
Eu apenas não disse nada, e em questão de alguns minutos estávamos na frente de uma casa que por sinal era bem bonita
- por que me trouxe aqui? – falo olhando para ele e o mesmo não me responde
Como sua mão ainda estava me segurando e eu não fazia a mínima ideia do que estava acontecendo, ele só me puxa para dentro da casa e fecha a porta
- tem como me explicar o que aconteceu com você? – falo olhando para ele e logo olho para o eu braço que estava com a marca de seus dedos pela forma que ele me segurou
- ela não sabe – ele fala olhando para mim
- ela? – pergunto para ele mas logo entendi a quem ele se referia
- eu não sabia que ela estava viva até te levar no hospital aquele dia – ele fala passando por mim e indo até aonde parecia ser uma cozinha
Eu apenas o acompanho e vejo ele pegar uma garrafa de whisky e um copo e logo enchendo o mesmo, bebendo logo em seguida
- e você não tem nenhum direito de tentar ir lá e contar as coisas que você sabe – ele fala colocando o copo já vazio em cima da mesa
- tá, será que eu posso ir agora? – pergunto para ele apontando para a porta e o mesmo olha para mim
- tão cedo? – ele fala se aproximando de mim e deixando a garrafa em cima da mesa do lado de seu copo vazio, eu apenas me afasto porem logo sinto a parede atrás de mim
- você está com medo? – ele pergunta rindo e se aproximando novamente
- medo? – pergunto rindo – acha que eu tenho medo da morte? – pergunto me aproximando dele e ele me encara rindo
- não falei em relação a isso – ele continua se aproximando e logo sinto sua respiração perto da minha
Eu apenas viro a cabeça e ele ri se afastando, ele sabia exatamente como me afetar e aquilo me irritava
- você fica, volto daqui a uma hora – ele fala pegando seu casaco que ele deixou em cima da cadeira e passa por mim me deixando confusa
- ficar? Ta de zoeira com a minha cara? – pergunto indignada e escuto o mesmo rir pelo nariz indo ate a porta
- achei que pudesse confiar em você, então apenas fique e não mexe em nada – ele fala olhando para mim e logo em seguida sai pela porta da frente, antes que eu pudesse chegar até o porta
Escuto um barulho de tranca e foi ai que caiu a ficha
- legal, estou trancada na casa de um assassino – falo para mim mesma e coloco a mão na cabeça
“achei que pudesse confiar em você” aquilo me machucou de alguma forma e me fez lembrar coisas que eu não queria
Eu sabia que se eu contasse algo para a Raquel, poderia dar merda para os dois lados porém eu não sabia que a mesma não fazia ideia de quem seu irmão era
De que seu irmão já me salvou mesmo eu não querendo e mesmo ele tirando vida das pessoas que ele diz que são más ou que faz isso por prazer
O único problema agora era que meu celular não estava comigo, que eu estava trancada em uma casa que eu não conhecia mas conhecia a pessoa que morava nela
Tá explicado do porquê que nunca foi pego, ele mora sim aqui na região porem afastado de todo mundo
Vou até a porta para conferir se a porta estava trancada, e realmente estava
Apenas tiro a minha blusa de frio deixando totalmente meus braços a mostra já que por baixo eu estava com uma camiseta qualquer
Jogo a mesma em cima do sofá que por sinal parecia ser macio, começo a observar cada canto daquele cômodo, chego na cozinha colocando o copo que estava em cima da mesa e coloco na pia, pego a garrafa que também estava ali e coloco dentro da geladeira, mal sabia eu aonde deveria guardar aquele troço
Observo cada canto daquela cozinha, não é tão grande mas é o suficiente para só uma pessoa, saio dali indo para a sala novamente passando mão no sofá e percebendo que havia uma blusa dele ali
Apenas me aproximo e pego a mesma na mão, logo em seguida cheirando e sentindo o cheiro de seu perfume
Nem eu sei porque eu havia feito aquilo, porém acabei percebendo que tinha uma escada ali perto e como a curiosidade é grande, apenas fico com a blusa em minha mão direita e subo as escadas
Dando a vista para um corredor que no fundo dele havia uma porta um pouco aberta, vou me aproximando passando o mão levemente na parede com a mão direita e acabo ficando de frente para aquela porta
Sabe quando a pessoa diz para você não mexer em nada e isso acaba fazendo com que você fique curiosa e acaba mexendo em tudo? Pois é, é isso que eu estou acabando de fazer
Se apenas uma pessoa mora nessa casa, esse quarto só poderia ser dele
Então eu abro a porta devagar e acendo a luz que ficava do lado da porta
Um quarto bem arrumado para quem mata as pessoas independente da hora
Me aproximo da cama passando os dedos levemente nela e sentindo o tecido do edredom que havia ali e logo jogo a sua blusa que eu estava segurando ali mesmo, olho para o guarda roupa que era aqueles de arrastar e vejo que a porta está um pouco aberta
Espero que a curiosidade mate o gato
Abro o mesmo dando a vista de suas roupas, algumas formais e outras de moletom
Calças jeans e algumas calças de moletons jogadas no fundo do guarda roupa, eu estava sem nada pra fazer e nem o meu quarto eu arrumava direito
Porem peguei as calças que estavam no fundo e coloquei em um cabide que estava vazio ali
Assim que eu fui pegar a última, caiu uma caixa no chão que no mesmo instante se abre fazendo a maior bagunça
- merda – falo para mim mesma e termino de colocar a última calça no cabide e assim me agacho para arrumar a bagunça que eu havia feito
Porem algo me chamou a atenção, havia alguns jornais de anos atrás no qual tinha a foto do mesmo
Eu nunca nem perguntei a sua idade mas assim que olha data e vejo que havia a sua idade ali eu acabei me assustando
- quatorze anos? – falo de uma forma chocada, pois no próprio artigo de dois mil e quatorze estava dizendo que ele estava desaparecido após a morte da vizinha
Continuo olhando os jornais de cada ano diferente, até que acho um no qual eu não esperava
A data era de dois mil e dezesseis
- RYAN SCOTT? – sem pensar duas vezes acabo gritando
Como assim Ryan Scott? Nada estava fazendo sentindo
Ele me disse que morou com a família Scott..
Ele estava mentindo pra si mesmo ou só pra mim em relação ao seu nome?
Em questão de segundos vejo os papeis sendo pegos da minha mão de uma forma bruta, olho para cima e seu rosto estava com sangue e ele me olhava furioso
Eu nem escutei ele chegar e sem pensar duas vezes eu me levanto e me afasto do mesmo, ele continuava me olhando como se quisesse me matar
- você... – eu ia dizer algo e o mesmo me interrompe
- cala a porr* da sua boca – ele fala completamente irritado e joga os papeis no chão novamente colocando suas mãos na cabeça
- quem é você de verdade? - pergunto para ele e ele não responde nada
- eu pedi pra você não mexer em nada, qual a dificuldade de me obedecer? – ele fala se aproximando de mim de uma maneira tão rápida que acabo tropeçando em algo que estava atrás de mim e caindo no chão no mesmo instante
- eu não obedeço nem que tem o mesmo sangue que eu, acha que eu vou obedecer um psicopata? – falo com a voz firme e em questão de segundos vejo o vaso que ficava em cima da escrivaninha ser atacado do meu lado
O mesmo quebra e os cacos de vidro caem sobre mim fazendo com que eu coloque a mão no rosto em forma defensiva
- você não deveria chamar um psicopata de psicopata – ele fala olhando pra mim e vindo na minha direção novamente – isso magoa eles – ele fala estendendo a mão para mim, em forma de me ajudar a levantar
Eu apenas bato em sua mão, recusando sua ajuda e me levantando devagar para que não me machucasse por causa dos vidros caídos no chão
Ele se senta na cama olhando para os jornais caído no chão e ainda olha para mim que após me levantar ainda estava no mesmo lugar
- quantos anos você tem? – pergunto para ele ainda afastada e ele não responde
- quem você matou dessa vez? – pergunto para ele e o mesmo fica olhando para o chão
- tem como você parar de fazer tantas perguntas? – ele fala olhando para mim e se levantando da cama fechando a porta com tanta força que ate meus ouvidos doeram
- você mentiu pra mim de novo – falo me aproximando dele, apontando o dedo em sua cara enquanto o mesmo estava do lado da porta apenas me encarando
- tira essa merda dedo da minha cara se não quiser ficar sem ele – ele fala com um tom de braveza ainda e passa por mim indo ate o banheiro que eu só fui perceber agora que tinha um em seu quarto
- não vai me contar nada? Não vai em dizer do porquê mentiu sobre seu nome? – falo e novamente sou ignorada pois o mesmo entra dentro do banheiro e fecha a porta na minha cara
Na minha mente eu estava o xingando de mil palavrões possíveis, nada estava fazendo sentido
Na verdade nunca fez sentido, eu só sou uma jumenta que sente atração por um cara que nunca disse a verdade e que mata as pessoas sem ao menos sentir um pingo de remorso
Eu estava completamente irritada que pego a primeira coisa que esta na minha frente e ataco na parede
- QUEBRA QUE NÃO É SEU – escuto ele gritar do banheiro e logo escuto o barulho do chuveiro sendo aberto
- VAI A MERDA – grito de volta e vou em direção a porta indo abrir a mesma, mas ela estava trancada
- ta de brincadeira com a minha cara, não é possível um negócio desses – falo pra mim mesma depois de tentar abrir a porta umas quatro vezes e todas elas falhadas, logo escuto um toque de celular e era exatamente igual o meu
Procuro pelo quarto pois em nenhum momento eu vi ele colocando o meu celular em algum lugar
Depois de alguns minutos, eu acho mesmo no chão perto da cama
Pego o meu celular e vejo que já eram quase 18h00 e tinha quase mil mensagens da Raquel perguntando aonde eu estava
Coloquei a senha do meu celular e entrei no WhatsApp pedindo desculpas para a mesma, que tive um imprevisto e não deu tempo de avisar
Acho que naquele momento nunca tinha visto a Raquel com raiva, pois a mesma me mandou uns quinhentos áudios gritando achando que eu tinha morrido e na verdade eu estou quase
Apenas bloqueei o celular deixando o mesmo apitando, não sou boa em conversas e geralmente quando converso com a alguém, deixo o mesmo falando sozinho
Assim que deixei o celular de lado, me sento na cama logo vejo a porta do banheiro se abrir e no mesmo instante fecho os olhos pois achei que o mesmo estava sem roupa
- estou de roupa, me troquei no banheiro – ele fala e sua voz sai calma como se nada estivesse acontecendo
Olho para ele e o mesmo estava secando seu cabelo com a toalha logo em seguida jogando a toalha em cima da cama e olhando pra mim
- nunca aceitei o sobrenome Scott, por mais que a família fosse um amor eu sentia que eu não me encaixava – ele fala se apoiando no armário um pouco longe de mim e me olhando
- eai você matou a vizinha e fugiu? – pergunto pois era a única coisa que eu pensava naquele momento
- com quatorze anos, eu e a vizinha estávamos discutindo por algo besta – ele fala ignorando o meu comentário – eu não pensei naquele momento, estava com raiva e descontrolado e assim peguei a pá que estava ao meu lado e quando ela virou de costas, eu acertei sua cabeça – ele fala com calma e eu ainda fico chocada, como alguém pode falar com tanta calma assim?
Eu posso ser o tipo de pessoa que não tem medo da morte, mas matar alguém porque perdeu a paciência? é seria algo que eu talvez faria mas eu não teria coragem, pois nem coragem de me jogar de uma ponte eu tinha!
- com a pancada, ela faleceu na hora e eu sabia que alguém tinha escutado o barulho – ele fala olhando pro chão - eu fugi com a pá e taquei a mesma no lago, depois quando alguém perguntava o meu nome eu dizia que era Aidan Gallagher – ele fala olhando pra mim novamente
Eu apenas não dizia nada, eu estava só observando
- eu não menti pra você quando eu disse sobre os meus pais, não menti quando disse que eu morei com a família Scott e também não menti quando disse que a Raquel é minha irmã de sangue – ele fala se aproximando da cama e sentando do meu lado – eu apenas menti pra mim mesmo quando matei aquela garota, mas também só me mostrou como eu era – ele fala olhando pra frente enquanto eu ainda estava ao seu lado
- você sempre foi assim – falo me levantando da cama e indo em direção a porta
- eu te conto algo que nunca contei pra ninguém e você me julga, lindo da sua parte – ele fala se aproximando da porta com uma cara de indignado e abre a mesma dando espaço para eu sair
- meu problema foi achar que alguém me entenderia de alguma forma, porem me enganei – ele disse fechando a porta de seu quarto assim que saímos e logo ele passa por mim, indo na frente e descendo as escadas
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