Happiness Is a Butterfly ⊱ĭ⊰...

By tinyfeetlouis

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A vida de Louis era organizada e segura. Harry era o oposto disso. Ou Um clichê onde Louis é um ômega tímido... More

AVISOS
Chapter One: Styles
Chapter Two: Tomlinson
Chapter Three: Antonyms
Chapter Four: Cherry Blossom
Chapter Five: Unforgettable
Chapter Six: Assistance
Chapter Seven: Clumsy
Chapter Eight: Protection And Affection
Chapter Nine: Knowledge
Chapter Ten: Ferris Wheel
Chapter Eleven: Hazzy
Chapter Twelve: Suggestion
Chapter Thirteen: Kiss My Fist
Chapter Fourteen: Tastes Like Strawberries
Chapter Fifteen: Libido
Chapter Sixteen: Rebel Kitten
Chapter Seventeen: Rocks At My Window
Chapter Eighteen: Group Fun
Chapter Nineteen: Hazzy's Movie Theater
Chapter Twenty: Freedom
Chapter Twenty One: Gratitude
Chapter Twenty Two: Flaming Desire
Chapter Twenty Three: Plans
Chapter Twenty Four: Valentine
Chapter Twenty Five: Discovery
Chapter Twenty Six: Hissing
Chapter Twenty Seven: Birthday Party
Chapter Twenty Eight: Initiative
Chapter Twenty Nine: Confrontation
Chapter Thirty: Get Free, Get Wild
Chapter Thirty Two: Realization
Chapter Thirty Three: Touch My Soul
Chapter Thirty Four: Changes
Chapter Thirty Five: Feed Your Future
Chapter Thirty Six: Animalistic, pt. I
Chapter Thirty Seven: Animalistic, pt. II
Chapter Thirty Eight: Fairytale

Chapter Thirty One: Next Steps

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By tinyfeetlouis

Inhaiii, butterflies!

GENTE, MUDEI A CAPA!!!! A @aliviada_LS fez pra mim e eu passei muito mal, o que vocês acharam? A lenda foi enterrada, butterflies. Que descanse em paz!

ALIÁS, olhem o desenho que ela fez! ELA TEM FIC, VÃO DAR UMA OLHADA, PLEASE! A gata é multitalento.

Sobre esse capítulo, preparem a playlist ai ai dor / ai ai prazer, porque a transição tá uma loucura KKKKKKKKKKK.

Votem e cada comentário é um real pra pagar a terapia da Jay (SPOILER)!!!!!! Ai papai.

Boa leitura!

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Mais um ser humano deitado em uma maca, mais um ser humano confiando sua vida à Johannah. Os familiares, os amigos, sua própria fé. Todos confiavam na médica-cirurgiã e, pela segunda vez no dia, ela observaria o olhar de decepção e revolta adornar a íris dos desconhecidos quando noticiasse aos demais que uma alma fora retirada da Terra, apenas para passear na imensidão das noites serenas de estrelas. Enquanto ela seria recebida com repúdio, seus próprios olhos encaravam o corpo material em inveja. Se ela pudesse, não hesitaria em trocar de lugar com seu paciente, ela inveja a finitude expressa na silhueta pálida.

Seu trabalho diariamente à demonstrava que o ser humano não era eterno. Seu corpo um dia não existiria mais, entretanto, seus pecados permaneceriam como uma marca. As pessoas são meros desígnios de Deus, mas algumas ações acercam desígnios do Diabo. Na Terra, você decide a quem servir, porém se a sua mente for pertencente do mal e sua alma for divina, o impasse dificulta sua programação. Johannah estava longe da moléstia, mas a moléstia se encaixava sem permissão em si.

Pela primeira vez em sua vida, ela não desejava estar naquele lugar. Ela almejava desparecer de seu refúgio, pois percebe que seu refúgio não mais a protege. Johannah não precisava de uma égide, e sim de um enfrentamento. Mas como se permite a batalha quando em sua mente você assumira a derrota há tempos atrás? A guerra serviria apenas para finalizar uma aniquilação. Ela perdera o controle da vida de seu paciente e, apesar de isto infelizmente ser impossível de evitar, aquela situação em específico a remetera do momento em que seu filhote roubara o restante de limitação que se resguardava nas mãos vulneráveis da ômega. O bisturi em seu tato era impressionantemente incisivo, a recordando de si própria. O material era inútil se não fosse controlado por alguém. Seu corpo significava o objeto, sua mente eram suas mãos. Quando se é comedido por algo nocivo, você se torna o perigo. Contudo, ela fora designada à uma mente que não a agradava, mas que fora imposta.

Em frente à sua casa, dentro de sua Range Rover branca, suas mãos tremem sobre o volante de couro. Eram muitos comandos que seu cérebro conduzia; fugir, gritar, acelerar seu veículo ao máximo. E o mais importante, compreender e aceitar. Estes eram os que Jay mais se opunha. Compreender e aceitar caminhavam ao lado do perdão, realidades que sua mente não gostaria de encarar. Quando você compreende, você aceita, e então, você perdoa. Johannah não queria praticar os dois primeiros passos porque sabia que no final, havia o perdão. E ela não aceitaria perdoar o que a magoara, sua visão estava tão acobertada por mágoa e angústia que ela não enxergava que o perdão não era sobre outra pessoa, mas também sobre si mesma. Se há perdão, há um erro. Ela não poderia errar.

O mundo era macro, Johannah era micro. Seus olhos observavam ao redor em confusão, o universo era grande e perigoso demais, ela andara por ele, sentira na pele. As orbes que um dia foram inocentes, agora carregavam pessimismo. Uma árvore permanecia sendo uma árvore, as flores brotavam e, ao invés de comemorar a vida e o início de um ciclo, Jay temia o momento em que mãos insensíveis a romperia de uma raiz. Flores eram belas, mas se admiradas de longe. Contudo, sempre existirá egoísmo, mãos inclementes que acreditarão que retirar a planta de seu ninho para que seus olhos possam ter a visão privilegiada de uma rosa é o melhor arbítrio. A natureza é uma visão, não uma posse. Assim que se recolhe uma flor, ela morrerá, pois ela não pertence a mãos repudiadas, e sim à vida. Entretanto, Johannah peca em acreditar que não necessita de uma base, além de se esquecer de que rosas possuem espinhos. Belas, mas perigosas quando necessário. Assim eram os ômegas, eram fortes, belos, mas pertenciam. Quando se pertence a algo frutífero, você permanece saudável, permanece vivo. Uma árvore é apenas uma árvore, mas se possuir a beleza das flores, ela diferencia-se.

O ódio subsistir em seu coração era algo que, de certa forma, estava sob controle. O sentimento sobreviveria em seu interior, não necessariamente estaria exposto. Contudo, quando o ódio dispara em sua direção, proveniente de algo que você corporificara, era diferente. Impossível de burlar a perspectiva, era inegável ignorar as palavras. O ódio incorporava de um timbre, muito mais forte do que sua ira consistida em sua alma enferma.

"Eu odeio você".

Mas, o que honestamente você retratava? O que sua totalidade representava para ser propício de fúria? Para Johannah, o sentimento que ela tanto guardava à sete chaves estava sendo verbalizado de volta para si, impossibilitando-a de ignorar a realidade. Precisou o fruto de sua repulsa externar algo que ela mantinha há tempos para que sua consciência se derramasse em veracidade. Doía. Seu instinto batalhava contra seus traumas, e sua mente permanecia no centro, sofrendo por ambas as partes.

Finalmente adentrando sua casa, suas pernas cobertas por uma calça preta social quase fraquejam, assim como sua totalidade sempre fora. Seus cabelos não estão mais arrumados como estiveram em algum momento, seus lábios tremem sutilmente, sua respiração cortante. Seu corpo parece lutar por cada passo, seus músculos pesando o triplo em esforço para exercer uma simples ação como abrir a porta. Mas na realidade, seus músculos aparentavam a proteger, pois se possuísse dificuldade para destrancar a madeira, não se depararia com sua moradia em caos. Novamente, Johannah assimila ambas suas casas como pandemônios. Respirando fundo com suas pálpebras pressionadas firmemente, os ombros magros sobem em uma mudança de postura, uma máscara plantando em seu rosto sôfrego. A submissão sendo mascarada por dominância, a fragilidade mascarada por robustez.

À olho nu, nada mudara no espaço de tempo mediano em que ficara longe de casa. Sua cozinha continha os cacos de vidro, a remetendo de momentos prévios, explicitando o desabamento dos resquícios de sua autoridade, assim como a de seu instinto materno. Ela estava acabada, mas como estaria Louis? Seu filhote, sempre precioso, mas que a remetia de inúmeras lembranças e fantasmas obscuros. A loba-mãe que reside em si necessita de uma conversa com sua consciência e, mesmo que seu egoísmo se esforce em sobrepor, os vestígios de um atrito com seu filho a fazem abaixar a guarda. Seus pés serpenteiam em direção às escadas, seus dedos agarrando fortemente o corrimão, a palma macia queimando sobre a região fria, seu toque oferecendo uma forte fricção em busca de liberar sua ansiedade.

Betty estava presente, os gêmeos estavam presentes, Perrie estava presente. Mas ela se dirigia em destino ao quarto rosa de seu filhote, custe o que custar, ela ainda possuía esperança de encarar os olhos azuis e encontrar na imensidão clara vestígios de amor, ela necessitava comprovar que o que Louis dissera haviam sido apenas falácias. Mas, e as suas? Sua cabeça nega rapidamente, espantando os pensamentos culpados de sua mente. Ela não poderia fraquejar, não agora que teria a oportunidade de resgatar seu controle.

O local está um silêncio, o som de seus sapatos sobre seu carpete caro ecoando pelo ambiente, em um retinir fúnebre. Suas sobrancelhas franzem ao observar a porta aberta do quarto de seu filhote, sua estatura atingindo o final da escadaria. Não havia movimento no interior, nenhum barulho. Ela deveria estar captando a voz alta de Perrie, ou o folhear de páginas de Louis, mas seus ouvidos conquistavam o silêncio, seu coração palpitando em aflição.

Suas pernas aceleram antes de ela perceber, seus pés quase entrelaçando-se em um desastre, as mechas castanhas de seus cabelos passeando pelos ares em desespero. Sua silhueta paralisa em frente à entrada do quarto de Louis, a cama perfeitamente arrumada, a roupa que ele utilizava na última vez que se viram dobrada impecavelmente sobre seus cobertores floridos. Contudo, a presença do ômega era inexistente, assim como a de Perrie. Os olhos exasperados transitam com veemência pelo ambiente, suas mãos apoiando-se no batente da porta como sustentação para seus membros inferiores, que amaçavam falhar.

— L-Louis?! — A voz fraca de Johannah ressoa pelas paredes rosas em um sussurro trêmulo, seus lábios esticando-se em uma careta, demonstrando um desejo de choro. A porta do banheiro do ômega se encontrava aberta, manifestando o óbvio. Louis não estava lá. Louis a desobedecera. Louis fizera suas próprias vontades, ignorando as de sua mãe. Louis fora forte. — Louis! — Um grito desesperado em conjunto com um soluço alto respinga em sons o ambiente, seus ombros encostando-se no batente de madeira, completamente derrotada. Abruptamente, suas pernas não suportam mais carregar não somente o peso de seu corpo, mas também da culpa, finalmente desabando com força no carpete, seu traseiro e suas coxas alcançando a dureza do chão, suas costas apoiadas no batente ao que ela chora alta. Chora firme. Chora por socorro.

A figura de Betty aparece pelo corredor em passos rápidos, seu coração pesando em presenciar a silhueta de Johannah completamente devastada, derramando-se em lágrimas na entrada do quarto de seu filho, que resolvera abandonar seus medos e seguir com seus desejos. Enquanto Tomlinson evoluía, Jay regredia.

— Minha menina... Levante-se daí! — White exclama, suas mãos entrelaçando-se em frente seu corpo, seu pescoço inclinando-se lateralmente em piedade pela imagem. Ao ouvir o som da voz da única pessoa que confiava, o choro de Johannah se intensifica. A idosa caminha rapidamente em direção à mais nova, seu tronco envergando para frente, suas mãos acolhendo os ombros magros e trêmulas da ômega, afagando-os em calma. — Levante-se, vamos para o seu quarto. Precisamos conversar.

Johannah carecia de uma escolta, alguém que assumisse o controle que ela perdera. Ela dominava, mas na realidade almejava se submeter às escolhas certas. Ela intentava ser cuidada, sua natureza clamava por alguém que velasse por si, porque ela não mais conseguia isso. Naquele momento, ela permite que Betty assuma o comando, uma regressão para o momento em que ela fora feliz acontece em sua mente, a infância. Seu eu regredia, não mais se mascarando de coragem, demonstrando fragilidade e expressando um pedido de ajuda.

Lentamente, sua mão esquerda ampara-se nas carinhosas de Betty, a outra apoiando-se no batente, suas pernas fracas esforçando-se para sustentarem seu peso, acreditando que não há nada melhor no momento do que se entregar aos cuidados de White. A idosa era uma beta, não possuía feromônios, mas o calor que emitia de sua áurea era excepcionalmente imperioso e materno. Betty era sua salvação, sempre fora. Jay apenas precisava aceitar.

Seu filho não estava presente, ela não se obrigava a manter sua firmeza, se colocando em um local vulnerável, o qual ela mantinha o ômega. Seu filhote era frágil e cuidado em seus olhos e, de certa forma, ela queria o mesmo para si. Betty a originaria isso.

Seus passos eram amparados por White, a idosa rodeava sua cintura tenramente em direção a seu quarto, o polegar de Betty acariciava a mão sobre o seu ombro, demonstrando que caminhava ao seu lado, mesmo que talvez ela não merecesse. Se a babá não aparecesse, ela permaneceria em prantos na entrada do quarto de Louis, perdendo o restante de sua sanidade. Betty era seu anjo da guarda, desde sempre. E, quando Jay escolhera as sombras, a idosa permanecia a iluminando, mesmo que discretamente. White aguardava um momento em que a ômega pediria sua ajuda, aceitaria seus erros e escolheria a mudança. Talvez esta fosse a oportunidade. Ela segura mais firmemente a mão de Johannah.

No quarto frio e escuro da matriarca, seu corpo dispara na cama enorme de maneira lateral, seu rosto contorcido em choro sufoca-se no travesseiro de plumas, um grito estrondoso rasgando de sua garganta em pura angústia, seus dedos manicurados apertando o objeto, despejando todo o seu ódio. Ódio por ser quem era. Seu escândalo golpeava o travesseiro, ocasionando em um abafo do som. Seu peito ardia, queimava. Ela expelia seu desespero, arranhava o material em fúria. O oxigênio quase não possuía espaço em seu corpo, e Johannah meio que almejava isso.

— Já ouviu a estória da borboleta, minha menina? — A voz doce de Betty ressoa da entrada do cômodo, os passos sutis e leves amassando o carpete. Jay não respondia, apenas soluçava e chorava copiosamente, o travesseiro sendo sua vítima da vez. Sentando-se nos pés da cama, White continua com um suspiro. — Havia uma borboleta em um casulo, ele estava se abrindo. Porém, naturalmente, sua saída demorara horas. Um homem observava, e percebeu o momento em que a borboleta aparentava desistência, o casulo não mais se movia. O homem, sentindo-se tocado, cortou o casulo, liberando a borboleta. Ela era fraca, suas asas murchas. O homem acreditou que ela abriria as asas e voaria, como a bela criação da natureza que era. Mas não. A borboleta passou o restante de sua vida rastejando. Possuía asas, mas elas não funcionavam. — A mão enrugada de Betty apoia-se na panturrilha de Johannah, acariciando o tecido da calça social com seu polegar, assistindo a maneira como a mulher permanecia no mesmo estado. — O homem tentou ajudar, mas não compreendia que o que faria dela a borboleta linda e forte era a dificuldade. Do mesmo modo que acreditamos estar ajudando, na realidade podemos estar causando um sofrimento. — Um sorriso triste estica nos lábios de White, seus olhos marejando sutilmente. — Vejo o Louis como uma borboleta, mas com sorte ele ainda possui forças em suas asas, mas você não era o homem... Você era um casulo, um casulo que necessitava manter a beleza de sua borboleta. Sem ela, você se torna vazia, entretanto, uma borboleta em seu casulo, é apenas uma lagarta. Louis quis lutar por sua beleza, ele evoluiu... Veja, ele voa tão lindamente. Se você permaneceu em um casulo de angústia, não confie em aprisiona-lo para que seu casulo se torne lindo. Ele não ficará belo, apodrecerá junto.

— B-Betty, eu... — A voz chorosa e frágil de Johannah ressoa em resposta, sua garganta dolorida pela força de seu tormento. — Eu disse... Coisas horríveis. E-Ele me odeia. — A última frase se pronuncia em um grito sôfrego, seu rosto completamente avermelhado e em lágrimas denunciando seus sentimentos. Ajeitando sua postura, White retira sua mão da panturrilha de Jay, entrelaçando seus dedos em seu colo. A idosa estava ciente do atrito entre mãe e filho que houvera, mas não sabia dos detalhes.

— Verbalize para mim o que você disse a ele. Repita suas palavras.

A intenção de Betty era conceber culpa à consciência de Jay. Ela conhecia a ômega há anos, esteve ao seu lado desde sempre, estava familiarizada sobre a mulher. A única maneira que Johannah aceitaria sua situação era enfrentando-a, e a idosa estava exausta de compactuar com a angústia e o sofrimento que a mais nova causava em si e a outros. A beta observava durante os anos a maneira como Louis garantia uma super-dependência de sua mãe, mas não sentia que poderia ajudar em muita coisa, já que o ômega aceitava e preferia aquilo. Assim que Tomlinson começara a se libertar, a idosa tinha o dever de assopra-lo ao vento. Ademais, ela não sabe o que faria se o mesmo acontecesse com os gêmeos, ainda que fosse diferente em razão das classes.

Johannah soluçava alto, seu rosto friccionando no travesseiro em negação, as lágrimas e saliva ensopando o tecido macio. Suas mãos apossam-se de seu rosto, ela desejava esconder-se da realidade, não queria verbalizar seu erro, porque não queria demonstrar que errara. Entretanto, ela nunca poderia dominar tudo e, naquele instante, Betty a dominava. Jay vê a idosa como uma mãe, e agora levava bronca como uma filha. Entre seus dedos molhados, a voz chorosa inicia seu arrependimento.

— Eu disse a ele... Verdades. — Johannah inconscientemente tenta amenizar sua própria culpa, como se todo o seu comportamento pudesse ser esclarecido. — Disse que somos fracos, eu disse- — Um soluço estrondoso rasga em sua garganta, a loba-mãe em si enferma em perturbação, negando as palavras lançadas anteriormente. — Eu disse que ele f-foi um erro. — O corpo da ômega tremia violentamente, seus instintos maternos queimando em desaprovação. Era como se todos estivessem contra ela, principalmente seu lobo interior.

— Então quer dizer que seu filhote é um erro... — White inicia, um sorriso tristonho participando de sua expressão facial, a íris sábia passeando pelas paredes brancas do ambiente. — Louis é um erro ou o erro está em seus olhos? — A idosa ignora os soluços quase escandalosos de Jay, levantando-se da cama com um suspiro. Era desgastante. — Você está mexendo com a autoestima de seu filho. Uma coisa é você ouvir alguém que não se importa com você dizer que você é um erro, outra coisa é você ouvir de sua mãe. Você está sendo tão horrível quanto a pessoa que te machucou. — As palavras de White cortavam como lâminas, congelavam pelos ares. Os olhos experientes da beta encontram a figura deitada na cama, a silhueta trêmula e em prantos. Ela quase não sente pena. — Você uma vez foi inocente, uma vítima, mas agora é uma agressora, e eu não vou permitir que isso aconteça embaixo de meus olhos. Acabar com a vida dele não vai trazer a sua de volta, abra os olhos antes que o mundo te devore.

Na mente de Johannah, as palavras da única pessoa que ela confiava penetravam como uma bala em sua consciência. Uma dor de cabeça iniciava, quase tão dolorosa quanto a dor em seu coração. O que ela faria lá? Quando percebe que a única coisa que você tinha sob controle se rebela, sua vida se transforma em desequilíbrio. Ela não sabe como fazer outra coisa que não seja fantasiar domínio, causar dor a quem a amava. Assim como aconteceu consigo. Em um choque pela reflexão, Jay intensifica seu choro ao entender que ela não era mais a adolescente inocente, ela era eles. A coisa que mais a repugnava, ela estava sendo. Louis era o seu eu adolescente, Jay era o trauma que vivera. Os papéis estavam invertidos, e as folhas aparentam de aço, difíceis de serem rasgadas. Há uma longa lista de caligrafia implantada em seus papéis, as letras rebeldes, impossíveis de serem lidas. Sua vida estava uma bagunça, pois ela não conseguia compreender seus próprios sentimentos, as letras embargadas em rabiscos, vermelho sangue. Era um script, ela nunca soube como viver sua própria vida, porque nunca chegou a possuir independência. Ela resolvera então viver a de outra pessoa, a de um agressor, porque era o que ela desejava ter feito no passado. Antigamente, ela necessitava dominar, mas fora fraca demais para isso, resolvendo então praticar isso mais tarde, com Louis. O ômega era fruto de seu trauma, ela agora tinha a chance de proporcionar à pessoa que a fez mal o mesmo que sentira. Era como uma punição para si mesma, uma ingênua adolescente, ao que ela observava suas semelhanças ao ômega, ao mesmo tempo em que era uma punição ao alfa, que a concebeu seu filhote. E neste meio termo, a real pessoa que deveria ser condenada não sentia seu ódio. Ela dominava e causava mal à pessoa errada. Vítimas em guerra.

— Você quer que ele seja você? Como pode desejar isso sendo que nem você quer essa realidade? — Betty continuava, obrigando Johannah à compreender, alimentando a culpa em sua consciência. Era necessário. White espera que seus instintos maternos vençam a batalha, porque ela não deseja participar de uma guerra com o mal. Ela seria o escudo de Jay, mas apenas se ela aceitasse lutar consigo. — Eu disse a ele para ir, e não me arrependo. Você acha justo tratar seu filhote assim? Você vai perdê-lo, você vai perder tudo se continuar neste caminho. Eu sinto vergonha nesse momento, e se permanecer nesta posição, também vai me perder. Você não é uma criança, é uma mãe. Você é médica! Tem noção do quanto você destruiu ele não apenas emocionalmente, mas também fisicamente? Seu filhote é um ômega, é impossível ele continuar uma vida sem contato com a realidade. Ele um dia vai encontrar um alfa, e eu sinto muito pela sua situação, mas ele merece a felicidade. Nem todos são como eles, Jay! Louis não é fraco, e você também não é, mas você escolhe ser. Em troca de que? Onde você vai parar? — O timbre da idosa aumentava, desespero tomando posse de seu ser, como se quisesse enfiar suas atitudes na mente de Johannah. Para si, era horrível estar naquele lugar. Ela amava a mulher como uma filha, porém Louis seria sua prioridade. Você só concebe ajuda se ela for aceita.

— Olhe os seus filhotes, vai fazer a mesma coisa com eles? Eles não têm contato com ninguém, isso não é saudável para crianças, não é saudável para ninguém! — Ao comentar sobre os gêmeos, o estômago da ômega embrulha, seu choro agora em fortes soluços e tremulações. Seus pequenos estavam dormindo em seus quartinhos, ela colocara três vidas no mundo, apenas para os tornarem míseros. Suspirando fundo, Betty se aproxima da mais nova, acomodando-se de um espaço ao lado de Jay. Rapidamente, a mulher se apossa do colo materno de White, sua cabeça deitando-se nas coxas, os dedos da idosa entrelaçando-se em seus cabelos, assim como fizera muitas vezes. Isso remete à Johannah de sua inocência, da época em que seus sentimentos eram intocáveis e puros. Seu choro retorna ao perceber que ela deseja isso novamente. Ela deseja ser boa, porque sabia que teria o colo de Betty, estaria amparada. Era uma vida sem angústia, uma vida livre.

— Como acha que eu me sinto, minha menina? — Uma lágrima despenca dos olhos decepcionadas da beta, a lateral de seus lábios esticando-se para baixo. — Como acha que eu me sinto vendo a minha pequena criança que um dia jurei proteger acabando com a vida de uma criatura inocente? Louis não é seu inimigo, é seu filhote, e te ama. Você sempre foi merecedora de amor, minha menina... Mas por que agora se comporta como se não quisesse? Eu te amo, quero cuidar de você, porém não tenho tanta força assim para cuidar por dois. Você não está sozinha, nunca esteve. Você se fechou para o mundo, mas ele sempre esteve aberto para você. Ele não é preto, ele pode se colorir do modo que você desejar... Por que não escolhe outro pincel, querida? Já basta de tanta tristeza, eu sei que você tem uma alma linda, eu me recordo da maneira como deitávamos antes de dormir e você me contava seus sonhos... Por que parou de segui-los? Ser mãe sempre foi um deles, eu me recordo... Está tão magoada assim que não consegue mais aproveitar seus sonhos? — As lágrimas da idosa pingavam no rosto de Johannah, que chorava copiosamente, as palavras doendo em seu peito, a saudade da facilidade que um dia teve. — Você consegue reverter isso se quiser, eu te ajudarei. Você magoou Louis, uma vida inteira de erros, mas todos merecem uma segunda chance. Porém, se mesmo você ouvindo isso não melhorar, tenha certeza que não vou hesitar em escolher ele ao invés de você. Aceite ajuda, porque você precisa. A força não é uma classe, a força é uma estrutura... Vamos construir juntas, minha menina.

Pela primeira vez em anos, Jay sente esperança. Encarar a realidade era duro, mas necessário. Era difícil, mas seus olhos se abriam lentamente, milimetricamente, e ela entrevia um feixe de luz. Doía entender a si como algo que a mesma odiava. Ela não odiava ômegas, ela odiava não ter tido forças. Fora ensinada por ações que submissão era sinônimo de fraqueza, ela odiava a dominância porque não a tinha. Contudo, uma faísca de entendimento preenche sua reflexão, e ela não tem certeza se sente bem com isso, permitindo ser ajeitada na cama por Betty, que cobria seu corpo trêmulo com o cobertor grosso. Ao seu lado, White ocupa um lugar, oferecendo seu abraço carinhoso e materno, rapidamente sendo preenchido pela silhueta de Johannah. Era impossível batalhar sozinha, mas White sempre esteve lá por si, e não a deixaria cair se a ômega se esforçasse para se manter de pé. Os dedos da idosa afagam os cabelos emaranhados da ômega, ambos os corpos sob o edredom, o peitoral da beta servindo como uma fonte para as lágrimas de Johannah.

— É isso o que acontece quando você aprisiona um pássaro. Na primeira oportunidade, ele vai almejar bater as asas. — Betty inicia, retornando ao assunto sobre Louis, sentindo os dedos de Jay apertarem sua blusa de tricô. — Você vai procurar ajuda profissional, e não vai telefonar para seu filhote. Ele vai aparecer quando se sentir confortável. Ele está seguro, confie em mim. Se você ligar ou brigar com ele, eu te juro que ele não será o único a partir. — As palavras duras da mais velha servem como o domínio que Johannah necessitava e, mesmo que fosse extremamente difícil não correr atrás de Louis, ela sente que não pode abandonar o colo de Betty. O mundo era frio, White era quente. No momento, ela se ampararia da idosa, até que conseguisse sustentar sua própria estrutura psíquica. — Minha menina, minha eterna criança... — Os dedos de Betty acariciam tenramente os cabelos macios da matriarca, ela se sentia como uma, a recordando de seus períodos felizes. Dos lábios da idosa, uma canção de ninar se inicia, o choro fraco de Johannah servindo como uma melodia. O primeiro passo era aceitar, e os pés da ômega lentamente se movimentavam. Talvez tudo ficasse bem.

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Quando o estado onírico se apossa de seu corpo, seus sentidos ainda responderão aos estímulos externos. Seu olfato, tato, paladar podem transmitir algo do mundo externo para o seu mundo interno, alguns sonhos eram frutos disso. Se você sente algo pressionar em seu peitoral durante seu sono, sua mente se inundará com fantasias oníricas de sufocamento, as imagens que se apossará de seus sonhos terá esta ação como foco. Se você sente algo quente perto de sua cabeça, talvez em seu sono você visualize uma casa em chamas. Era possível, os estímulos externos trabalhavam em conjunto com os internos.

O olfato de Louis farejava inconscientemente o ambiente, suas nádegas sendo pressionadas por algo duro sobre as peças íntimas. Lentamente, a figura pequena e doce de Tomlinson estremece em seu sono, seu traseiro impulsionando suavemente na direção do estímulo, suas fantasias oníricas se alimentando da libido. Calmamente, a vigília retorna em si, suas pálpebras harmoniosas abrindo-se, a pouca luz do quarto substituindo a escuridão anterior. Imediatamente, ele entende que está no quarto de seu alfa, havia passado a noite com ele e, como todas as vezes que isso acontecia, ele dormira como uma névoa, mas acordara como um incêndio.

Ambas as silhuetas estavam sob o edredom grosso, os feromônios impregnados no tecido, seu olfato recolhendo o delicioso cheiro. Atrás de si, o alfa dormia serenamente, diferente de uma certa parte de seu corpo. O ômega vestia apenas uma camiseta larga de seu namorado, em conjunto com uma calcinha de algodão com listras suaves, enquanto Harry portava somente uma boxer, esta que se esticava em sobreposição, encontrando o traseiro farto de Tomlinson. O braço direito de Styles rodeava a cintura curvilínea de Louis, demonstrando posse e cuidado, o esquerdo servindo como apoio para a cabeça do ômega.

O menor sentia os feromônios excitados pelas paredes do quarto, não se contendo ao inala-los com paixão, ele adorava aquele cheiro. Lentamente, não querendo acordar seu alfa, seu cotovelo empurra de modo fraco o abdômen definido de Styles, seu tronco virando-se no calor dos braços do tatuado, sorrindo ao perceber que o cacheado agora dormia de barriga para cima, sua íris admirando os quatro mamilos adoráveis. Subitamente, ele sentia calor, o edredom não mais útil para seu corpo, resolvendo retirá-lo de ambas as silhuetas, sua bochecha gordinha apoiada no peitoral forte de seu alfa, jogando a coberta para o pé da cama. Seus olhos curiosos instantaneamente encontram a enorme protuberância na boxer de Harry, as presinhas delicadas apreendendo seu lábio inferior, contendo um sorriso atrevido. Uma ideia danadinha penetra pela sua consciência, se recordando de uma vez em que ele despertara de seu sono, apenas para se liberar nos lábios do alfa, que o chupava com vontade durante seu estado onírico. Aquilo havia sido delicioso, ele resolve proporcionar o mesmo a seu alfa.

Ajeitando-se no colchão, ele se desloca para a coxa esquerda do tatuado, se apossando do local, suas pernas abrindo-se para que ele possa se sentar na região macia do alfa. A íris oceânica brilha em anseio, uma onda de salivação inicia em sua boca, suas nádegas abrigando as primeiras gotas de lubrificação em seu ânus, a calcinha aprisionando seu pênis ereto. A barra da blusa gigante situa-se nas coxas grossas do ômega, seus olhos admirando por alguns segundos o quão sortudo ele era. Na frontal da peça íntima preta do alfa, o pau grosso e grande demonstrava sua virilidade, o tecido fino explicitando o início da linha de sua glande inchada e molhada, o piercing posicionado no topo, acarretando em presinhas mordiscando os lábios finos do ômega. Com seus dedos com unhas coloridas e seu anel de borboleta, o menor encontra o cós da boxer, um sentimento alegre brotando em si, algumas risadinhas sendo contidas. Ele se sentia tão atrevido, iria proporcionar prazer ao seu alfa, da mesma forma que proporcionaria a si mesmo. Ele adorava fazer aquilo.

Vagarosamente, seus dedinhos abaixam a boxer, um pequeno choramingo manhoso libera de sua garganta ao observar o pau venerável de seu namorado saltar em sua barriga máscula, sua boca preenchendo-se em saliva, ansioso para provar o delicioso gosto de seu alfa. Era sua recompensa por ser um bom ômega, afinal. Ele era o único que poderia sentir o sabor forte de Harry, e somente este pensamento aumenta a quantidade de lubrificação expelida em sua calcinha. Se ele era o único, faria isso valer a pena. Seu alfa nunca passaria vontade consigo, porque ele era insaciável. Insaciável em agradar seu alfa.

O tecido da peça íntima suspende-se um pouco acima das bolas de Harry, apenas o seu pau grosso e duro livre, movendo-se involuntariamente, aguardando se aprisionar nos lábios de Louis. No travesseiro, Styles permanecia em um sono pesado, seu peitoral subindo e descendo lentamente. Inclinando seu tronco para baixo, Louis rodeia com veemência a base ereta do alfa com suas mãozinhas, seu próprio pênis formigando em cobiça, seu quadril friccionando sutilmente seu membro pequeno na coxa do alfa, um suspiro trêmulo deixando seu peito, seus cílios oscilando em prazer. Não se contendo mais em sentir o aroma dominante de seu alfa e ao mesmo tempo encarar a argola no topo da glande inchada e molhada, Tomlinson aproxima seus lábios do local, uma pequena risadinha em atrevimento rompendo de suas cordas vocais, e assim que a carne vermelha de seus lábios se fecham na cabecinha pulsante do tatuado, um gemido em deleite entrega vibrações ao pau delicioso, a argola do piercing pressionando em sua língua quente. O abdômen de Styles se mostra definido ao que uma respiração forte se apossa de seus pulmões, o quadril do cacheado inconscientemente empurrando-se em busca de mais da sensação prazerosa em seu sono, um som satisfatório recheando-se nos lábios carnudos de Harry. As pálpebras do ômega se fecham em degustação, sua última visão sendo a tatuagem de borboleta que ele tanto adorava.

As mãos do ômega permanecem no final da base, seus lábios deslizando com experiência na rigidez do local, o piercing raspando em sua língua e, como em uma sincronia, quanto mais pré-gozo liberava da glande inchada de Harry, mais lubrificação expelia da entrada de Tomlinson, seu traseiro empinado para os ares, desejando que a calcinha penetre o centro de suas bandas para que seu ânus sensível sinta alguma fricção, a camiseta caída no final de sua espinha curvada. Sons de umidade e saliva ressoavam pelo quarto, sua garganta lançando alguns barulhos de engasgos sempre que a joia entrava em contato com a região. Mas Louis adorava. Ele sentia que suas cordas vocais serviam para engasgar no pau de seu alfa. E verbalizar o quanto Harry era especial para si.

Abruptamente, os olhos do alfa se arregalam, despertando de seu estado onírico de modo rápido, apenas para refletir se a morte havia chegado para si. Em seu pau, os lábios de seu ômega doce rodeavam com vontade a base, a franjinha caindo nas pálpebras fechadas, as mãozinhas agarrando seu pênis como se fosse um banquete. A finidade havia abeirado, ele abandonara seu quarto apenas para ser recebido nos portões do paraíso. Ele não sabia que anjos poderiam ser pecaminosos, mas observando a maneira como a cabeça de Tomlinson subia e descia em sua virilidade, ele entende que aquele anjo fora feito para si. Ele conseguira corromper uma santidade, porém aquele anjo era seu. Ele era celestial, mas, acima de tudo, ele era o amor de sua vida.

— Porra, gatinho. — Styles geme rouco em razão da falta de utilização de sua voz, sua nuca enfiando-se no travesseiro, a mão direita varrendo a franja repicada para longe dos olhos azuis que se abriam para si. Ele com certeza estava no paraíso, ele compreende isso quando encara o céu em forma de íris. Os gemidos do ômega ao redor de seu pau não restavam dúvidas de que se tratava de uma harmonia sobrenatural. Os lábios de Louis esticam-se minimamente em felicidade por ter seu alfa desperto, as presinhas roçando sutilmente na pele de Styles, arrancando um rosnado do tatuado. — Não pôde nem esperar eu acordar, hm? — Em resposta, o ômega choraminga em seu membro, seu traseiro empinando-se com mais potência, atraindo o olhar faminto do alfa. De onde Harry estava, ele obtinha a maravilhosa visão das bandas fartas do ômega, levemente separadas pela posição, o tecido da calcinha demonstrando uma umidade vasta, ocasionando na língua do alfa passeando em seus lábios carnudos em desejo.

— Meu gatinho é tão egoísta... Preenche a boca com o meu pau e me deixa sem nada. Venha aqui. — Ouvindo a proposta de Harry, o menor franze as sobrancelhas em melancolia, não querendo abandonar o membro do tatuado, seus dedinhos intensificando o agarro na base dura. Com isso, Styles ri grave, seus dedos prendendo o queixo redondo do ômega, obrigando-o a parar com os movimentos. — Eu nunca te proibiria de me chupar, gatinho... Mas também quero te proporcionar prazer. Venha aqui, quero sentir sua bunda gostosa na minha cara, mas você pode continuar com seu trabalho. Você vai gozar na minha língua e nos meus dedos, enquanto eu gozo na sua boca.

Os olhos azuis se arregalam, suas pupilas dilatando em desejo, a entrada melecada piscando em tesão, ansiando pela língua e dedos de seu alfa. Com uma certa velocidade, sua boca libera o pau grosso de Harry, um rastro de saliva interligando o piercing com seus lábios vermelhos, a língua rosada recolhendo os resquícios. Styles estava tão duro e excitado que seu membro não encostava em sua barriga, pendendo no ar de modo pulsante, completamente coberto em saliva. O tatuado instrui o ômega a retirar suas poucas peças de roupa enquanto faz o mesmo com sua boxer, recebendo bochechas coradas e íris brilhantes ao que Tomlinson se despe para o olhar do alfa. Assim que as curvas sublimes do ômega se tornam expostas, Styles ajeita-se no travesseiro, sua nuca apoiada na maciez, as pernas sutilmente abertas de modo relaxado. O pequeno pênis de Louis estava vermelho em repressão de sua libido, a glande molhada com pré-gozo, e o alfa tem certeza de que a parte traseira expelia o dobro de lubrificação, seu pau pulsando em transe.

A mão esquerda de Harry encontra a cintura macia do ômega, puxando-o com delicadeza, o tronco de Louis virando-se, sua perna direita passando por cima do peitoral do alfa, os olhos de esmeralda admirando a visão que possuía. A bunda grande e arrebitada, completamente molhada em lubrificação, reluzindo em contraste com os feixes de luz que advinham do exterior do quarto, penetrados na cortina. Com as pernas abertas e a coluna arqueada, a separação das bandas lubrificadas arrancava um gemido grave do alfa, sua íris seguindo uma gota de lubrificação que escorria em direção às bolas róseas e macias, o líquido ameaçando cair no peitoral do tatuado. Seria um desperdício, ele queria que desmoronasse em sua língua.

As mãos de Harry espalmam na traseira das coxas grossas, empurrando os joelhos do ômega a posicionarem-se na altura de seus cotovelos, consequentemente proporcionando uma grande exposição da entrada do menor em frente a seu rosto admirado, o pênis acomodando-se do peitoral do alfa devido à posição. Os olhos de Styles assistem a entrada rosinha de Louis impelir-se, um pequeno som úmido atingindo seus ouvidos, recorrente do movimento molhado do buraquinho pulsante de Tomlinson. Seu gatinho era sempre tão molhado para ele, demonstrava tão bem o quanto se excitava.

O ômega encara o pau viril do tatuado, suas mãos não demorando a tomá-lo em posse, seus lábios abrigando a glande grossa e flamejante, suas bochechas organizando uma sucção forte, a pontinha da língua rodeando o piercing metálico, recolhendo todos os resquícios do tesão de Harry. Ele havia ficado apenas segundos sem o pau de Styles em sua boca, mas já sentia falta. Um gemido alto atinge sua entrada pulsante, o mesmo som sendo investido ao redor do membro do mais velho. Necessitando de um contato com sua entrada lambuzada de lubrificação, Tomlinson remexe seu quadril, ocasionando em suas bandas grandes balançando na frente de seu alfa, o líquido viscoso de sua libido escorrendo pelas laterais, resultando em um suspiro do ômega pela sensação.

Como uma resposta à suas preces, ele sente a língua firme do alfa espalmar sua entrada, um gemido longo abafado pelo pau em sua boca oferecendo uma vibração aos nervos sensíveis de Harry. Seu quadril inicia uma movimentação sobre o músculo quente de Harry, ondulando-se na língua do tatuado, sentindo os sons de aprovação repercutindo da garganta do mais velho, atingindo com força sua entrada melada. Ele impulsiona seu quadril para frente e para trás, a língua parada, apenas seguindo a locomoção do corpo do ômega, recolhendo a lubrificação, e então encontrando as bolas redondinhas e a base do pênis sensível de Louis, permitindo que o menor utilizasse seu rosto como benefício, gemidos atingindo o anel de músculos apertado de Tomlinson, o mesmo acontecendo em seu pau pulsante ao que o de franja continuava a chupa-lo com um certo desespero, sua garganta agora conseguindo abrigar muito mais do que a primeira vez, mesmo que ainda possuísse dificuldades para acolher a totalidade da extensão. Entretanto, Louis preferia assim. Seu lobo interior entendia que ele pertencia à um alfa que o preencheria completamente, era sinal instintivo. Tomlinson esfregava-se com exasperação, suas nádegas balançando no rosto de Harry, alguns rastros de lubrificação encontrando a pele da face do tatuado, ele se sentia banhado em benção. As mãos do tatuado acompanhavam a movimentação extasiada de Louis, apoiadas em suas coxas grossas, os dedos desfrutando da fartura da carne, apertando-a, proporcionando uma melhor sensação ao menor.

A maneira como Tomlinson arrastava seus lábios inchados pela extensão de seu pau e então retornava à glande e a sugava era magnífico, sua cerejinha aprendia tão bem. Os dedos do ômega rodeavam a base, a saliva possibilitando um fácil deslize e um som molhado alto. A língua quente do menor circulava sua glande, espalmando na joia metálica, intensificando o prazer no corpo do alfa. Tomlinson esfregava-se deliciosamente em sua língua, mas a satisfação libidinal que o alfa sentia era gigante, pela primeira vez ele sentia que poderia gozar antes mesmo do menor. Styles estava tão orgulhoso de seu ômega.

Sua cabeça pende para trás, seu pescoço tatuado inclinado, os lábios carnudos entreabertos e as pálpebras pressionadas fortemente, um gemido longo e alto exalando de sua garganta. Ele aproveitava o prazer que Louis o promovia, aproveitava o quão gostoso seu ômega o chupava, seus dedos longos apertando na carne da coxa dourada do menor. Contudo, Tomlinson sente a falta de estímulo em sua entrada encharcada, suas nádegas balançando como um pedido, as bandas saltando em ondulação, o som de líquido viscoso alcançando os ouvidos do alfa, que abre os olhos, apenas para retornar à fecha-los em luxúria, um rosnado dominante liberando de suas cordas vocais, suas mãos se apossando da fartura úmida, sentindo a lubrificação em contato com seu tato. Lutando contra seu egoísmo, Styles retorna a admirar a abundância de sua sorte, sentindo a glande melecada de Louis esfregar-se em seu peitoral, pincelando a pele tatuada com seu pré-gozo. Harry nunca se sentiu tão valioso, gostaria de poder substituir suas tatuagens pelos rastros de libido que Tomlinson pousava em si com seu pênis. A cintura do menor movimenta-se de modo giratório, proporcionando uma pequena fricção em sua glande inchadinha. Tudo isso, e não tirava o pau de seu alfa da boca. Harry sempre soube que Louis seria perfeito para si.

Subitamente, o ômega sente o indicador de Styles rodear sua entrada, seus movimentos rotatórios estagnando, seu traseiro empinando em direção ao toque. O dedo proporcionava um barulho molhado, o deslize ao redor facilitado pela quantidade de lubrificação. Os lábios carnudos do alfa encontram a banda esquerda do menor, iniciando um beijo caloroso no local, seus olhos fechados, sentindo o doce da lubrificação que havia escorrido, como uma cachoeira paradisíaca. A ponta de seu dedo penetra em provocação o anel de músculos de Louis, a entrada apertando-se no digito, como se pedisse para nunca o retirar de lá. Styles resolve agradar seu gatinho, principalmente pelo fato de Tomlinson estar chupando seu pau como um propósito, os lábios aveludados passeando pela extensão longa, barulhos de engasgo, saliva acumulada e gemidos ressoando pelo ambiente.

O indicador do alfa desliza pelas paredes aveludadas de Louis, arrepios implantando-se na pele bronzeada do ômega ao que sua boca abandona o pau grosso, seus lábios pressionados juntos na glande sensível, em um biquinho manhoso, um choramingo lutando por liberdade, os lábios inchadinhos favorecendo uma vibração extrema pelo piercing do alfa, a curvatura de sua espinha incrivelmente ondulada, a cabeça de seu pênis rosado acariciando quase em timidez o peitoral do tatuado, uma gota de pré-gozo facilitando uma fricção sutil.

As mãozinhas de Tomlinson desamparam a extensão dura, o pênis grande atingindo o abdômen em um baque molhado. Louis apoia ambas as mãos na pélvis de Harry, seu tronco erguendo-se, seu traseiro completamente empinado no ar, sua entrada implorando por um movimento, ao redor de seu ânus latejava em desespero. Ele sentira tanta falta daquele estímulo, recordando-se da maneira como ele se apertou ao redor dos dedos longos do alfa, e gozara gostoso. Seu lobo interior remexe-se em êxtase, desejando uma repetição da sensação de estar nas nuvens. Com o auxílio de suas mãozinhas apoiadas na pélvis de Harry, o ômega força suas coxas a trabalharem, seu pescoço exposto para os ares ao que sua franja repicada pende, seus lábios inchados e carmins lançando gemidos finos e longos no ambiente, seu quadril iniciando uma cavalgada sobre o indicador do alfa, suas nádegas pulando pela movimentação ao redor da mão de Styles, seus dedinhos fincando-se na pele do tatuado, a pontinha esbranquiçada pela pressão. O cacheado observava tudo com os lábios entreabertos e as sobrancelhas franzidas em prazer, sua mão impulsionando-se em conjunto com a bunda do ômega, causando um estímulo em dobro. Sempre que as bandas saltitavam, um som molhado ecoava pelo ambiente, era como se elas aplaudissem o prazer que Harry proporcionava para si. O alfa se sentia ovacionado.

A lubrificação extrema iniciava uma trilha pela mão do tatuado, passeando pelos seus anéis, o barulho úmido quase tão alto quanto os gritinhos emitidos pelo ômega. O pênis vermelho de Louis curvava lindamente no ar, as partículas de pré-gozo escorrendo pela curta extensão, encontrando suas bolas macias. Tomlinson estava tão duro que seu membro mal balançava quando ele cavalgava no digito de Harry.

Subitamente, Styles retira seu indicador do aperto macio, um miadinho manhoso expelindo dos lábios entreabertos de Louis, seu quadril perseguindo o toque, friccionando seu pênis molhado no peitoral do alfa, empinando seu traseiro como exposição e convite ao tatuado. Um tapa estalado em sua nádega direita o faz quase se posicionar de quatro sobre o cacheado, tamanho prazer que sentira no momento, um gritinho afeminado rasgando em sua garganta, seguido de um soluço sôfrego, seus braços não resistindo ao esforço, o tronco curvilíneo despencando no abdômen definido de Harry, seu rosto pousado ao lado do pau grosso do alfa, seus olhos seguindo a movimentação da pulsão que o membro fazia em tesão, saliva iniciando uma grande abundância em sua boca.

— Você está muito egoísta hoje, gatinho... Implorou como uma puta pra chupar meu pau, e agora só pensa em rebolar no meu dedo? — Ao mencionar o palavreado sujo, as pálpebras de Tomlinson se fecham com força, pequenas gotículas de lágrimas umedecendo seus cílios ao que ele sente uma forte onda de excitação acobertar seu corpo, um choramingo submisso atingindo na lateral do pau duro de seu alfa. Um outro tapa é acertado em sua banda direita, um choro alto ecoando da garganta de Louis, suas bolas comprimindo com força, em um quase orgasmo, suas nádegas iniciando uma tremulação pelo tesão, sua entrada abrindo e fechando ao redor do nada, convidando o alfa a desfrutar de si, um som molhado advindo da região, o pênis sutilmente friccionando-se na pele de Harry. — Você vai me chupar gostoso, e se você tirar essa boquinha insaciável de mim, eu não vou te fazer gozar. Você não quer isso, certo? Logo você, que na primeira oportunidade está abrindo as pernas pro seu alfa, como uma putinha necessita- Louis, porra!

Com apenas as palavras baixas e a pequena estimulação em seu pênis, o ômega está gritando sobre o alfa, pequenos jatos de orgasmo jorrando de sua glande, sua mão direita agarrando a base do pau de seu namorado como apoio, suas coxas e bunda tremendo violentamente, seu membro pequeno lambuzado em luxúria, as pálpebras pressionadas juntas, uma lágrima solitária derramando-se pela pele dourada, alcançando o corpo de Harry.

— Merda, Louis. — Styles rosna alto, seus dedos pressionando com força nas nádegas trêmulas de Louis, sentindo o líquido da lubrificação molhar seus dígitos. A entrada rosa do menor piscava em sua direção, quase dolorosamente. Sem pensar duas vezes, Styles insere dois dedos até o final no ânus encharcado, sorrindo cafajeste ao ouvir o choro alto de Louis, a lubrificação encharcando ao redor de seus dedos, trilhando um desmoronamento pelo local. — Um dia eu vou te fazer gozar tantas vezes que você vai pedir para eu parar. Isso seria inédito, hm? Já que você quer tanto... Vou te dar. Chupa a porra do meu pau, gatinho. — Com um tapa forte na nádega esquerda, Tomlinson soluça alto, seus lábios fechando-se na lateral da extensão dura do alfa, seus dedos friccionando caoticamente o membro pulsante, sua língua lambendo a base, seu rosto deitado na pélvis do alfa, a bunda grande e avermelhada envergada nos dedos de Harry, suas coxas grossas tremendo pela estimulação, querendo nada mais do que se forçar sobre os dígitos.

A língua quente de Styles encontra um espaço entre seus dedos, enquanto sua outra mão apoiava-se na coxa esquerda, seu polegar acariciando a pele de modo tenro, como se dissesse que está tudo bem. O som de umidade somente incrementava o tesão entre os corpos, Tomlinson retornando sua boca na glande, sugando com vontade a região, suas papilas gustativas em êxtase ao sentir o forte sabor de seu alfa. O quadril do tatuado inicia um movimento de impulso, introduzindo seu pau na garganta de Louis, que gemia e soluçava ao redor da extensão, o piercing forçando-se em sua garganta, sua entrada pulsando sobre os dedos de Harry, a mão do alfa completamente encharcada pela lubrificação e saliva, o pênis lambuzado em orgasmo completamente duro no peitoral de Styles, alguns resquícios derramando-se na lateral do alfa.

O tatuado sabe exatamente o que fazer ao sentir suas bolas comprimirem em necessidade de liberação, a glande inchada e dolorida sendo sugada com força pelo ômega. Louis queria tanto ser bom, se esforçava tanto. Curvando seus dígitos, ele atinge com força a próstata de Tomlinson, imediatamente um soluço alto atinge seu pau, uma abundância de lubrificação encontrando seu paladar, ocasionando em um rosnado de seu interior. Tomlinson estagna seus movimentos no membro do tatuado, mas permanece com os lábios ao redor, uma sequência de gemidos finos e abafados vibrando pela extensão do alfa, lágrimas desmoronando dos olhos azuis do ômega, seu corpo curvilíneo retomando à tremulação. Com mais alguns golpes em sua próstata e lambidinhas em sua entrada, sua espinha curva-se como uma onda de prazer, seu pênis sensível expelindo com força jatos de orgasmo de seu interior, acobertando a extensão com o líquido espesso, derramando-se no corpo de Styles. Louis expelia líquido de todas as partes de seu corpo. Os dígitos do tatuado continuam a acariciar sua próstata, prolongando seu orgasmo extremo, o quadril do alfa impulsionando-se em sua garganta, calando seus gemidos altos e sôfregos com seu pau, substituindo-o com sonoros de engasgo. Contudo, o menor não queria ser um ômega ruim, além de querer sentir o gosto de seu alfa em sua boca. Seria sua recompensa final.

Os dedos do tatuado abandonam o interior da entrada gostosa do ômega, sua nuca descansando no travesseiro, seus dígitos e rosto completamente lambuzados, um barulho alto de umidade ecoando pelo ambiente, em conjunto com um soluço sôfrego de Louis por perder seu preenchimento, seu anel de músculos vermelho e inchadinho piscando ao redor do vazio. As mãos do tatuado apoiam-se nas coxas douradas de Tomlinson, lambuzando-as com os resquícios da lubrificação. O ômega continua a chupar com vontade o pau de seu alfa, as presinhas roçando prazerosamente na glande latejante, Harry pulsava em sua língua.

— Caralho... Eu vou gozar. — Styles anuncia, sentindo a queimação em sua pélvis, aguardando o momento em que Tomlinson abandonaria seu pau e finalizaria com sua mão, para que seu nó não se formasse. Contudo, Tomlinson não libera seu pênis do interior de sua boca, suas bochechas trabalhando em uma sucção forte, desejando sentir o orgasmo do tatuado em seu paladar. Com um rosnado alto, Styles alcança os cabelos macios da nuca do menor com sua mão direita, forçando o ômega a envergar seu pescoço, abandonando seu pau duro. Choramingando alto em melancolia e pela queimação em seu couro cabeludo, o ômega arregala seus olhos ao sentir gotas do esperma de Harry atingir seu rosto, seus lábios abertos em esperança, a língua exposta. Atrás de si, o tatuado gemia grave, intensificando seu aperto nas madeixas de Tomlinson, ocasionando surpreendentemente em uma empinada no traseiro rechonchudo, as bandas balançando involuntariamente.

Assim que seu ápice finaliza, Harry libera os fios castanhos do ômega, uma risada pequena expelindo de seus lábios ao perceber que o menor recolhia os resquícios de seu orgasmo com a língua, sempre choramingando em deleite ao sentir o gozo em contato com seu paladar. Céus, seu gatinho era realmente insaciável. Selando carinhosamente cada banda molhada e vermelha de Tomlinson, ele despenca sua cabeça no travesseiro, fechando os olhos em deleite ao sentir o ômega fazer o mesmo sobre seu tronco.

— Tá vendo? Eu também posso te proporcionar um café da manhã na cama.

As risadinhas atrevidas de Louis aquecem seu coração.

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— Sabia que o nome da posição que fizemos hoje se chama 69? Você não tem ideia do quanto eu me segurava pra não fazer nenhum trocadilho sobre isso quando a gente estudava na casa da Perrie. — Styles menciona, uma risada divertida demonstrando sua felicidade ao se recordar dos momentos em que repassava várias cantadas para Louis sobre as matérias. As bochechas do ômega instantaneamente se enrubescem, algumas bolinhas de sabão grudadas em seu rosto e cabelo.

O casal estava dentro da banheira do alfa, as costas de Harry encostadas de um lado, enquanto seu gatinho cheiroso se escorava no local oposto. Após o orgasmo que liberaram, Styles não hesitou em carregar a silhueta divina de Louis em seu colo até o banheiro, preparando um delicioso banho de banheira, com bath bomb em formato de cupcake que havia adquirido especialmente para observar o brilho animado nos olhos de Tomlinson. Os dedos do alfa massageavam o pezinho esquerdo do menor, os dedinhos sobrepostos na água, encostados no peitoral forte de Harry.

— Seu pezinho é a coisa mais linda, sabia? Seus dedinhos parecem um grupo de cerejinhas. — O alfa comenta, suas covinhas profundas em seu rosto, seus lábios pressionando um beijo sutil no mindinho de Louis, recebendo uma risadinha como resposta, os dedos se remexendo em cócegas, as unhas lindamente pintadas em rosa. Todavia, o sorriso de Harry desaparece, suas sobrancelhas franzindo em reflexão. — Eu quero conversar com você sério agora, tudo bem? Quero que você seja completamente honesto comigo.

As pálpebras do ômega se arregalam levemente, um biquinho salientando seus lábios, um acúmulo de espuma na ponta de seu nariz de botão o deixando adorável, ocasionando em uma risada apaixonada do alfa, que continuava a massagear seu pezinho macio.

— Durante nossas preliminares, eu usei algumas palavras baixas com você. Te chamei de algo bem explícito e, mesmo que eu tenha percebido que você gostou pelo modo que gozou com isso- — Styles interrompe seu próprio discurso ao gargalhar alto da reação de Louis, o tronco do ômega mergulhando na água colorida da banheira, apenas seu nariz e o restante superior exibindo-se para os olhos encantados de Harry, as bochechas misturando-se com a coloração rósea do bath bomb. — Não precisa ter vergonha, gatinho... Mas eu queria ter certeza da sua opinião sobre. Obviamente eu não quis dizer de um modo pejorativo, é apenas o calor do momento, é comum usarmos esses termos. Porém, eu quero conversar com você sobre isso. O que você achou? Me conta seus sentimentos... — Os olhos azuis de Tomlinson encaram a água carmim, sua postura ajeitando-se para que seus lábios ressurjam da profundidade do líquido, as maçãs do rosto completamente enrubescidas em constrangimento, os cílios longos trêmulos em acanhamento. Todavia, ele se sentia importante e ouvido. Harry sempre cuidava tão bem dele.

— Eu... Gostei. — A voz do ômega exala timidez em um sussurro, seus dedinhos brincando com uma espuma flutuante, não encarando o olhar compreensivo do namorado. — Na hora eu gostei, porque... E-Eu senti que era de um jeito bom... Você fala palavras feias naqueles momentos e eu g-gosto porque me agrada te agradar. Mas... Agora, eu prefiro quando você me chama de gatinho e cerejinha... Não quero que você use aquelas palavras comigo agora, eu só quero ser seu gatinho. — Styles precisou utilizar toda a sua potência auditiva para compreender, porém no final, um sorriso gigante toma conta de seu rosto másculo, as covinhas profundas.

— Obrigado por compartilhar isso comigo, gatinho. Eu nunca usaria essas palavras com você fora de um ato sexual. — Harry explica, recebendo um aceno tímido de Louis, os dedinhos brincando com a água, empurrando-a para o alfa. — Mas eu também tenho outra uma coisa muito importante pra conversar com você... — O comentário atrai os olhos curiosos de Tomlinson, os dedos do tatuado continuando a massagear seu pezinho doce. — Você sabe que alfas passam por ruts de seis em seis meses, certo? Sua escola te ensinou isso?

— Uhm, sim... Isso é o básico, eu aprendi. Na minha escola, eles enviam uma carta de autorização para os pais para ensinar sobre coisas mais... Profundas, minha mãe nunca assinava... Mas isso eles ensinaram. — Tomlinson explica. Como se tratava de uma escola de elite e haviam pais extremamente conservadores, eles enviavam uma carta de autorização, mas o ômega nunca se interessou antigamente, vivia às custas das escolhas de sua mãe, confiava cegamente nela. Se Johannah acreditava que ensinar sobre como colocar uma camisinha era desnecessário, ele apenas aceitaria.

— Hm, será que eu deveria ter enviado uma carta pra ela? "Peço permissão para ensinar a seu filho os prazeres de sentir a minha língua na-

— Hazzy! — Uma pequena onda de água atinge o rosto de Harry, seus olhos fechando-se em diversão, uma risada alta ecoando de seu interior.

— Estou brincando, gatinho. — Styles pousa um outro selinho nos dedinhos do ômega, admirando a tonalidade das bochechas do mais novo. — Falando sério agora... O meu último rut aconteceu há cinco meses atrás, daqui um mês ele vai acontecer novamente... — A sobrancelha esquerda do tatuado inclina-se para cima, insinuando o que gostaria de dizer ao menor, sentindo-se aliviado ao notar o arregalar dos olhos de Louis, os cílios longos piscando múltiplas vezes em surpresa.

— Antes que você diga algo, quero avisar que você não tem obrigação nenhuma de me acompanhar, se você decidir que não quer, passarei sozinho. Porém, eu também não reclamaria se você aceitasse... — Styles direciona um sorriso cafajeste da direção do ômega, rindo quando o menor cora mais intensamente. — O meu lobo interior te reconhece como meu parceiro, vai ser mais difícil me controlar. Eu nunca passei um rut sozinho, mas se você não estiver pronto, eu aguento. Neste momento, os meus instintos tomam conta de mim, e se você passar comigo, só vou querer te dominar e te encher de filhotes, você teria que se submeter completamente e garantir que eu tome meus supressores. Basicamente, vamos cuidar um do outro. — O ômega ouvia tudo atentamente, seus olhos levemente arregalados em ansiedade, sua mente trabalhando sua imaginação, as presinhas peroladas apreendendo seu lábio inferior ao refletir como seria estar preenchido com filhotes de seu alfa. — O meu rut dura três dias, o primeiro é o pior de todos. Estou te dizendo essas coisas porque quero saber sua opinião... Sei que nunca transamos, e se você aceitasse, eu gostaria de te tomar com carinho antes desse período, iria demonstrar toda a minha paixão por você, te acostumar. Porém, se lembre que você não é obrigado a isso, eu esperaria o necessário para ter você completamente.

Um silêncio se instala no ambiente, mas na mente de Louis havia apenas gritaria. Seu lobo interior implorava para ele aceitar, porém, ele também queria. Não eram apenas instintos, Tomlinson desejava isso. Um biquinho salienta em seus lábios ao saber que seu namorado havia sido acompanhado em outros momentos por desconhecidos, ele queria marcar seu território. Perder a virgindade era algo gigante ao ver do ômega, mas é impossível negar o seu desejo sobre isso. Ele tinha medo de como seria, mas Harry era seu porto-seguro. Styles cuidava dele tão bem, o proporcionava o ápice do prazer, tanto em questões sexuais quanto com apenas um olhar.

— Eu quero.

As palavras soavam certas, como se fosse a maior certeza de sua vida. E era. Ele poderia ter seus receios, mas estava ciente de que não se arrependeria nem por um instante. Se ele passaria a eternidade ao lado do alfa, por que não se entregar? Ele se sentia como um diamante nas mãos do tatuado, e diamantes eram quase impossíveis de serem quebrados. Eles estavam juntos nessa, juntos nessa vida, para sempre. O ômega inconscientemente sempre sonhara com uma primeira vez espetacular, e isso aconteceu em seu primeiro encontro, em seu primeiro beijo, em sua primeira experiência sexual. Não há dúvidas de que aconteceria o mesmo nos momentos seguintes. Seu corpo era de Harry, assim como sua alma. Era seu dever e seu desejo entregar-se ao alfa.

Os olhos do tatuado se arregalam, não esperando uma resposta tão rápida e certa. A lateral de seus lábios se esticam em deleite, seus dentes mordendo os dedinhos do pé do ômega em brincadeira, arrancando uma risadinha tímida, o pezinho lutando por liberdade, a água balançando em ondas nas laterais.

— Vou fazer amorzinho bem gostoso com você, meu gatinho cheiroso. — Styles pisca um de seus olhos de modo maroto, rindo quando as bochechas carmins flamejam a sua frente, relembrando a maneira como o ômega se referia à transa.

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Quando a hora de partir chega, Louis cogita se enfiar debaixo das roupas do alfa e nunca sair de lá. Anne e Des, como sempre, quase deram uma festa ao ver o genro presente, a ômega precisando conter algumas piadinhas sobre os sons que ouvira na manhã, mas não escondia seu olhar sábio da visão de Harry, que ria orgulhoso, afundando seu nariz no pescoço cheiroso do mais novo. Tomlinson se juntara ao almoço, aproveitando seus últimos momentos antes de encarar sua realidade e, provavelmente, ouvir a maior bronca de sua vida. Honestamente, ele se surpreende ao perceber que não sentia medo do que aconteceria. Ele não estava nervoso sobre o futuro. Harry o dera tanta segurança que ele não conseguia não acreditar que tudo daria certo. Ele não estava sozinho. O alfa jurara novamente de dedinho que nada os separaria, e o ômega sempre foi um grande fiel sobre as juras de dedinho.

Anne havia se encarregado de levar o menor até sua casa, Tomlinson tomara um segundo banho no chuveiro de Anne para que o perfume do alfa não permanecesse o aromatizando, sabia que seria um grande risco se Johannah infiltrasse os feromônios de Harry. Abandonando a residência dos Styles, a expressão do ômega decai, seu rosto acomodado na janela de vidro, as paisagens passando rapidamente pela sua visão ao que Anne apoiava sua mão direita em sua coxa grossa, acariciando a pele de maneira tenra. Era completamente diferente de quando Jay o buscava da escola e fazia o mesmo. Assim que seu corpo cabisbaixo se despede da mulher, ele recebe um beijo em sua testa e palavras esperançosas, suspirando fundo ao adentrar sua casa.

Seus olhos instantaneamente encontram a figura de Johannah acomodada no sofá da sala, os gêmeos em seu colo ao que Betty movimentava seus ombros com o musical do filme Moana, um balde de pipoca ocupando o centro de seus corpos. A matriarca rapidamente arregala as pálpebras, seu nariz respirando o aroma de um ômega desconhecido que exalava do corpo do menor, seu peito ardendo em angústia, os dedos apertando-se ao redor das pernas gordinhas de Doris. Louis estava completamente diferente. Ele era pequeno, mas aparentava gigante. Seu narizinho empinado, os lábios pressionados juntos em aversão. O menor não sentia nada além de repulsa pela jovem mulher.

— Oh, querido, você chegou! Se divertiu bastante? — White se levanta rapidamente do sofá, abrindo os braços e acomodando a silhueta do ômega, ocasionando em um instantâneo relaxamento dos músculos. — Não se preocupe, tenho tudo sob controle. — A idosa sussurra em seu ouvido, afagando suas costas com a palma da mão. Se afastando minimamente de Louis, Betty continua em um tom animado. — Quer se juntar a nós, querido? Estamos assistindo Moana, Jay conseguiu uma folga hoje do hospital.

No sofá, as sobrancelhas da ômega franzem em melancolia, observando a feição dura de seu filhote. Ela merecia aquilo, estava ciente disso. Mas seu lado egoísta proporcionava uma dor forte em seu ego, sabendo que Louis havia a desobedecido e não fazia questão de se desculpar. O olhar intenso de Betty a relembra da conversa, seu rosto caindo em constrangimento, sua perna direita saltitando para que Doris pule divertidamente em seu colo. As lágrimas lutam por liberdade, mas ela não queria parecer mais fraca do que já era.

— Eu posso ir pro meu quarto? — A voz que em um momento fora extremamente frágil, agora verbalizava de modo baixo, mas certo. Ouvindo as palavras, Johannah sente uma lágrima derramar-se em seu rosto, Ernest virando em seu colo para observar sua mamãe, sua mãozinha gorda batendo no rosto da mulher como uma forma de carícia, mas que mais se assemelhava a um tapa, arrancando um pequeno sorriso de Jay. Talvez ela realmente merecesse a dor, e não o carinho.

— Claro, querido. Me chame se precisar de algo. — Betty pisca um de seus olhos em direção ao ômega, observando tristemente a maneira como seus pezinhos vagam rapidamente até as escadas. Retornando ao sofá, a idosa pousa um beijo casto no topo das madeixas de Jay, um início de choro ardendo no peito da matriarca, que deita sua cabeça no ombro da idosa, seus filhotes a encarando em confusão, balbuciando algumas frases incompreensíveis. — Minha menina, você sabe que será assim por um tempo... Que isso sirva de lição.

Haviam similaridades entre mãe e filho. Louis chorara de prazer, Johannah chorara de angústia. Louis se rebelava contra sua mãe, Johannah se rebelava contra seus monstros. Louis tinha Harry, Johannah tinha Betty.

No final, tudo se interligava, mesmo que negativamente. A ômega se sentia culpada, mas o carinho de White servia como uma ponte para a liberdade, assim como o mesmo acontecera entre Harry e Louis. Antigamente, Jay não queria andar na direção certa, porque para seguir na direção correta, era necessário lutar contra seus medos, só assim você se torna forte. Jay tinha medo, Jay era egoísta. Contudo, em algum momento o caminho errado fica muito escuro para perseguir, ela estava cega. Cega de ódio, cega de culpa, cega de tristeza. Entretanto, a ajuda existia, a luz brilhava, ela só precisa mudar sua direção. A trilha em que caminhava, no final, não havia seus filhotes, não havia Betty e, o pior de tudo, não havia vida. Dois caminhos, um claro e um escuro. Naquele momento, ela se permitia ser puxava pela idosa, porque seus pés não aceitariam jornadear sozinhos. White sabia a direção, e estava disposta a ampara-la.

Em seu quarto, o ômega contava à Harry deste momento. Sua rocha o parabenizava, o dizia o quão forte ele era. Como em toda jura de dedinho, essa também se concretizaria.


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Gente, VAMOS CONVERSAR! Não sei se consegui transmitir o que rolou, mas tipo, Jay meio que vai precisar que alguém tome partido por ela, sabe? Porque ela vai abaixar a guarda, não é forte sozinha, etc. Se vocês estiverem com alguma dúvida, falem aqui que eu tiro tentar ao máximo! O QUE ACHARAM DO CAPÍTULO?

Sobre o ensino sobre os babados da putaria na escola, isso é literalmente real, a escola particular da minha irmã era assim, mandava bilhete perguntando se podia passar isso, então não se assustem! KKKKKKKKKKK. (Libera o kit gay Bolsonaro! Aloka).

ALGUÉM VAI DAR O CUZINHOOOOOOOOOOOOO e não sou eu, infelizmente!!!! ): aloooka. Porém, sobre isso, queria a opinião SINCERA de vocês. Hoje recebi uma crítica construtiva e gostei muito da sinceridade, quero saber de vocês também. Vocês acham que está tendo smut demais? Por favor me falem, não vou ficar chateada, pelo amor de Deeeeeeeus!

Acho que o momento mais esperado da fic nem vai ser o Louis bicho piruleta, e sim Jay na terapia. Enfim, ainda planejo fazer um capítulo pra contar o passado da Tulla Luana nossa webdiva.

ÚLTIMA COISA: agora os personagens também tem Twitter, mas só será usado para interação no dia que tiver att. @harryhiab; @louishiab; @liamhiab; @zaynhiab; @perriehiab; @niallhiab; @annedeshiab; @bettyhiab

ENFIM GENTE ACHO QUE É ISSO! Espero que tenham gostado do smut, do babado da Jay, do Louis todo "vagabundaaaaaa vou pro meu quarto!". Novamente, muito obrigada pelo apoio, eu literalmente daria um rim pra vocês, mas eu só tenho dois!!!! Amo vocês!

tt: @tinyfeetlouis_

Até logo! <3

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