Viola e Rigel - Opostos 1

By NKFloro

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Se Viola Beene fosse um cheiro, Rigel Stantford taparia o nariz. Se ela fosse uma cor, ele com certeza não a... More

O Sr. Olhos Incríveis
A Cara de Coruja *
A segunda impressão
O pesadelo *
O Pedido
O Presente
O Plano
O Livro
A Carta
O Beijo
A Drums
A Raquetada*
O Queixo Tremulante
Cheiros
Os Pássaros *
O Pequeno Da Vinci
O Mundo era feito de Balas de Cereja
O Dia do Fundador
BOOM! BOOM! BOOM!
A Catedral de Saint Vincent
Ela caminha em beleza
Anne de Green Gables
O Poema
Meu nome é Viola
Cadente
Noite de Reis
Depósitos de Estrelas
70x7
A loucura é relativa
Ó Capitão! Meu capitão!
E se não puder voar, corra.
Darcy
Cupcakes
Capelletti e Montecchi
Ensaio sobre o beijo
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Metamorfose
Perdoar
Natal, sorvete e música
Anabelle
Clair de Lune
Eu prometo acordar os anjos
Red Storm
Purpurina da autora: O que eu te fiz Wattpad?
Palavras
Como dizer adeus
Macaco & Banana
Impulsiva e faladeira
Sobre surpresas e ameixas
Infinito
Como uma nuvem
Sobre Rigel Stantford (Mad Marshall Entrevista)
Sobre Viola Beene (Mad Marshall Entrevista)
Verdades
Rastejar
O Perturbador da Paz
Buraco Negro
O tempo
Show do Prescott
A Promessa
O tempo é relativo
Olá, gafanhoto
Olhos de Safira
O caderno
De volta ao lar
A Missão
A pior noite de todas
Grandes expectativas e frustrações maiores ainda
Histórias de amor e outros desastres
Sobre escuridão e luz
Sobre CC e RR
Salvando maçãs e rolando na lama
O infame
PRECISAMOS FALAR SOBRE PLÁGIO
Promessas

Iguais

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By NKFloro

Depois de uma dose de Zolpidem, a mamãe finalmente capotou. O fato de ela estar sob os cuidados de uma enfermeira teoricamente deveria me deixar mais tranquilo, mas não deixa.

Ainda estou sentindo o baque.

Ela nem quis ouvir o que o meu pai tinha a dizer, bastou ele pôr os pés em casa para que jarros e objetos de decoração começassem a voar. Só quando ela se cansou dos arremessos, a enfermeira que ele trouxe pôde se aproximar para administrar a medicação receitada pelo dr. Karuma.

É um milagre que o papai tenha saído ileso da chuva de objetos, acredito que os anos de experiência tornaram-no um expert na coisa. Às vezes, fico pensando se todos os casamentos, no fundo, não são uma droga.

Depois de um banho rápido, ele desce para falar comigo. Sento-me ao seu lado no sofá, as paredes do escritório parecem mais espessas que o normal, dando-me a sensação de que estamos ambos aprisionados.

Afrouxo o colarinho, em busca de ar.

Seus olhos estão vermelhos, como se ele tivesse chorado. É estranho vê-lo nessas condições, parecendo tão frágil e impotente. Mas quem sou eu para julgá-lo? Também choraria se não estivesse tão anestesiado pelo choque inicial.

Antes de qualquer coisa, ele quer saber como me sinto e o que exatamente a mamãe me contou. Falo a verdade, deixando de lado apenas a parte de sermos um fardo para ele, por acreditar que este não seja o melhor momento para abordar o assunto. Outras oportunidades surgirão depois que a poeira assentar. Também não sei até que ponto dá pra levar as coisas que a mamãe disse a sério, considerando que ela estava bêbada como um gambá e tende a ficar maldosa e amarga quando enche a cara.

Com cautela, ele esclarece os últimos acontecimentos.

— Sim, você tem um irmão — confirma, as palavras deixando sua boca acompanhadas de um suspiro trêmulo.

Preferiria ouvir que tenho um tumor nas bolas, seria menos doloroso.

Aparentemente, meu pai ainda não processou a informação por completo. Sei como é, estou na mesma.

Ouço seu relato em silêncio, mal respirando.

... um garoto, cuja existência ele ignorava por completo, explica, até esta noite, quando as circunstâncias obrigaram Eliza Beene a falar a verdade.

Beene, o sobrenome fica rodando na minha cabeça, o rosto de Viola Beene se projetando entre as sílabas. Nunca mais serei capaz de olhar seu rosto da mesma forma.

Minha garganta se aperta.

Esqueça Viola Beene.

Ignore sua cara sardenta.

Quando a mamãe me contou sobre o outro filho do meu pai, tive medo de ter uma nova crise de pânico, de começar a hiperventilar na frente dela e coisa e tal, o que inevitavelmente a deixaria ainda pior. Porém, aconteceu justo o contrário, em vez de surtar, eu fiquei anestesiado, minha consciência planando longe do meu corpo, todos os meus sentidos envoltos em névoa.

O olhar do papai segue fixo em mim, aparentemente ele espera que eu diga algo. Para sua frustração, no entanto, não tenho nada a dizer. Ele está disposto a arriscar a própria vida por um garoto que mal conhece e, muito embora o garoto em questão seja seu filho, não consigo enxergar sua atitude como sendo menos do que estúpida.

Correndo o risco de soar como um puta egoísta, preferiria que Eliza Beene guardasse o seu segredo para si. Odeio a ideia de ter um irmão, de Liam Beene ser meu irmão. Não me importaria se ele tivesse sofrido morte instantânea, pelo menos meu pai nunca saberia que teve outro filho. O curso da nossa vida seguiria inalterado e eu não precisaria duvidar de tudo aquilo que um dia tive como certo. Não precisaria assistir à ruína da minha mãe, ou dividir o afeto do meu pai.

Vai ver a mamãe tem razão, e tanto ela quanto eu não passemos de um fardo que ele se sente na obrigação de carregar porque é covarde demais para largar pelo caminho. Talvez, o tal Liam possa ser tudo que eu jamais fui, o filho perfeito, com uma cabeça perfeita, mais esperto e menos problemático. O filho que ele esperava que eu fosse.

— Está me ouvindo? — sua voz sai chiada. Se inclinando na minha direção, ele põe a mão no meu ombro.

Fico quieto, sem saber o que dizer.

A verdade é que não tenho ideia de como reagir a isso, não fui feito para lidar com esse tipo de situação. Tudo parece tão confuso e fora de lugar, eu nem reconheço mais o homem à minha frente. Okay, ainda é o meu pai, embora pareça mais uma sombra, um fantasma, qualquer coisa, menos o homem que eu costumava conhecer. Pergunto-me qual é o Maximilian verdadeiro, se este que está diante de mim, ou aquele da minha infância. Pode ser que haja um terceiro, um quarto... Infinitos Maximilians. Quantas pessoas diferentes podem habitar um mesmo corpo, afinal?

— Você entende o porquê de eu estar fazendo isso, certo?

Pisco devagar, assentindo com um movimento de cabeça.

Não, eu não entendo, quero gritar. Por que não pode esquecer aquele idiota? Você já tem um filho. Eu. Por que precisa de outro? Eu deveria ser suficiente, cacete!

— Obrigado, filho. Sabia que entenderia. — Expira com força, como se tirasse um peso dos ombros.

Agora ele está falando do seu amor por mim, pelo menos é o que eu acho, suas palavras soam distantes, de forma que não absorvo a maioria delas. Ele reitera que seu amor por mim continua como sempre, inalterado. Que eu sou a melhor coisa que já lhe aconteceu, o melhor filho que ele poderia desejar.

Pode até ser verdade, mas é fácil ser o melhor quando se é o único. Até poucas horas, eu era o único, não sou mais. Liam Beene está às portas, pronto para roubar tudo de mim, inclusive o seu afeto.

Pra falar bem a verdade, preferiria que ele estivesse descansando na gaveta de um necrotério, em vez de no hospital. Que aquela porcaria de carro tivesse seguido capotando indefinidamente, até que ele fosse aniquilado pelas ferragens, esse é todo meu desejo. Mas então, penso na Beene, no seu amor pelo irmão e no que a perda dele faria a ela. Por um instante, quase me sinto grato por aquele infame ter sobrevivido. Posso suportar meu próprio sofrimento, mas não o dela.

Depois de perguntar ao meu pai como ele nunca soube que Liam Beene era seu filho mesmo vivendo em um cubículo onde todo mundo sabe da vida de todo mundo, ele decide abrir o jogo e me contar a história desde o início. Ele fala e fala, parando vez ou outra para checar o relógio. O dr. Karuma ficou de telefonar e, ao que parece, a espera o transformou em uma pilha de nervos.

Tão logo saiam os resultados dos exames, meu pai retornará ao Memorial para dar início aos tramites legais e se preparar para ser fatiado.

Não sei se ele considerou isso, mas viver com um pedaço do fígado a menos não é moleza. O tio do Arran perdeu uma parte do fígado anos atrás, a vida para ele não tem sido a mesma desde então. Não importa o que aconteça, meu pai nunca mais será inteiro de novo.

E se eu precisar de um fígado no futuro? Talvez, devesse levantar a questão. Vai ver ele nem cogitou essa hipótese.

Deixa pra lá. De certo o dr. Karuma já levantou todos esses pormenores, ele está a par de tudo, inclusive dos riscos e complicações que envolvem um transplante desse nível.

Pelo que entendi, a rivalidade entre o papai e o Beene vem de berço, embora o papai só tenha passado a odiá-lo de fato após o incidente com o gato, quando Fred Beene torceu o pescoço do bichano e jogou a culpa nele. Por causa disso, o papai foi parar no Santa Ephigênia, um hospital psiquiátrico localizado nas cercanias de Londres. Todo mundo, inclusive o vovô, acreditou no Fred Beene.

Ouvir que meu pai esteve internado em um hospital psiquiátrico faz o meu estômago embrulhar.

Quando os dois ingressaram no Madison, o papai estava decidido a manter distância do verdadeiro assassino de gatos. Fred Beene, no entanto, tinha outros planos, com frequência o perseguia pela escola e o encurralava nos corredores; houve vezes em que, amparado pelo Porter, Fred o cercara no vestiário da escola, assim como na Biblioteca, e em certa ocasião os dois chegaram a trancá-lo por uma noite inteira no armário dos produtos de limpeza. Porém, meu pai nunca se queixava, não apenas por temer parecer fraco, mas porque não podia correr o risco dessas histórias chegarem aos ouvidos do vovô.

Foram anos difíceis aqueles. O único a par do que acontecia era o Cadence, não fosse por sua amizade e apoio, o papai não teria sobrevivido aos primeiros anos naquele inferno – palavras dele, não minhas.

Com o tempo, as agressões foram rareando, Fred Beene encontrou uma distração, a afilhada de seus pais, Eliza. Ele estava ocupado demais com a nova garota para perturbá-lo.

Eliza era mesmo linda, de tirar o fôlego. Mas mais do que linda, ela era esperta. O que só tornava ainda mais difícil compreender o porquê de ela andar com um tipo como o Fred Beene.

Ele respira fundo. Então, após um minuto de silêncio, me conta sobre a noite fatídica, quando cogitou saltar da Torre Norte.

Suas palavras me atingem com a força de um cruzado. Nunca em toda a minha vida imaginei algo assim, na minha cabeça, o meu pai sempre fora uma fortaleza. Imaginá-lo prestes a pular de uma torre me faz querer vomitar. No entanto, há tanto pesar em sua voz, que não ouso interrompê-lo, apenas me ajeito no sofá e deixo que prossiga.

Eliza o salvou. Ela segurou a sua mão e o fez se sentir vivo. Sorriu para ele e lhe deu um motivo para continuar respirando.

Ela era assim, determinada, voluntariosa, uma força da natureza, quando punha uma ideia na cabeça, não havia força na Terra capaz de fazê-la desistir. E havia uma ideia fixa em sua cabeça: salvá-lo.

Foi uma surpresa para ele, até então poderia jurar de pés juntos que ela o abominava. Pensando bem, ele não se lembrava de ter lhe dado motivos para isso, por outro lado, Fred Beene devia ter fornecido um sem fim de razões. Conhecendo apenas o lado do Beene, seu desapreço por ele era compreensível.

Com o passar dos dias, os dois se tornaram cada vez mais próximos e, depois de um tempo, a amizade evoluiu para algo mais sério. Eles estavam sempre juntos, o que obviamente não agradou ao Fred Beene, foi quando a perseguição recomeçou. Dessa vez, no entanto, meu pai não ia aguentar calado, ele revidou, deslocando o nariz do Beene com um soco.

Daí em diante, as coisas foram de mal a pior, Fred estava sempre enchendo os ouvidos da Eliza e tentando fazer a sua cabeça. Foi ele quem contou a ela sobre o gato, assim como sobre o período que meu pai passara no hospital psiquiátrico. Por mais firme que Eliza se mostrasse, ele suspeitava que no fundo, ela ainda nutria dúvidas e questionamentos acerca de seu caráter. Não podia culpá-la. Embora odiasse a ideia, Fred ainda era o melhor amigo dela, era natural que ficasse dividida, como a maioria das pessoas, Eliza ignorava o fato de que Fred Beene não tinha escrúpulos, de que era um manipulador nato, capaz de tudo para alcançar seus objetivos.

Ainda assim, era difícil para ele entender como Eliza não via o tipo de pessoa que o Fred Beene era. Ele ainda não sabia naquela época, mas acontece que ela via, não apenas via como não se incomodava, afinal era feita da mesma matéria. Eles eram iguais, demorou a perceber.

Fico sabendo que quando adolescente, meu pai sonhava em ser pintor, enquanto Eliza desejava ser atriz de teatro ou escritora de romances. Os dois passavam horas sonhando com uma vida hipotética longe de Madison's Place, do controle do meu avô. Até que em uma manhã, quando já se insinuava o final do verão, concluíram que precisavam partir.

Ele usou parte de suas economias para comprar as passagens. Combinaram de se encontrar na Estação dali a exatos quatro dias, embarcariam no último trem para Londres, e de lá dariam um jeito de chegar à Itália. Ele teria preferido a Suécia, poderiam se firmar em Trosa, ele adorava aquela cidade, mas Eliza sempre fora apaixonada pela Itália, pelos grandes mestres e tudo que o país representava.

O movimento na plataforma era escasso, como de costume. Com o coração prestes a saltar pela boca, ele se sentou em um banco de madeira e esperou e esperou e esperou. E continuou esperando, ignorando o martelar das horas, até bem depois do último trem partir. Porém, ela não apareceu.

Lá pelas tantas começou a cogitar a possibilidade de algo ter acontecido, sua Eliza não desistiria tão facilmente.

Imbuído de uma boa dose de coragem — e outra de temor —, ele cruzou a cidade a pé, atravessou a pradaria sem se importar com a vegetação e escuridão crescente. Quando chegou à fazenda dos Beene, já era noite.

Parou por um segundo rente à porteira, respirando com dificuldade, os pulmões em chamas. Foi quando a avistou, alguns metros adiante, empoleirada na cerca de madeira. Estático, ele viu Fred Beene passar os braços ao redor de sua cintura e inclinar-se para beijá-la.

Eliza não ofereceu resistência. Apenas o beijou de volta.

Naquele momento, seu coração se partiu de novo e de novo. Ele se viu de volta à Torre Norte. Desejou ter saltado. A queda teria feito um estrago menor, estava convencido disso.

Quis ir até eles, confrontá-los, porém, não teve forças. De forma alguma seria ainda mais humilhado, morreria mil vezes antes de permitir que eles o vissem chorar. Sem dizer palavra, deu meia-volta e correu para longe.

Aquela fora a pior noite da sua vida. Sem ter para onde ir, retornou para casa, onde o vovô o aguardava, abancado em uma poltrona na sala de estar— um chicote em uma mão, um copo de uísque na outra.

Eu estaria mentindo se dissesse que algum dia nutri a ilusão de que o meu avô era um exemplo de bondade, mas as coisas que meu pai conta a seguir me fazem gelar até os ossos.

Com um gesto de cabeça, o vovô Adolf ordenou que ele subisse para o quarto, então seguiu em seu encalço, degrau após degrau. Àquela altura, tudo o que o papai conseguia ouvir era o barulho da sola dos sapatos do vovô mesclado às batidas desordenadas do seu próprio coração.

Não ofereceu resistência, sentando-se em uma cadeira, tirou a camisa, curvou a coluna e esperou pela primeira chicotada. Com um pontapé, o vovô derrubou a cadeira, meu pai sentiu o impacto da cabeça contra o piso, mas não teve tempo de pensar na dor, uma sequência de chutes nas costelas e chicotadas se seguiu.

O vovô Adolf quis saber onde ele estava com a cabeça; se iria mesmo embora; se estava disposto a abrir mão de tudo por causa de uma vagabunda.

Ele não imaginava que o vovô estivesse a par do seu romance com Eliza; só agora percebia o quão tolo foi em acreditar que algo em Madison's Place pudesse escapar ao conhecimento de Adolf Stantford.

Vagabunda – a palavra ficou dando voltas na sua cabeça. Eliza não era uma vagabunda... Ou talvez fosse. Não sabia mais no que acreditar. Ela o traiu, afinal.

Por mais de uma vez se viu tentado a tomar o chicote das mãos do pai e fazer com que parasse de falar, em vez disso, encolheu-se no carpete e deixou que continuasse. Com sorte, ele se concentraria em surrá-lo e calaria a boca.

O dia já estava raiando quando o vovô jogou o chicote para o lado, sentou-se na borda da cama e acendeu um charuto. Fitou meu pai por cerca de cinco segundos, levantou-se, esticou os longos braços acima da cabeça, e aproximou-se da janela.

Meu pai cerrou os olhos, por um instante chegou a sonhar que estava morto. Morto. Morto. Morto. Finalmente, morto. Quase agradeceu por isso. O estalar do chicote, no entanto, o fez despertar. Havia sobrevivido. Essa era a pior parte, sobreviver. Era tão miserável que nem mesmo a morte o queria.

Doía. Cada polegada do seu corpo doía. No entanto, não havia dor que o vovô pudesse lhe infringir que se equiparasse a dor que Eliza causara. Seu coração havia se partido, e não havia força no mundo capaz de torná-lo inteiro outra vez.

Teria chorado, se ainda tivesse lágrimas. Resignado, rastejou até um canto, as costelas latejando de dor, e esperou... sem saber o quê.

Pela manhã, um médico veio vê-lo. O saldo da noite: incontáveis ferimentos pelo corpo, hematomas de cima a baixo, um braço fraturado e quatro costelas quebradas. O médico deve tê-lo dopado. Acordou dias depois, em um Hospital Psiquiátrico, em Londres.

Durante os meses seguintes, o vovô não o visitou nenhuma vez. Eliza também não voltou a procurá-lo, sequer teve notícias dela. Quando, enfim, deixou o hospital, soube que ela se casara com Fred Beene, e que eles estavam esperando um bebê.

Sua traição e os meses no Hospital o mudaram. O antigo Max, aquele que um dia sonhara em fugir para a Itália e viver da sua arte, não existia mais.

Ele me conta que chegou a ver o bebê uma vez, quando Liam tinha por volta de dois anos, durante uma de suas visitas ao Padre Cadence. O garoto estava no colo da mãe, cochilando com o polegar na boca, algo nele lhe pareceu familiar, chegou a perguntar a Eliza se havia chance de o menino ser seu filho, porém, ela foi rápida em negar. Olhando-o como se ele fosse um lunático, pediu que se afastasse, abraçou o garoto e desabalou porta afora, sem ao menos dar-se o trabalho de despedir-se do padre.

Não pensou mais no assunto. A mãe de Eliza tinha cabelos loiros, assim, como a mãe do Beene. E, por pior que fosse, ela nunca esconderia dele a existência de um filho.

Bem, ele estava enganado.

Olá, gafanhotos!

Eu sou como enxaqueca, posso até desaparecer por um tempo, mas sempre retorno. Sei que prometi não demorar, mas aconteceram coisas, eu tive que lidar com tantos imprevistos nesses últimos meses que tem dias que até respirar se torna cansativo. Mas cá estou, graças a Deus.

Agora vamos falar do capítulo.

Antes: desculpem os erros, eu nem ia postar, porque estou toda trabalhada na lerdeza e não consegui revisar direito, mas como vocês têm me cobrado capítulo novo, aqui está.

Quem aí sentiu saudade da Lagartixa Albina?

Notaram que ele está menos ácido?

O sal de frutas surtiu efeito.

Mas, falando sério, o que me dizem deste capítulo?

O que me dizem de Fred Beene?

E de Eliza?

Perceberam que Rigel ama o irmão?

O que me dizem disso?

O que acharam da reação dele?

Agora uma adivinha: O que é, o que é, tem chifres quilométricos, mas o capiroto não é?

Acreditam que Eliza realmente traiu Max?

Se sim, por que causa, motivo e razão?

Ou será que Max estava delirando?

Acham que ele se precipitou ou nem?

No lugar dele, teriam dado meia volta ou rodado a baiana?

O que me dizem de Adolf?

Acreditam que tem dedo dele nessa história ou nem?

Notaram que o relato de Eliza e Max sobre o fim do relacionamento não bate, certo?

Escolha um lado da força ou fique com os dois.

O que me dizem de Eliza ter mentido para o Max quando ele perguntou se havia chance do Liam ser seu filhote?

Ela fez certo ou nem?

No lugar dela, o que teriam feito?

Agora vamos para a nossa sessão de recados. Deixe um recado para os seguintes personagens:

Rigel:

Viola:

Eliza:

Max:

Fred:

Liam:

Melisa:

Agora o QUEM - DE QUEM PARA QUEM?

Estamos na reta final e eu quero saber a opinião de vocês. Quem leu TOUP já deve estar familiarizado com o POTIM. Senhoras e senhores, ele está de volta.

Por enquanto, é isso.

Obrigada por continuarem aqui.

Queijos, queijos, patinhas de caranguejos!

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