meu livro de fetiches. 📚 - M...

By hancria

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Onde Lee Minho tinha um diário um tanto... peculiar. ou Onde Han Jisung descobre que seu colega de quarto da... More

Prólogo: meu colega de quarto, Han Jisung
Capítulo 1: como eu criei o livro de fetiches
capítulo 2: o incrível dia no shopping ou algo assim
capítulo 3: minha dignidade à prova e um fetiche estranho
Capítulo 4: meus amigos e os amigos dele
Capítulo 5: querido diário otário.
Capítulo 6: edição especial- ChangLix!
Capítulo 7: querido diário otário.
Capítulo 8: edição especial;; Felix!
Capítulo 9: eu sabia
Capítulo 11: querido diário otário.
Capítulo 12: edição especial- Han Jisung!
Capítulo 13: continuação da edição especial;; Han Jisung!
Capítulo 14: precisamos conversar
Capítulo 15: culpa, culpa e mais culpa
Han Jisung.
capítulo extra: sobre ChangLix
fim.
Epílogo.
extra 2: o dia em que Jisung beijou o Jeongin
fim, definitivamente o fim (1 ano)

extra: sobre seungchan

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By hancria

As vezes eu acho que o Christopher e eu somos como duas crianças. De verdade.

Quer dizer, não é segredo pra ninguém que ele é um crianção, mas... EU? Sério?

Sempre me considerei maduro demais pra minha idade. Sempre.
Desde que descobri que a minha irmã mais velha tinha leucemia, eu tive que ser o pilar emocional da minha família — eu tinha que ser a esperança deles.

Nunca me dei ao luxo de ter relacionamentos sérios (de amizade ou romanticos); nunca me dei ao luxo de pensar em ter alguém com quem compartilhar tudo que eu sempre tive que aguentar calado. Eu não sou egoísta ao ponto de querer que uma pessoa passe pelo que eu passei.

E... não me entenda mal, não é culpa dos meus pais. Eu acho que eles nem percebiam que eu me colocava nessa situação.
Eu escolhi isso. Eu escolhi ser a força deles. Eu quis deixar a minha infância e parte da minha adolescência pra trás pra dar esperança a eles.

Sempre fui um garoto muito tímido e introvertido.
Eu não falava com quase ninguém na escola, não achava que merecia isso, até conhecer Felix.

Felix, com toda certeza, foi o meu primeiro amor. Eu nunca vou lhe tirar os créditos por isso.
Nunca mesmo.

Ele foi meu primeiro melhor amigo e a principal razão pela qual eu quis desistir daquela ideia maluca de deixar meus sonhos de lado e não fazer faculdade.

Minha irmã morreu naquele mesmo ano... Ela não conseguiu um transplante e a doença já havia se alastrado muito, seria um milagre se ela se salvasse.

Por fora, eu não demonstrei nada. Não podia, precisava ser forte.
Mas por dentro, eu só queria gritar e chorar até perder a voz.

Minha irmã sempre foi minha melhor amiga e ver sua vida escorrendo pelos meus dedos, me quebrou.

E, quando eu não tinha mais ninguém ali; quando me vi desamparado e sozinho em um mundo em que eu precisava ser o protagonista perfeito — mesmo não tendo psicológico pra isso —, ele apareceu.

Felix me fez tão bem. Tão bem.
Eu me apaixonei por ele, mas não queria. Eu não podia, eu não queria, eu não conseguia.

Eu estava muito mal comigo mesmo naquela época e não conseguia fazer isso com ele, eu seria idiota demais se arrastasse Felix para o mesmo buraco em que estava.

Então... mais uma vez, me vi sozinho. Sozinho e desamparado.

Mas agora com uma motivação.

Uma semana depois que... bem, aquilo aconteceu com a minha irmã... nós fomos retirar as coisas dela do hospital. Muita burocracia.

Eu estava com vontade de chorar, mas não ia fazer isso perto dos meus pais.

Então eu consegui entrar no quarto sem ninguem ver.
Sentei naquela maca enorme em que ela passou os últimos dias de sua vida, sorrindo triste ao perceber que seu cheiro ainda estava ali: misturado com o de remédios e aquele odor horrível de hospital. Mas ainda era o cheiro dela.

Sorri, lembrando de seu sorriso.
Sorri com o pensamento de que Felix iria amar conhecê-la. Eles seriam ótimos amigos.

Soltei uma risadinha fraca, que soou como um soluço, quando eu percebi que estava chorando.

Deus, Yeeun... eu sinto sua falta. Eu sinto tanto a sua falta.

Resolvi já ir pegando suas coisas, pra facilitar as coisas para os meus pais, eles não mareciam passar por tudo aquilo de novo.

Limpei meu rosto com a palma das mãos, mas ainda estavam meio encharcados.

Depois de quase tudo pego, só faltavam alguns papeis que estavam em uma gaveta do fundo.

Minha irmã amava desenhar e escrever, mas tinha uma puta vergonha de mostrar seus talentos para o mundo. Enfim, uma pena.

Sentei ali e comecei a retirar as coisas devagarinho da gaveta, e, como imaginei, eram seus materiais de desenho e alguns poemas.

Os desenhos eram na sua maioria simples: paísagens, pessoas; reconheci alguns dos médicos/enfermeiros também.

Ela era tão talentosa. Estava no segundo ano da faculdade de arquitetura quando tudo aconteceu — há sete anos, quando eu tinha apenas 11.

Sorri de repente. Tinha um desenho meu.

Eu estava dormindo, mas ainda dava para me reconhecer. Ela deveria ter desenhado em um daqueles dias em que eu matava aula pra ficar com ela no hospital.

Sorri ainda mais quando notei que tinha uma cartinha presa ao desenho.

Droga, isso era a cara dela.

Coloquei o desenho delicadamente em meu colo — com certeza iria enquadrá-lo depois.

Abri a cartinha com toda a delicadeza que possuía, como se estivesse acariciando um gatinho dócil.

   "Hey maninho", — comecei, ditando alto o conteúdo da carta — : "Sim, Seungmin, eu vou fazer aquela porra clichê de 'hey, hey, hey! Se você está lendo isso é porque eu morri.', porque sim, você sabe que isso é a minha cara."; — sorri. Sim, Yeeun, isso é a sua cara.
   "Do fundo do meu coração, eu espero que você não esteja lendo.
Sabe? Porque eu quero te entregar pessoalmente. Pra gente poder fazer aqueles vídeos bregas de superação de 'o que a minha irmã me diria se não tivesse se curado do câncer?!' e afins. Meu sonho, Minnie.", — meu sorriso murchou e eu comecei a sentir lágrimas se formarem novamente em meus olhos:
   "Mas não tema, pequeno gafanhoto. Se você estiver lendo isso e não tenha sido eu que te entreguei a carta, não precisa se sentir culpado Minnie!
Eu sei o quanto você se esforçou desde que era pequenininho pra se mostrar forte perto do papai e da mamãe, eu sei o quanto você se doou por nós. Você não tem motivos para se sentir culpado, meu amor, não tem mesmo.
     Eu te amo, Seungmin, é melhor você saber. Eu te amo demais.
E te agradeço tanto por ser esse menininho forte que você sempre foi.
Você não sabe o quanto eu te adimiro!  Queria ser forte como você, sua besta quadrada.", — sorri tristemente, em meio às lágrimas. Besta quadrada é você, Yeeun!
    "Mas... você sabe que não é saudável viver a sua vida em função de outras pessoas, não é, meu amor?
Você sabe que não precisava fazer isso, não é?
       Eles são os adultos, não você, Seungmin. Eles precisam cuidar de você, e não o contrário.
     Eu não sei que tipo de analogia você usou pra criar essa teoria louca de que tudo é culpa sua, mas não é. Você não tem culpa de nada. E nem obrigação de cuidar de alguém.
     Eu sei o que você está pensando agora. Desistir, não é? Esperar o papai e a mamãe me superarem pra depois terem que superar você.", — me impressionei com o que ela disse. Como...?
   "Você não consegue imaginar o quanto eu tô brava! As vezes eu queria não te conhecer tão bem.
Você sabe que isso seria um desperdício.
Você sabe que teria doado tudo de você a sua vida toda pra nada, não é?
Kim Seungmin, pelo amor de deus! Faça valer à pena!", — revirei os olhos, sorrindo em seguida. Começou o sermão.
      "Vai arrumar um namorado, uma namorada, alguém pra te aquecer nas noites frias de inverno, sei lá!
Vai viver, criatura!
Viver a SUA vida. E não a vida que você acha que o papai e a mamãe querem que você viva — porque eu tenho certeza que, se eles soubessem o quanto você é infeliz, eles não aprovariam o jeito que você vive agora. Pode apostar.
      Ah, e sobre eu saber que você é bissexual. Pelo amor de deus, né Seungmin, tu deixa na cara demais, criatura. Aposto que até o papai já sabe!
Aliás, como você não encontrou alguém ainda? Bissexual e gato desse jeito, todo mundo deve ser muito besta pra não ta caindo em cima.", — me permiti rir alto desde a primeira vez que entrei naquele lugar. Minha irmã era ridícula, pelo amor! Mas ela não me conhecia tão bem assim, se não saberia sobre o Felix.
       "Ah, e sobre aquele garoto (Felix, né?), eu sei sim, seu bocó. Esqueceu que eu sei sua vida todinha só de olhar pra você?", — Yeeun que bruxaria é essa?! —; "Bem, na verdade um dia você tava com o nome dele escrito na palma da sua mão com um coraçãozinho; não foi tão difícil assim ligar os pontos." —
suspirei aliviado.
      "Você deveria conversar com o papai e a mamãe sobre isso. Sobre ele, na verdade. E sobre você também.
      Você deveria tirar um tempo pra viver sua vida, fazer as coisas que sempre quis fazer; faculdade, jardinagem, amigos, terapia. Vamos lá, meu amor, você consegue! Você é forte o suficiente.
      Leve isso como meu último pedido antes da minha morte, já que, se você está lendo isso, eu não tive tempo para te falar pessoalmente.

Eu te amo, querido! Boa sorte com a sua vida daqui pra frente.
Só te peço para não se prender a ninguém, nem a mim.

Com todo o amor que eu posso oferecer, Kim Yeeun."

A carta finalizava assim.

Pelo incrível que pareça, eu não estava mais chorando.
Imaginar o sorriso da minha irmã enquanto ela escrevia isso me acalmou um pouco.

— Obrigado, Yeeun... — murmurei, abraçando a carta.

[...]

Apesar de reconhecer Felix como meu primeiro amor, eu não o considero meu primeiro amor verdadeiro.

Apesar de amá-lo com todo o meu coração, eu ainda não conseguia me abrir 100% consigo.

Tanto que, quando eu resolvi me afastar, não lhe contei o motivo verdadeiro; apenas lhe disse que eu nunca ficava sério com alguém e que precisava me concentrar na faculdade.

Ele não demonstrou ter ficado chateado, mas, anos mais tarde, nós conversamos sobre isso e ele ficou sim

E, aliás, sim, eu segui o conselho da minha irmã — como vocês já sabem.

Eu já tinha a minha vaga garantida com bolsa na faculdade, mas teria que resolver minha vida pessoal primeiro.

Conversei com os meus pais. Foi uma longa e dolorosa conversa.
Eles choraram, eu chorei. A primeira vez que eu me senti livre para expressar meus sentimentos na frente deles.

Contei tudo, desde a descoberta que Yeeun tinha leucemia até a morte dela e sobre a carta. Tudo do meu ponto de vista, tudo do jeitinho que eu senti.
E eles entenderam, pediram desculpas por não terem sido pais mais atenciosos e etc.

Depois disso, eu resolvi procurar um lugar para morar. Eu não queria continuar na casa dos meus pais, nunca conseguiria viver minha vida o suficiente estando perto deles.
Não que eu não goste de ficar perto deles, mas é que... sabe? Eu não consigo pensar em mim mesmo tendo eles perto de mim, amo eles mais do que me amo.

Então, bem... Depois de duas semanas longe, resolvi ligar para Felix de novo. Como ele conhecia bastante gente, talvez conhecesse alguém pra me ajudar a encontrar uma casa.

E... eu sentia tanto sua falta, sabe? Não como minha paixão, mas sim como meu amigo.

— Lix? — chamei, sentindo minha respiração falhar, quando ele atendeu o telefone.

— Minnie! Que saudade! — sua voz grossa soou metalica, me assustando um pouco.

— Eu também! — gargalhei, nervoso — Bem... Lixie, desculpa se eu to sendo inconveniente. Ainda mais depois de tudo que eu te falei... me desculpa mesmo... — ele murmurou um "No prob', mate", seu sotaque sendo a coisa mais fofa do mundo; então continuei: — É que... eu tô saindo da casa dos meus pais, pra conseguir me concentrar mais na faculdade, sabe? Ainda não tive tempo de ir, provavelmente terei que fazer matéria de recuperação (é assim que chama na faculdade também?), enfim e eu quero um lugar pra ficar, que não seja no campus. Queria saber se você conhece alguém que tá alugando um apartamento ou procurando um colega de quarto.

Ficamos por alguns instantes em silêncio.

— Tudo bem, você já respirou o suficiente. — ele disse, rindo, e eu revirei os olhos — Bem, é lógico que conheço!

Me animei, abrindo um sorriso.

— NOSSA, FELIX, POR FAVOR ME BEIJA! VOCÊ TÁ SALVANDO A MINHA VIDA! — ele riu e eu comecei a pular animado, se ele tivesse na minha frente com certeza eu já teria enchido seu rosto de beijinhos — Pera, mas quem é a pessoa?

— Adivinha só...? — falou animado, como se estivesse falando com uma criança.

— Eu não sei! — respondi, falsamente imitando o seu tom, soando mais irônico. Podia até ver ele revirando os olhos.

— Nossa como você é chato, seu sem imaginação! — ele disse, gargalhando um pouquinho. Gente, eu amo a risada desse menino! — Euzinho!

— Você...?

— Zinho.

— Sério mesmo? — eu estava boquiaberto. Felix era rico, por que raios ele precisaria de um colega de quarto quando poderia ter um apartamento todinho pra si?

— Sim! Se quiser vir passar a noite aqui, pra conhecer e tal, eu te passo o endereço. Podemos fazer uma festa do pijama! — ele estava todo animdadinho — Sabe? Igual os velhos tempos.

— Hm... tudo bem. — eu concordei sem rodeios — Mas, Lixie, por que você quer um colega de quarto?

— Meu apartamento é muito grande pra ficar sozinho, me sinto solitário. — ele suspirou dramaticamente, seu tom repentinamente sério — E também vai dar uma aliviada nas coisas, já que eu não to trabalhando e a minha mesada ta indo toda pra faculdade e afins.

— Tudo bem, me convenceu. — acenei positivamente com a cabeça, mesmo que ele não pudesse ver.

— Então você vem? — ele se animou novamente.

— Claro!

— Ebaaa!

— Bem, me passa o endereço.

— Tudo bem, já vou enviar. — escutei alguns barulhos, como se ele tivesse se levantando — Tchau, Seung, eu vou começar a preparar a nossa noite! — ele falava tão animado que eu quase explodi de amores.

— Tudo bem, Lix. Até mais tarde!

— Até! — e desligamos.

[...]

Uma semana depois, eu já estava estabelecido na casa de Felix — agora nossa casa.

Tudo ocorreu muito bem e de um jeito natural. Eu não achei que ia ser normal assim voltar a falar com Felix.

Eu tinha começado a fazer terapia, voltado a praticar jardinagem e, finalmente, iria para a faculdade.

Aliás, o Felix não mentiu quando disse que o apartamento dele era enorme. Não mesmo, sério.
Ele morava em uma cobertura.

Enfim!

Finalmente estava indo para a faculdade. Por pouco eu não perdi a minha bolsa, isso me assustou.

Se eu perdesse, teria que esperar o próximo semestre pra começar e teria que ter dinheiro pra pagar a parcela pelo preço original. Ou seja, já aí temos dois problemas: tempo e dinheiro, coisas que eu absolutamente não tenho.

Como esperado, eu teria que fazer a matéria extra de recuperação.

E é AÍ que nós voltamos para o começo da história. Para o meu crianção.

Haviam poucas pessoas que teriam que fazer aquela aula extra. Acho que no máximo cinco estavam presentes, provavelmente deveriam ter mais, mas eles devem ter desistido ou sei lá.

Enfim, não é esse o ponto.

O ponto é que eu, depois de muito tempo, estava sozinho e cercado de pessoas que eu não conhecia.

Eu estava surtando! Sério.

Estava roendo o esmalte de minhas unhas — droga, eu esqueci de tirar! E se me acharem estranho? —, quando senti uma mão grande agarrar meu ombro.

Nossa você tão tem noção do susto que eu levei. É sério. Se o teto fosse mais baixo, eu com certeza teria batido a cabeça.

Virei em direção ao dono da mão, pronto pra meter um soco em quem quer que fosse o pervertido, quando eu vi seu rosto.

Ele tinha um sorriso divertido em seus lábios, com covinhas. Ele tinha covinhas, meu deus.

Seus cabelos eram levemente encaracolados nas pontas, o que lhe dava um ar mil vezes mais jovial do que ele provavelmente era.

Parecia um adolescente sapeca sorrindo daquele jeito.

Senti meu coração errando uma batida e imediatamente meu corpo perdendo a pose de ataque.

Ele estava todo de preto, porém suas unhas eram amarelas pastel, da mesma cor que as minhas.

— Wow... — verbalizei meus pensamentos, sem pensar, sentindo minhas bochechas se tornarem vermelhas logo após.

— Hm... Oi! Meu nome é Christopher... — ele disse, coçando atrás da nuca — Bem, desculpa te assustar, é que eu vi que você tava roendo o seu esmalte e queria te mostrar as minhas unhas antes de você tirar tudo.

O encarei por alguns segundos, observando ele se encolher sobre o meu olhar. Talvez eu estivesse sendo muito intenso, se eu sorrisse ia melhorar a situação?

— Unhas? — sorri, virando meu corpo totalmente em sua direção — Oh, sim, minhas unhas. — olhei para a minha mão. — Bem... sabe como é, né?

Não, Seungmin, ele não sabe como é, ele nem sabe sobre o que você tá falando; nem você sabe sobre o que está falando!

Ele sorriu e logo depois começou a gargalhar.

Eu estava tímido, mas a sua risada era tão contagiante que não consegui me conter e ri junto.

— Sei... — ele disse, entre risos, mas não escondendo o tom de ironia em sua frase — Sei sim como é!

— Hey, não ri! — falei com dificuldade, porque estava rindo de nervoso também — Em minha defesa, eu nunca conversei com um menino tão bonito quanto você!

Então ele parou de rir.

E ficou um silencio constrangedor entre nós.

Eu comecei a soltar alguns murmuros sobre o quanto eu era burro, quando vi suas orelhas tomarem uma coloração vermelha.

— Você... acabou de flertar indiretamente comigo? — ele disse sorrindo daquele mesmo jeito sapeca, mas agora com um ar mais provocador.

— Por deus, agradeça o elogio. — eu sorri constrangido, sentindo minhas bochechas ficarem mais vermelhas ainda.

— Qual é o seu nome, gracinha? — ele apoiou o rosto em uma das mãos e se inclinou sobre a minha carteira.

— Seungmin. — eu disse, revirando os olhos — E me chama de gracinha de novo que eu te quebro, garoto.

Ele sorriu mais ainda.

— Seremos bons amigos, Seungmin. — estendeu sua mão para mim — Aliás, seu nome é bonito.

Revirei os olhos de novo. Provavelmente estava igual um pimentão e quase estava perdendo meu glóbolos oculares de tanto revirar.

— Seremos, Christopher. — apesar, eu concordei, pegando sua mão — Aliás, você não é daqui, é?

— Esperto, Seung, muito esperto... — ele disse em tom divertido — Nasci aqui e fui naturalizado na austrália.

— Oh, sério?! — sorri animado — Então vou ter mais alguém pra treinar o meu inglês!

— Você sabe falar inglês? — ele pareceu surpreso.

— Claro! Quando eu era mais novo, estudei por um mês em Nova York, mas tive que voltar porque a minha irmã... — comecei a falar, mas me cortei. Não iria falar da minha irmã à um estranho. — Quer dizer, por problemas pessoais.

— Seung, isso é pefeito! — ele se animou mais ainda. O maluco quase voou no meu pescoço pra um abraço, o que impediu foi a mesa entre a gente.

— O que é perfeito? Meus problemas pessoais? — indaguei em um falso tom acusatório.

— Você é perfeito! — ele disse e eu sorri como se respondesse "exagero seu... continue." — Podemos trocar nossos votos de casamento sem nenhum dos meus amigos intrometidos entenderem!

— Eei, calma aí garanhão! — isso me surpreendeu um pouco, mas comecei a rir — Eu nem te conheço e você já tá pensando em casamento?

— Sim, vamos trocar votos algum dia. — ele disse com toda a certeza do mundo, mas camuflando com um tom divertido.

— Um, você é emocionado demais, calma aí! — eu disse, sorrindo — Dois, como você pode ter tanta certeza disso?

— Bem, estamos de mãos dadas durante todo esse tempo. — ele olhou para nossas mãos e depois para mim — Isso deve significar alguma coisa. — e piscou.

Soltei nossas mãos imediatamente, mas quando meus sentidos voltaram e eu ia responder alguma coisa, o professor de matéria adicional entrou na sala.

Droga. Ele estava certo.

_________________________

N/a: Gente, sim, eu vou acabar aqui pq minha criatividade acabou! Eu inventei esse background pro Seung do nada, mas espero que tenha convencidoKKKKKK

Foi mais um "sobre o seungmin" do que sobre "seungchan".


Obrigado por ler até aqui.

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