✵ Foi ela

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• PODE CONTER GATILHO!
• boa leitura

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Aidan narrando:

Após aquele noticiário, pude perceber a reação da s/n que na mesma hora chorou e caiu no chão sem acreditar

A peguei no colo no mesmo instante, ver ela daquele jeito estava me machucando

Ela sem pensar duas vezes se soltou dos meus braços e se levantou correndo para a porta da frente abrindo a mesma, indo para o lado de fora

Eu estava indo atrás dela, gritei seu nome inúmeras vezes e em todas elas eu fui ignorado

Assim que entrei para dentro de casa para pegar a chave do meu carro, olho para a TV que ainda estava passando o noticiário e logo vejo que era a mulher do tio da s/n que estava falando, assim pego o controle a aumento o volume

📺 - eu fiquei fora a tarde toda, quando cheguei em casa a minha sobrinha e o meu marido não estavam respondendo, quando fui em seu quarto ele estava morto com facadas em seu peito

Ela dizia tudo aquilo para a repórter, nada tirava da minha cabeça a possibilidade da s/n achar que era eu por me ver sujo de sangue assim que eu a encontrei mexendo em minhas coisas

Logo a repórter faz uma pergunta para a mulher novamente e a sua reposta foi inacreditável

📺 - ela não tinha uma convivência boa com o meu marido, inclusive dizia várias coisas para ele o culpando da morte de seus pais.

Em todos os momentos em que eu invadi o quarto da s/n pude perceber que ela odiava aquela mulher com todas as forças e agora eu entendia o porquê, ela estava a culpando

Ela estava culpando a s/n que neste momento estava sendo procurada pela polícia

Naquela hora eu desliguei a TV e peguei a chave do meu carro o mais rápido possível, ela iria ser presa por Homicídio

O chuva não havia parado, sei que a casa dela não era muito perto daqui e provavelmente ela estaria no meio do caminho

O que me preocupava era o que ela iria fazer, dava pra ver em seus olhos  o quanto ela estava mal, o quanto ela estava destruída

E tive a mesma sensação quando vi minha mãe falecer na minha frente, não era fácil

Naquele momento eu abro a garagem, logo destravo a porta do meu carro e entro logo em seguida

Eu tinha que ser rápido pois uma pessoa no qual eu estava apaixonado iria ser acusada por algo que não cometeu

Eu sim poderia ser acusado por várias coisas, principalmente por homicídio e entre outros

Não me arrependo de nada do que eu fiz desde os quatorze e sim isso era doentio mas era a pessoa que eu enxergava

[...]

Por alguns minutos perto da casa da mesma, encontro ela que parecia estar sem forças para andar

A rua molhada por conta da chuva que nem havia parado, apenas estacionei o meu carro do outro lado e abri a porta o mais rápido possível

Trancando o carro e correndo para o outro lado da rua, em sua direção

Assim que cheguei perto, abracei a mesma que já estava soluçando de tanto chorar

A chuva caindo sobre os nossos corpos que já estavam encharcados, a mesma olha para mim com os olhos vermelhos

- por favor não me diz que... – ela iria dizer o que eu já estava pensando, apenas a interrompi no mesmo instante

- foi ela, e ela está te culpando – eu falo e a mesma fica com os olhos arregalados olhando para mim

- ela é louca mas...- ela fala dando uma pausa – ela é louca – ela fala saindo do nosso abraço e colocando as mãos na cabeça

Olho para o lado, vejo que algumas pessoas e um policial estavam se aproximando

Apenas peguei a mesma pela mão que não entendeu naquele momento e arrastei para o lado de uma casa que era um lugar escuro

Quando a mesma iria falar algo, coloquei a mão em sua boca após ver o policial passando por ali com uma lanterna pois estava de noite

Logo vejo outra luz e suponho que seja mais um policial, olho para a s/n que me encarava mas desvia o olhar assim que escuta a voz de dois caras

- o que foi? – escutamos a voz de um cara, naquele momento a s/n me olhou e eu ainda estava com a mão em sua boca pois o medo que eu estava dela gritar era só um pouquinho

- achei que tinha visto algo – o outro homem diz e aponta a lanterna para o local aonde estávamos

Porém eu me coloco ao lado da s/n e assim tiro minha mão de sua boca

Olho para ela que ficava calada mas a lagrimas de seus olhos misturavam com a chuva que ainda não havia parado

- tipo o que? – o outro cara que creio eu que seja um outro policial pergunta para o seu colega

- achei que tinha visto a menina que a mulher decifrou – ele falava calmamente ainda apontando a lanterna para o local que estávamos, nos dois estávamos o máximo possível encostado na parede para que ele não pudesse nos enxergar

- vamos, o chefe está chamando – o outro cara fala e assim a luz da lanterna desaparece no mesmo instante

Olho para a s/n ficando de frente para a mesma, ela naquele momento não tinha mais reação

- ela queria o dinheiro dele – ela fala quebrando o silencio

Eu não sabia o que dizer, perder pessoas que mesmo que a gente brigue é horrível pois querendo ou não são da nossa família

- tem certeza? – pergunto e a mesma me encara

- Ivana não parava mais em casa desde o dia que meu tio havia ficado doente, ela saia todo dia e gastava todo o dinheiro que meu tio tinha – ela fala com sua voz de choro – ela é maluca – ela diz abaixando a sua cabeça olhando para o chão

Eu levanto a sua cabeça no mesmo instante e olho em seus olhos, seus olhos foi a primeira coisa que notei assim que a vi pela primeira vez

O sentimento que eu sinto por ela, é algo que eu nunca havia sentido por ninguém

- eu e você, juntos – falo olhando em seus olhos que estavam brilhando neste momento, mesmo que o lugar que estávamos era escuro, eu só conseguia olhar para o seu rosto

Ela confirma com a cabeça com um pequeno sorriso em seu rosto mas dava pra ver que ela ainda estava quebrada por dentro

Logo ela olha para o lado ao perceber que tinha mais gente se aproximando

A mesma pega na minha mão e assim saímos do local entrando no meio da mata, não havia luz ali e mal conseguimos enxergar nossos pés

Mas estava eu e ela, um do lado do outro que mesmo em mundos diferentes tinham a mesma dor de perda

Ela ainda segurava a minha mão enquanto andávamos no meio das arvores, e eu queria entender o que essa mulher havia feito comigo

Uma pessoa que não se importa com nada, não tem medo de matar e nem da morte mas desde o momento que eu a conheci, eu tive medo de perdê-la

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Two things in common | 𝗔𝗶𝗱𝗮𝗻 𝗚𝗮𝗹𝗹𝗮𝗴𝗵𝗲𝗿 (Concluída) Where stories live. Discover now