Viola e Rigel - Opostos 1

By NKFloro

1.1M 133K 226K

Se Viola Beene fosse um cheiro, Rigel Stantford taparia o nariz. Se ela fosse uma cor, ele com certeza não a... More

O Sr. Olhos Incríveis
A Cara de Coruja *
A segunda impressão
O pesadelo *
O Pedido
O Presente
O Plano
O Livro
A Carta
O Beijo
A Drums
A Raquetada*
O Queixo Tremulante
Cheiros
Os Pássaros *
O Pequeno Da Vinci
O Mundo era feito de Balas de Cereja
O Dia do Fundador
BOOM! BOOM! BOOM!
A Catedral de Saint Vincent
Ela caminha em beleza
Anne de Green Gables
O Poema
Meu nome é Viola
Cadente
Noite de Reis
Depósitos de Estrelas
70x7
A loucura é relativa
Ó Capitão! Meu capitão!
E se não puder voar, corra.
Darcy
Cupcakes
Capelletti e Montecchi
Ensaio sobre o beijo
100k views
Metamorfose
Perdoar
Natal, sorvete e música
Anabelle
Clair de Lune
Eu prometo acordar os anjos
Red Storm
Purpurina da autora: O que eu te fiz Wattpad?
Palavras
Como dizer adeus
Macaco & Banana
Impulsiva e faladeira
Sobre surpresas e ameixas
Infinito
Como uma nuvem
Sobre Rigel Stantford (Mad Marshall Entrevista)
Sobre Viola Beene (Mad Marshall Entrevista)
Verdades
Rastejar
O Perturbador da Paz
Buraco Negro
O tempo
Show do Prescott
A Promessa
O tempo é relativo
Olá, gafanhoto
Olhos de Safira
O caderno
De volta ao lar
A Missão
A pior noite de todas
Grandes expectativas e frustrações maiores ainda
Histórias de amor e outros desastres
Iguais
Sobre CC e RR
Salvando maçãs e rolando na lama
O infame
PRECISAMOS FALAR SOBRE PLÁGIO
Promessas

Sobre escuridão e luz

6.3K 731 1.6K
By NKFloro





É difícil olhar para a mamãe, ela parece tão pequena e frágil que por um breve momento chego a não reconhecê-la.

Respirando fundo, ela enxuga as lágrimas antes de voltar a falar.

— Eu não sou perfeita, Viola, cometi erros, fiz coisas das quais não me orgulho. — Engulo o choro. Por mais devastador que seja descobrir que a minha vida foi uma mentira, estou decidida a ouvir sem interrupções. Ela esfrega as faces. — Deus, eu era tão idiota e imatura. Quando o conheci,  Max estava passando por uma fase difícil, eu não sabia disso na época, teria agido de florma diferente se soubesse. Eu me arrependo, sempre vou me arrepender, não que isso sirva de alguma coisa agora, mas é tudo que posso fazer, sentir muito.

— O que você fez? — Vou contra minha própria resolução de ficar calada, a forma como ela está falando só me deixa mais aflita.

— Como eu disse, quando nos conhecemos o Max estava em uma fase complicada, as coisas não eram fáceis para ele, e como poderiam ser com um pai como aquele? No começo eu não fui nem um pouco com a cara dele, o Fred era meu melhor amigo e odiava o Max como se odeia o inferno, eu acabei comprando a briga dele... Na minha cabeça, se alguém tão legal quanto o Fred odiava uma pessoa, certamente havia um bom motivo, e havia vários. Fred me contara sobre o ódio injustificado que o Max sentia por ele desde o jardim de infância, sobre a vez em que Max quase quebrou seu nariz, assim como sobre a ocasião em que inventou uma mentira sobre ele ter roubado o caderno de notas da professora, o que o fez levar uma surra do pai. Sobre como Max havia — ela engole em seco — enforcado um gatinho até a morte e posto a culpa nele. Que tipo de pessoa enforca um animal até a morte? Eu fiquei horrorizada... Havia um clima de animosidade entre os dois, isso era nítido. Max não perdia uma oportunidade que fosse de perturbá-lo, não que eu tenha presenciado algo do tipo, mas não havia porque duvidar do Fred, eu confiava nele. Por mais horríveis e absurdos que seus relatos soassem, condiziam perfeitamente com a ideia que eu fazia do Max, o idiota de nariz empinado que se achava bom demais para se misturar com o restante de nós. Aquilo me deixava nauseada a ponto de mal conseguir olhar para ele sem sentir o estômago revirar.

— Eu não entendo como pôde se apaixonar por alguém assim. Tudo que acabou de me dizer só reforça o que as pessoas dizem sobre ele.

— As pessoas não o conhecem como eu conheço. Não se engane, seu pai não era nem um santo, eu gostaria de ter percebido antes. Acreditar cegamente em alguém é o pior erro que se pode cometer. Mas com a morte dos meus pais o meu mundo virou de ponta cabeça, num instante eu tinha uma família, pais amorosos e um lugar ao qual pertencia, então de repente me vi sozinha numa cidade estranha, cercada por estranhos e sem saber o que fazer, sem ninguém para me apontar um caminho ou segurar a minha mão. O seu pai foi a minha luz, mas luz em excesso pode cegar, e eu escolhi ignorar as falhas dele, porque estava solitária, frágil e precisava de um amigo, um porto seguro, alguém pra atravessar a escuridão comigo.

Escuto com atenção enquanto ela desenrola sua história, segurando o choro  o quanto posso, se me permitir chorar, não vou parar mais.

Ela me conta tudo, desde o começo, quando encontrou o Stantford sozinho na Torre Norte, o quão assustador foi vê-lo de pé no parapeito e como seu coração congelou ante a certeza de que ele saltaria.

Ele parecia desnorteado, destruído.

Mesmo tendo visto a morte de perto antes, ela sentiu que não poderia lidar com aquilo, que sua alma se desintegraria caso ele saltasse. Contra todas as possibilidades, conseguiu convencê-lo a desistir daquilo. Aquela foi a primeira vez que de fato conversaram, depois daquela, muitas outras conversas se seguiram e, conforme conversavam, mais próximos se tornavam.

Ela precisava salvá-lo, e nem todo desapreço que tinha por ele a impediria de fazê-lo.

É difícil imaginar que o todo poderoso Maxmilian Stantford já foi um garoto frágil e deprimido, que teria dado fim a própria vida se a minha mãe não o tivesse impedido. Um minuto a mais e o Liam não existiria, o Oli não existiria, Maximilian Stantford seria apenas uma lembrança.

Tentar salvar outra vida deu um novo significado à sua existência, a mamãe me disse.

Isso não é exatamente o que eu esperava ouvir, o relato de que quanto mais  conhecia o Maximilian mais inconsistentes as histórias do papai pareciam. O jovem Max seria incapaz de fazer mal a um ser vivo, exceto a si mesmo. Era uma alma sensível e gentil, um bom amigo. Logo descobriram que compartilhavam inúmeras paixões, entre elas a Arte e a Literatura. Ela queria ser atriz de teatro ou escritora, enquanto ele almejava ser um artista, fugir para longe do pai e viver da sua arte. Obviamente, o pai nunca concordaria com isso, ainda assim, ele se inscrevera em curso de verão na cidade vizinha, torcendo para que o velho Stantford não descobrisse.

Em suas tardes de folga na livraria, a mamãe o acompanhava às aulas, o assistia pintar por horas a fio sem jamais se cansar. Ele parecia mais vivo do que nunca, e vê-lo feliz fazia sua alma vibrar.

No entanto, não demorou até que o velho Stantford descobrisse sobre as aulas, ele bateu tanto no filho que o garoto precisou de atendimento médico. A mamãe só tomou conhecimento do ocorrido quando as aulas no Madison's retornaram. Embora para o resto do mundo os hematomas fossem resultantes de mais um embate entre Max e Cadence, ela sabia a verdade, soube antes mesmo que ele lhe contasse, a tristeza em seus olhos não deixava margem para dúvidas.

Era uma noite fria como o quê, os dois se sentaram no parapeito, no alto da Torre Norte, como haviam feito incontáveis vezes antes. Em silêncio, ela segurou a mão dele e esperou que falasse.

Maximilian estava em pedaços, o exterior, apenas um pálido reflexo das feridas internas. Aquela não havia sido a primeira vez que o respeitado Adolf Stantford havia surrado o filho, certamente não seria a última. Ele havia feito o mesmo com a esposa. As agressões constantes a levaram ao limite. Em uma abafada manhã de Outubro, alguns anos antes, Eve Stantford tirara a própria vida. Maximilian estava certo de que acabaria fazendo o mesmo, era apenas uma questão de tempo.

Há um ponto do qual é impossível retornar. A alma humana é programada para suportar um certo nível de dor, quando ultrapassado esse nível, todo o resto automaticamente se deteriora, ele disse, convicto de que a sua alma fora irremediavelmente deteriorada na manhã em que a mãe partira.

— Ele amava pintar. — Mamãe suspira. — E era bom, muito bom. — Nunca pensei que fosse dizer isso, mas sinto pena do sr. Stantford. Levo as mãos aos olhos para enxugá-los, tomada pela tristeza, uma sensação que se intensifica a cada segundo, transformando-se em raiva quando a mamãe ressalta que para o velho Stantford, pintar quadros era coisa de maricas. — Ele disse ao Max que preferiria ter um filho morto a ter um filho bicha, exatamente nestes termos.

Estou no cerne de um redemoinho de emoções, nenhuma delas boa.

Como um pai pode falar uma coisa dessas para um filho? Como alguém pode ser tão nojento, desprezível e sem coração?

Aperto o travesseiro contra o peito, mortificada. Depois de uma longa pausa, mamãe vem se sentar ao meu lado na cama, seus dedos acariciam meus cabelos, anestesiando a dor.

Dá para ver que não está sendo fácil para ela também, seus olhos parecem morangos de tão vermelhos e rastros de lágrimas mancham suas bochechas.

Quando finalmente volta a falar, acolho suas palavras sem julgamentos, embora sinta o peso de cada uma delas.

Pergunto-me se ela ainda o ama?

Por mais egoísta que seja, torço para que não.

Tudo mudou naquela noite, empoleirados no alto da Torre Norte, pela primeira vez ela se deu conta de que o amava, não apenas sua companhia, mas quem ele era. Amava sua tristeza e sua alegria, todos os seus sorrisos e lágrimas. Não havia percebido até então, que ao tentar salvá-lo, salvara a si mesma.

Ele a trouxe de volta à vida. Ele era a vida.

Sob um sem fim de estrelas, ele chorou. E ela chorou com ele. Então, ela o beijou. E ele a beijou. E o mundo ainda estava em pedaços, embora cheio de brilho. Havia fragmentos de luz em toda parte, em seu interior e ao redor. Era o começo de algo, o fim de tudo. Seu coração incendiaria. O universo explodiria em luz.

Gif aleatório pra comemorar o retorno de V&R. Se é para o bem de todos e felicidade geral de quem não desistiu desse livro, digo aos leitores que cá estou.


Olá, gafanhotos!

Depois de cinco séculos e metade de outro estou de volta.

Sentiram saudade de V&R?

Não precisam sentir mais, estou de volta, como um urubu vegetariano ressurgindo das cinzas de uma horta.

Mas vamos falar deste capítulo que é menor que piu-piu de anão - não, eu nunca vi o piu-piu de um anão. Se tiver algum anão aqui, desculpa, eu não tenho nada contra anões ou piu-piu pequeno.

O que me dizem dessa história de Eliza e Max?

Surpresas com algum fato?

Acham que Eliza ainda ama o Max?

Max ainda ama Eliza?

O que terá acontecido para esses dois se separarem? Deixe aqui a sua teoria e faça uma autora feliz:

O que me dizem da reação de Viola aos relatos de mama Eliza?

Querem um pouco mais de Eliza e Max?

Saudades do Rigel?

Ele já volta.

Como acham que o Liam reagirá a tudo isso quando descobrir a verdade?

O que será que Eliza fez para deixar o Max tão emputecido a ponto de não querer olhar na linda cara dela?

Ah, e de Fred o que me dizem?

Parece que ele era um pouco fanfiqueiro.

O que me dizem do jovem Max?

E da jovem Eliza?

O que será que aconteceu para que o nosso protótipo de artista, aka Max, mudasse tão drasticamente?

O que me dizem de Adolf?

Querem um pai como ele?

Se estivessem no lugar da Viola, como reagiriam a essa enxurrada de informações?

Na opinião de vocês, que personagem merece um bilhete só de ida para a sauna do capiroto?

Tenho um aviso importante: Eu não sou os personagens e os personagens não são eu. As opiniões deles nem sempre refletem as minhas opiniões pessoais. Seres humanos não são todos iguais, eu não vou escrever um livro onde todo mundo segue a mesma linha de pensamento, além de chato, isso é irreal. Eu quero ter a liberdade de escrever sobre o que eu quero e abordar diferentes pontos de vista, caso contrário, escrever não fará nenhum sentido para mim. 

Agora, o nosso quadro mais famoso: QUEM, DE QUEM PARA QUEM?







Por favor, não esqueçam de votar e comentar, vamos manter a festa animada e esta autora motivada.

Se tudo der certo e Deus permitir, volto com um novo capítulo no final de semana.

Max e Eliza vibes e videos spoilados - peguem as pistas:

Queijos!

Continue Reading

You'll Also Like

476K 39.1K 121
Ayla Cazarez Mora uma adolescente que é mal vista pelas garotas da sua escola por achar os garotos da escola idiotas e babacas, por mais que sejam bo...
13.8M 848K 69
Mais uma história de amor, ou dor.
32M 1.6M 65
Dois Mundos completamente diferentes, um só destino! Scott Tucker é aquele tipo de garoto do qual qualquer uma baba, um verdadeiro preguiçoso o qu...
Love Sea By ‎

Teen Fiction

6.8K 437 26
Tongrak é um escritor gostosão que está em busca de ideias para terminar seu romance ambientado no lindo mar. Mahasamut, um homem moreno e bonito, te...