Weckleniffe

By idkvenustempura

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Uma nova paciente chega em Weckleniffe. Seu nome é Lauren Jauregui; Camila é uma enfermeira que trabalha na... More

Welcome to Weckleniffe
Ward C
Extremely attractive
Just the beginning
A freak
Greatest fear
Storm
What the hell is going on
Mysteries
Dinner
The killer
Innocent
Chocolate
Halloween
Innocent
Revelations
The next victim
Escape
The truth
Kiss me
I can't let her go
Punishment
Happy birthday
New patient
Fear
Let's do friends
The happiness short-lived
Shock Therapy
Disorder
Losing my mind
Getting back to normal
I don't want to be here
We can create our own paradise
What a beautiful day to die
Group activity
Pantry
Nightmare
New friend and new revelations
The bathroom
Library
She's dead
She's frightening
Sentenced to death
Hiding secrets
How to escape
Tomorrow
The scape
Go without me
One shot, one kill

She must be insane

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By idkvenustempura

Eu tenho sido empregada em Weckleniffe Mental Hospital for the Criminally Insane à 4 meses e 26 dias. Trabalhava oito horas por dia, cinco dias por semana. 760 horas no total. Embora eu estivesse geralmente aborrecida e triste, nos minutos agitados que eu tinha passado em Weckleniffe, um sentimento que eu nunca havia sentido antes estava crescendo. E nunca pensei sentir isto; pelo menos, não com uma paciente. Mas gostando ou não, isto era algo que eu e ela tínhamos realizado juntas e eu não poderia ignorar isso. Se eu deixasse este lugar, nunca iria me perdoar por ter a deixado para trás, e, inegavelmente algo entre nós. O meu estômago iria se virar assim que eu me separá-se dela. Então, eu tinha que ficar aqui até ela poder sair comigo.

Mas nesse momento em Weckleniffe enquanto eu tentava conhecer a Lauren, eu também tinha aprendido muitas coisas. Algumas não era muito importantes, como aprender a curar e limpar cortes ou arranhões, ou ficar muito hábil em aplicação de pontos. E algumas coisas eram importantes, como por exemplo, saber como escapar de uma assassina. E o mais importante, saber que essa assassina era a Ariana. E que a Sra. Jude era sua mãe. 

Eu tinha aceitado o conhecido e tinha engolido os fatos intrigantes e horriveis. Mas o conhecido não era o que eu temia. O conhecido era algo que nós poderíamos negar, mas por agora não nos perguntamos. O que parece nos assustar era o desconhecido, as possibilidades infinitas. Onde estaria Ariana e o que estaria escondendo? Ela não estava indo trabalhar e eu não tinha uma pista sequer sobre o que ela andava fazendo. Eu também não sabia o que havia acontecido a Cynthia, o seu paradeiro continuava um mistério. Eu não sabia que o Norman estava lentamente acordando do coma, e que ele estava sendo vigiado na parte de trás da sala de cirurgia. Eu não sabia que outros médicos e enfermeiros faziam parte desta ala, e não tinha a certeza em quem podia confiar além de Dinah e Lauren.

Mais importante, eu não sabia como iria tirar a Lauren de Weckleniffe. E estas eram coisas que me assustavam. Mas esse era o plano para hoje, tornar o desconhecido conhecido e tornar as minhas questões em respostas. Eu estava cansada de estar impotente e de observar a dor de Lauren nesta prisão, quando ela não merecia. Por isso, hoje era o dia que eu iria obter respostas. Eu fiz questão de dormir bem noite passada para poder estar alerta e consciente hoje, querendo juntar o máximo de informação possível que eu podia. Normalmente, palavras importantes eram ditas e ações eram executadas, mas a minha sonolência ou distração deixavam-nas passar em branco. E com distração eu quero dizer; Lauren.

Mas devido às ordens da Sra. Jude eu não estava autorizada a me aproximar dela, por isso, isso não era um problema mas sim o meu maior problema de hoje. Em vez de pensar na Lauren, uma imagem da Cynthia Porter surgiu na minha cabeça assim que eu vi Connor. Ele estava andando pelo grande corredor na ala médica, a qual que era um misto de mesas de operação, camas de hospital, sedativos e registros médicos em cada um dos quartos.

O meu turno não começaria tão cedo, por isso, decidi ir falar com ele. Ele era o meu melhor tiro para descobrir esta história de Cynthia, considerando que era ele aquele que a tinha levado para a sala de cirurgia antes do seu estranho desaparecimento. Normalmente, eu costumava odiar falar com pessoas com quem não costumo lidar, mas Connor era uma exceção considerando as circunstâncias. 

– Olá Connor. – Eu disse mesmo depois de cruzarmos caminhos. Ele não disse nada em resposta, continuando apenas andando. – Connor! – Chamei mais severamente com a esperança de obter a sua atenção.

– O que você quer? – Ele perguntou rudemente.

– Uhm... posso falar contigo por um segundo? Tenho que lhe perguntar uma coisa.

– O que é? – Ele suspirou, parando e olhando para baixo, para mim, como se eu fosse uma criança.

– O que aconteceu com Cynthia? – Eu não estava certa de como formular a questão, por isso, disse apenas a primeira coisa que me veio à cabeça. O desempenho foi bastante convincente, como se ele parecesse confuso, mas eu fiz melhor. – Eu te vi leva-lá até à sala de cirurgia à umas semanas atrás, Você não pode querer simplesmente que eu acredite que não aconteceu nada.

– Garota, honestamente, eu não sei o que você quer dizer. Desculpe, eu não posso ajudá-la. – Ele disse apesar de não parecer arrependido, de qualquer maneira. – Agora se não se importa, eu tenho trabalho a fazer.

Ele virou-se e começou a andar, mas eu ainda não tinha acabado.

– O que fizeram com ela lá dentro? Eles executaram os testes no cérebro dela ou algo assim?

Connor parou no meio do caminho. Por um momento, ficou ali de pé, mas depois se virou e me encarou.

– Como que sabe disso? – Ele questionou, a sua voz tinha ficado mais baixa.

– Então é verdade... – Eu disse, embora fosse mais uma pergunta do que uma afirmação.

Os seus olhos olharam de um lado e depois para o outro, como se ele achasse que alguém estivesse vendo.

– Connor, o que é que você sabe? Você pode me dizer.

As suas feições eram fortes enquanto ele olhava para mim, lendo a minha expressão. Parecia que estava prestes a falar, mas em vez da sua voz surgiram o som de passos. Ele olhou para algo atrás de mim e eu me virei vendo a fonte do barulho. Era a Sra. Jude, caminhando até nós desde o fundo do corredor.

O medo me percorreu novamente com o que estaria por vir. Felizmente ela não estava à minha procura para me falar sobre Lauren, porque nenhuma dessas conversas eram exatamente apelativas. 

Quando olhei novamente para Connor ele já tinha atravessado o corredor, a sua figura desaparecer assim que virou a esquina. Eu não me importava que ele fujisse porque eu já tinha o que queria dele. Não era exatamente a confissão mas era perto o suficiente para confirmar a teoria de Lauren. Weckleniffe era horrível e isto apenas provou ainda mais esse fato.

– Camila, tenho que falar contigo. – A voz da Sra. Jude disse atrás de mim. Eu saltei, não esperando que ela estivesse tão perto. Ela não tinha esperado pela minha resposta e continuou. – Assumindo que a Lauren te atacou ontem, você não irá mais estar perto dela.

Assenti, sabendo que isto era inevitável. Pelo menos ela tinha esquecido ou ignorado a minha confissão dizendo que eu a tinha beijado ontem. O problema estava feito e eu não queria refazer a situação.

– E eu não preciso de mais problemas vindos de você Camila. Você está aqui por uma razão, e apenas uma razão, que é; fazer o seu trabalho. E se não fizer, não há razão para continuar trabalhando aqui. Estamos entendidas?

– Sim. – Assenti, tentando evitar arrancar a sua cabeça.

Ela saiu dali sem dizer mais nenhuma palavra, e eu fui deixada sozinha nas grandes paredes do corredor.

Lauren POV;

Essas estúpidas e fodidas algemas estavam perfurando a minha pele com cada movimento que eu fazia, e as minhas costas continuavam ardendo como o inferno. O chão tinha acumulado uma cadama de poeira e eu já tinha matado 3 aranhas que tinha visto nas últimas duas horas.

Mas na noite passada eu tinha tido uma das melhores noites de sono que alguma vez tive desde que em Weckleniffe cheguei. Eu tinha os meus cigarros e tinha Camila, que era tudo o que precisava neste lugar horrível. Eu estava me tornando numa boba, eu sabia, como quando eu estava com a Emily. Estava começando a me sentir daquela forma novamente. Mas se ser uma boba me ajudava a dormir bem, então eu gostaria de ser uma boba para sempre.

Eu não tinha ideia de quanto tempo havia dormido, mas 5 minutos depois de eu acordar Brad veio me dizer que era hora do almoço, por isso assumi que tinha sido um longo tempo.

Entramos no refeitório e eu me sentei na mesa minha e de Camila, mas ela não estava lá como costumava estar. Ela estava sentada no fundo da sala, o lugar onde eu a tinha visto pela primeira vez quando entrei em Weckleniffe. Deus, ela estava tão linda. O seu cabelo estava solto, e eu não podia ajudar mas achava que o meu comentário de antes teve algum resultado. Até mesmo daqui eu conseguia ver a cor dos seus olhos castanhos brilhantes.

Os seus olhos encontraram os meus e ela me pegou olhando para ela. Lentamente, lambi os meus lábios, enquanto os meus olhos exploravam o seu corpo. Eu estava fazendo de próposito para ela corar e fui recompensada quando ela o fez. Ela olhou em volta, e um sorriso envergonhado se formou com as suas bochechas coradas. Mas parece que a Camila tímida durou por pouco tempo, porque para me dar o troco ela colocou dois dedos dentro de sua boca lentamente, chupando-os. Meu queixo provavelmente caiu até os meus pés. Palavras não podiam ser ditas entre nós, mas nós não pareciamos precisar delas.

Mas em seguida, ambas percebemos que um guarda estava vendo e paramos, não querendo correr riscos. Eu não queria ser chicoteada novamente; uma vez foi mais do que suficiente. Mas de alguma forma, eu sabia que o incidente não seria o último castigo que eu iria sofrer.

Camila POV;

Depois de deixar o almoço mais cedo, da Lauren ter me comido pelos olhos e de ter lambido seus lábios pelo menos umas cem vezes, eu fui até ao escritório de Dinah. Eu tinha um minuto ou dois para matar e esperava que ela também tivesse. Eu sabia que estava quase vivendo com ela mas queria lhe falar mais cedo do que mais tarde, por isso achei que não faria mal falar já com ela.

Eu bati à porta e a ouvi gritar para que eu entrasse, por isso assumi que estivesse livre. Eu fechei a porta atrás de mim e encontrei-a na sua mesa.

– Oi! O que está fazendo? – Ela perguntou, provavelmente surpreendida por me ver. 

Não perdi tempo em lhe contar sobre mim e Connor, desesperada que alguém além de mim soubesse para eu poder obter uma segunda opinião no que fazer. Mas em vez de me dar conselhos, ela me repreendeu.

– Camila! Eu te disse para ficar fora disto! E se ele for contar à Sra. Jude o que você perguntou? Quer dizer, eu sei que é horrível o que eles estão fazendo mas...-

– Mas o quê? Eles estão executando testes nos cérebros e matando pessoas aqui! O que você quer que eu faça? Apenas acredite que Cynthia desapareceu no ar e nos deixou aqui para conviver com isto?

Dinah suspirou derrotada sabendo que eu tinha razão.

– Eu não sei Camila. Eu não faço ideia do que é tudo isto mas não quero fazer parte. Eu costumo pensar que este tipo de coisa é apenas interessante nos livros, na vida real não é algo em que eu gostaria de estar envolvida. Isso é realmente perigoso, e mais uma vez, você não tem provas. Quer dizer, isto apenas aconteceu com uma pessoa muito rapidamente e você nem teve uma confissão de Connor, certo? Por isso, da próxima vez, seja mais cautelosa. Se andar por aí perguntando sobre Ariana e sobre o que quer que seja que aconteceu com a Cynthia, a Sra. Jude vai te prejudicar. Ela é capaz de muitas coisas, por isso, se quer mesmo brincar de detetive, faça isso em silêncio.

Suspirei e assenti. Ela estava certa, estas coisas podiam fazer eu me dar muito mal se eu não fizesse tudo certo. Se eu pudesse provar o que eles estavam fazendo, isso mandaria este local todo abaixo. Mas eu não podia apenas acusá-los sem ter a certeza, e tirar a Lauren daqui vinha primeiro.

E com o pensamento em Lauren, uma onda de pânico surgiu.

– Dinah, e se a Lauren for a próxima!?

– O que quer dizer? – Ela perguntou.

– E se ela for a próxima a ir para a “cirurgia”? E se eles tentarem fazer testes nela e acabarem matando-a!?

– Camila, eles não vão fazer isso. A Lauren é muito famosa, um monte de pessoas fora de Weckleniffe já ouviram falar nela. Seria muito arriscado.

– Tem razão. Desculpa, é apenas muito para eu lidar. – Expulsei uma grande quantidade de ar em alívio.

– Eu sei. – Ela concordou. – Mas honestamente, tentar arranjar provas de que eles estão fazendo esses testes é muito arriscado. Espere e vê se continua acontecendo. Além disso, você já está tentando tirar a Lauren daqui, por isso, se concentre nisso antes.

Assenti com a cabeça em concordância. Ajudar a Lauren estava em primeiro lugar na minha lista, e mandar a Ariana para a cadeia estava em segundo. Se eu pudesse de alguma maneira realizar as duas coisas, eu iria trabalhar em expor Weckleniffe. Talvez Lauren e eu pudessemos até fazer isso juntas quando ela saísse daqui.

– Camila? – Dinah perguntou, me acordando dos meus pensamentos.

– Sim?

– Ok, eu não quero parecer como a sua mãe ou qualquer coisa, mas essa é outra coisa que eu quero te avisar. A Lauren é obviamente inocente e ir até à polícia e fazer queixa de Ariana é boa ideia mas, só porque a Lauren não matou aquelas mulheres não quer dizer que ela não seja perigosa.

– O que está querendo dizer? – Perguntei um pouco na defensiva. 

As suas palavras pareciam estar apenas arranhando a superficie do que ela queria realmente falar.

– Nada, é só... eu não sei, para mim, algo sobre ela continua ruim. Alguém que queima o próprio pai e que cresce numa instituição mental não pode ser normal.

– Como é que sabe que ela fez isso? – Eu perguntei.

– Eu tenho o seu ficheiro, e os seus documentos antigos. Naquela época, ela não era uma boa criança Camila.

– Você trabalhava aqui quando ela era paciente? Quer dizer, da primeira vez que ela esteve aqui?

– Não. – Ela respondeu. – Mas alguns dos outros pacientes se lembram dela.

– O que é que eles disseram sobre ela? – Perguntei.

– Não muito, mas uma mulher disse que tinha medo dela. Ela me contou que todos tinham. Ela estava constantemente sendo sedada e causando problemas, aparentemente.

– Oh. – Foi tudo o que consegui dizer em resposta.

Esta nova informação não havia mudado a maneira de como eu me sentia em relação a ela. Não haviam dúvidas na minha mente de que ela tinha mudado.

– E olha – Dinah continuou. – Eu sei que queimar o seu próprio pai devia te tornar automaticamente um “psicopata”, mas eu li num jornal que um rapaz fez o mesmo quando tinha 15 anos e ele foi para um Juvy*, não uma instituição mental. Algo sobre Lauren deve estar errado. Eu não estou dizendo que não deve tirá-la daqui, mas novamente, tome cuidado.

Assenti embora não precisasse das suas palavras. A Lauren era uma criança estressada e assustada, e ela não sabia o que estava fazendo. Nervos, dor e medo podiam ser a causa da impressão “errada” que a Lauren aparentemente mostrava.

– Ok, obrigada Dinah. Eu vou voltar para o trabalho. – Eu disse atravessando as portas rapidamente.

– Tome cuidado Camila! O tribunal disse que ela era louca, então tem de haver uma razão. – Ouvi Dinah dizer mas eu simplesmente não liguei.

...

Juvy* é uma cadeia para jovens bem pior que as cadeias normais. Então não coloquem fogo no pai de vocês caso vocês não queiram ir parar nessa cadeia... 

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