Leah

By JaneViesseli

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"Você está designado para a pessoa que lhe dá as melhores chances de continuar os genes lupinos [...] Se eu f... More

Reunião
Os Filhos da Lua
Regras e Mais Regras
Imprinting? - Parte I
Imprinting? - Parte II
A Família Cullen
Conversa a Sós
Verdades em Meio ao Delírio
Um Rápido Primeiro Encontro
Acerto de Contas
Um Sonho Estranho
Evitando a Última Perda
Lua Cheia
Uma Fera Apaixonada
A Ira Pode Ser Mortal
Uma Demonstração de Afeto
A Caminho do Segundo Encontro
O Passado de Lucian
Confronto Entre Alfas
Humilhando-se em Prol do Perdão!
Agora é Recíproco
Eu te Quero Mais que Tudo
Passeio em Seattle - Parte I
Passeio em Seattle - Parte II
Fica Comigo essa Noite?
Bebê a Bordo!
Parabéns, Lucian, Você Vai Ser Pai!
A Queda de Lucian
Um Dia Sem Ele
Volterra - Parte I
Volterra - Parte II
Ataque em La Push
Tia Evi
A Notícia Fúnebre
A Fuga - Parte I
A Fuga - Parte II
De Volta ao Lar
Eu te Amo!

Intimidação!

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By JaneViesseli

Lucian observa a saída de Kiary, finge se acomodar no ombro de Leah e deixa seu corpo tombar no colo da garota, ronronando. Ele cruza os braços em frente ao peito e se aconchega no colo da loba, que sente as pernas formigarem com o contato de seu corpo, por que tinha que estar de shorts justo naquele dia?

― Você é tão quentinha! – murmura ele.

― Que grande mentira. – Ri. – Temos a mesma temperatura, não posso estar mais quente que você.

― É fácil sentir o calor do seu corpo quando minha temperatura começa a cair.

Leah cobre o rapaz com o casaco, esfregando seus braços para aquecê-lo, afinal, depois de dispensar os cuidados de Kiary, aquela não seria uma boa hora para ser descuidada e deixá-lo ficar doente.

― Sabia que tinha feito a coisa certa ao ter escolhido você...

Lucian adormece novamente e seus músculos logo relaxam no colo da loba. Ela não podia negar que sentia-se importante em ter sido escolhida no lugar de Kiary, era impressionante a habilidade que ele tinha de fazê-la se sentir superior a qualquer outra mulher, a mais importante, a mais bonita, a mais especial... A loba encosta-se à árvore e, juntamente a Lucian, adormece.

O Sol já estava a pino quando a garota abre os olhos e se recorda de onde estava. Ela olha ao redor, tudo estava calmo e silencioso. Um estranho pulsar podia ser sentido através de suas mãos e, ao averiguar o que era, Leah sente seu coração acelerar e as bochechas esquentarem.

Lucian ainda estava deitado em seu colo, com o rosto virado em direção ao seu ventre, de olhos fechados e respirando tranquilamente. O casaco fora jogado para o lado e o rapaz segurava uma de suas mãos sobre seu peito despido, posicionando-a estrategicamente em seu coração. Então aquele era o pulsar que estava sentindo? Era tranquilo e, ao mesmo tempo, forte. Ela podia sentir a vibração de suas batidas perfeitamente, mas o fato de estar naquela situação, com um homem vestido apenas com os restos mortais de uma calça, ainda lhe deixava embaraçada.

― Assim você estraga tudo! – reclama Lucian ainda de olhos fechados.

― Você está acordado? – surpreende-se. – O que pensa que está fazendo? – Tenta retirar a mão, porém, Lucian a prende com força.

― Apenas relaxe, respire fundo – pede ele, fazendo a loba respirar profundamente. – Isso mesmo, está quase lá, fique calma e relaxada... Perfeito, agora estão em sincronia de novo!

Do que ele estava falando afinal? Leah não estava entendendo nada.

― O que você está querendo provar? – sussurra.

― Fique de olhos fechados, escute e sinta... Nossos corações batem numa sincronia perfeita: Tum Tum, Tum Tum, Tum Tum – repete ele, acompanhando as batidas do coração. – Está sentindo? – Abre os olhos para encará-la. – Estão juntos, no mesmo ritmo, como se caminhassem lado a lado.

― Sim.

A loba abre os olhos e encara a íris amendoada de Lucian, sentido algo a atrair para ele, como um ímã. Seus olhos intensos também o hipnotizavam, e o atraiam para mais perto.

Lucian levanta o tronco, se sentado e apoiando um de seus braços do outro lado do corpo de Leah, para que assim pudesse estar a sua altura. O cherokee podia sentir o coração da loba martelando com força e velocidade por causa daquela aproximação, ele não queria parar e sentia que ela também não.

O lobo encosta sua testa na de Leah, ainda a fitando com intensidade. Ela mantinha sua mão no coração do rapaz, mesmo que ele já a tivesse libertado, seu tato podia sentir as alterações no batimento do cherokee e seu rosto podia sentir o hálito quente que emanava dele.

Leah estava hipnotizada, como ele podia ser tão educado, mas, ao mesmo tempo, tão sedutor? Aquele ar quente tocando sua face a faz fechar o olhos instintivamente, seu corpo parecia querer o que estava prestes a acontecer, visto que sua respiração já se tornava descompassada e borboletas voavam furiosamente em sua barriga.

O cherokee sorri com a resposta que a garota lhe dava, tudo indicava que ela também queria aquilo, também queria aquele beijo. Ele se aproxima ainda mais, para finalizar o que tinha começado...

― Lucian – grita Kiary de repente, assustando a loba, fazendo-a afastar o rapaz e virar o rosto em seguida. – Deveria ir se vestir adequadamente, hoje teremos outra noite cheia.

― Me desculpe se te constrangi – pede o cherokee, sorrindo sem graça. Ele podia jurar que ela também queria aquele beijo, mas agora, achava que tinha se enganado. – É melhor eu ir embora.

Lucian pega o casaco do chão, se levanta subitamente e se retira apressado, não se esquecendo de lançar uma mensagem telepática à Kiary, fazendo-a trincar os dentes.

A loba sente uma pontada dolorosa em seu coração, repentina recusa o havia magoado, mas que culpa tinha? Tomara um susto com o grito da cherokee e agira sem pensar... Leah não queria que ele fosse embora, porém, quando pensou em chamá-lo de volta, já o tinha perdido de vista. Ali, na floresta, sobrara somente ela e a cherokee irritada.

Kiary estava a alguns metros de distância, ainda com os dentes trincados e a encarando com fúria. Leah se levanta devagar, sentindo o corpo um pouco dolorido. Ela estava cansada de toda aquela cena e decide ir para casa o quanto antes.

― Onde pensa que vai? – grunhi Kiary, fazendo a loba parar. – Se foi mulher para fazer o que fez, seja mulher o suficiente para me encarar.

Opa! Agora ela estava apelando, estava mexendo com a honra de Leah e, com certeza, a loba não deixaria aquilo barato. A quileute caminha em direção à Kiary com visível irritação, porque nem em sonho deixaria aquela intimidação passar em branco.

― Estou aqui, o que você quer de mim? – pergunta irritada.

― Quero que deixe Lucian em paz, quero que suma da vida dele, quero que o devolva para mim – desabafa com ferocidade.

― Eu não o tirei de você, o imprinting tirou...

― O imprinting de um Filho da Lua é diferente, e o do alfa é mais ainda, mas você já deve saber disso, não é? Ele tinha liberdade para te aceitar ou não, você nunca teve intenção de correspondê-lo e mesmo assim deixou que ele a escolhesse...

― Era decisão dele e não minha!

― Podia ter dito que não queria, assim Lucian desistiria de você e eu teria mais uma chance de ficar com ele, daria um jeito para ele me notar. Você é uma egoísta, não pretende corresponder aos sentimentos dele e, ainda assim, não o deixa seguir em frente.

Aquilo havia machucado, será que ela estava fazendo isso mesmo? Não podia ser possível, afinal, ela realmente sentia algo por ele... Contudo, por que não conseguia calar a boca da garota com a verdade? Por que estava sendo tão difícil dizer que ela o correspondia? Que o amava de volta? Por algum motivo estranho as palavras não saíam e, por isso, Kiary continuou:

― Era pra ser eu a receber um beijo de despedida, era pra ser eu a cuidar dele quando estava doente, era pra ser eu a dar um passeio na praia de mãos dadas, era pra ser no meu pescoço aqueles beijos, era pra ser eu o motivo do coração dele bater mais rápido – grita, tentando aliviar o peito da enorme raiva que sentia.

― Você estava nos espionando? – pergunta incrédula.

― Conheço sua história Leah, a garotinha apaixonada que foi trocada pela prima. Ó coitadinha dela! Pelo visto está querendo fazer o mesmo comigo, não é?

Um forte estalo ecoa por entre as árvores. Kiary leva a mão ao rosto de repente, tentado aliviar o ardor do forte tapa que tomara, aquilo realmente tinha-a pegado de surpresa. Leah sentia seu corpo tremer, a raiva e a angústia dominavam cada milímetro de sua musculatura, por que aquela cherokee idiota tinha que desenterrar o passado? Por que tinha que trazer tudo aquilo a tona de novo?

― Quem você pensa que é para se comparar a mim? – grita ela. – Eu fiquei apaixonada, iludida, criei esperanças de ter uma família com um homem que me apunhalou pelas costas... Você tem sorte de nunca ter sido iludida, de Lucian nunca ter te dado esperanças de nada. Você não faz a mínima ideia do que eu passei, não tente se comparar a mim!

― Cala a boca, cala a boca, cala a boca – grita Kiary tampando os ouvidos. – Passei as últimas décadas inteiras cuidando dele, me dedicando a ele, e para quê? Para ele escolher você! – Aponta para Leah. – Uma garota que nem sequer parece com uma, que nem sequer o chama pelo nome. Que repugnante!

― Acho bom medir suas palavras garota ou a situação vai esquentar por aqui! – rosna Leah no ápice de seu autocontrole.

― Eu odeio você, eu odeio você, eu odeio você – grita histérica. – Você seria bem mais útil pra mim se estivesse morta!

Num piscar de olhos a expressão da cherokee estava mudada, seus caninos estavam crescendo e suas garras tornavam-se cada vez mais evidentes, porque ela realmente intencionava se transformar... Leah explode em sua forma lupina em questão de segundos, se a garota queria brigar, era briga que ela teria!

Não mova uma pata Leah – grita Seth, que acompanhara os últimos pensamentos da loba sobre a possível briga.

Já estamos a caminho! – emenda Jake.

Seth salta dentre as árvores, posicionando-se do lado da irmã. Hana surge logo em seguida, segurando Kiary pelos ombros e a sacudindo, tentando acalmá-la:

― Pare com isso, por favor! – Jacob chega e se une aos irmãos de bando. – Está vendo? Eles estão em maior número, você não vai vencer de nenhuma forma.

Kiary empurra a garota à sua frente, fazendo-a cair sentada, e marcha floresta adentro. Poderia estar se retirando daquela batalha, mas, certamente, não da guerra. Ela jamais abaixaria a cabeça para Leah Clearwater.

Como chegaram aqui tão rápido? – pergunta Leah tentando se acalmar.

Jake estava indo ver Nessie – explica Seth. – Hana e eu estávamos vindo buscar você e Lucian, mas encontramos ele no meio do caminho. Pensamos em retornar achando que você estava em casa, mas Hana viu algo errado no irmão, ele parecia chateado e decidiu verificar esta região mesmo assim.

Entendi. – Suspira. – Vou para casa. Perdi mais um conjunto de roupas por causa daquela maluca, que ódio. – Rosna. – Sue vai me matar por gastar mais dinheiro com roupas.

Leah corre apressadamente para casa, não dando nenhum detalhe sobre o que havia acontecido ali. Hana se levanta e logo segue caminho com Seth, separando-se de Jacob que continua seu trajeto à casa dos Cullens. A cherokee temia pelo futuro, pois sentia que aquela rixa ainda não tinha terminado.

O entardecer chega e, mais uma vez, os lobos quileutes se posicionavam do outro lado do riacho para proteger os Cullens. Àquela, provavelmente, seria mais uma noite assistindo a fera apaixonada babar por Leah Clearwater, mas a loba duvidava disso, afinal, ela o havia magoado.

Na clareira, Lucian sentia um clima pesado entre as duas garotas de seu bando. Elas, porém, desviavam seus pensamentos para outros alvos, escondendo dele o que acontecera naquele dia, durante a sua ausência.

A noite começa a cair, fazendo os cherokees sentirem a força lunar os influenciando. Hana logo esvazia sua mente, olha para a Lua que subia ao céu e deixa seu corpo seguir o curso da transformação, não queria sofrer com as dores angustiantes na tentativa de segurar o monstro dentro de si, porque, no fim das contas, sabia que a fera iria vencer.

― Sua vez, Kiary – diz o alfa, começando a sentir as pontadas dolorosas em sua cabeça.

― Com todo o prazer – anuncia ela, surpreendendo Lucian.

A morena olha para o céu, que apesar das nuvens, deixava a Lua bastante visível. "Eu te odeio" foi a mensagem que Lucian havia lhe enviado mais cedo, quando ela interrompera o curso de beijo. Uma lágrima escorre de seus olhos ao se lembrar daquela mensagem, nada daquilo teria sido dito se não fosse por "ela".

― Eu te odeio, Leah! – pensa ela por fim, deixando que a fera explodisse de dentro de seu corpo.

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